O nosso Ping-Pong ufológico de hoje é com Carlos Alberto machado. Autor do livro \”Olhos de Dragão\”, o assunto que é polêmico mesmo entre as diferentes correntes de pensamento dentro da própria Ufologia: o Chupacabras. A lenda, que teve origem ao que tudo indica em Porto Rico, transformou-se em realidade – se é possível categorizar assim – no Brasil, e vitimou, segundo os estudos de Carlos Alberto Machado, milhares de cabeças de gado.
O chupacabras – ou Intruso Esporádico Agressivo, como ele o chama – continua fazendo vítimas. E não se trata de uma matilha de cães, a despeito das explicações convencionais que, segundo esse pedagogo que mora em Curitiba, são reducionistas ao extremo, além de equivocadas.
1- quando começou seu interesses para pesquisar sobre esse fenômeno chupacabras?
Eu já vinha pesquisando ufologia desde 1982. Em 1997 surgiram casos no sul do Brasil, como tinha conhecimento básico em biologia e com casos ocorrendo próximo a minha cidade (cerca de 25 km), senti obrigação de verificar in loco. Dai surgiu o livro \”Olhos de Dragão: reflexões para uma nova realidade\” e o documentário \”Dossiê Chupacabras\”.
2- o que é o fenômeno chupacabras e quando surgiu?
A partir de 1995 e 1996 na ilha de Porto Rico (América Central), surgiram muitos animais mortos sem sangue com perfurações no pescoço ou espalhadas pelo corpo. Muitas cabras entre outros animais foram atacados e testemunhas avistavam criaturas humanóides peludas com garras e olhos enormes e vermelhos. Como as vítimas estavam sem sangue, constatado posteriormente por necrópsias, denominaram a criatura de chupacabras.
3- No Brasil, como ele se apresentou?
Por aqui os casos de morte de animais como gansos, galinhas, cabras, ovelhas, vacas e cavalos tendo como principal responsável o chupacabras, por conta das perfurações e falta de sangue, ocorreram entre fins de 1996 e início de 1998, parando como havia começado, repentinamente. No Chile perdurou por cinco anos ininterruptos a partir de 2000.
4- Quais são suas conclusões sobre esse fenômeno?
Penso que não era o sangue que queriam e sim as proteínas (parte vermelha – hemácias), mas não tenho idéia do propósito. As evidências como fezes, pegadas, pêlos e testemunhas, deixam claro que a criatura existe e não é fruto de imaginação. Se o governo confirmasse a existencia de tal criatura, penso que teria que arcar com as despesas dos criadores que praticamente tiveram prejuízos enormes. Acusar animais selvagens que estranhamente nunca mais repetiram tal feito era a coisa mais óbvia a fazer naquele período. Mas fica a pergunta: – onde foi parar a fome dos animais selvagens acusados pelos governos na época? Memória curta e braços cruzados já fazem parte de nossa cultura, infelizmente.
5- Quais sao seus projetos atuais e futuros?
Atualmente venho pesquisando casos de mutilações humanas do insólito para meu próximo livro. São casos em que a polícia brasileira não conseguiu concluir por não se tratar de mortes comuns. Cito o exemplo do Caso Pedro de Toledo, devidamente apresentado aqui na revista UFO. Penso que esses casos sejam mais preocupantes (e alarmantes) do que casos de animais mortos ou mutilados. Também revisitei alguns casos desse tipo já pesquisados como o Caso das Máscaras de Chumbo em Niterói no estado do Rio de Janeiro e o caso Prestes em Araçariguama no estado de São Paulo.
Em companhia do pesquisador espanhol Pablo Vilarubia Mauso levantei alguns dados do Caso Higgens (Contato imediato de Terceiro Grau) ocorrido com um agrimensor em 1947 na cidade de Luizeana no interior do Paraná e o Caso Berlet em Sarandi no interior do Rio Grande do Sul, caso também pesquisado pelo saudoso Walter Karl Buller do grupo de pesquisas SBEDV (Sociedade Brasileira de Estudos Sobre os Discos Voadores), boletins disponíveis no site www.fenomenum.com.br. Nossa intenção é armazenar em vídeo, fotos e áudio digital, o máximo possível de informações sobre casos antigos para ficar registrado para a posteridade histórica. Além do Pablo, venho sendo auxiliado pelos pesquisadores Edison Boaventura Jr., Jamil Vilanova, Saga Suelinton de Souza, Paulo Anibal, Roseli Vaz Lima, Fabio Avolio, Hernan Mostajo, Victor Soares, Fernando Grossman e naturalmente pelo apoio da Revista UFO, através de seu editor Ademar José Gevaerd.