O dia 11 de março de 1999 poderia ter sido mais um dia comum na vida dos bauruenses, se não fosse o ocorrido às 22h16. A cidade de Bauru, no interior paulista, apagou completamente por aproximadamente 50 minutos. Posteriormente, soube- se que dez Estados brasileiros e a Capital Federal também haviam ficado às escuras. No dia seguinte, após várias explicações e especulações, surgiu o parecer oficial do ministro das Minas e Energia Rodolpho Tourinho: era a queda de um raio na estação distribuidora de energia de Bauru.
Segundo Tourinho, essa descarga elétrica teria atingido o anel de equalização – um equipamento chamado de barramento e que funciona como sustentação do peso dos cabos de transmissão de energia -, danificando um isolador pedestal. Com o curto, o dispositivo desligou-se automaticamente por meio de um sistema de segurança e acabou causando um efeito cascata nas diversas linhas ligadas à subestação de Bauru. De acordo com o gerente regional da Companhia Energética de São Paulo (CESP) Hamilton Spagolla, o raio driblou o sistema e atingiu o barramento.
Até aí, tudo aparentemente muito bem explicado. Mas após o pronunciamento do governo, o Grupo Ufológico de Bauru (GRUB) e os bauruenses passaram a questionar o relatório oficial, pois não choveu e muito menos se soube de qualquer raio que tivesse caído sobre a cidade naquele momento. O Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) considerou que o céu estava claro e somente detectou algumas nuvens chuvosas a 50 km ao sul do município. Para completar, moradores vizinhos à subestação disseram ter visto um clarão que precedeu o blecaute. Alguns afirmaram ter ouvido inúmeros estrondos mesmo após o apagão. Bastaram tais informações para que se iniciasse uma pesquisa em torno do assunto, para se saber o que realmente teria causado um dos maiores blecautes de que se tem notícia no país.
O GRUB conseguiu depoimentos de vários alunos da Faculdade de Direito local, de onde os acadêmicos observaram luzes cruzando o céu instantes após o blecaute. O funcionário público Luis Augusto, por exemplo, relatou que na noite anterior ele e seu colega estavam de serviço e viram duas luzes coloridas sobre a estação – fato que se repete freqüentemente na região. Segundo as testemunhas, os pontos luosos piscavam com intervalos de 4 minutos e tinham cores vermelha, azul e branca – esta última com um brilho muito forte. Na noite do apagão, seu companheiro de trabalho viu as mesmas luzes sobre a subestação. Em um bairro vizinho, vários moradores também relataram a presença das referidas luzes no dia do ocorrido.
Seriam UFOs – Como se sabe, quando estes objetos aparecem sobre usinas hidrelétricas ou estações de distribuição de energia – tais como a de Bauru – há oscilação e queda de eletricidade, até que os UFOs se afastem. Após a publicação da foto do equipamento danificado, feita nos jornais da cidade, pudemos questionar a existência do possível raio e elaborar algumas relações. Ela mostra um furo de aproximadamente 2 cm de diâmetro na estrutura. Exatamente um mês antes, no dia 11 de fevereiro, às 03h00, houve outro apagão em Bauru e localidades vizinhas. Na pequena subestação próxima de Agudos (15 km de Bauru) um disjuntor de 138 kV queimou – o que é um fato inédito para a CESP. A explicação oficial foi de que um guaxinim [Uma espécie de gambá] teria entrado na caixa dos disjuntores, que é totalmente blindada, danificando o equipamento e ocasionando a queda da energia. Com relação a este incidente, o GRUB também obteve relatos de moradores da cidade, que esclareceram que às 07h00 da manhã daquele dia houvera um avistamento de uma luz intrigante, com um brilho muito intenso. O ponto luminoso, segundo as testemunhas, se deslocava para a parte sul de Agudos, aparentando estar a grande altitude e parecendo acompanhar um avião que passava pela região. Mas além deste caso existe outro muito mais inusitado, e é a partir dele que se torna possível considerar a ocorrência de UFOs sob a subestação de energia de Bauru.
Chuva com neblina – No dia 9 de setembro de 1998, aproximadamente às 21h00, a senhora Aparecida, sua filha Geiza e a amiga Andréia [Sobrenomes omitidos a pedido] estavam retornando da cidade de Pongaí para Bauru. O tempo apresentava-se chuvoso e com neblina. De dentro do automóvel, do tipo Gol, Aparecida observou à sua direita algumas luzes, que a princípio pensou serem de um avião. No entanto, sua filha afirmou que não poderia ser luz, pois o objeto estava à baixa velocidade e altura. Naquele instante, o UFO deslocou-se para a esquerda, passando por cima do veículo e indo até o outro lado da rodovia, para então voltar novamente para a direita.
Conforme as testemunhas, os pontos luminosos se apresentavam nas cores azul, vermelha, verde e branca, com muita irradiação desta última e lembrando um farol – como no dia do blecaute. Geiza disse que o objeto era triangular e não emitia ruído algum. As três sentiram muito medo, por isso Andréia falou para Aparecida aumentar a velocidade do carro, mas o automóvel não passava dos 80 km por hora. A impressão que elas tiveram era de que o veículo estava sendo puxado para trás – um possível efeito eletromagnético!? O UFO as acompanhou até a subestação de energia de Bauru, quando desapareceu em direção ao oeste. A perseguição durou 20 minutos, por quase 17 km de rodovia. Este é mais um caso envolvendo a mesma unidade de tratamento de energia elétrica – aquela que, segundo o governo, teria deixado milhões de pessoas sem luz, em diversos Estados, por várias horas…
Em Araçatuba, cidade a200 km de Bauru, o Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais (INAPE) também continua investigando o ocorrido, com base nas informações obtidas. “Levantamos algumas questões interessantes do ponto de vista ufológico. Entre elas, é que os blecautes podem ter relação com os UFOs”, sintetiza um dos membros do INAPE, Gener Silva. “E um fator muito freqüente que nos leva a crer que ambos os incidentes estão associados”, completa. Silva conclui que a explicação mais lógica para o que aconteceu na subestação de Bauru está realmente relacionada à aparição de objetos voadores não identificados.
No entanto, apesar dos depoimentos de avistamentos de UFOs, das pesquisas feitas pelo INAPE e pelo GRUB, além do pronunciamento do istro Rodolpho Tourinho, ninguém sabe ao certo o que aconteceu em 11 de março deste ano. Embora várias explicações tivessem sido dadas na época, ainda há muita gente perguntando como um raio que atingiu u
ma subestação – sem menosprezar o serviço que ela presta – conseguiu deixar parte do país completamente às escuras.
Um blecaute muito mal explicado
por Equipe UFO
Na noite de 11 de março passado, o Brasil se surpreendeu com o gigantesco blecaute que atingiu dez Estados e o Distrito Federal. Estima-se que 60 milhões de brasileiros das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste ficaram às escuras. De acordo com o Ministério das Minas e Energia, o problema teria sido originado com uma falha na subestação de Bauru (SP). Um raio seria o responsável pelo apagão e teria caído em um dos sistemas da Companhia Energética de São Paulo (CESP), danificando a rede de transmissão em alguns Estados do país.
AONS, empresa que desde o início de março é responsável pelo emaranhado de fios que distribui a energia pelo Brasil afora, disse que naquela noite ocorreu uma tempestade elétrica, sendo que 13.500 raios caíram na região de Bauru. O restabelecimento da eletricidade levou 50 minutos em algumas cidades e mais de quatro horas em outras. Entretanto, o governo precisou de cinco vezes mais tempo para descobrir o que realmente havia acontecido.
Efeito cascata – Segundo os técnicos que investigaram o ocorrido, a descarga elétrica não só causou o blecaute como danificou todo o sistema de pára-raios da subestação. O curioso é que esta é a primeira vez que isso acontece – um raio provocar uma escuridão dessas proporções – desde que o Brasil criou o sistema interligado de energia, há 25 anos. Dentro deste conglomerado de linhas de transmissão, a estação de Bauru distribui eletricidade para São Paulo e parte do Rio de Janeiro e as Gerais. Quando os sistemas desta base caíram, começou o efeito cascata. As linhas de transmissão que saem de Itaipu (PR) e vão para Ibiúna (SP) também despencaram. As outras, espalhadas pelo país, teriam se desligado automaticamente, pois estavam ficando sobrecarregadas. Nos relatórios oficiais, cheios de contradição, UFOs não são sequer cogitados como causa do problema.