A busca por vida em Marte tem ocupado a imaginação da humanidade há muito tempo. No final do século XIX, seguindo a trilha aberta pelo cientista italiano Giovanni Schiaparelli, o astrônomo norte-americano Percival Lowell dedicou-se por anos a observar Marte, desenhando mapas do que acreditava serem canais, construídos por seres inteligentes para levar a água das regiões polares através do planeta desértico. Tais construções se mostraram na verdade ilusões de ótica, quando em 1965 a nave Mariner 4 da NASA tornou-se nosso primeiro engenho a visitar o planeta, obtendo 21 fotos que mostravam uma superfície árida tomada por crateras. A Mariner 9, no início dos anos 70, tornou-se a primeira missão orbital, e comprovou que o planeta tinha cânions e outras características geográficas que apontavam para a existência de água no passado.
Em 20 de julho e 03 de setembro de 1976 as naves Viking 1 e 2 se tornaram as primeiras a pousar com sucesso no Planeta Vermelho. Também são, até hoje, as únicas missões especificamente destinadas a buscar por formas de vida, e um de seus experimentos aparentemente retornou resultados positivos. Como os demais falharam nesse quesito, os resultados da Viking foram atribuídos à química do solo marciano, porém estes são intensamente debatidos na comunidade científica até hoje. Para ampliar a polêmica, as Viking detectaram clorometano e diclorometano. Tais compostos, na Terra, são resultado da ação de microorganismos que consomem perclorato. Pois em 2008 a nave Phoenix, que pousou no polo norte de Marte, descobriu a presença de perclorato, além de ser a primeira sonda terrestre a tocar a água marciana, na forma de gelo pouco abaixo do subsolo. Tais resultados apontaram fortemente para a existência de vida em Marte.
No início de 2004, os rovers Spirit e Opportunity se tornaram os primeiros veículos a rodar em outro planeta, e encontraram diversas provas de que Marte teve água há bilhões de anos, além de várias outras descobertas: antigos lagos ácidos e oxidantes; lamas com filo silicatos indicando habitabilidade; carbonatos formados em água neutra; sulfatos de ferro atingidos por correntes recentes de água; basaltos de olivina com alterações por água recente; veios minerais hidratados de sulfato de cálcio. Finalmente, após pousar na Cratera Gale em 05 de agosto de 2012, o rover Curiosity encontrou em uma escavação os elementos essenciais para a vida, como a conhecemos, como enxofre, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, fósforo e carbono, além de minerais de argila, produzidos pela prolongada exposição a um ambiente com água neutra e não muito salgada, um ambiente propício à existência de vida. Sabe-se hoje, portanto, que Marte era habitável antes do surgimento de vida na Terra, e que esta pode ter surgido antes no planeta vizinho, e depois ter migrado e evoluído em nosso mundo.
ÁGUA LÍQUIDA FLUI HOJE EM MARTE, EM DETERMINADOS PERÍODOS DO ANO
A nave da NASA Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), em órbita de Marte desde março de 2006, possui a bordo a mais potente câmera já levada a outro mundo, e com ela fotografou características geográficas designadas como linhas recorrentes de encosta (RSL). Havia a suspeita de serem provocados por água corrente, fluindo em certas épocas do ano, e na coletiva de imprensa no último 28 de setembro a agência espacial anunciou que de fato é esse o caso. Como tudo em termos de ciência, para fazer uma afirmação é necessário apresentar provas, e estas foram encontradas pela análise espectroscópica dessas regiões, onde foi determinada a composição química de depósitos de sais hidratados, como clorato de magnésio, perclorato de magnésio e perclorato de sódio. Já se discutem as melhores formas de buscar por seres vivos em Marte, e a maioria da comunidade científica concorda que certeza absoluta só será obtida com a análise direta por cientistas de amostras. Uma missão que as traga para a Terra, contudo, ainda é objeto de intenso debate, devido à ameaça de contaminação da biosfera terrestre por organismos alienígenas.
A NASA planeja a primeira expedição tripulada a Marte para a década de 2030, contudo muitos avanços tecnológicos ainda precisam ser alcançados para que os astronautas possam ir e regressar em segurança. E os ufólogos, por seu lado, alertam para estranhas características na superfície marciana, fotografadas por várias das missões orbitais ao Planeta Vermelho. Tais elementos fazem lembrar construções artificiais, levando alguns a defender a existência de uma civilização passada em Marte, ou ao menos que alienígenas vindos de outro lugar ali se estabeleceram por algum tempo. O assunto da possibilidade de vida em Marte tem rendido acaloradas discussões que vem se intensificando, e será um dos principais debates a acontecer no VII Fórum Mundial de Ufologia (IV UFOZ 2015). O melhor evento de Ufologia do Brasil acontece de 03 a 06 de dezembro, e as inscrições são feitas no site oficial do evento, nos links abaixo ou clicando aqui. Ali também estão disponibilizadas todas as informações sobre hospedagens, translado, programação e atividades paralelas.
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Linha do tempo da busca por vida em Marte
NASA comemora dez anos dos primeiros rovers em Marte
Cratera onde pode ter existido vida entre os alvos do próximo rover em Marte
Curiosity encontra mais elementos para vida em Marte
Marte teve condições de abrigar vida
Marte possui água co
rrente na superfície na atualidade
No Fórum Mundial de Ufologia, a discussão sobre a vida em Marte
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Confira o trailer do VII Fórum Mundial de Ufologia (IV UFOZ 2015)
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