A NASA anunciou em 09 de julho que o próximo rover a ser lançado para Marte, em 2020, irá buscar por sinais de vida no passado do Planeta Vermelho. O novo robô deverá explorar um local que já foi habitável, ainda por ser definido, e terá um novo conjunto de equipamentos, mais sofisticados que os do Curiosity.
De acordo com o comunicado da agência espacial: “O conceito de missão definido irá empregar novos instrumentos na superfície marciana para buscar por sinais de vida passada, se esta já existiu, selecionar e armazenar várias amostras que forem julgadas mais interessantes, em um invólucro para ser enviado de volta para a Terra. Tambem irá demonstrar novas tecnologias para futuros exploradores robóticos e para a exploração humana de Marte”.
O novo jipe robótico será baseado no chassi do Curiosity e também irá pousar em Marte utilizando o método do guindaste aéreo deste rover. Ainda restam dúvidas quanto à sua fonte de energia, se nuclear, como a do atual robô, ou se por energia solar, como o veterano Opportunity, ainda operando em seu décimo ano no Planeta Vermelho. Os planos da NASA, entretanto, mencionam claramente uma fonte de força de longa duração e independente da latitude do local de pouso, requerimentos que só podem ser cumpridos com um gerador de radioisótopos como o do Curiosity.
A instrumentação a bordo será definida por meio de competição entre as equipes científicas interessadas. Segundo o comunicado: “O rover 2020 irá carregar um conjunto de instrumentos diferente e mais avançado do que o do Curiosity. Sua broca irá extrair núcleos de rocha e não pó, e irá estocá-los em recipientes para possível futuro retorno à Terra”. O objetivo é que o set de instrumentos possa buscar por sinais visuais, mineralógicos e químicos de vida marciana passada. Será a primeira missão dedicada a procura por vida marciana desde as Viking 1 e 2, que pousaram em Marte em 1976 e encontraram sinais ambíguos de atividade biológica, ainda hoje discutidos pelos cientistas planetários.
Espera-se que o rover 2020 possa examinar amostras no nível microscópico, buscando por texturas, formatos, mineralogia, conteúdo orgânico e química elementar até nos grãos individuais de uma amostra. A respeito do recipiente onde alguns dos materiais coletados serão estocados já existe um protótipo, mas os detalhes da missão que os trará de volta para a Terra ainda não são conhecidos. Alguns de fato ficaram desapontados pelo novo robô não buscar por vida existindo em Marte hoje, mas os cientistas responsáveis pela definição do projeto afirmam ser esse objetivo ainda prematuro.
Basicamente afirmam que não existem evidências de que a vida em Marte foi abundante o suficiente para que seja levado um instrumento específico para procurá-la, se existir hoje. Os cientistas dizem que o ambiente do planeta nos dias atuais é hostil demais para a vida e que faz mais sentido procurar por sinais de vida no passado, quando Marte era mais quente e úmido. Também alegam que procurar por micróbios hoje seria limitar as possibilidades de descobrir mais a respeito da história do planeta, o que uma instrumentação para buscar vida marciana passada poderia ajudar a desvendar.
Enquanto isso, o Curiosity iniciou uma longa viagem de 8 km até seu objetivo principal, a base do Monte Sharp, quase ao centro da imensa cratera Gale, onde pousou em 05 de agosto de 2012. O rover investigou um afloramento de rochas chamado de Shaler e em 04 de julho rodou por 18 metros. Outra viagem de 40 m aconteceu em 07 de julho, rumo ao Monte Sharp. Este foi escolhido por abrigar, em suas encostas, inúmeras camadas geológicas que são um registro do passado de Marte. O Curiosity já tem seu lugar na história, por ter determinado, graças à análise de amostras feitas a bordo, a existência de elementos no planeta que são essenciais à vida, comprovando que Marte foi habitável no passado. Seu irmão mais velho, o Opportunity, igualmente fez descobertas recentes comprovando que a vida marciana pode ter existido.
Veja imagens do projeto do Rover 2020 da NASA
Vídeo: Marte pode ter abrigado vida
Vídeo: Curiosity filma a passagem da lua marciana Phobos
Imagem de um bilhão de pixels enviada pelo Curiosity
Opportunity quebra recorde de quilometragem em Marte
Opportunity encontra novas evidências de que Marte pode ter abrigado vida
Marte teve condições de abrigar vida
Saiba mais:
Livro: UFOs na Rússia
DVD: I UFOZ 2012 – Conferência de Marco Petit
Contato Final: Sinais na Terra e no Espaço
Este DVD mostra a conferência que analisa o progressivo aumento nas demonstrações da presença e da atividade alienígena em nosso planeta e no Sistema Solar e sua relação com o processo de abertura ufológica frente às descobertas realizadas. O trabalho, mostrado no IV Fórum Mundial de Ufologia, apresenta a constatação de que extraterrestres já estão estabelecidos em nosso mundo, além de outros planetas vizinhos, aguardando o momento da revelação definitiva de sua presença.