Infelizmente, sites e outros veículos com histórias absurdas acerca de programas espaciais secretos de bilhões de dólares, teorias conspiratórias de que o homem não foi à Lua, nem existem sondas em Marte, somente existem devido à audiência que conseguem dos ingênuos, e de quem não se dá ao trabalho de procurar a necessária confirmação, buscando outras fontes. Um novo fato relativamente corriqueiro da corrida espacial tem sido apontado por alguns desses mistificadores como suspeito, sempre sem qualquer mínima base em evidências concretas.
A nave Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA já havia tirado todas as dúvidas quanto às missões lunares Apollo, ao fotografar com detalhes os locais de pouso das missões. São indiscutivelmente visíveis os estágios inferiores de módulos lunares, equipamentos e até mesmo rastros deixados pelos astronautas. Recentemente a agência espacial liberou novas imagens, do local do impacto do terceiro estágio do foguete Saturno 5 que levou a Apollo 16 à Lua. Esse era o único ponto de queda desconhecido do Programa Apollo, pois o contato com o estágio, designado S-IVB, fora perdido na última etapa de sua viagem.
Cada S-IVB media 17,8 m de altura, 6,6 m de diâmetro e pesava aproximadamente 14 toneladas. O foguete dava o impulso final para a entrada da nave Apollo em órbita terrestre, e depois era novamente acionado para acelerar a nave rumo à Lua. O estágio ainda dava estabilidade ao Módulo Lunar quando a nave principal se desprendia e fazia um giro de 180 graus, a fim de acoplar-se e se afastarem do foguete. Este terminava por cair na Lua, e a LRO conseguiu imagens de alta definição dos locais de impacto dos estágios das missões Apollo 13, 14, 15 e 17. A partir da missão número 13 os S-IVB eram enviados para a superfície lunar, a fim de o impacto ser captado pelos sismômetros instalados pelos astronautas, dando aos cientistas pistas sobre a estrutura do satélite.
PEQUENA CRATERA DE IMPACTO
O local de impacto do S-IVB da Apollo 16 fica no Mare Insularum, a 260 km a sudoeste da Cratera Copernicus. Ali foi formada uma cratera de cerca de 40 m de extensão, semelhante às outras formadas pelos foguetes das demais missões Apollo. São muito mais rasas que aquelas formadas por asteroides, cometas ou meteoros, pois os estágios são muito menos densos que esses corpos naturais. Foguetes são construídos de forma a serem tão leves quanto possível e seu impacto foi comparado ao de uma lata de refrigerante vazia. A maior parte da energia do impacto acaba somente sendo responsável por destruir o estágio, que viajava no máximo a cerca de 9,200 km/h, daí o peculiar formato dessas crateras. Assim, novamente a mensagem é jamais confiar nas afirmações espalhafatosas e absurdas dos mistificadores.
Visite o site da missão Lunar Reconnaissance Orbiter
Visite o site da câmera principal da LRO
Confira as imagens dos locais de pouso das missões Apollo na Lua
Veja outros locais de impacto na Lua fotografados pela LRO
Vídeo da NASA com suposto UFO provoca furor na internet
Edgar Mitchell não confirma matéria de jornal
Ex-astronauta da NASA afirma que aliens já devem saber sobre nós
Completam-se 45 anos do pouso lunar da Apollo 11
Saiba mais:
Livro: Dossiê Cometa
DVD: Pacote NASA: 50 Anos de Exploração Espacial
Veja em 50 Anos de Exploração Espacial os momentos mais emocionantes da trajetória da NASA, desde o primeiro homem em órbita até as missões do ônibus espacial. Reveja o incrível vôo de John Glenn na missão Friendship 7, o sucesso da Apollo 11 e os primeiros passos de Neil Armstrong na Lua, as viagens seguintes ao satélite e as operações conjuntas com a nave soviética Soyuz. Conheça a verdadeira razão de não voltarmos mais à Lua e descubra que o destino agora é Marte, Vênus, Júpiter e mundos além do Sistema Solar, e quais são os planos da NASA para alcançá-los.