TIPO 1, VARIAÇÃO 1 (TI.V1) (18 casos) — Esta é, sem dúvida, uma das mais interessantes variações de tripulantes. Os ocupantes, além de apresentarem u ma aparência totalmente humana, agem com uma naturalidade impressionante em relação ao meio ambiente e as testemunhas (além de muitas vezes falarem a língua da região onde desceu o objeto). O que faz com que se note sua origem não terrestre são as características dos objetos que pilotam (disco ou objeto ovóide) e outros fenômenos ocorridos na dinâmica do caso. Altura variando entre 1,60 m e 1,70 m, cabelos ruivos, expressões faciais normais e belas, apresentando algumas vezes um olhar penetrante. Pele de cor normal ou ligeiramente escura (há um caso com tripulantes com ambas as cores de pele, vistos juntos). A vestimenta em geral é um macacão de duas peças ou tipo uniforme com botas curtas. Não são agressivos, não usam armas e tendem a se aproximar das testemunhas, sendo que em 10 casos lhes dirigiram a palavra, em 7 deles em língua desconhecida. Estranho é o fato de dirigirem a palavra numa língua desconhecida para as testemunhas sabendo que não serão entendidos.
Caso Típico: Quilmes, Província de Buenos Aires, Argentina — 20 de julho de 1965 (este caso foi pesquisado pelo ufologista argentino Fábio Zerpa (9) e as autoridades policiais, assim como a Marinha, ordenaram investigações).
“O comerciante Raúl Eduardo Pereyra viajava entre Quilmes e Lomas quando viu o que lhe pareceu ser um avião acidentado cair. Indo investigar, encontrou um objeto ovóide pequeno, com um domo transparente, assentado no chão sobre duas patas. Ao lado estava um homem de aparência jovem, 1,70 m de altura, rosto normal, cabelos ruivos puxados para trás, vestindo macacão de vôo de cor gris e botas curtas. Trazia um binóculo no peito e um papel na mão. Pereyra se aproximou sem ser visto e notou um outro homem sentado dentro do aparelho.
O tripulante que estava fora do objeto notou sua presença e veio em sua direção com uma expressão de raiva no rosto. Tentando acalmar a situação Raúl disse: “Que le passa maestro?”. O homem voltou e entrou no objeto que subiu verticalmente com um zumbido e depois disparou em vôo horizontal à grande velocidade”.
TIPO 1, VARIAÇÃO 2 (T1.V2) (5 casos) — Ser de aparência humana normal, com altura entre 1,70 m e 2 m. Rosto normal com pele clara. Físico normal ou delgado com vestimenta colante. Mantém-se sempre à grande distância das testemunhas, o que faz com que existam poucos dados físicos desta variação. As atitudes de agressão parecem ser mais uma reação às agressões das testemunhas.
Caso Típico: Crixás, Goiás, Brasil — 13 de agosto de 1967 (este caso foi pesquisado pelo Grupo Gaúcho de Investigações de Objetos Aéreos Não Identificados (GGIOANI) e também pela Força Aérea Brasileira (10)).
“O agricultor Inácio de Souza retornava para sua fazenda, juntamente com sua esposa, quando percebeu um enorme objeto discóide pousado na pista de aterrissagem perto da casa. Junto ao objeto havia 3 seres aparentemente normais que vestiam uma malha colante de cor amarela ou estavam nus. Ao verem o casal, um deles apontou em sua direção e os 3 começaram a correr para as testemunhas. Assustado, Inácio mandou sua esposa correr para casa enquanto tirava sua Winchester Cal. 44 que carregava no ombro e desferiu um tiro preciso na cabeça do ser mais próximo que vinha em sua direção (a distância seria de 60 m). No mesmo instante, saiu do objeto um jato de luz verde, atingindo Inácio no peito. Este perdeu as forças e caiu no chão. Sua esposa voltou e pegou a arma. Quando apontou para os seres estes já estavam entrando no objeto. O disco subiu verticalmente emitindo um zumbido.
Não foram encontradas marcas de sangue no local. Inácio morreu 59 dias depois do incidente com sintomas aparentes de leucemia aguda”.
TIPO 1, VARIAÇÃO 3 (TI.V3) (4 casos) — Esta variante é muito bem caracterizada pela altura (2 m ou pouco mais), pelo tipo de vestimenta ajustada com escamas luminosas e pelo uso de uma arma em forma de bola luminosa. Todos os casos ocorreram na Argentina.
Caso Típico: Vila Carlos Braz, Córdoba, Argentina — 14 de junho de 1968 (este caso teve uma grande repercussão na época de sua ocorrência, pesquisado por Oscar A. Galindéz).
“A jovem Maria Elodia Pretzel terminava de se despedir de seu noivo quando, ao entrar novamente no hotel em que trabalhava, junto a uma estrada, deparou com um indivíduo alto (cerca de 2 m), magro, vestindo algo como uma espécie de malha ajustada composta por pequenas escamas luminosas ou fosforescentes, que lhe cobria todo o corpo exceto cabeça e mãos. Possuía cabelos ruivos puxados para trás, sobrancelhas brancas e sorria amigavelmente mostrando lábios finos e dentes perfeitos. Da ponta dos dedos das mãos e dos pés saíam raios luminosos. Na mão esquerda carregava uma esfera que emitia fortes jatos luminosos. Na mão direita, via-se claramente uma espécie de anel semelhante a uma manopla cobrindo a metade da mão. Cada vez que o ser levantava essa mão, a moça sentia que lhe faltavam às forças, quando baixava-a, tudo voltava ao normal. Movia os lábios numa linguagem estranha.
Começou a caminhar na direção da jovem e esta começou a sentir como se sua cabeça estivesse cheia de \’bolhas\’, e os ouvidos como se estivessem tapados. Nesse momento, a luz da esfera se apagou, o ser fez um giro e se dirigiu na direção da porta, que se abriu sozinha para sua passagem. Ao vê-lo de costas, a jovem notou uma espécie de capa curta, também com escamas luminosas, que lhe caia sobre os ombros. Sentindo lhe faltar as forças, a jovem caminhou apoiando-se nos móveis até a porta da cozinha, quando perdeu os sentidos.
O pai de Elodia, dono do hotel, ao chegar pouco depois, notou dois potentes focos luminosos de cor vermelha a uns 50 metros de distância. Ao entrar no hotel encontrou sua filha desmaiada”.
TIPO 2, VARIAÇÃO 1 (T2.V1) (13 casos) — Classificar os hum
anóides de pequena estatura é realmente uma tarefa insana. Seu número é enorme (62% dos casos) e apresentam uma grande variabilidade. Algumas vezes, surgem em grande quantidade por caso (temos 1 caso com 12 ocupantes) e mantêm uma atividade quase que totalmente noturna. São extremamente ativos, rápidos, vivazes e reagem imediatamente a qualquer tipo de excitação externa. Fogem quando percebem que estão sendo observados.
Neste tipo, tivemos que usar a corda peie para separar as variantes. Esta variante apresenta pele de cor normal ou clara. Altura de 1 m a 1,2 m. Físico normal ou forte. Vestem quase sempre uma espécie de uniforme, em alguns casos com luz brilhante sobre o peito.
Caso Típico: Toscana, Itália — 30 de outubro de 1954 (este é um dos casos clássicos na história dos discos voadores. Os pesquisadores e as revistas leigas no assunto não se cansam de citá-lo e repeti-lo. E com razão, pois é um caso de altíssimo crédito. Pesquisa feita por Roberto Pinotti e Pim Luiz Sam do Centro Ufológico Nazionale, Roma (11)).
“A testemunha, Srª Rosa Lotti Danielli, ainda é viva (12) e repete a mesma história há 26 anos: estava se dirigindo para o cemitério da Vila de Bucine quando repentinamente observou um objeto com a forma de dois cones ligados pela base, assentado verticalmente sobre a grama. Dois pequenos assentos eram visíveis por uma porta dentro da parte inferior do objeto. Por detrás do objeto surgiram dois anões com cerca de 1 metro de altura usando roupas ajustadas de cor gris e capacetes vermelhos com o rosto descoberto. O rosto era cheio e os olhos ligeiramente puxados. Os seres aproximaram-se da Srª Danielli sorrindo e emitindo palavras ininteligíveis. Tiraram de suas mãos um ramalhete de flores e um par de meias, retornando ao objeto. A Srª Danielli fugiu e comunicou o caso a policia”.
TIPO 2, VARIAÇAO 2 (T2.V2) (4 casos) — Seres de pequena estatura e pele escura. Altura de 70 cm a 1 m, rosto de aparência normal. Atitude aparentemente amigável.
Caso Típico: Garanhuns, Pernambuco, Brasil — 10 de setembro de 1965 (o presente caso foi investigado pelo ufologista Dr. Walter Bühler, da SBEDV Rio de Janeiro).
“O agricultor Antônio Pau Ferro da Silva estava trabalhando pela manhã em seu campo de milho, quando ouviu um zumbido acompanhado da descida de um objeto discóide de um metro e meio de diâmetro. O objeto ficou suspenso a 30 centímetros do solo, saindo dois pequenos seres de cerca de 70 centímetros de altura. Sua aparência era normal, apresentavam uma pele escura lisa e vestiam uma roupa justa. Antônio ficou petrificado de terror, olhando para os tripulantes que colheram e examinavam alguns tomates, enquanto conversavam entre si num palavreado incompreensível.
A seguir, olharam sorrindo para o agricultor e se aproximaram um pouco. A distância era menos de 8 metros. Antônio notou que no outro lado do grótão onde os acontecimentos estavam se desenvolvendo passava uma criança caminhando, mas esta parecia não tomar conhecimento do que estava acontecendo. Após alguns minutos, os seres retornaram ao objeto, que levantou vôo verticalmente com um zumbido agudo que foi ouvido por outras pessoas naquela área”.
TIPO 2, VARIAÇÃO 3 (T2.V3) (3 casos) — Seres pequeninos de cor verde. Ao contrário de tão divulgada idéia de que os discos são pilotados por “homenzinhos verdes”, estes 3 casos atingem apenas 2 por cento do total. Talvez a origem dessa idéia deva-se ao fato de uma grande parte dos tripulantes apresentarem vestimenta de cor esverdeada.
Caso Típico: Norco, Califórnia, EUA — Primavera de 1954 (o caso a seguir foi pesquisado peto ufologista norte-americano Donald B. HanIon).
“Um casal e sua filha estavam almoçando, quando ouviram ruídos metálicos e saíram para verificar o que era. Localizaram no ar um objeto alongado com um domo, dentro do qual havia 5 \’homens\’ . Tinham pele cor oliva-escura, olhos e cabelos escuros e rosto alongado com uma testa alta. Um dos homens se inclinou mais para frente e olhou atentamente para as testemunhas. A mulher disse que “ele parecia olhar através de mim”. O ruído ficou maior e o objeto disparou horizontalmente. A mulher acha que talvez a distorção do rosto fosse causada pelo \’vidro\’ da cúpula”.
TIPO 3, VARIAÇÃO 1 (T3.V1) (5 casos) — Esta variante inclui os ocupantes de altura normal (1,65 m a 1,72 m) de aparência masculina e apresentando cabelos longos. Este tripulante tem um procedimento similar ao T1.V1, parecendo se sentir à vontade no ambiente terrestre. Predomina uma atitude amigável. O Brasil tem sua preferência com 4 casos.
Caso Típico: Venâncio Aires, RS, Brasil — 9 de dezembro de 1954 (este caso é o resultado de um excelente levantamento feito pelo repórter Licurgo Cardoso para a revista O CRUZEIRO (14), na região de Venâncio Aires, sobre os aparecimentos de dezembro de 1954).
“O agricultor Olmiro da Costa e Rosa trabalhava em sua lavoura quando ouviu um ruído e percebeu os animais fugirem, Ao se virar, deparou-se com um estranho individuo de tamanho médio, físico robusto, rosto de palidez cadavérica, cabelos louros soltos e compridos, olhos puxados. Mais atrás, parado a 1 metro e meio do solo, havia um objeto discóide com cúpula, de uns 15 metros de diâmetro. Dentro do aparelho estava um homem com a cabeça de fora através de uma escotilha. Um terceiro indivíduo examinava a cerca de arame farpado. Vestiam macacões de cor marrom e pareciam gêmeos.
Surpreso, Olmiro deixou cair a enxada que tinha nas mãos. O indivíduo que estava perto pegou-a, examinou-a e entregou-a ao lavrador. De imediato, colheu um pé de feijão e outro de milho. Quando o agricultor fez menção de se aproximar do aparelho o tripulante que se achava junto à cerca fez sinal para que parasse. Olmiro se aproximou deste e, percebendo que o mesmo se interessava por algumas ovelhas, ofereceu uma com palavras e gestos, recebendo um sinal negativo como resposta. A seguir, não sabe dizer como ficou sozinho e só se lembra que viu o objeto subir verticalmente e disparar em vôo obliquo. No ar permaneceu um forte cheiro de carvão de pedra queimado, por algum tempo”.
TIPO 3, VARIAÇÃO 2 (T3.V2) (6 casos) — Tripulantes pequenos (1,25 m a 1,50 m; com cabelos longos. Predomina uma certa rapidez e atividade típica dos tripulantes de baixa estatura. Pele clara, rosto normal com queixo saliente em 2 casos e testa alta em 1. A vestimenta é uma espécie de macacão com cinturão. Em 2 casos, as testemunhas relataram ter sentido uma espécie de “pressão” sobre a testa. Metade dos casos ocorreram no Brasil.
Caso Típico: Céres, Goiás, Brasil — 10 de outubro de 1957 (sem dúvida este foi um dos casos que movimentou o maior número de autoridades públicas de alto escalão. Ele envolve um depoimento colhido pelo Juiz de Direito de Céres na época, Dr. Gabriel Barbosa de Andrade, e enviado em ofício ao Secretário do Interior e Justiça do Estado de Goiás, Dr. Joaquim Neves Pereira, e examinado também pelo Secretário de Segurança Pública de Goiás, Sr. Antenor Gomes. O ofício foi publicado na imprensa de Goiânia).
TRANSCRIÇÃO — “Relativamente ao objetivo de sua recente viagem a esta cidade, consegui entrevistar o Sr. Miguel Navarrete, presenciando esta entrevista o Deputado Paulo Roberto de Carvalho. Em resumo, declarou-me o entrevistado o seguinte: no dia 10 de outubro, quando se dirigia de caminhão para esta cidade, aquém 4 quilômetros do lugar denominado “Quebra Coco”, deste Município, chamou a atenção do chofer do caminhão um grande clarão luminoso, além de uma ligeira subida. Ao galgarem esta, descobriram, a uns dois quilômetros adiante, um enorme aparelho luminoso que iluminava grande área, embora estivesse um pouco elevado. A intensa claridade ofuscava a vista dos que estavam no caminhão, pondo o chofer em pânico e paralisando o motor deste veículo. O disco voador sobrevoou o caminhão e depois parou ao lado deste, distante uns 40 metros, e começou a descer. Quando estava a uns 6 metros de altura, parou no ar e sua luz apagou, permanecendo apenas a de uma “torre-antena” de uns 40 metros de altura, toda de luz vermelha.
Repentinamente, abriu-se uma porta, parecendo automática (como as dos aviões Convair), surgindo duas pessoas, depois mais duas, depois ainda mais duas, em seguida uma sétima, que passou por entre elas em que se puseram as demais, contemplando todos, por uns três minutos, o caminhão. Todas essas pessoas pareciam com os homens da Terra, mas tinham os cabelos alongados e vestimenta luminosa à altura do tórax.
O motor do caminhão não funcionou durante todo esse tempo, não obstante os esforços do chofer para fazê-lo trabalhar. O disco voador tinha uns 140 metros de diâmetro por uns 40 de altura, ovalado desigualmente, isto é, a parte superior mais alta, onde estava a antena, tudo à maneira de dois pratos superpostos, mas separados um do outro por um círculo de uns 20 metros de espessura. Nesse círculo central se situava a porta. O interior do disco tinha uma luz infravermelha.
Fechada a porta, o aparelho subiu uns 500 metros, quando dele se desprendeu um disco menor que seguiu a direção norte, enquanto o maior se dirigiu em direção sudeste. O entrevistado e seu companheiro ficaram um tanto traumatizados por vários dias, embora seja aquele engenheiro de mineralogia e oficial da Marinha Espanhola, e sempre tivesse sido antes contrário à existência dos discos”.
TIPO 3, VARIAÇÃO 3 (T3.V3) (3 casos) — Tripulantes de cabelos longos e altura de 2m ou pouco mais. Têm uma aparência robusta e belos traços faciais. Como nas variações anteriores deste tipo, os aparecimentos são principalmente no Brasil (2 casos e o outro na Argentina).
Caso Típico: Lagoa Negra (município de Via mão), RS, Brasil — Janeiro de 1968 (caso investigado pelo Grupo Gaúcho (15)).
“As testemunhas, um fazendeiro, sua esposa, 2 filhos e o peão da fazenda, pediram para ficar anônimos. Pouco depois do escurecer, as 5 pessoas observaram um objeto discóide intensamente luminoso descer nas margens da Lagoa Negra, a uns 390 metros da casa. Os dois homens aproximaram-se e se esconderam num declive do solo para observar melhor. A mulher e as crianças entraram na casa. A intensa luminosidade do objeto não permitiu ver como surgiram, perto do mesmo, dois indivíduos de dois metros de altura, robustos, cabelos longos e negros, caindo sobre os ombros. O rosto era cheio e a pele clara. Tinham mãos alongadas e os pés estavam descalços. Vestiam macacões brancos com uma larga faixa na cintura. Caminhavam rígidos, sem dobrar os joelhos.
A seguir, apareceram mais 3 tripulantes de cerca de 1,40 m de altura, pele branca, cabelos longos, usando macacões marrons com faixa na cintura e pequenas bolas. Tinham caminhar rígido, porém rápido, e permaneceram todo o tempo debaixo do disco. Os tripulantes maiores caminharam até acerca de arame que separava a casa do local da aterrissagem e pararam na frente de um valo que corria ao longo da mesma, Voltaram ao disco e retornaram à cerca, desta vez diretamente para a porteira. Caminhavam com largos “passos de ganso”, parecendo deslizar sobre o chão. Pararam em frente a um pequeno estrado de madeira colocado sobre o valo em frente â porteira. Voltaram ao objeto. Retornaram pela terceira vez cm direção à porteira, atravessaram o vão de madeira, abriram a porteira, passaram, fecharam a porteira, e se dirigiram em direção à casa. Os 5 cães de guarda da casa, normalmente ferozes contra estranhos, permaneceram indiferentes. Alarmado pela passividade dos cães, o peão resolveu sacar sua arma e interpelar os seres, mas foi dissuadido disso por seu patrão (16).
Os tripulantes se aproximaram até uns 60 metros da casa. Dentro desta, a luz do objeto penetrava pelas frestas e se esparramava, inundando toda a sala. A menina, que espiava tudo com sua mãe, exclamou: “Mãe, eles parecem santos!” Nesse momento, a senhora ficou amedrontada e chamou os homens para dentro. Cada vez que gritava por seu marido, os tripulantes paravam e continuavam depois. Isso se repetiu várias vezes até que eles retornaram ao objeto. Todos os ocupantes sumiram como haviam aparecido junto ao objeto, que subiu verticalmente.
No dia seguinte, foram encontradas dois tipos de pegadas: pés grandes e descalços com dedos longos, e de pequenos sapatos com uma marca em forma de estrela de 5 pontas na parte da sola”.
TIPO 4, VARIAÇÃO 1 (T4.V1) (1 caso) — Seres com pele de aspecto grosseiro, parecendo queimada. Altura normal (1,70 m).
Caso Típico: Durler, Pennsylvania, EUA — 20 de março de 1967 (pesquisa feita por Robert A. Schmidt do Pittsburgh UFO Research Institute).
“As testemunhas, de alto conceito social, solicitaram manter seus nomes em sigilo. Um casal e sua filha estavam em sua fazenda quando surgiram estranhas luzes no céu. O pai e a filha saíram de carro para investigar. Nada encontrando, estacionaram o Volks quando surgiram dois globos luminosos voando à baixa altura na direção do carro, porém sumindo a 50 m de distância. Inesperadamente, surgiram a poucos metros do carro um grupo de 5 indivíduos parados no meio da estrada. Enquanto seu pai ligava o motor, a moça olhou atentamente para os seres: \’Eles estavam à cerca de 3 metros do carro. Eram semelhantes a seres humanos, mas seus rostos não tinham expressão e eram diferentes do rosto humano. Os olhos não passavam de traços horizontais longos. Seus narizes eram finos e pontudos, semelhantes aos humanos, e suas bocas também eram somente traços como os olhos. Quatro deles tinham altura normal (1,70 m); e o quinto era menor, com 1,50 m. Todos usavam “quepes”, debaixo dos quais apareciam cabelos ruivos, sendo q
ue no ser menor caía até os ombros. Penso que seria uma mulher. Não vi ouvidos\’.
A pele de suas faces e mãos tinha um aspecto grosseiro, parecendo um tecido cicatrizado ou pele que tivesse sido severamente queimada. Todos se vestiam igualmente com uma roupa solta, parecendo desarrumados: camisas fora das calças e calças como de caçador. Ficaram parados sem fazer nenhum ruído.
O pai da moça teve que desviar o carro para não atropelar os indivíduos. Mais tarde, ela informou que enquanto as luzes se aproximavam do carro ouviu um coro de vozes, como dentro de sua cabeça, repetindo: \’Don\’t move… don\’t move…\’ (não se movam), tornando-se mais lento e alongado, \’dooonnn\’ttt mooovvveee…\’. Seu pai, entretanto, diz não ter ouvido as vozes. Neste caso o \’fator estranheza\’ se manifesta de forma mais acentuada”.
TIPO 4, VARIAÇÃO 2 (T4.V2) (4 casos) — Tripulantes com pele de aspecto grosseiro (enrugada, com caroços ou buracos) e estatura entre 90 cm e 1,20 m. Todos os casos ocorreram nos EUA. Em 2 deles, os ocupantes dirigiram a palavra as testemunhas numa linguagem ininteligível e num inglês mal falado.
Caso Típico: Ririe, Idaho, EUA — 2 de novembro de 1967 (caso pesquisado pela National Investigation Committee on Aerial Phenomena (NICAP) (17), de Washington).
“Dois jovens índios, Guy Tossie e Will Begay, tiveram seu carro parado por um objeto discóide com cúpula. O domo era transparente e dentro se viam dois pequenos seres. O domo do objeto se abriu e dele saiu um dos seres flutuando em direção ao solo (este fenômeno ocorre em outros casos). Tinha cerca de 1 metro de altura e levava uma mochila nas costas. Seu rosto era oval e a pele intensamente esburacada e enrugada. Dois olhos pequenos e redondos e uma boca reta, semelhante a um risco, completavam suas características faciais. Orelhas enormes salientavam-se para cima de sua cabeça calva.
O ser aproximou-se pelo lado do motorista e entrou no carro. Tossie e Begay encolheram-se para a direita aterrorizados. O carro foi levado para um campo próximo. Quando parou, Tossie saltou e fugiu. Begay ficou no carro em estado de choque, ao lado do estranho ser que lhe dirigia estranhos sons, rápidos e altos, \’ como de um pássaro\’. O outro ser, que havia perseguido Tossie, retornou ao carro e ambos flutuaram de volta ao objeto, depois, em zig-zag. Quando Tossie retornou com socorro, encontraram Begay em estado de choque, o motor do carro funcionando e as luzes acesas.
A investigação feita pelo NICAP descobriu que outro homem havia tido um encontro semelhante na mesma noite, mas este se recusou a dar detalhes do caso”.
TIPO 4, VARIAÇÃO 3 (T4.V3) (5 casos) — Seres apresentando pele de aspecto estranho ou grosseiro (escura ou clara) e variações na forma ou tamanho da cabeça. Em 4 casos a cabeça era calva e em 3 os olhos eram grandes e redondos. Estatura de 90 cm a 1,20 m. O físico pode apresentar algumas variações, como braços longos ou pernas curtas.
Caso Típico: Village Cussac, França — 29 de agosto de 1967 (caso pesquisado por Joel Mesnarde Claude Pavy, do grupo GEPA (18), França).
“François Depleuch, de 13 anos, e sua irmã Anne-Marie, de 9 anos, cuidavam de um rebanho de vacas quando perceberam no campo, a uns 40 metros de distância, 4 indivíduos que pareciam crianças. Tinham 1 m a 1,20 m de altura, eram todos pretos de rosto e roupa, mas de um aspecto brilhante, que François compara à seda. Não se distinguia se era roupa ou a própria pele. Os braços eram um pouco mais longos e finos do que conhecemos. A cabeça, embora de proporções normais, era pontiaguda. Queixo saliente e nariz pontudo. Não foram percebidos olhos, boca ou orelhas. Apresentavam barba em ambos lados do rosto e um pequeno tufo de cabelos no queixo. François e Anne-Marie notaram, perto dos mesmos, entre as árvores, uma enorme esfera brilhante.
François então gritou: \’Vocês vieram brincar conosco?\’ Os seres se viraram surpresos e imediatamente um deles levantou vôo verticalmente e “mergulhou” de cabeça na parte superior da esfera. Os outros 3 também fizeram o mesmo, mas um deles retornou e pareceu pegar alguma coisa no chão, voltando para a esfera, quando esta já estava no ar a uns 15 metros de altura, e também “mergulhou” de cabeça por sua parte superior. A esfera aumentou intensamente de luminosidade e disparou horizontalmente. Sentia-se um forte cheiro de enxofre no ar e o gado se mostrava agitado. Não foi notado nenhum aparelho que possibilitasse o vôo dos seres”.
TIPO 5, VARIAÇÃO 1, (T5.V1) (4 casos) — Esta variante se caracteriza por seres apresentando uma cabeça desproporcionalmente grande em relação ao corpo e olhos de tamanho e aspecto normal. A altura dos seres, na maioria dos casos, é de 1,20 m.
Caso Típico: Valensole, França — 1º de julho de 1965 (pesquisa feita pelo ufologista francês Aimê Michel) (19).
“O agricultor Maurice Masse se dirigia ao trabalho, de manhã cedo, quando topou com um objeto de forma ovalada, com cúpula, pousado a uns 6 metros de distância. Perto, haviam dois seres pequenos examinando os pés de alfazema. Tinham cerca de 1,20 m de altura e uma cabeça enorme, cerca de 3 vezes o normal, em forma de abóbora e sem cabelos. Seus rostos tinham dimensões e características humanas. As maçãs do rosto eram salientes e o queixo bastante pronunciado. Os olhos eram normais e se moviam, mas a boca não tinha lábios, \’parecendo um buraco\’. Apele do rosto era lisa e albina. Vestiam roupa inteiriça ajustada, ficando à descoberta a cabeça e as mãos. Em cada lado da cintura levavam uma pequena caixa.
Um dos seres notou sua aproximação e lhe apontou um tubo, deixando-o paralisado. Mesmo paralisado, Maurice podia ver o que se passava na sua frente: o ser colocou o tubo na caixa do lado esquerdo da cintura e ambos os seres ficaram olhando para ele, emitindo sons articulados. Em seguida, retornaram ao objeto, que disparou num ângulo de 45 graus, emitindo um som agudo.
A paralisia de Maurice durou 15 minutos e a partir daquela data ele passou a dormir 12 a 15 horas por dia, chegando a dormir 24 horas seguidas de uma vez, quando antes só dormia 4 ou 5 horas por dia. No local da aterragem foram encontradas marcas pela polícia, e nos anos que se seguiram só cresceu grama no local, não se desenvolvendo os pés de alfazema”.
TIPO 5, VARIAÇÃO 2 (T5.V2) (7 casos) — Incluem-se nesta variação os seres de cabeça desproporcionalmente grande em relação ao corpo e olhos também grandes e redondos. Estatura de 90 cm a 1,20 m, atingindo 1,40 m num caso.
Caso Típico: Vila Santina, Carnia, Itália — 14 de agosto de 1947(caso pesquisado por Gianni Settimo20, do Centro Studi Clipeologici, Turin, Itália).
“Este é um dos casos mais antigos com tripulantes e também um dos mais clássicos. Talvez daqui tenha nascido a idéia dos “homenzinhos verdes” como tripulantes de UFOs.
O pintor italiano Repuzzi L. Johannis pintava uma paisagem campestre quando percebeu, a uns 50 metros de distância, um objeto discoidal pousado. Perto haviam 2 seres de 1 metro de altura, vestindo macacões azul-escuro com punhos, cinto, e colarinho vermelhos. Na cabeça traziam um grande capacete, deixando apenas o rosto descoberto. A pele do rosto tinha uma cor marrom-esverdeada e seus olhos eram enormes e redondos, rodeados por uma espécie de anel. Não apresentavam pestanas nem sobrancelhas. O nariz era reto e comprido, cortado em ângulo na ponta. A boca parecia uma rachadura em forma de um “V” invertido.
Convencido de que se tratava de uma brincadeira de crianças, gritou para eles. Como resposta, um dos seres levou a mão ao cinto e do centro do mesmo saiu um jato de fumaça que, ao atingir Johannis, o fez cair imobilizado no chão. Os seres se aproximaram e um deles pegou o pincel do pintor. Johannis fez um esforço e girou sobre si mesmo, podendo ver aquele indivíduo de perto. Sua mão era como uma garra verde com 8 dedos, 4 opostos a outros 4. Os seres voltaram ao objeto levando o pincel, enquanto o pintor se recuperava lentamente.
Mais tarde, Johannis revelou outro detalhes, indicando que os seres pareciam respirar com dificuldade, pesadamente, notando-se inclusive os movimentos do tórax. Em 1964, escreveu a Gianni Settimo acrescentando que não se lembrava se o risco da pupila era vertical, horizontal, ou se não existia. Sendo um artista demérito, a testemunha fez um desenho dos tripulantes que se tornou clássico.
TIPO 6 (T6) (7 casos) — Incluem-se neste tipo todos os tripulantes cujo corpo é coberto de pêlos. Na época de sua ocorrência, em 1954, estes casos sofreram polêmicas devido a preconceitos existentes então. Hoje existe literatura especializada nos Estados Unidos sobre seres peludos, mas preferimos evitar os casos norte-americanos devido à contaminação com o folclore daquele país (o “Sasquatch” e outros seres similares).
Todos os casos ocorreram em 1954, sendo 4 em outubro, na França, e 3 na Venezuela, em novembro e dezembro. Estatura de 90 cm a 1,20 m, rosto e corpo coberto de pêlos, sendo os olhos descritos como “grandes” em 3 vezes. Usavam vestimenta, uma única vez descrita como uma espécie de batina. Em 3 casos, na Venezuela, houve luta. Paradoxalmente, em 2 casos, na França, os seres pareceram amigáveis, dirigindo palavras ininteligíveis às testemunhas.
Caso Típico: Caracas, Venezuela — 28 de novembro de 1954.
“Às 2 horas da madrugada, Gustavo Gonzaléz e José Ponce guiavam um caminhão rumo ao mercado de Petare, quando foram obrigados a parar, visto a rua estar bloqueada por uma enorme esfera luminosa suspensa a 2 metros do solo. Gonzaléz foi investigar quando um pequeno ser de um metro de altura e todo coberto de pêlos veio em sua direção. Seus olhos pareciam brilhar, \’como olhos de gato\’. Gonzaléz tentou agarrar o ser, sentindo que seu corpo era extremamente duro, mas recebeu um violento empurrão. A criatura veio em sua direção com as mãos estendidas, deixando à mostra longas garras que sobressaiam da mão peluda. Gonzaléz sacou sua faca e deu um golpe que atingiu o ombro do ser mas, em vez de penetrá-lo, ela faiscou, como se estivesse atingindo uma superfície metálica.
Enquanto a luta se desenrolava, Ponce observou que outros dois seres semelhantes saíam correndo de um canto da rua, aparentemente carregando cascalho para dentro do objeto. Alarmado, ele correu para buscar a polícia, deixando Gonzaléz sozinho na luta.
Enquanto Gonzaléz ainda lutava com faca em punho, um dos seres saiu da esfera com um tubo nas mão se emitiu um jato de luz cegante, deixando-o momentaneamente sem ação. Ponce ainda estava na delegacia quando chegou Gonzaléz, completamente perturbado e machucado”.
TIPO 7 (T7) (4 casos) — Esta é uma denominação geral para incluir todos os ocupantes que usam uma máscara respiratória, deixando parte do corpo a descoberto. Não existe um caso típico nem classificação em variações, pois os casos são poucos e os tripulantes diferem numa grande quantidade de detalhes. A altura é variável nos 4 casos registrados, sendo \’pequenos\’ , de 1,70 m a 2 m de altura. Devido o rosto estar quase todo coberto, as descrições faciais são inexistentes em 3 casos. No ser com estatura de 2 m, parte do rosto foi visto, apresentando pele verde, olhos redondos e afastados e sobrancelhas grossas. O físico era forte e as mãos apresentavam 4 dedos grossos. Vestimenta ajustada verde.
O comportamento dos seres é variável nos 3 casos considerados principais. Numa ocorrência em Teheran (1954), a testemunha começou a ser \’sugada\’ na direção do objeto e seus gritos atraíram os vizinhos, o que obrigou o objeto a largá-la. Em outros 2 casos (EUA e Brasil), os tripulantes dirigiram a palavra às testemunhas em sua própria língua (não há maiores descrições destes casos para comentar).
TIPO 8, VARIAÇÃO 1 (T8.V1) (14 casos) — A descrição de “homenzinhos de escafandro” ocupa um lugar de destaque na literatura ufológica. Assim como no Tipo 2, a quantidade de casos é elevada, sendo que a única maneira que encontramos para classificá-los foi pela altura e tipo de escafandro, já que as descrições faciais são raras, quando o escafandro é transparente.
Esta variante é caracterizada por sua altura, que
varia de 90 cm a 1,20 m. São ativos, evitam as testem unhas e se interessam por tudo o que existe junto ao solo.
Caso Típico: Quarouble, França — 10 de setembro de 1954 (a França parece ser um depositário de casos ditos clássicos. O caso de Quarouble foi um dos primeiros da grande onda francesa de 1954 (21).
“Marius Dewilde vivia com sua família numa casa perto de uma via férrea abandonada à 2 quilômetros de Querouble. Por volta das 22h30, foi verificar porque seu cão latia furiosamente quando percebeu, a uns 6 metros, uma massa escura sobre os trilhos da via férrea. Nesse momento, ouviu pesados passos e dirigiu a lanterna naquela direção. A uns 3 metros de distância, do outro lado da cerca, 2 seres com 1 metro de altura corriam na direção do objeto escuro. Vestiam roupa de escafandro, ombros largos e, na cabeça, algo muito grande que refletia a luz. Não se discerniam os braços e as pernas eram muito curtas em relação ao corpo.
Dewilde correu em direção dos seres, mas uma luz muito forte saiu do objeto, deixando-o cego e paralisado. De pé, imóvel, ele ouviu o som dos passos indo na direção do objeto. Quando o raio luminoso finalmente apagou, ele recuperou os movimentos e viu o objeto começar a subir lentamente com um assobio grave e, a 30 metros de altura, disparou horizontalmente.
Uma investigação oficial foi levada a efeito e foram descobertas marcas na madeira da via férrea. Os cálculos de pressão indicaram um peso de 30 toneladas para fazer as marcas. Outras testemunhas na região haviam visto estranhas luzes no céu”.
TIPO 8, VARIAÇÃO 2 (T8.V2) (10 casos) — Incluem-se neste tipo todos os ocupantes que usam escafandro e têm uma altura que varia entre 1,30 m e 1,60 m. São facilmente distinguíveis pela vestimenta com luzes sobre o peito e pequenas botas. Reagem com armas paralisantes, quando descobertos pelas testemunhas. Em 8 dos 10 casos portavam armas; em 6 deles elas foram usadas.
Caso Típico: Santana dos Montes, MG, Brasil — 12 de janeiro de 1953 (o caso a seguir foi investigado pela SBEDV, Rio).
“Maurício Ramos Bessa estava andando no campo da fazenda Guarará quando encontrou um objeto discóide parado a 1,30 m do solo. Do mesmo, saltaram dois homenzinhos de 1,40 m de altura usando roupa com brilho metálico que cobria inclusive a cabeça. No peito havia um quadrado brilhante e nos pés usavam um calçado com uma bola brilhante na ponta. Dentro do objeto havia um terceiro tripulante. Os movimentos dos seres eram rápidos e usavam um cilindro para examinar o solo.
A apenas 2 metros de distância, Mauricio começou a sentir uma forte dor de cabeça. Os seres voltaram ao objeto mas, a essa altura, Maurício não podia mais fixar a vista, devido a dor de cabeça. De repente, esta sumiu e nada mais havia no local. Ao contrário do que geralmente acontece com pessoas que se aproximam muito perto de OVNIs, Maurício não teve reações orgânicas nos dias que se seguiram”.
TIPO 9 (T9) (10 casos) — Tripulantes que usam roupa de escafandro e têm uma altura normal ou pouco superior ao normal. Em 3 casos em que o escafandro era transparente, pôde-se ver o rosto que apresentava pele clara. Em um deles, era comprido, com olhos profundos, e no outro, de aparência caucasiana. Por 2 vezes os tripulantes se aproximaram das testemunhas e lhes dirigiram algumas palavras.
Caso Típico: Fepopo, Sucre, Bolívia — 19 de junho de 1968.
“No lugar denominado Cabrería, perto de El Chorro, o mineiro Rómulo Velázquez e outro companheiro de trabalho tiveram sua atenção despertada para um objeto arredondado e brilhante que aterrissava perto de seu local de trabalho. Do aparelho saiu um indivíduo alto e magro, vestindo uma espécie de escafandro brilhante cobrindo todo o corpo. O ser, com a maior naturalidade, dirigiu algumas palavras ao mineiro, que desmaiou. Foi conduzido a um hospital onde se constatou paralisia facial e estrabismo que, segundo os médicos, foi causado por choque emocional.
As autoridades policiais fizeram um levantamento do caso e constataram que outras observações de um objeto elipsóide haviam ocorrido naquela região”.
TIPO 10 (T1O) (4 casos) — Se incluem neste tipo todos os ocupantes que usam escafandro e apresentam grandes olhos redondos. Estatura de 2 m a 2,5 m, pele avermelhada em 2 casos e pálida em 1. Em 2 casos se aproximaram das testemunhas.
Caso Típico: Colônia Goio-Bang (22), Pitanga, PR, Brasil — 23 de julho de 1947.
“O agrônomo (23) José C. Higgins realizava trabalhos no campo quando um enorme objeto discóide aterrou a uns 500 metros de distância. Os operários todos fugiram, porém o agrônomo resolveu ficar para ver o que acontecia. Aproximou-se para examinar melhor o objeto quando saíram deste 3 indivíduos que se postaram à sua volta. Vestiam macacões transparentes que cobriam todo corpo, inclusive a cabeça, e estavam inchados como câmaras de ar. Nas costas, levavam uma mochila de metal. Através dos macacões podia-se ver as pessoas vestidas de camisetas, calções e sandálias, parecendo um papel brilhante. A aparência estranha dos seres era devido aos olhos serem bem redondos e grandes, tendo, no entanto, cílios. Suas cabeças eram grandes, redondas e calvas. As pernas eram mais compridas do que as proporções que conhecemos e teriam uns 2,10 m de altura. Dentro do objeto havia um quarto indivíduo observando. Todos pareciam gêmeos.
Os seres falavam entre si numa língua bonita e sonora. Moviam-se com incrível agilidade e leveza. Um deles, que trazia um pequeno tubo de metal apontado para ele, fez gestos indicando que entrasse no aparelho. Por meio de palavras e gestos, Higgins perguntou para onde queriam levá-lo. Um deles fez sete círculos no chão, apontou para o centro e mostrou o Sol, apontou para o sétimo círculo e depois mostrou o aparelho. Espantado, Higgins pensou em como sair dali. Tirou sua carteira do bolso e mostrou o retrato de sua esposa, dizendo-lhes por gestos e palavras que queria buscá-la. Eles permitiram e Higgins, afastando-se, escondeu-se num maio próximo para observar. Os seres brincavam como crianças, dando saltos e atirando longe pedras de enorme tamanho. Cerca de meia hora depois, olharam detidamente os arredores, e recolheram-se ao objeto que levantou vôo verticalmente.
Um membro do GGIOANI, Gal. Waldemar B. Schneider, interrogou o filho do agrônomo por volta de 1960, recebendo deste a informação que seu pai já havia morrido e que o caso realmente havia ocorrido.”
TIPO 11, VARIAÇÃO 1 (T11.V1) (4 casos) — Esta variante é caracterizada por um único olho “ciclópico” e o uso de escafandro. Altura de 2 m a 2,50 m. Além de apresentarem um único olho no meio da testa, em 2 casos esse olho parecia emitir luminosidade, fenômeno esse que já havia sido notado com outras variantes que apresentam olhos grandes (T5.V2 e T6). A vestimenta é tipo escafandro, sendo que em 3 casos apresentavam um artefato luminoso sobre a cabeça. Todos os casos ocorreram na América do Sul.
Caso Típico: Belo Horizonte, MC, Brasil — 28 de agosto de 1963 (este caso foi pesquisado por Húlvio Brandt Aleixo, CICOANI (24), Belo Horizonte).
“O caso, embora tenha por testemunhas principais 3 crianças, Fernando, Ronaldo e José Marcos”, apresenta outras evidências que o credita como real. Estavam eles no pátio de sua casa quando observaram uma enorme esfera luminosa a 8 metros de distância no ar. Era transparente e dentro viam-se 4 pessoas, todas vestindo uma espécie de escafandro com capacetes redondos e transparentes. Apresentavam aparência quase uniforme, vestindo algo de cor castanha á altura do tórax e branco abaixo da cintura até os joelhos, de onde continuava preto até os pés, onde usavam botas pretas. A vestimenta era muito enrugada na parte correspondente aos membros e tórax dos seres.
O objeto projetou dois feixes luminosos em direção ao chão e no meio deles desceu um dos seres até tocar suavemente o solo. Sem perceber a presença de Fernando e Ronaldo, que se achavam junto à parede, o ser se dirigiu na direção de José Marcos, que não tinha visto nada, pois estava retirando água de uma cisterna. O tripulante estendeu o braço na direção de José Marcos, mas Fernando correu e empurrou o seu amigo, evitando que fosse tocado pelo ser. Surpresos, os 3 garotos e o ser ficaram se olhando. O ser começou então a gesticular e fazer gestos com a cabeça. A luz do objeto clareava tudo e os garotos puderam analisar detalhadamente o tripulante: era grande e possante (mais de 2 m), a cabeça era de tamanho normal e calva, a pele do rosto era vermelha, mas não se percebiam nariz nem orelhas, somente um olho no meio da testa. Este era grande e arredondado, de cor escura, sem pupilas mas, segundo José Marcos, com um risco horizontal mais escuro em sua parte central. Sobre o olho havia uma mancha escura que se movimentava e que os meninos interpretaram como sendo a sobrancelha. A boca apresentava os dentes caninos salientes.
O ser sentou-se na borda da cisterna e Fernando pegou um tijolo para atirar, quando o ser, em rápido movimento, virou-se e do seu peito saiu um jato de luz, paralisando a mão do garoto no ar. O tripulante virou-se rapidamente na direção do objeto e fez alguns gestos, que os meninos interpretaram “que não era para fazer nada”. O ser fez, então, uma série de gestos para os meninos, arrancou uma planta de um canteiro e voltou ao objeto como havia descido. O objeto emitiu um forte brilho e disparou obliqüamente. A mãe das crianças percebeu nesse momento um forte clarão penetrar pela janela. No local foram encontradas marcas”.
TIPO 11, VARIAÇÃO 2 (T11.V2) (3 casos) — Esta variante é caracterizada por um único olho ciclópico e a ausência de escafandro. Altura de 80 cm nos 3 casos. Todas as observações desta variação são recentes, com 2 casos em 1965, no Peru, e 1 caso em 1969, na Argentina. Note-se que, igualmente à variação interior, todas as observações foram na América do Sul.
Caso Típico: Makalle, Chaco, Argentina — 9 de outubro de 1969.
“A testemunha, Amaro Lotchet, é um ex-funcionário policial agora na atividade da agricultura. É bem conhecido na região e sua declaração criou uma viva emoção no lugar.
Ele viajava de camioneta quando viu, perto da estrada, um objeto sobre a copa de uma árvore, a uns 10 metros de distância. Seu carro parou sem saber como e ele ficou gelado (diz que, talvez, de medo). Dentro do objeto havia três seres que se moviam. Tinham cerca de 80 cm de altura, cabelos longos e um só olho claro. Os galhos da árvore pareciam se dobrar pelo peso do objeto e este emitia flashes multicoloridos. De imediato, a nave subiu silenciosamente.
Compelido por sua família, a testemunha fez denuncia do ocorrido às autoridades policiais de Laguna Blanca. Ao retornarem todos ao lugar, descobriram que a parte superior da árvore estava queimada”.
TIPO 12 (T12) (4 casos) — Este tipo inclui todos os ocupantes vestindo escafandro e de grande estatura, compreendida entre 2,40 m e 3 m. A vestimenta é quase sempre brilhante ou luminosa, sendo uma vez transparente.
Caso Típico: Stratford-sur-Avon, Trendigton, Inglaterra — Janeiro de 1959 (caso investigado por John D. Llewellyn, do grupo BUFORA (26), Inglaterra).
“Mr. Leonard Hewins, um homem simples, operário, trabalhava numa quadra de tênis quando viu um objeto discóide descer a uns 100 metros de distância. Entre o objeto e o solo formou-se uma névoa azul. Surgiram então 3 ou 4 seres que se moviam dentro dessa névoa, Tinham cerca de 3 metros de altura e, segundo a testemunha, “se estivessem dentro de alguma coisa esta deveria ser transparente”. Um dos seres percebeu a presença da testemunha e os três retornaram ao objeto, que levantou vôo verticalmente”.
Casos isolados
Em número de 4, os casos isolados desta pesquisa compreendem todos os ocupantes de forma humanóide cuja descrição não se enquadra em nenhum dos tipos indicados acima. Sendo cada caso único em seu gênero, e apresentando algumas limitações na descrição dos seres e pesquisa, ficam no aguardo de casos similares para formar um novo \’Tipo Suplementar\’.
C1. 1: Branch Hill, Ohio, EUA — Março de 1955. Ser com altura de 1 m, rosto “como de uma rã”, com pele cinzenta. Corpo assimétrico, sendo o tórax maior do lado direito. Vestimenta colante de
cor cinza.
C1.2: Kelly, Kentucky, EUA — 21/08/55. Altura de 1 m, rosto de dimensões normais, com grandes olhos redondos, um risco no lugar da boca e orelhas grandes e pontudas. Corpo luminoso, com pernas curtas e braços longos. O Projeto Blue Book creditou-o como real.
C1.3: Monte Maíz, Córdoba, Argentina — 12/10/1963. Altura de 4 a 5 m. Vestimenta colante com escafandro brilhante e pequena antena na parte superior.
C1.4: Santiago, Chile — 10/11 /1968. Criatura descrita como uma pequena mulher. Boca grande e orelhas pontudas.
Os casos de seres de forma não-humana
Os 9 casos registrados, até então, de seres de forma não-humana, atingem uma percentagem de somente 4,2% do total de 214 casos pesquisados. Uma análise dos mesmos nos leva à conclusão de que, em grande parte, podem ter ocorrido erros de interpretação devido às más condições de observação. Realmente, apenas 1 caso ocorreu de dia, 2 ao entardecer e 5 à noite. Dos 5 casos ocorridos à noite, em 3 deles a vestimenta dos seres irradiava luminosidade. Deve-se considerar, ainda, que o tipo de vestimenta usada, estando os seres iluminados pela luz do próprio objeto, pode ser causa de distorção. Em 1 caso, por exemplo, a forma dos seres era indiscernível, variável, apresentando-se inclusive transparentes. Considere-se ainda que em 2 casos as observações foram muito rápidas, lendo as testemunhas apenas tempo de dar uma ligeira “olhada” nos seres.
Se formos rigorosos e classificarmos todos esses avistamentos como erros de observação, ficaremos apenas com 2 casos:
1) Hoganas, Domsten, Suécia — 20 de dezembro de 1958;
2) Long Prairie, Minnesota, EUA — 23 de outubro de 1965.
No caso de Long Praire, os seres são claramente robôs: apenas 15 cm de altura, forma de uma “lata cilíndrica” de cor marrom-escuro, 3 pernas como se fossem barbatanas (uma atrás servindo de apoio cada vez que os seres paravam) e 2 braços como “paus de fósforo”.
Resta então o caso de Domsten, Suécia, que é um dos “clássicos” da literatura ufológica. Recentemente chegou ao nosso conhecimento a existência de mais 2 casos, de altíssimo crédito, que confirmam de forma definitiva a existência desse tipo de forma não-humana. Fica, então, formado o Tipo Suplementar Nº 1 (TS1).
TIPO SUPLEMENTAR Nº 1 (TSI) (2 casos) — São incluídos neste tipo todos os ocupantes “amorfos”, ou seja, como corpo mais ou menos arredondado, sem uma forma definida. A cabeça também é arredondada, porém menor. Cor cinzenta. Altura de 40 cm à 1 m. Os 3 casos são os seguintes:
1) Hoganas, Domsten, Suécia — 20/12/1958 (caso retirado dos arquivos do Departamento de Defesa Militar da Suécia): As testemunhas haviam sido atacadas por 4 seres que tentaram arrastá-los para dentro de um disco. Tinham 1 m de altura por 40 cm de largura, cor gris-chumbo, forma amorfa (“pareciam gelatina”) e seus membros pareciam bolinhos do tamanho de uma bola de boliche, mas que seguravam com firmeza. Ao dar um soco num dos seres, a testemunha percebeu que sua mão parecia afundar no seu ombro. Emitiam um cheiro semelhante à estopa velha.
2) Tivissa, Tarragona, Espanha — 16/08/1968 (caso investigado petos grupos CEOANI de Tarragona e CEI (27) de Barcelona): Um camponês observou um OVNI luminoso e, fora, 2 seres de 1 m de altura semelhantes a polvos. Se movimentavam sobre 4 ou 5 patas muito brilhantes.
3) San Marti de Tous, Igualada, Espanha — 11/09/1968 (caso investigado pelo ufologista Antônio Ribera (28)): A testemunha observou, perto de uma estrada, um OVNI e 4 seres de 40 a 50 cm de altura que se movimentavam na direção do objeto. Tinham a forma de um número oito e sua pele era de um gris-metálico. Seu movimento era “gingoso”, porém rápido, parecendo encolher na parte inferior e inclinando-se lateralmente.