12.1- Pirâmides de Gizé, Egito
Já comentamos a respeito no tópico 9.3. Daniken já apontava, desde o final dos anos 1960, que a Grande Pirâmide era um produto de uma civilização avançada, considerando impossível que houvesse sido construída com a utilização dos métodos defendidos pela Egiptologia oficial. Hancock vai mais além, demonstrando em seu livro “As Digitais dos Deuses” como as teorias da Egiptologia seriam impraticáveis. Hancock ainda aponta para as espantosas medidas da Grande Pirâmide, e o fato de seus lados serem perfeitamente alinhados com os pontos cardinais, com precisão que se torna difícil de explicar com nossos conhecimentos sobre aquela época.
Traçando linhas que passem pelo centro da pirâmide, percebe-se pelo mapa que esta divide o mundo em partes exatamente iguais. Ou seja, segundo os que defendem essa teoria, a Pirâmide ocupa o centro verdadeiro das terras do planeta. Várias de suas dimensões igualmente estariam relacionadas com medidas da Terra, e de sua órbita ao redor do Sol. Uma destas seria a soma das dimensões de seus lados que, multiplicada por um milhão, tem como resultado a distância da Terra ao Sol, perto de 150 milhões de quilômetros. Já sua circunferência, dividida pelo dobro da altura, resulta em 3,1416, o número Pi. São apenas algumas das surpreendentes combinações matemáticas de um monumento que, conforme diz Hancock, parece sugerir a idéia de ser medido e estudado atentamente.
12.2- Gigantes, o Dilúvio, Tiahuanaco, Baalbek
Inúmeras culturas ao redor do mundo falam de gigantes, homens de grande estatura que teriam existindo na Antiguidade. Certas correntes da Ufo-arqueologia defendem que tais seres seriam o resultado do cruzamento entre alienígenas e terrestres, ou então os próprios alienígenas. A própria Bíblia tem servido para a defesa dessa teoria, e onde se pode ler: “Havia gigantes na Terra naqueles tempos. Quando os filhos de Deus conheceram as filhas do homem, estas lhes deram filhos, homens de renome, que existiram na Antiguidade”. No livro apócrifo de Enoque, o mesmo relata seu encontro com dois homens enormes, de aparência extraordinária. Eles o levaram até os céus, voando pelos planetas, e Enoque os descreve como os mais velhos, os governantes das ordens celestes.
Maias e incas acreditavam que uma raça de gigantes habitava a Terra antes do Dilúvio. Uma das lendas diz que a divindade Viracocha teria criado na região de Tiahuanaco, Bolívia, uma raça de gigantes para depois destruí-la com uma grande inundação. Por sinal, se novamente verificarmos as teorias de Grahan Hancock, veremos que ele defende que Tiahuanaco foi um importante porto há milhares de anos, e devido ao inegável fato geológico de que as águas recuaram com o passar dos milênios, essa época teria sido igualmente ao redor de 10.000 A.C.
Na mesma região, a cerca de 30 km do lago Titicaca, existem plataformas de pedra de tamanho colossal. A cerca de 4.100 m de altitude, alguém cortou e transportou por quilômetros essas pedras, cuja maior mede 29 metros e pesa mais de 900 toneladas.
Baalbek localiza-se no Líbano, a 70 km de Beirute, e tem o nome de Vale dos Reis dado pela Bíblia. Ali estão os trilithons, as maiores pedras usadas em construções, e cujo peso é calculado como sendo de mais de 1.000 toneladas. Tais pedras foram cortadas, transportadas por 8 km, erguidas a 8 m de altura e assentadas de maneira tão justa que não se pode introduzir uma folha de papel na intersecção. Mesmo para guindastes atuais tal feito seria espantoso, e não se sabe quem construiu Baalbek, embora uma tradição árabe diga que os templos mais recentes do local foram construídos para o rei bíblico Nimrod por uma tribo de gigantes, logo após o Dilúvio.
A história do Dilúvio tem sido contada por inúmeros povos ao redor do mundo, incluindo aqui no Brasil os índios Tupinambás. Com exceção da Bíblia, a história mais famosa é a da Epopéia de Gilgamesh, encontrada na antiga Babilônia, quase idêntica a da Bíblia, mas comprovadamente muito mais antiga.
12.3- O ?astronauta? de Palenque
Uma grande lousa de pedra, no interior de uma pirâmide na região de Palenque, México, exibe um complexo desenho em baixo relevo com uma espantosa semelhança a imagem de um astronauta sentado em sua nave. O personagem parece manipular uma série de comandos, e a parte de baixo do desenho parece mostrar uma chama como resultado do mecanismo de propulsão. Essa tumba seria do deus maia Pakal Votan.
12.4- Os Dogons
Os dogons são um povo que habita a região do planalto Bandiagara, Mali, na África. O conhecimento ocidental sobre essa tribo só se tornou significativo quando os antropólogos franceses Germaine Dieterlen e Marcel Griaule viveram mais de vinte anos com eles, a partir de 1931. Os dois cientistas publicaram um trabalho a respeito após esse período, e o que causou muita polêmica foi a descrição da crença desse povo de haver recebido ensinamentos de visitantes extraterrestres, vindos do sistema estelar Sirius.
O pesquisador americano Robert Temple investigou o problema, com intenção de denunciar uma fraude, mas os resultados foram o oposto do que pretendia, tanto que publicou em 1976 o livro “O Mistério de Sirius”, defendendo as descobertas de Dieterlen e Griaule.
Os dogons detalharam a estes dois como sabiam que Sirius possuía uma estrela companheira, muito menor mas extremamente pesada, descrevendo uma órbita elíptica ao redor do outro astro. Os desenhos são quase idênticos a órbita que Sirius B descreve em torno de Sirius A. Para tornar o mistério ainda mais instigante, a estrela B só foi descoberta em 1862, e a teoria que descreve as estrelas desse tipo, as anãs brancas, só foi publicada em 1926, pelo astrônomo e físico inglês Arthur Eddington.
Outro extraordinário aspecto do problema é que os dogons ainda afirmam que esse sistema, situado a 8,7 anos-luz de distância, ainda possui uma terceira estrela, que seria Sirius C. As teorias astronômicas atuais são consistentes com a existência desse astro, que seria uma anã vermelha. Os dogons afirmam que é de um planeta ligado a essa estrela que vieram os visitantes que lhes transmitiram esses conhecimentos, que chamam de nomos.
Os nomos seriam seres anfíbios, e são muito semelhantes a criaturas descritas por outras culturas, como os oanes dos babilônios, os enki dos sumérios, e os telchinos dos gregos, todos divindades ligadas a ambientes aquáticos e que transmitiram importantes conhecimentos aos seres humanos.
Os dogons sabiam que a Terra era um dos planetas orbitando ao redor do Sol, conheciam a face seca e desértica da Lua, e representavam Saturno com um anel, e Júpiter com quatro grandes satélites, os mesmos descobertos por Galileu Galilei. A dúvida de como esse povo notável adquiriu esses espantosos conhecimentos persiste.
12.5- Mapas de Piri Reis
Piri Reis foi um pirata turco, que em 1513 confeccionou um mapa que exibe a costa ocidental da África, a costa oriental da América do Sul e a costa norte da Antártida com uma precisão assombrosa. O próprio Piri Reis afirmou que utilizou mapas muito mais antigos para realizar seu trabalho, e seu mapa exibe características geográficas que nossa atual civilização apenas chegou a conhecer em pleno século vinte.
A costa brasileira, os Andes e o Rio Amazonas constam do mapa em suas posições exatas. Um detalhe é que o Amazonas é mostrado desaguando no rio Pará, e não existe a Ilha de Marajó. Isso é apontado por alguns pesquisadores como prova de que os originais do mapa de Piri Reis foram traçados há cerca de 15 mil anos, quando Marajó ainda fazia parte do continente, antes da subida do nível global dos oceanos do final da última Era Glacial.
Características geográficas na Antártida, que constam do mapa de Piri Reis, só foram descobertas em 1958, durante o Ano Geofísico Internacional. E existem outros mapas antigos, como os de Oronteus Finaeus (de 1531), Gerard Kremer (1569) e Phillipe Buache (1737), que publicaram mapas, igualmente baseados em documentos muito mais antigos, todos mostrando a Antártida (visitada por exploradores apenas em 1818), com características geográficas descobertas apenas em tempos recentes.
Esses mapas parecem indicar que, ao longo de milhares de anos, o continente gelado foi continuamente visitado e mapeado, pois o exibem com variados graus de cobertura de gelo. A Antártida tornou-se totalmente coberta pelo gelo apenas por volta de 4.000 A.C., e é consenso entre os pesquisadores que investigam esse enigma, que a civilização ou civilizações que teriam realizado esses antigos mapas possuíam um grau muito avançado de desenvolvimento científico e tecnológico.