Numa matéria ufológica levada ao ar dia 22 na TV, o chefe de comunicação institucional da Força Aérea Argentina (FAA), comodoro Guillermo Tealdi, confirmou ao noticiário Telefe [A partir do 10º minuto da matéria] que existem alguns casos aos quais não conseguiram catalogar, esclarecendo que a missão da Força é conservar a segurança do espaço aéreo.
Nos bastidores da reportagem, no entanto, Tealdi comentou à jornalista que haverá novidades com respeito a criação de um grupo de estudo entre militares e cientistas.
A luta de tantos pesquisadores argentinos através das décadas pode chegar a obter o prêmio de ver realizado um sonho, e esperam que tal iniciativa seja levada adiante, como também saibam aceitar e analisar os trabalhos que, com muitíssimo esforço, se realizaram sob vontade e vocação de tantos.
Como investigadores, ufólogos do país vizinho mostraram-se dispostos a acompanhar e auxiliar no que seja necessário, buscando a verdade, abertura e verificação científica da Ufologia, de um ponto de vista completamente racional, avançando neste sentido.
A Comissão de Estudos do Fenômeno OVNI da República Argentina (Cefora), formada no início de 2009 por ufólogos civis [Saiba mais em entrevista exclusiva com Silvia e Andrea Simondini, consultoras da Revista UFO, na sua edição 165] espera agora conseguir a desclassificação que muitos países realizaram, a exemplo do Brasil e a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).
Tal notícia reaviva esperanças de que o governo argentino faça sua parte e seja através da pesquisa científica e responsável, somando-se às demais nações Sul-americanas que mantêm seus órgãos oficiais de investigação ao Fenômeno UFO, tais como o Uruguai com a Comissão Receptadora e Investigadora de Denúncias de Objetos Voadores Não Identificados (Cridovni), o Peru na Oficina de Investigações de Fenômenos Aéreos Anômalos (OIFAA), como também Chile e o Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos (CEFAA).
Aqui no Brasil, ainda nos anos 60, o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani) em São Paulo realizava este trabalho. Arquivos do Sioani podem ser baixados aqui no Portal da Ufologia Brasileira, no endereço: http://ufo.com.br/documentos/novos/. Organograma e detalhamento da Central de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Cioani) também estão disponíveis.
A CBU possui propostas de reativação oficial ao extinto Sioani, em parceria entre Aeronáutica e pesquisadores interdisciplinares.
O pioneiro ufólogo cubano Virgilio Sánchez-Ocejo, radicado nos EUA e diretor do Miami UFO Center, lembrou que desde 1980 ou antes, a Força Aérea Argentina (FAA) vinha estudando UFOs de forma discretíssima, bem longe dos ufólogos e sociedade civil.
“Gostaria de sugerir aos investigadores argentinos que, além da participação dos pesquisadores na tal comissão oficial, peçam também que dêem a conhecer publicamente os arquivos ufológicos estudados pela FAA”, disse Ocejo.
“É bom ficarmos de olho. Recordemos e tomemos como experiência a do Dr. J. Allen Hynek, que depois de estar intimamente ligado à Força Aerea Norte-Americana (USAF) para assuntos ufológicos por mais de 20 anos, descobriu que os melhores reportes e relatórios nunca passaram por suas mãos. A USAF o manteve enganado e foi utilizado somente para dar explicações astronômicas em casos com pouca ou nenhuma importância ufológica real”, recordou o veterano ufólogo.
“Por esta razão desvinculou-se da Força Aérea e criou o Center for UFO Studies (CUFOS), uma organização onde poderia finalmente receber os casos importantes”, finalizou Ocejo.