Cratera onde pode ter existido vida entre os alvos do próximo rover em Marte

Missão programada para 2020 está sendo preparada, com vários locais candidatos ainda sendo analisados; enquanto isso, o rover Curiosity prossegue na exploração de Marte

Equipe UFO

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Autorretrato obtido pelo Curiosity na região de Marias Pass em 05 de agosto
Créditos: NASA

O próximo veículo robótico destinado a explorar a superfície de Marte já tem data de lançamento, em 2020, e também foram selecionados os instrumentos que irá levar. Baseado no chassi do Curiosity, atualmente explorando a imensa cratera Gale, o rover 2020 tem como principal objetivo procurar por evidências da existência de vida no passado de Marte. E entre os locais candidatos para essa exploração, o favorito até o momento é a cratera Jezero.

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Situada próxima ao equador do planeta, Jezero tem 45 quilômetros de extensão, e observações das naves em órbita de Marte confirmaram a presença de minerais de argila, formados no lago que existia na cratera. Além disso, foram identificados veios de água que há milhões ou bilhões de anos cobriram uma vasta área ao redor da formação. O fato de ser um local tão rico em termos de mineralogia e geoquímica fez de Jezero um dos locais candidatos ao pouso do Curiosity, e astrobiólogos afirmam que é grande a possibilidade de ter existido nesse lago formas de vida marcianas. O rover 2020 irá analisar locais candidatos a terem abrigado vida, deixará amostras em recipientes para serem recolhidos por futuras missões, e testará tecnologias para outros veículos de exploração, além da futura exploração tripulada de Marte.

O novo veículo irá também utilizar o mesmo processo de pouso via guindaste aéreo utilizato pelo Curiosity, e a discussão do local de pouso ocorreu em um workshop promovido pela NASA. O local deverá ser definido até 2018, ou se maiores informações justificarem uma discussão mais ampla, até 2019. Enquanto isso, o Curiosity prossegue na exploração de Marte, tendo atingido a base do Monte Sharp em setembro de 2014. O robô passou as últimas semanas examinando um local batizado como Marias Pass, onde seus instrumentos detectaram uma grande concentração de água misturada ao solo, até cerca de um metro de profundidade. A quantidade chega a ser de três a quatro vezes mais que qualquer outro local visitado pelo rover, que realizou várias análises de amostras colhidas com sua broca. Esta havia tido problemas de curto-circuito em fevereiro, porém o problema não voltou a se repetir. O trabalho em Marias Pass foi concluído em 12 de agosto, e o Curiosity já voltou a rodar, subindo as encostas da base do Monte Sharp, onde camadas geológicas expostas podem contar a história do passado de Marte. Desde sua chegada ao planeta, em agosto de 2012, o Curiosity já rodou 11,1 quilômetros.

crédito: NASA

Diagrama do rover 2020 com os instrumentos selecionados

Diagrama do rover 2020 com os instrumentos selecionados

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