Em palestra no projeto Cosmos 2024, no Sesc Birigui, o pesquisador e ufólogo Marco Antônio Petit mostra o que a documentação oficial do governo, antes sigilosa, registra sobre a presença alienígena na Terra, em centenas de aparições e contatos de UFOs
O mistério dos objetos voadores não identificados, os chamados UFOs (ou Óvnis, como são conhecidos no Brasil), sempre fascinou a humanidade, mas nos últimos anos, a busca por respostas tem ganhado novos contornos e maior seriedade.
No Cosmos 2024, que será realizado no Sesc Birigui entre os dias 6 e 11 de agosto, o pesquisador e ufólogo Marco Antônio Petit aborda o tema com a palestra Ufos: Documentação Oficial na Terra e no Espaço. A apresentação revelará os recentes avanços e descobertas sobre fenômenos UFOs, com base em documentos oficiais anteriormente sigilosos.
Panorama atual da ufologia
Desde as primeiras investigações, datadas de 1947, o estudo dos UFOs e possíveis vidas extraterrestres têm evoluído significativamente. Segundo Petit, estamos cada vez mais próximos de descobrir a verdade sobre a existência de vida no universo, de forma geral.
“Isso envolve não só os estudos da presença alienígena na Terra, estudada inclusive dentro dos governos e meio militar, como no aspecto de nosso programa espacial, que já revelou a presença extraplanetária em vários pontos de nosso sistema solar e a existência de uma civilização avançada em Marte no passado remoto”, explica Petit.
Em Marte, por exemplo, ruínas estão sendo fotografadas neste momento pelas atuais missões da agência espacial dos EUA (NASA) em vários pontos do Planeta Vermelho. “Existe um acobertamento sobre essa realidade, que está sendo gradativamente retirado e essa verdade já pode ser vista em inúmeras imagens nos catálogos fotográficos da mesma agência espacial”, destaca.
Dessa forma, o tema está cada vez mais na mídia, relacionando tanto a existência de extraplanetários registrada por diferentes missões espaciais quanto a presença de UFOs e seus tripulantes na Terra.
Abaixo sigilo
Em meio a tudo isso, as pesquisas no Brasil ganharam força com a liberação dos documentos oficiais sobre UFOs pelo Arquivo Nacional, em processo liderado pela CBU (Comissão Brasileira de Ufólogos), da qual Petit é membro fundador.
Essa conquista foi resultado da campanha “UFOs – Liberdade de Informação Já” iniciada em 2004, e é um dos marcos mais importantes da ufologia nacional. Os documentos liberados incluem milhares de páginas com registros da Força Aérea, antes consideradas sigilosas, que confirmam a presença de UFOs no Brasil. “Essa documentação é uma evidência definitiva de tudo que já afirmávamos antes”, diz.
Petit explica que, apesar da pausa na liberação de novos documentos, a CBU está atuando para acessar informações adicionais sobre eventos significativos como a Operação Prato e o Caso Varginha.
O Caso Varginha é notório principalmente pela quantidade de testemunhas, de civis a militares, e pela complexidade dos eventos registrados. A CBU conseguiu acesso, por exemplo, ao Inquérito Policial Militar envolvendo o caso, e viabilizou a divulgação. O conteúdo foi denunciado no livro “Varginha – Toda a Verdade Revelada”, de Petit, onde, segundo ele, estão provas das manobras do Exército Brasileiro para encobrir a verdade sobre a queda de um UFO e a captura de parte da tripulação.
Já a Operação Prato, de 1977, é destacada como a maior missão de investigação ufológica militar brasileira, com inúmeros registros e depoimentos.
Por todo lugar
Embora esses sejam casos mundialmente conhecidos, Petit afirma que os UFOs estão por toda a parte. “Não existe região do planeta onde os UFOs não tenham sido observados e o noroeste paulista, não é uma exceção”.
No entanto, existem as chamadas áreas de incidência, pontos do Brasil e em outros países, que por motivos certamente diferentes, concentram as aparições. Entre elas, Petit cita a Serra da Beleza, situada nos distritos de Santa Isabel do Rio Preto e Conservatória, no município de Valença (RJ), onde é responsável desde o ano de 1982, pelo mais duradouro e produtivo projeto investigativo (civil) da região, tendo experiências diretas com os UFO (várias delas fotografadas).
“Levantei mais de 400 casos dos moradores da região, que envolveram diferentes tipos de contato, inclusive casos de pousos dos UFOs, com a observação dos tripulantes”, detalha.
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Embora seja um grande divulgador das pesquisas ufológicas, Petit acredita que a maior parte da humanidade ainda não está preparada para a verdade sobre a presença alienígena. “Existem questões que foram geradas pelo próprio sigilo inicial (que era total), aspectos religiosos e ligados, por exemplo, ao processo de dominação planetária exercido, por exemplo, pelas principais nações”, finaliza.