Em 08 de maio de 2005 perdemos Ademar Eugênio de Mello. Astrônomo, astrólogo, matemático, filósofo, autor, conferencista e dono de uma grandiosa genialidade, Ademar era também um dos mais ativos pioneiros da Ufologia Brasileira. Sua morte foi uma perda irreparável para toda a comunidade ufológica nacional, que tinha nele um referencial e um incentivador. Foram inúmeras suas contribuições ao estudo dos discos voadores, mas a que mais marcou seus colegas foi sua persistente tentativa de interpretar o Fenômeno UFO combinando conhecimentos originados tanto da Ufologia Científica quanto da Esotérica. Ademar tentou mostrar que uma análise da questão ufológica vai muito além das fronteiras que estabelecemos para classificá-la, basicamente nestas duas vertentes. Para ele, a Ufologia escapa ao nosso entendimento, à nossa percepção de realidade, ao nosso raciocínio e aos nossos mais honestos esforços para se tentar aprender a essência das visitas que recebemos de outras civilizações. Em sua visão, no que era seguido por muitos estudiosos, a Ufologia não se restringe a naves espaciais e a seres extraterrestres. Pelo contrário, muito provavelmente coloca estes elementos em segundo plano, porque tudo nela simplesmente transcende à nossa imaginação.
Ademar Eugênio de Mello foi a pessoa que tentou entender este processo e transmitir suas conclusões aos demais estudiosos do Fenômeno UFO no Brasil, influenciando boa parte deles. Personagem extraordinário e raro dentro do limitado elenco de pensadores da atualidade, Ademar era dotado de brilhante inteligência e notável capacidade de síntese, que aliava a um invejável conhecimento de física, matemática, astronomia, astrologia, religiões, civilizações antigas, cabala e vários outros assuntos, o que o tornou um dos mais completos estudiosos nestes temas. Mesmo com sua saúde profundamente debilitada, em decorrência do agravamento de sua diabetes e males congêneres, recebeu prontamente, em diferentes ocasiões, os enviados da Revista UFO e concedeu-lhes duas preciosas entrevistas, numa demonstração inequívoca de sua paixão e compromisso para com o conhecimento do assunto. Ademar expôs ao ex-ombudsman da publicação, Carlos Alberto Reis, e aos nossos consultores Laura Maria Elias e Vanderlei D’Agostino seu pensamento sobre a presença alienígena na Terra e tentou responder as questões que mais incomodam na temática: como podemos penetrar na natureza do Fenômeno UFO? Como ampliar nossa grade de conhecimento sobre os seres extraterrestres? Qual caminho a seguir se o que temos percorrido até aqui parece não nos estar levando a lugar algum? As entrevistas foram publicadas em nossas edições 99 e 107.
Bagagem científica — No momento em que lembramos o primeiro ano de seu falecimento, reapresentamos as entrevistas e republicamos combinadas e atualizadas com questões e respostas que ficaram de fora, na época, por motivos de espaço. Ademar tinha muito mais a nos ensinar, mas não teve tempo de fazê-lo. Ao ser indagado sobre como conseguia conciliar uma bagagem científica racional e analítica com sua formação transcendental, respondeu: “Acho que captei o espírito do que se chama de filosofia natural, pois sou um pesquisador aberto a qualquer estudo. Nós não podemos ficar restritos nem ao campo das ciências nem aos conceitos puramente filosóficos ou religiosos”. Com essa postura, ele construiu, desenvolveu, aprimorou e estabeleceu seu conceito de síntese, que o permitiu navegar pelo imponderável com total domínio e extrema habilidade. Sendo um contemplador do universo, um buscador em permanente aprendizado, Ademar estava convencido de que a chave dos grandes mistérios está em nós mesmos – e só a introspecção e o autoconhecimento poderão nos revelar alguns desses enigmas, ou parte deles. Nas entrevistas que concedeu à Revista UFO, ele expôs os princípios que norteavam seus estudos, um legado espiritual do mais alto valor.
A investigação do Fenômeno UFO é muito importante, mas ainda é saber o que fazer com os resultados que se atingir
No mês passado, durante o I Encontro da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), em São Paulo [Veja seção Mensagem do editor de UFO 123], a viúva de Ademar, Regina Estela de Mello, revelou que considera importante que o trabalho desenvolvido por seu marido tenha continuidade de alguma forma. E para tanto, manifestou-se interessada em oferecer a gigantesca biblioteca multidisciplinar de Ademar para interessados que tenham condições de adquiri-la e mantê-la adequadamente, dando sentido a tamanho acervo. São centenas de obras – muitas delas comentadas em anotações – que serviram de alicerces para as conclusões do grande pensador da Ufologia Brasileira, e que precisam ser usadas de alguma maneira produtiva. Veja mais sobre isso em box inserido na entrevista. Vamos a ela:
Qual foi o motivo que o levou a se dedicar à pesquisa dos discos voadores? Desde criança já gostava do assunto, colecionava as matérias da revista O Cruzeiro e assistia a todos os filmes de ficção da época. Sentia necessidade de fazer essas coisas, isso me preenchia. Gostava de olhar para as estrelas. Oficialmente, entrei para a Ufologia em 1968, quando me integrei a Associação de Pesquisas Exológicas (APEX), após assistir uma palestra do grupo. Estava então com 21 anos. De lá para cá tive três avistamentos significativos, sendo o primeiro deles em 1970, em Santo André (SP).
Qual seu objetivo dentro do universo ufológico, após tanto tempo de pesquisa? É o mesmo de quando iniciou? No início, o meu objetivo, assim como de todo o investigador, era o levantamento de dados visando o entendimento do Fenômeno UFO. Hoje minha intenção é demonstrar a complexidade dessa fenomenologia e, para isso, estou trabalhando atualmente no estudo da intervenção extraterrestre no passado remoto do planeta, juntando dados para demonstrar essa hipótese.
Você acredita que seres extraterrestres estão ligados ao surgimento da vida na Terra ou em seu desenvolvimento? Sem a menor dúvida. Sob qualquer ponto de vista que se estude, vemos como mais que provável, como algo realmente inquestionável, a questão da intervenção de seres de fora da Terra em tudo o que ocorreu aqui. Muitos estudiosos trabalham com esta hipótese e ela já tem fundamentos sólidos até mesmo dentro de universidades norte-americanas e européias, onde cientistas de vanguarda já não mais demonstram receio em sustentar suas afirmações neste sentido.
Em sua opinião, qual é a realidade ufológica hoje? Você ousaria dizer que ela continua sendo um descomunal banco de dados sem resultados efetivamente práticos, um caldeirão de ideologias, dogmas, fanatismo e proselitismo, ou podemos tirar algum proveito dela para nossa própria evolução? Sim. A Ufologia é um caldeirão de informações sem nenhum valor prático. Não obstante o fato de ela deixar claro que não estamos sozinhos, que alguém nos observa e até mesmo nos controla. É uma conseqüência inevitável que recuamos Deus para um pouco mais longe de nós, colocando outros entes no lugar. Com relação à nossa evolução, esse é o aspecto sutil, quase que invisível, que permitiu que as nossas consciências – pelo menos de uma parte pequena da população – evoluíssem no sentido de nos sentirmos seres cósmicos, com uma enorme responsabilidade sobre este planeta.
Que valores mudaram em você que o fariam ver a Ufologia com outros olhos? No começo da minha carreira na área, eu via a Ufologia como uma atividade quase que policial, pois se tinha que provar fatos, conectar tudo e desenvolver teorias sobre as intenções desses seres. Como a maioria dos ufólogos, passei por crises de crença no fenômeno, exceto pelo fato de que eu, minha esposa e filhos fomos testemunhas de alguns avistamentos, que sem dúvida eram de UFOs. As pessoas que me fizeram mudar o foco sobre o fenômeno foram o doutor Leonard Sprinkle [Cientista social dos Estados Unidos e ex-conselheiro da Universidade do Wyoming] e a doutora Gilda autora do livro Os Transformadores de Consciência, da Editora Nova Era, 1992].
Foi uma transformação também da sua própria consciência? Sem dúvidas. E isso numa época em que sincronizadamente percebi que a humanidade estava passando por uma grande mudança de mentalidade, que incorporava fenômenos psíquicos de alto nível. Foi quando separei o que chamo de “Ufologia do tipo gray” dos contatos ultradimensionais, em que trabalho até hoje. Recentemente, em 2001, consegui sintetizar um pensamento único a respeito da nossa interação com extraterrestres. Descobri que eles sempre estiveram entre nós, em todas as culturas, disfarçados com diferentes nomes.
Esta é uma tese defendida amplamente hoje, não? Sim, mas a manifestação de seres de fora da Terra em nosso passado é uma espécie de quebra-cabeças que precisa ser melhor compreendido. E explicado. Nós vemos evidências de que ETs estiveram entre nós, como falei – em todas as culturas e disfarçados com os mais diferentes nomes –, na antropologia, na arqueologia, na história das religiões, no estudo das tradições, no folclore etc. Resta consolidar este conhecimento de uma maneira linear que sirva para explicar a manifestação alienígena na Terra no presente, pois tudo está interligado. Os vimanas do hindus se conectam ao tapete voador de Aladim, aos tronos e visões divinas bíblicos e ao Bep Gororoti dos índios do Xingu em uma trama que precisamos entender melhor. Este é um trabalho hercúleo.
Sem dúvidas. Mas o que você acha que ainda falta para a Ufologia romper as barreiras que tem? Acho que somente quando entendermos que ela é um veículo de transição planetária, aí então cessará o confronto que existe entre científicos e os místicos. Para isso, eu adoto a Ufologia Holística, ou seja, os componentes espirituais intimamente relacionados com os estudos científicos. Esse é o grande desafio que os pesquisadores devem vencer.
Você poderia dar um exemplo de Ufologia Holística? Um exemplo de que pode haver uma integração entre os dois ramos da Ufologia está no trabalho desenvolvido por nosso saudoso general Alfredo Moacyr Uchôa [Ufólogo e pioneiro brasileiro falecido em 1996 e autor, entre outros, de Além da Parapsicologia: 5ª e 6ª Dimensões da Realidade (Ebrasa, 1969), e Mergulho no Hiperespaço: Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores (Senado Federal, 1976)] e suas pesquisas na Fazenda Alexânia, em Goiás. Suas investigações de campo deram resultado e tinham conotação ao mesmo tempo científica e mística, e o fenômeno que se manifestava no local, idem. Ora se comportava como algo material, ora como imaterial.
Vinte anos atrás você defendia uma postura de cautela ao associar a dialética à Ufologia. Você sustenta estes pensamentos ou admite que hoje ela é fundamental para se estabelecer bases mais concretas de estudo? Como disse anteriormente, apesar da Ufologia ultradimensional ser quase que essencialmente intuitiva, não abro mão da lógica, do raciocínio e da dialética nos meus estudos. Eu sempre procuro me basear na ciência em meus trabalhos atuais, mas nem sempre isso é possível. Nem tudo é redutível ao processo dialético, pois vários temas são multifacetados e disso surge o problema para se fazer a antítese. De certa forma, não importa a forma de pesquisa ou procura que se faz, já que todos nós temos um “algoritmo interior”, um programa de solução ou do “sentir” do problema. Na falta de uma expressão adequada ao raciocínio científico, diria que estaríamos diante de uma síntese talvez especulativa, mas conveniente ao nosso atual estágio de inteligência.
A Ufologia trouxe alguma mudança na inter-relação entre você e a sociedade? Sim, inclusive fui prejudicado por isso. Minhas apresentações na mídia trouxeram um certo mal-estar profissional, com muita gozação de colegas e parentes. Por outro lado, meu trabalho influenciou espontaneamente as pessoas que me cercam, como minha esposa, meu pai e meus filhos, que tomaram conhecimento da realidade do Fenômeno UFO.
Por que você se manteve na contramão das pressões externas que recebia? Faço isso por ter um forte sentimento de tarefa a ser cumprida, de que eu preciso fazer um trabalho na área, ajudar meus colegas e ao público – mesmo que este seja resistente ou pouco receptivo às idéias. Por isso eu procuro sempre embasar meu trabalho no conhecimento científico e em dados que julgo confiáveis.
Você disse certa vez que o que determina as dimensões divinas é a limitação do nosso equipamento psíquico. O que poderia ampliar as dimensões ufológicas, se continuamos ignorantes no assunto? Não mudei meu pensamento a respeito. Continuo afirmando isso, mas existe uma possibilidade de darmos um salto quântico em nossas consciências, se nos unirmos na tentativa de buscar essas respostas ou na formulação de uma grande síntese. É como ligar várias memórias de computador num único programa, potencializando muito a capacidade informática dessa operação. Acredito que no futuro poderemos ter uma comunicação direta com extraterrestres, a partir do advento do computador quântico, que trabalharia com programas tais como teologia quântica, entre outros.
O comentado matemático e ufólogo franco-americano Jacques Vallée preconiza que nossa atenção deveria se ater antes às origens que aos efeitos do fenômeno. Para você, em qual direção devemos olhar? Em ambas as direções, sem dúvida. Vallée tem toda razão em seu raciocínio, mas temos que aprender também com as mentiras, as fraudes, as pseudoconclusões e até com as mistificações. Mas nunca podemos perder de vista as origens oficiais do Fenômeno UFO, em 1947, que deve ter algo co-relacionado com o grau de evolução que tínhamos na época. Podemos mencionar a fissão do átomo, o uso da bomba atômica, o término da construção do Observatório Monte Palomar, o maior do mundo na época, a quebra da barreira do som pelo avião Bell X-1, o advento do computador por Norbert Winner, a decodificação do DNA por James Watson etc. São todos fatos que mudaram o mundo. E hoje, em que grau estamos?
A necessidade atávica que o homem tem de ligar-se aos deuses teria exercido influência na percepção do Fenômeno UFO, desviando-o da rota original e, em conseqüência, distorcendo sua compreensão dos fatos? Sim, em princípio isso nos parece óbvio, principalmente aqueles que cultuam ufolatria. Mas eu pergunto: e se esse despertar para seres superiores cósmicos já estava em nossa programação genética e deveria estar ocorrendo por essa época? Eu sou simpático a essa idéia, embora reconheça a complexidade da resposta. Algo parecido com o que aconteceu com você [Referindo-se ao ex-ombudsman Carlos Reis, citando no seu livro Os Portais do Santuário (Biblioteca Esotera 2002)].
Seus trabalhos versam muito sobre a chamada “hierarquia celeste”. Existe de fato uma relação direta dela com a “Ufologia do tipo gray”, como você descreve, ou se trata de planos totalmente distintos? Na minha opinião, são planos totalmente distintos. Os seres que provavelmente estão estruturados numa hierarquia, como são citados na cabala hebraica e em outros escritos sagrados, como os dos gnósticos, são invisíveis mas atuantes. Eles intervêm em momentos específicos da história humana, em função do que alcançamos no inconsciente coletivo. Deixando de lado o aspecto cultural, não há provas de tal hierarquia, embora eu acredite nela. Penso que a hierarquia e a ética são as únicas formas de se atingir uma longevidade planetária e estelar.
É a segunda vez que você se refere a essa intervenção na história humana. Por favor, explique um pouco melhor. Veja bem, eu imagino que essa responsabilidade exista, mas não tenho provas. Seguindo o modelo cultural que temos da humanidade, que por sucessivas vezes foi contactada por inteligências não necessariamente extraterrestres, as quais nos mostraram determinados caminhos ou padrões de conduta modernamente interpretados como religião, creio que essa responsabilidade é mútua. A soma de todas as religiões no quadro das esperanças alimentadas com relação ao homem é, no meu entender, uma equação final, uma vez que todas propagam a libertação do homem do primitivismo e da ilusão, mostrando-nos o potencial divino que há em nós. Potencial esse que se renova e se aprimora cada vez mais. Essa evolução acaba desembocando nessa estrutura hierarquizada. A nossa responsabilidade consiste em caminhar rumo ao centro dessa hierarquia.
Como adepto da linha junguiana, que valor você atribui ao testemunho ufológico? O depoimento ufológico é uma coisa extremamente delicada, pois a experiência nesse campo demonstrou que nem sempre o que se observa é o que de fato acontece. O homem ainda é um ser altamente instintivo, em nível inconsciente. E é diante do misterioso que ele mais se atemoriza, justamente quando toda a sua programação emocional fica alterada, passando por uma súbita e profunda reavaliação em questão de segundos. Creio que a grande identificação da atual geração, dentro dessa fase histórica da humanidade em contato com o Fenômeno UFO, vem ao encontro de um anseio profundo, que está dentro dela e que pode ter uma estrutura arquetípica exatamente como Jung tinha nos prevenido.
Qual seria a melhor definição de um ufólogo? É ser consciente do que acontece ao seu redor, não apenas em termos locais, mas mundiais. É buscar uma relação séria e honesta com seus colegas de pesquisa e procurar ajudá-los. Fazer com que as informações cheguem ao público de forma mais sólida e organizada. Ter consciência de que, embora a Ufologia seja formada por pessoas com forte sentimento de individualidade, ela não se faz sozinha. A união dos esforços é fundamental na área e precisa ser incentivada. Um outro ponto é procurar fazer trabalhos inéditos, evitando ser repetitivo e ampliando o leque de atuação.
O que faz de você um ufólogo tão apaixonado? Acho que captei o espírito do que se chama de filósofo natural, um pesquisador aberto a qualquer estudo. Nós não podemos ficar restritos nem ao campo das ciências nem aos conceitos puramente filosóficos ou religiosos. A Ufologia me deu uma ampliação de consciência e maior percepção da realidade. Ela me deu a sensação de que o universo é todo vivo, um celeiro de vidas, e que essas vidas têm que se encontrar e trocar informações, dados etc.
Você crê que a busca por respostas para o enigma um dia chegará ao fim? Não. Por mais que tenhamos caminhado pela estrada do conhecimento na direção de entender este fenômeno que é a manifestação de seres extraterrestres em nosso planeta, e por mais bagagem que tenhamos adquirido a respeito deste fascinante tema, as perguntas nunca cessarão. Elas apenas aumentarão, pois a cada questão resolvida, novas se abrirão e assim por diante. O Fenômeno UFO é um dos fatores de maior agitação mental por que pode passar a humanidade e só não vê isso quem não quer. Ainda que o fenômeno fosse muitíssimo mais simples do que sabemos que é, já seria uma revolução compreender e assimilar o que representa, Imagine, então, sendo ele esse arcabouço gigantesco…
Você acredita que faremos contato com eles? Não sei precisar, mas tudo indica que sim. Seja lá quando for, isso um dia ocorrerá. Tudo que tenho lido, ouvido e visto a respeito da manifestação de discos voadores me leva a crer que um contato aberto com nossos visitantes parece ser o destino da humanidade, algo que vai mudar nossa vida radicalmente. Mas se você me perguntar quando e em que circunstâncias isso vai acontecer, não saberei dizer, ou, pelo menos, diria que isso é algo absurdamente distante para nos preocuparmos agora.
Memória
Ademar Eugênio de Mello era integrante ativo da Equipe UFO desde o surgimento de nossa primeira revista, a Ufologia Nacional & Internacional, em 1985. Grande incentivador de nosso trabalho, apoiador de nossas idéias e iniciativas, e um ombro solidário sempre pronto para consultas. Durante os 21 anos de atividades em que esteve conosco, muitas revistas e dezenas de congressos, foi um pilar que sustentou com energia e vigor o peso da responsabilidade de manter a Ufologia sempre em bom nível, entre amigos e com harmonia. A Ufologia Brasileira perdeu um de seus mais notórios sábios e engajados militantes. E Equipe UFO perdeu um de seus mais vigorosos alicerces.
A. J. Gevaerd, editor da Revista UFO
Ademar Eugênio de Mello, como o próprio nome denuncia, era um gênio. Foi uma das personalidades mais brilhantes e significativas que eu e minha família tivemos a chance de conhecer. Encontrar, conversar, assistir a uma palestra do Ademar resultava em enriquecimento pessoal – era entrar de um jeito e sair de outro. Era simplesmente impossível estar com ele e ficar incólume. A importância dele para minha família, o carinho, o respeito e a atenção que ele dedicou à minha mãe,?Irene Granchi, e aos meus filhos, quando pequenos, foram fundamentais para formar nossa visão do planeta Terra. Felizes fomos por termos conhecido Ademar, mas muito tristes ficamos com a partida desse mestre da luz, que precisa continuar sua missão alhures.
Chica Granchi, artista plástica, presidenta do Centro de Investigação sobre a Natureza dos Extraterrestres (CISNE) e consultora da UFO
Acredito que somente a poesia pode retratar ou expressar o que na realidade representou Ademar Eugênio de Mello para todos nós, ufólogos que o adoravam,?e para sua família,?amigos e admiradores. E até seguidores, pois ele era tratado por muitos, não sem o devido mérito, de mestre. Na poesia se expandem os sentimentos e as emoções, colocando Ademar no patamar?que merece.
Gener Silva, comerciante, diretor do Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais (Inape) e consultor da Revista UFO
Amigo, companheiro, professor, profeta, Ademar Eugênio de Mello foi tudo isso e muito mais. Foi muito bom caminharmos juntos em momentos especiais de nossas vidas, quando buscávamos as respostas para nossas perguntas, e juntos tivemos convivência em palestras, viagens, debates e experiências que nos marcaram de forma indelével. Ademar segue agora o novo rumo de sua senda, mas temos a mais absoluta certeza de que uma parte ficará para sempre em nossos corações, até chegar o momento de todos estarmos juntos novamente, buscando novos mistérios a serem revelados em outros planos da existência.
Luciano Stancka, médico psiquiatra e consultor de UFO
O professor Ademar Eugênio de Mello foi um dos maiores pesquisadores de temas ufológicos do país, além de um craque em astrologia, cosmogonias orientais e ocidentais, paraciências e temas espirituais diversos. Mas, além de admirado por ser uma pessoa genial, também marcou muito a sua presença de espírito e bom humor constante. Diversas vezes senti as energias que emanavam de sua aura, mesmo com o corpo adoentado. E posso dizer que a doença maltratou muito seu veículo físico, mas não abateu sua consciência e genialidade, atributos de seu espírito desperto e altivo. Ademar continua vivo, não somente na lembrança de todos seus admiradores, mas porque simplesmente ninguém morre mesmo, e a vida segue além.
Wagner Borges, presidente do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas (IPPB) e consultor de UFO
Ademar Eugênio de Mello era uns dos pilares da Ufologia Brasileira. Com suas palestras sempre concorridas, sabia como ninguém divulgar o lado físico e também espiritual do Fenômeno UFO. Era pessoa de extrema inteligência e grande sabedoria, um verdadeiro estudioso. Mesmo debilitado por seus graves problemas de saúde, não deixava de comparecer aos congressos?sempre que?solicitado. Deixou uma grande lacuna, mas ficará para a eternidade a sua obra, com a qual poderemos aprender.
Wallacy Albino, presidente do Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista (GEUBS) e consultor de UFO