6.1- A Astronomia pode auxiliar a Ufologia?
Com absoluta certeza a Astronomia é uma matéria complementar para o estudo ufológico, e todo ufólogo necessita ter noções dessa ciência. Os avanços e descobertas da Astronomia, desde meados dos anos 1990, têm sido absolutamente assombrosos, e revelado a imensidão e complexidade do Universo de uma forma inédita, ao mesmo tempo comprovando que a Terra é apenas mais um planeta, como muitos milhões de outros que podem existir apenas em nossa galáxia. E esses avanços têm contribuído também para a noção de que existem outras civilizações lá fora, que podem estar nos visitando, o que tem feito aumentar o respeito com que é encarado o estudo ufológico.
6.2- Existem planetas fora do Sistema Solar?
Sim. A primeira pista veio em 1983, quando o telescópio orbital IRAS, sigla em inglês para Satélite Astronômico de Infravermelho, localizou uma imensa região de destroços e corpos de tamanhos variados, em torno da estrela Vega, distante 27 anos-luz.
Em 1995, foi anunciada a descoberta do primeiro planeta extrassolar, ou exoplaneta, ao redor da estrela 51 Pegasi. Até os dias de hoje, já foram encontrados mais de 460 exoplanetas, orbitando estrelas distantes até algumas centenas ou milhares de anos-luz.
6.3- Alguns desses planetas são habitados?
A maioria absoluta desses planetas foi descoberta utilizando-se o método da velocidade radial da estrela. Tomando o exemplo de nosso sistema, um grande planeta como Júpiter atrai o Sol, alterando sua velocidade, e com nossa tecnologia atual podemos medir esse efeito, por meio de cuidadosas observações pelos telescópios ao longo de meses ou anos. Com uma série de complicados cálculos, os astrônomos podem então determinar a massa e estimar o tamanho do corpo que está “puxando” a estrela distante, e dessa forma descobrir se tal corpo é um planeta.
Esse método, infelizmente, só é eficaz para encontrar grandes planetas gasosos, como Júpiter, Saturno, Urano ou Netuno. E esses mundos não são adequados a vida como a conhecemos. Entretanto, grandes exoplanetas já foram encontrados bem dentro da chamada “zona habitável” de suas estrelas. Essa é a região, a determinada distância da estrela, onde a energia desta recebida pelo planeta estaria na medida certa para que este último possa ter a presença de água líquida em sua superfície.
Isso não é possível acontecer em gigantes gasosos, mas tais planetas podem, a exemplo dos de nosso sistema, possuir luas. Se for o caso, então estas poderiam se revelar como mundos azuis, com presença de água em rios lagos e oceanos, e também de vida.
Existem outros métodos de detecção de planetas, o mais promissor sendo o do trânsito. Trata-se de um pequeno eclipse, causado por um planeta que passe diante de sua estrela, de nosso ponto de vista aqui na Terra. A grande vantagem deste método é que permite observar a sombra do planeta, e determinar seu tamanho com razoável grau de precisão. No final de 2006, foi lançado o telescópio Corot, projeto europeu com participação brasileira, que já descobriu vários planetas através deste método.
Em março de 2009, foi lançado pela NASA o telescópio Kepler, maior e mais poderoso, que foi projetado para encontrar planetas menores e rochosos, similares a Terra, dentro da zona habitável de suas estrelas.
Em abril de 2007, entretanto, foi anunciada a descoberta de um planeta, um pouco maior do que a Terra, que aparenta ser também rochoso. Denominado Gliese 581c, os cientistas estimam sua temperatura de superfície como de 40 graus centígrados, totalmente adequada para a presença de água líquida. E como o sistema dessa estrela possui uma idade estimada entre 7 a 10 bilhões de anos, contra os 4,5 bilhões da Terra e do Sistema Solar, pode-se especular que seria tempo mais que suficiente para a evolução da vida, e também de inteligências nesse sistema.
6.4- A pesquisa espacial tem relação com a Ufologia? Há vida nos mundos de nosso Sistema Solar?
Diversos astronautas já vieram a público afirmar que encontraram UFOs no espaço. Por seu treinamento e preparação intensivos, um astronauta jamais confundiria astros e objetos comuns com discos voadores, daí serem considerados valiosas testemunhas.
Existem fotografias e filmes, tomados de bordo de nossas naves espaciais, que mostram OVNIs no espaço, em órbita da Terra, e nas proximidades da Lua. A eles aplicam-se as mesmas regras e teorias já explicadas em outros tópicos deste trabalho.
No campo das missões não tripuladas, nossas sondas enviadas ao planeta Marte têm, nos últimos anos, descoberto fortes indícios de que esse mundo já possuiu um clima muito mais propício a vida há milhões de anos, com água corrente em sua superfície. Essa água escavou os vales e bacias que são vistos nas fotos desde a órbita, e os robôs pesquisando sua superfície já obtiveram provas conclusivas de que de fato existiu água líquida em grande quantidade em Marte.
Europa, satélite de Júpiter, desde as missões Voyager nos anos 1980 tem sido apontado como possível local onde exista vida. A missão Galileu, que esteve em órbita de Júpiter de meados dos anos 1990 até o princípio deste século, descobriu mais evidências de que abaixo da superfície coberta de gelo da lua exista um imenso oceano de água líquida. As rachaduras vistas em sua superfície são provocadas pela força de gravidade de Júpiter, que fratura o gelo e ao mesmo tempo parece manter o interior do satélite quente, proporcionando a existência do oceano. Para as próximas décadas, estão planejadas missões orbitais e de pouso em Europa.
Outro candidato a vida é Titã, satélite de Saturno coberto por uma densa atmosfera de metano. Compostos de hidrocarbonetos existem em sua superfície, com lagos e rios de metano e outros elementos, confirmados pela sonda Huygens, que pousou no satélite em 2004, lançada pela nave Cassini, que permanece em órbita de Saturno. Mesmo que as temperaturas em Titã sejam de centenas de graus abaixo de zero, existe a expectativa de que formas de vida possam surgir nesse ambiente. Ainda no sistema de Saturno, na pequena lua Encélado foram descobertos gêiseres em sua superfície, e ao passar próximo a eles a Cassini descobriu que o material ejetado possui compostos orgânicos.
A vida, tanto em Marte quanto nos satélites dos mundos gigantes, se existir, quase certamente será composta de criaturas simples, como bactérias e microorganismos.
6.5- Existe vida inteligente no Sistema Solar?
Não se sabe. Na verdade, tudo parece indicar que não. Existem, entretanto, imagens tiradas pelas sondas orbitais, na Lua e em Marte, que parecem mostrar estruturas que não seriam de origem natural.
A mais famosa dessas imagens é a da Esfinge de Cydonia, tirada pelo módulo orbital de uma das duas sondas Viking da NASA, que chegaram a Marte em 1976. Outra das fotos da superfície marciana, exibindo elementos que parecem ser pirâmides em Marte, na região do Elysium, foram inclusive publicadas no livro Cosmos do astrônomo Carl Sagan. Existem ainda o que parecem ser outras construções em Marte, como uma pirâmide de cinco lados e a chamada “cidade inca”.
Na Lua, desde séculos atrás, após a invenção do telescópio, tem sido avistados os chamados “caracteres lunares transitórios”, manifestações luminosas, crateras que desaparecem, e o que parecem ser impactos de asteróides na Lua. Objetos não identificados igualmente já foram avistados nas proximidades de nosso satélite, e as fotos das naves orbitais mostram vários elementos estranhos. Torres, cúpulas, pirâmides, existe uma grande lista de imagens estranhas obtidas da Lua, e que como as de Marte podem ser encontradas na Internet, até mesmo no site da NASA.
Existe uma grande polêmica quanto a tais imagens. Alguns funcionários da agência espacial já vieram a público acusá-la de acobertar a existência de tais construções. Outros especialistas explicam todas as imagens como sendo produto de fenômenos naturais. Não existe até o momento uma base sólida para podermos afirmar o que de fato são esses misteriosos objetos.