Sua declaração vai contra o estabelecido pelo IPM
Dentro já da fase quase final de nossas postagens para pontuar pontos chaves não só da história do Caso Varginha e de todo o processo de acobertamento dos fatos, que serão base para nossas principais denúncias, não podemos deixar de abordar um outro momento crítico e grave de todo o “enredo” para a manutenção do sigilo.
Mais uma vez vamos falar do Inquérito Policial Militar (IPM) deflagrado dentro da Escola de Sargento das Armas (ESA) como resposta ao livro “Incidente em Varginha – Criaturas do Espaço no Sul de Minas” de autoria e responsabilidade do ufólogo mineiro Vitório Pacaccini.
Já foi mencionado aqui em nossa campanha, que o próprio investigador inicial do caso, o doutor Ubirajara Rodrigues, após seu depoimento no início de abril de 1997, prestado nas dependências da ESA, recebeu uma “curiosa” solicitação do responsável pela condução do IPM, Ten. Coronel Lúcio Carlos F. Pereira, para que o procedimento fosse mantido em sigilo, longe da mídia.
Meu conhecimento detalhado dos bastidores ocultos das investigações e de tudo que envolveu esse Inquérito revela que, com a mudança de comando da Escola de Sargento das Armas (ESA), mediante a transferência do General Sérgio Pedro Coelho Lima para longe do Sul de Minas (ainda vamos abordar essa questão em outra postagem), houve uma nítida mudança nos objetivos e condução prática do procedimento após o General de Brigada Marco Antônio Tilscher Saraiva assumir o comando da ESA.
Se a tese de “Ilícito Penal” (crime) fosse atribuída à obra de Pacaccini e esse viesse a ser processado, as implicações, e principalmente os desdobramentos do caso, poderiam fugir totalmente do controle do Exército.
O sigilo sobre o procedimento se tornou algo prioritário para que o Inquérito Policial Militar fosse conduzido da forma mais “livre”, se possível, sem o acompanhamento da mídia. Falando claramente, com a transferência do general Lima e a posse do novo comando, não havia a menor pretensão que os resultados do procedimento algum dia se tornassem de domínio público.
No dia 04 de julho de 1997, poucos meses após o início do procedimento (IPM), ele já estava sendo devidamente arquivado pela justiça militar. Mas qual foi o seu resultado? Algum órgão de imprensa, ou mídia, teve acesso na época ao procedimento e à sua conclusão?
A resposta para essas duas questões é a base para o início de uma sequência de procedimentos que realizaremos. Não, o IPM, após a saída de Lima, foi conduzido dentro da premissa, que não se tornaria público. Há evidências para essa minha interpretação?
Sim, com toda certeza e existem aspectos dentro não só das centenas de páginas que documentam o procedimento, como até uma entrevista de uma alta patente da própria Escola de Sargento das Armas, o Major Calza, que dois anos após o arquivamento do Inquérito, simplesmente ignorou os resultados do IPM, quando deu suas declarações para um documentário produzido pela “Transmedia Productions” de Londres, veiculado pelo canal internacional Discovery Channel.
Se dependesse dos interesses do Exército, o procedimento investigativo ainda estaria esquecido e isso só não aconteceu por conta das ações de meu nobre companheiro de campanha, o Ufólogo Fernando Aragão Ramalho, que conseguiu localizar no ano de 2010 o documento e passou para uma importante mídia nacional os passos para sua obtenção inicial. Esse foi um dos pontos altos da Campanha “UFOs – Liberdade de Informação Já”, da Comissão Brasileira de Ufólogos e da Revista UFO.
O militar, que fazia parte na época (1999) do comando da instituição do Exército Brasileiro, prestou informações surpreendentes, dentro de uma narrativa absurda, que envolvia no lugar de alienígenas, um casal de anões.
O mais relevante para aqueles que buscam a verdade sobre o caso da queda do UFO e o recolhimento de parte de sua tripulação, entretanto, é que a alta patente do Exército Brasileiro ignorou solenemente os resultados (também absurdos) do IPM, que de forma destacada e supostamente inequívoca, apontaram que o ser avistado pelas “meninas do caso”, Liliane, Valquíria Silva e amiga Katia Xavier, era apenas um deficiente físico e mental, conhecido como “Mudinho.”
Mas voltando ao depoimento da alta patente da Escola de Sargento das Armas (ESA), Calza declarou que “(…) no dia 20 de janeiro estava chovendo muito forte em Varginha… Nós deslocamos dois caminhões para Varginha para que fizessem a manutenção prevista… No desenrolar de toda a história houve uma série de coincidências, de fato… Havia no hospital de Varginha um casal de anões, onde a senhora estava grávida para ganhar o neném. Isso coincide com o fato de a ESA ter pegado essa criatura, ter colocado no caminhão e levado para o hospital de Varginha, onde o pessoal disse ter encontrado um casal de Ets…”.
O que chama atenção na gravação do depoimento de Calza, exibido mundialmente (inclusive no Brasil), que hoje aparece em diferentes canais do Youtube, é o ponto, depois de falar dos anões, que o militar declara: “Isso coincide com o fato da ESA ter pegado essa criatura, ter colocado no caminhão e levado para o hospital de Varginha.”
Assista acima ao vídeo da declaração do Major Calza sobre o Caso Varginha.
Fonte: YouTube
Conforme muito bem chamou atenção o Ufólogo e grande amigo Wallacy Albino, hoje infelizmente saudoso, o militar declarou explicitamente o transporte de um dos seres em uma viatura, caminhão do Exército, para um dos hospitais da cidade, ou então Calza não considera como humanos os anões, já que usou o termo “criatura.”
Como explicar que uma alta patente da própria Escola de Sargento das Armas (ESA), que já servia na instalação militar desde o início da história do caso Varginha, apenas dois anos após o encerramento do IPM, ao se expressar publicamente em nome da própria ESA para explicar o caso, não tenha feito uma única referência a “solução” oficial do episódio apresentada ao término do procedimento, o “senhor Mudinho”?
Basta dizer, que o referido Major, aparece nas gravações do dia 08 de maio de 1996, ao lado do General Sérgio Pedro Coelho Lima, quando o então comandante da ESA desmentiu qualquer ligação com a história, tanto por parte de seus militares, veículos etc. O depoimento de Calza é claramente explosivo após a disponibilização do IPM. Ele desmente também em outros aspectos as declarações da figura máxima dentro da hierarquia militar da ESA, seu ex-comandante, o general Lima.
Cabe hoje a cada um de nós, eu diria até pelo respeito da sociedade, em relação à seriedade de nossas instituições militares, postura que eu mesmo tenho, receber uma manifestação pública sobre essas questões. Não se trata aqui de uma opinião pessoal minha, interpretação desse autor, frente aos aludidos fatos. Tudo está devidamente documentado e é passível de acesso por qualquer pessoa.
O respeito a hierarquia é um dos pilares fundamentais das Forças Armadas e do meio militar em geral. As declarações do referido Major possuem implicações ainda maiores, pois desconsideraram uma suposta verdade estabelecida com o aval da justiça militar. Minha interpretação, frente o que declarei acima, agora deixo claro, se trata apenas de uma percepção pessoal e só teria sentido se o Exército estivesse de fato agindo com transparência e seriedade ao se pronunciar para mídia e, por consequência, para a população de nosso país.
Por Marco Petit
Ufólogo e escritor autor de 14 livros que abordam diferentes aspectos da Ufologia, incluindo a obra “Varginha – Toda Verdade Revelada.” Petit é Coeditor da revista UFO e membro fundador da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).
Consultoria jurídica: Dr. Flori Tasca (OAB-PR) e Luiz Azenha (OAB-RJ).
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