“Um objeto interestelar artificial poderia potencialmente ser uma nave imensa que libera muitas pequenas sondas durante sua passagem próxima à Terra, uma construção operacional não muito diferente das missões da NASA”, disse Sean Kirkpatrick, diretor do Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios do Pentágono (AARO), em um relatório de pesquisa escrito com Avi Loeb, presidente do departamento de astronomia da Universidade de Harvard.
Kirkpatrick, que foi nomeado diretor do AARO quando foi fundado em julho de 2022, atuou anteriormente como cientista-chefe do Centro de Inteligência Espacial e de Mísseis da Agência de Inteligência de Defesa. O escritório foi criado para investigar “objetos de interesse” não identificados em torno de instalações militares, de acordo com um comunicado de imprensa do Pentágono.
Loeb, por outro lado, ganhou notoriedade quando propôs que nosso sistema solar havia sido atravessado por seu primeiro visitante extrassolar em outubro de 2017. Naquela época, o telescópio PanSTARRS no Havaí detectou um objeto se movendo a uma velocidade que levou alguns cientistas a sugerir que ele se originou de fora do nosso sistema.
A órbita do objeto também sugeriu outras forças além da atração gravitacional do Sol influenciando seu movimento. Os cientistas apelidaram o objeto de “Oumuamua”, o termo havaiano para “batedor”, que Kirkpatrick e Loeb oferecem em seu trabalho de pesquisa como um exemplo de uma possível nave-mãe com recursos de sonda.
“Com um design adequado, essas minúsculas sondas alcançariam a Terra ou outros planetas do sistema solar para exploração, já que a nave-mãe passa dentro de uma fração da separação Terra-Sol – assim como Oumuamua fez”, explicaram os autores. “Os astrônomos não seriam capazes de perceber o ‘spray’ de mini-sondas porque elas não refletem luz solar suficiente para que os telescópios de pesquisa existentes as notassem.” Vindo do diretor da AARO, há uma verdade oculta nessa afirmação?