Daqui pouco mais de um ano, em 14 de julho de 2015, a nave New Horizons, lançada em 19 de janeiro de 2006 pela NASA, estará em seu ponto mais próximo do planeta anão Plutão. Será a primeira vez que um engenho humano passará por um mundo não visitado anteriormente desde que, em 25 de agosto de 1989 a Voyager 2 passou por Netuno, encerrando mais de uma década de exploração planetária.
A fim de realizar a viagem no menor tempo possível, pois Plutão está se afastando do Sol e sua superfície pode em poucos anos estar coberta por sua atmosfera congelada, a New Horizons foi acelerada no lançamento até 58.536 km/h, a maior velocidade que a civilização terrestre já imprimiu a uma nave. Também realizou uma passagem por Júpiter em 28 de fevereiro de 2007 a fim de ganhar mais velocidade. Entretanto, a marca absoluta ainda pertence à sonda Voyager 1, que percorre 520 milhões de km por ano.
A New Horizons somente passará por Plutão e sua grande lua Charon (Caronte), seguindo depois para o Cinturão Kuiper, uma vasta região de corpos rochosos e de gelo nos limites do Sistema Solar. A fim de vasculhar essa região para procurar possíveis alvos para a missão, a NASA irá utilizar o telescópio espacial Hubble. Avistar pequenos corpos escuros evidentemente não será fácil e a intenção é observar os Objetos do Cinturão Kuiper (KBOs), contra o pano de fundo das estrelas. A esperança é localizar alguns pequenos mundos que a nave poderia investigar de perto.
POLÊMICA SOBRE PLUTÃO PODE SER RETOMADA
O Hubble já foi utilizado como apoio à missão New Horizons, tendo descoberto novas luas de Plutão, Nix e hydra em 2005, Kerberos em 2011 e Styx em 2011. Caronte, cujo tamanho é de quase metade do de Plutão, foi desvendada em 1978. O mesmo aconteceu com Plutão em 1930, pelo astrônomo Clyde Tumbaugh (04/02/1906-17/01/1997), e como homenagem a ele a nave leva a bordo parte de suas cinzas. Sem dúvida a New Horizons irá acrescentar novas informações de Plutão e a região do Sistema Solar situada além da órbita de Netuno. Contudo, a missão pode reacender uma polêmica a respeito desse distante mundo.
A União Astronômica Internacional (IAU), em 24 de agosto de 2006 apresentou uma nova definição de planeta, sendo este um corpo que orbita um sol sem ser satélite de outro corpo, grande o suficiente para ter formato esférico e limpado sua vizinhança da presença de outros corpos. De acordo com a maioria dos astrônomos reunidos, Plutão não preenche este último requisito e foi, portanto, reclassificado como planeta-anão. Essa categoria, além de Plutão, abriga Ceres, situado no cinturão de Asteroides entre Marte e Júpiter, e os objetos do Cinturão Kuiper Haumea, Makemake e Eris.
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