O mistério sobre os ataques às ovelhas na zona rural do município de Cruz, distante 90km de Sobral, ainda continua sem explicação. Pelo menos é o que contam os agricultores que tiveram alguns animais sofrendo com a anomalia e morrendo logo em seguida.
Uma equipe do Centro Sobralense de Pesquisa Ufológica (CSPU) esteve na região entre os municípios de Cruz e Bela Cruz, para ouvir relatos de pessoas das localidades onde os animais foram vitimados. “Descartamos qualquer possibilidade do ataque ter sido ocasionado por outro animal, pelo fato das ovelhas mutiladas não apresentarem sinais de que tenham lutado ou se debatido”, disse o presidente do grupo, Jacinto Pereira.
O material coletado junto aos espécimes será objeto de análises e foi tema central do encontro entre moradores, pesquisadores e interessados, realizado na noite do dia 28 em Sobral. Ufólogos fizeram um estudo nas ovelhas, nos ambientes onde os exemplares eram criados, bem como dos fatos ocorridos na região, onde exatos 25 animais, dentre ovinos e caprinos, apareceram sem os olhos.
Os relatos dos criadores são fundamentais para ajudar a desvendar o enigma. No entender dos pesquisadores do Centro, tratam-se de casos sob requintes de crueldade, praticada com instrumentos cirúrgicos de alta precisão. “Nos animais que ainda não foram sacrificados, percebe-se que o corte para a extração do globo ocular foi realizado com um instrumento muito afiado, ofendendo inclusive parte do crânio do animal e deixado o fibramento do tecido ósseo exposto”, destaca Jacinto Pereira. Nas delegacias de polícia de Cruz e Bela Cruz, até o fim da tarde de ontem, não havia registros de Boletins de Ocorrências (B.O.) registrados sobre o assunto.
A análise da equipe constatou também que os animais não perderam sangue e não apresentaram aspecto de luta contra os agressores. Na avaliação dos criadores, isto também não pode ser tratado como um surto ou epidemia de uma patologia. “Se fosse algum tipo de doença, que fizesse cair os olhos dos ovinos, a gente encontraria esta parte em qualquer lugar. O pior é que elas não foram encontradas no local onde os animais estavam e em lugar algum”, disse o agricultor Manuel Messias, que teve o maior número de reses atacadas.
A propriedade em que houve perda no rebanho fica próximo à Lagoa dos Espinhos, distante 10km de Cruz. Enquanto não há uma explicação para a agressão e morte contra os animais nos municípios da Zona Norte, crescem as especulações em torno do caso. Até agora, somente os ufólogos têm demonstrado mais interesse em avaliar o problema, por meios de amostras, fotos e relatos.
Voltaremos a qualquer instante com mais informações. Abaixo, alguns vídeos sobre as mutilações: