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Buscando fósseis em Marte

Avançam propostas para trazer para a Terra amostras colhidas na superfície do planeta vizinho, à procura de sinais de vida alienígena

Equipe UFO

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Um veio de gipso, mineral do qual é feito o gesso, como esse fotografado em Marte pelo Opportunity, é o local ideal para procurar por vida
Créditos: NASA

Durante apresentação na USP na semana passada, no Primeiro Encontro de Astrobiologia e Paleobiologia promovido pelo Instituto de Geociências, o paleobiólogo J. William Schopf, da Universidade da Califórnia, defendeu o envio de sondas para recolher amostras na superfície de Marte e trazê-las para estudos na Terra. Schopf afirma que a discussão a respeito de questões de segurança ainda estão acontecendo. O cientista ironizou: “Devemos trazer essas rochas para a Terra sem correr o risco de contaminá-la com os terríveis germes marcianos que supostamente vão matar todo mundo, o que tem tomado bastante do nosso tempo”.

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Porém, ele afirma que uma missão de retorno de amostras irá acontecer dentro dos próximos vinte anos. A questão para Schopf é qual tipo de rocha trazer e ele defende que seja gipso, o mineral do qual é feito o gesso, e que é formado na presença de água líquida. O cientista afirma que essas rochas sedimentares, já fotografadas por rovers como o Opportunity, se formaram quando Marte possuía grandes extensões de sua superfície cobertas por água, em uma época na qual era habitável. Schopf conduziu pesquisas na Terra, em regiões onde existe gipso, e terminou por localizar fósseis de micróbios em amostras de vários pontos do mundo. O estado de preservação desses fósseis foi considerado bom, o que abre amplas perspectivas quanto à análise de amostras vindas de Marte.

Schopf já auxiliou, inclusive, no desenvolvimento de tecnologias para análise de amostras marcianas. O cientista também comentou a respeito de evidências encontradas em meteoritos, como o famoso ALH 84001, afirmando que estes últimos são rochas ígneas, formadas pelo resfriamento de lava, sendo muito improvável que contenham fósseis. Ele afirma que as estruturas no ALH 84001 são pequenas demais para serem antigas bactérias marcianas. A respeito das rochas sedimentares, ideais para a busca por vida, Schopf afirma que são frágeis demais para produzirem meteoritos. As próximas missões exobiológicas a Marte serão do projeto Exomars, da Agência Espacial Europeia (ESA), seguidas em 2020 pelo novo rover da NASA.

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