O jornalista recebeu milhares de páginas de material relevante, incluindo 70 anos de relatórios de pilotos, soldados e policiais canadenses
“Por mais de dois anos, usei solicitações de liberdade de informação para descobrir arquivos de casos, procedimentos e material informativo sobre objetos e luzes não identificados no espaço aéreo canadense”, diz Otis. “Embora isso possa parecer estranho à primeira vista, obtive milhares de páginas de material relevante, incluindo 70 anos de relatórios de pilotos, soldados e policiais canadenses.”
No entanto, um de seus pedidos foi negado pela Ontario Power Generation (OPG), que se recusou a divulgar registros relativos a UFOs detectados nas usinas nucleares de Ontário ou perto delas. Otis lançou o pedido com base em uma denúncia anônima que recebeu.
Depois que ele recorreu da decisão ao Comissário de Informação e Privacidade de Ontário (IPC), a OPG levantou vários outros motivos duvidosos para não poder fornecer nem mesmo registros editados. As razões citadas incluem a divisão constitucional de poderes, a Lei federal de Segurança e Controle Nuclear e outras regulamentações relacionadas.
No entanto, a interpretação da lei pela OPG é incorreta, conforme ilustrado pela decisão da New Brunswick Power, que é regida pela mesma constituição e regime federal da OPG, de fornecer à Otis registros de avistamentos de UFOs em ou perto de sua usina nuclear.
“Há alguns anos me pediram uma lista de UFOs perto de instalações nucleares canadenses e era bastante longa. Mas o problema é como definir uma instalação nuclear e o que significa ‘próximo’ ou ‘sobre’ uma?”, disse Chris Rutkowski, um ufólogo canadense e especialista em mídia.
Um exemplo que Rutkowski dá é sua Pesquisa Canadense de UFOs, que ele diz ter agora quase 25 mil relatos abrangendo mais de três décadas. “Se procurarmos no banco de dados um local específico, como Pickering, onde está localizada uma estação geradora de energia nuclear, obtemos mais de 50 relatórios! Então, em certo sentido, os UFOs estão definitivamente associados a instalações nucleares.”
O jornalista contratou agora um escritório de advocacia, The Canadian Constitution Foundation (CCF), para ajudá-lo a recorrer da decisão. O CCF é uma instituição de caridade nacional e apartidária que defende direitos e liberdades constitucionalmente protegidos.
Ele argumenta que o público tem o direito de saber como as agências governamentais estão abordando a questão dos UFOs, especialmente em relação à segurança nacional e à energia nuclear. O caso de Otis faz parte de um esforço mais amplo para aumentar a transparência e a responsabilização do tema ufológico, que ganhou mais atenção e legitimidade nos últimos anos.
Nos Estados Unidos, uma Lei de Divulgação de UFOs está sendo proposta pelos legisladores para exigir que o governo divulgue mais informações sobre avistamentos e investigações de UFOs.