Em 1905, um rapaz então com 25 anos chamado Albert Einstein desfez a certeza que predominara por 200 anos de que Isaac Newton sabia tudo o que era possível sobre as principais leis da física. Com um documento técnico de apenas algumas páginas, Einstein enviou para o limbo da história uma grande parte das “certezas” científicas que existiam até aquela data, além de muitas outras, grandes e pequenas.
Em 1905, no entanto, descartar algumas teorias de Newton era um ato tão significativo quanto o volume que o limbo da história podia suportar. De lá para cá, sua capacidade de receber “certezas” até então consagradas aumentou muito, e hoje quase nem nos surpreendemos quando mais algumas recebem o mesmo destino. A Ufologia é uma disciplina que certamente vai desempenhar um papel preponderante neste processo de tornar obsoletas informações que antes tínhamos como inequívocas.
Mas, antes de chegar a ela, vamos percorrer um caminho mais extenso para entendermos como a ciência se transforma constantemente. Neste instante, outra grande e antiga “certeza” paira sobre o referido limbo da história — parece apenas uma questão de tempo para que algum novo Einstein escreva novas páginas capazes de derrubar certos conceitos consagrados e relegá-los ao passado. E assim como foi em 1905, praticamente todo cientista ainda debocha alegremente quando uma sugestão de algo novo ameace suas “certezas” científicas. Hoje, com descobertas cada vez mais frequentes da ação de outras inteligências cósmicas em nosso planeta, uma das teorias que parece fadada ao limbo da história, se não totalmente, mas certamente em boa parte, é justamente a Teoria da Evolução de Charles Darwin sobre a seleção natural das espécies.
Design Inteligente
Não que a ameaça venha de algum novo achado dos defensores da teoria oposta mais proeminente, o criacionismo, que advoga que Deus fez tudo o que há aqui na Terra e muito pouca coisa foi deixada nas mãos da natureza para que tomasse seu rumo — aliás, nem todos os que desafiam a Teoria da Evolução podem ser automaticamente chamados de criacionistas. É verdade que os darwinistas tendem a rotular assim quem tenha outra forma de entender a evolução da vida na Terra, argumentando que grande parte do dogma criacionista é simplesmente um absurdo. Isso principalmente porque ele se exclui de uma séria alegação ao insistir em partes fatalmente equivocadas de sua teoria, como a interpretação literal dos “seis dias de criação”. Poucos criacionistas tentaram adotar uma postura mais razoável, mas foram rechaçados pela ala extremista.
Há menos de uma década uma nova corrente de pensamento sobre a origem e desenvolvimento da vida no planeta entrou no contexto. Esse grupo desenvolveu uma teoria chamada Design Inteligente, com apoio de uma riqueza de fatos cientificamente embasados. Como sugerem os darwinistas, eles desviam das raízes criacionistas insistindo que a vida na Terra em seu nível mais básico é tão incrível e de irredutível complexidade que nunca poderia simplesmente ter surgido do nada. Na verdade, hoje ganha força a ideia de que a vida inteligente no planeta ter se formado sozinha a partir de moléculas orgânicas primordiais é tão absurda quanto o dogma de que tudo foi criado em seis dias por Deus — e é esta brecha que os I-designers compreendem e exploram. Mas um segmento deles também sugere que muita coisa surgiu pelas mãos de um criador, ou seja, por meio de uma intervenção externa, mas nem tudo foi deixado ao acaso para evoluir na Terra. Porém, como veremos, o termo intervenção externa é um eufemismo.
De forma análoga, a ideia amplamente difundida por ufólogos mais experientes, de que os seres humanos podem ter sido criados por extraterrestres, é considerada absolutamente desprezível pela ciência e religião atuais, tanto que estas correntes não fazem qualquer menção sobre o assunto — no máximo, uma ou outra autoridade científica do Vaticano fala, volta e meia, que outros seres possivelmente inteligentes podem ter surgido e se desenvolvido em seus mundos em condições análogas às que ocorreram na Terra. Mas para darwinistas, criacionistas e I-designers, a criação da raça humana por extraterrestres é a mais rechaçada de todas as possibilidades. No entanto, esta realidade possui uma enorme gama de fatos a apoiá-la e evidências contundentes lhe dão chances de se provar como uma teoria acertada.
Praticamente todos os cientistas que lidam com a origem e desenvolvimento de vida insistem que a evolução é o cerne de todas as formas e processos de vida na Terra. E por evolução aqui se entende toda a miríade de possíveis interpretações que podem explicar como, em vastos lapsos de tempo, organismos simples e primordiais puderam se transformar em estruturas cada vez mais complexas, até chegar aos animais e ao ser humano como ele é hoje. Esta ampla definição dá à ciência bastante espaço para ajeitar regularmente suas “certezas” sobre isso e tecer o seu caminho para explicar a evolução. Porém, entre os cientistas, esta amplitude de explicações para tantos processos que teriam levado à evolução significa que nenhuma teoria sozinha detém a verdade, o que abre uma série de disputas internas embaraçosas.
Obstáculos dos dogmas
No caso da teoria de Darwin, as disputas geradas por suas incongruências foram silenciadas ao longo do tempo. Com ou sem razão, sua teoria serviu a um propósito muito maior do que simplesmente desafiar o modo como a ciência pensava sobre os processos de surgimento e evolução da vida — ela proporcionou algo de que todo cientista precisava, ou seja, uma forte oposição ao absurdo intelectual difundido a partir dos púlpitos de igrejas, sinagogas e mesquitas em todo o mundo, para cujos seguidores a explicação da origem da vida chega até Deus e ponto final. Desde muito antes de Darwin nascer, homens de ciência já sabiam muito bem que Deus não criara a Terra ou qualquer outra coisa no universo, e nem muito menos em seis dias, tendo descansado no sétimo. Mas afirmar isso publicamente levava ao mesmo tipo de censura que hoje irrompe contra qualquer um que se atreva a desafiar abertamente contra a evolução como forma cabal de explicação da existência do ser humano. Ou seja, dogma é dogma em qualquer geração.
Mas a concordância entre Darwin e seus colegas cientistas foi relativamente curta, durando apenas o tempo necessário para entender que sua teoria era apenas uma árvore a mais em uma floresta de id
eias que tentava explicar a complexidade da vida — uma árvore robusta e proeminente, é verdade. O problema é que na tal floresta de ideias não havia outras árvores suficientemente robustas e proeminentes para desafiar àquela outra. Assim sendo, uma vez que o conceito de vida na Terra foi cristalizado como “seleção natural” por Darwin, o conceito da “sobrevivência do mais apto” ficou cunhado como explicação final. Ou seja, quem mais estava adaptado ao meio, mais chance teria de sobreviver. E quando as pessoas ficaram convencidas de que a Teoria da Evolução era uma alternativa legítima ao criacionismo, o desafio científico estava lançado.
Mas, ao longo do tempo, cientistas analisaram as ideias da floresta original de Darwin comparando e analisando mais árvores do que ele jamais teria imaginado, grandes ou pequenas. Seus estudos foram amplos e profundos e muitas árvores foram cortadas e postas abaixo pelos próprios cientistas, mas, apesar de suas deficiências, a floresta de Darwin permanece em pé e intacta até hoje. Que me desculpe o leitor pela analogia, mas o fato é que de alguma forma existe uma força completamente natural em ação regendo todos os aspectos do fluxo e da evolução da vida na Terra. Esse é um “mantra científico” entoado religiosamente para combater todos os desafios criacionistas — e agora também os desafios do Design Inteligente — a uma ou mais árvores podres que frequentemente se tornam óbvias.
Mesmo Darwin percebeu que os dados disponíveis em sua época não forneciam claras evidências para provar sua teoria como absolutamente correta. Era especialmente preocupante a ausência de espécies de transição nos registros fósseis, necessárias para provar que, através de um enorme período de tempo, elas fossem gradualmente se transformando em outras mais evoluídas. Simplesmente os chamados “elos perdidos” desalinhavam desconcertantemente a Teoria da Evolução de Darwin. Portanto, desde seu anunciado a hipótese já estava na defensiva a respeito de um de seus pilares — e mais de 150 anos depois de esboçada ainda não há espécies de transição claras nos fósseis já encontrados que consertem o desalinhamento descrito.
Ausência de transição em fósseis
Exatamente por ser esta a parte mais vulnerável da Teoria da Evolução de Darwin, os criacionistas atacaram-na implacavelmente, o que obrigou cientistas a seguirem periodicamente novas ideias que orbitavam a teoria principal para tentar fugir dessa perseguição. Para complicar, infelizmente, todos os casos de elos perdidos até então encontrados demonstraram ser forjados, fraudes ou simplesmente explicados. Um excelente exemplo pode ser encontrado no livro Ícones da Evolução [Regnery Publishing, 2000], de Jonathan Wells, que tem um título de Ph.D. em biologia celular e molecular pela Universidade da California e outra em estudos religiosos pela Universidade Yale. Mas os cientistas não se intimidaram pela exposição dessas fraudes e enganos, e ainda, pelo contrário, sentiram-se justificados porque, como insistem, ainda não houve tempo suficiente para encontrar o que precisam em um registro fóssil.
A ideia amplamente difundida por ufólogos mais experientes, de que humanos podem ter sido criados por extraterrestres, é considerada absolutamente desprezível pela ciência e religião atuais, tanto que estas correntes não fazem qualquer menção ao assunto
Seja como for, a grande verdade é que muitos registros fósseis estão realmente faltando na linha do tempo para explicar objetivamente o ser humano, mas muito mais deve ser levado em conta. Registros fossilizados foram exaustivamente analisados nos últimos 150 anos ou mais, sempre sem sucesso. Ora, em qualquer outra atividade profissional, uma caminhada de um século e meio que chegue a um beco sem saída indica que houve um equívoco na abordagem tomada — mas não para os cientistas, eles seguem convencidos de sua missão e com confiança de que encontrarão o fabuloso elo perdido abaixo da próxima rocha a ser vasculhada. Cedo ou tarde, creem eles, um integrante da comunidade científica descobrirá a prova definitiva.
Lógica intelectual
Mas como as plantas e os animais evoluem, aqui incluído o “animal humano”? Por mudanças graduais, mas constantes, influenciadas por pressões de adaptação em seu ambiente, que provocam alterações físicas que persistem indefinidamente pelas gerações, se forem vantajosas, ou se adaptam com o tempo, se encontrar melhores condições. Em qualquer população de plantas ou de animais ocorrerão, com o tempo, mutações genéticas aleatórias. A maior parte delas será prejudicial, algumas terão efeito neutro e outras poderão conferir uma vantagem seletiva, ainda que pequena ou aparentemente insignificante. Isso leva a outra pergunta: mas não teria a população em geral um conjunto de genes com resistência suficiente para absorver e diluir até mesmo uma grande mudança, fazendo com que uma pequena anomalia desapareça rapidamente?
Provavelmente, sim. Mas um segmento isolado dessa população, seja de plantas ou animais, teria um conjunto de genes mais superficial e as mutações positivas teriam mais chance de se estabelecer de forma permanente. E ainda que tal grupo isolado, com a mutação positiva estabelecida, voltasse a reunir a população original, a alteração seria absorvida e desapareceria. Ou seja, a natureza deve garantir que não haja esse reencontro entre as populações, até que o cruzamento não seja mais possível. Mas como isso ocorreria? Por exemplo, havendo uma cadeia de montanha entre elas, algo impossível de transpor — e daí a pergunta que fica é: então, como o grupo isolado chegou lá? Alguns estudiosos pensam que pequenas mudanças que poderiam ser absorvidas são absolutamente aleatórias e ocorrem em alguns pares de bases que compõem o gene de tais espécies. Elas podem ser demasiadamente pequenas para criar uma mudança significativa, fazendo com que a mutação ocorra no nível do cromossomo das espécies para que seja perceptível, mas a ciência postula que uma alteração assim seria muito significativa, algo que o organismo não conseguiria tolerar.
Há também que se considerar as condições ambientais que atingem a população padrão daquela espécie e a que dela se isolou. Se uma delas tivesse que sobreviver em um ambiente significativamente alterado, seus membros devem se adaptar às novas circunstâncias para sobreviver, mas como isso ocorreria sem ser por meio de mutações? São tantas perguntas que parecem um jogo intelectual de ataque e esquiva, que continua indefinidamente até as minúcias. Nestes quebra-cabeças evolutivos, darwinistas tradicionais são superados por neodarwinistas, enquanto evolucionistas quânticos remodelam o trabalho daqueles que apoiam a teoria de grupos periféricos isolados — biólogos não confiam em modelos de taxas de mutação e de forças seletivas propostas por matemáticos.
Desafiando as regras do jogo
A busca de vestígios fósseis que representem os elos perdidos para consolidar definitivamente a Teoria da Evolução de Darwin é em grande parte desenvolvida por paleontólogos, mas estes fazem pouco uso dos geneticistas em seu trabalho. Experiências em citogenética, por exemplo, procuram um nicho adequado ao lado da genética, enquanto geneticistas populacionais utilizam fórmulas matemáticas que desafiam paleontólogos sistemáticos. Neste emaranhado de especialidades, sociobiólogos e psicólogos evolucionistas ainda buscam abrir espaço para suas ideias — todos executam um brainstorm cerebral de forma elegante e com requintada simetria.
Ironicamente, tal brainstorm cerebral é a evolução de toda a ciência como um processo. Por meio dele, novos dados são submetidos a outros cientistas e então são discutidos, escritos, criticados e reescritos e novamente criticados. Assim se dá a progressão natural da ciência, formando-se, modelando-se e se reformulando mais e mais vezes, se necessário, até que os no vos dados se encaixem confortavelmente no atual paradigma em qualquer campo. Isso é necessário para adequá-los o máximo possível a toda forma de pensamento científico. De outra maneira, representariam um convite para uma rejeição imediata da proposta a que se chegou sob uma saraivada de críticas destruidoras. Ou seja, parece que o método científico é mais adaptativo do que o objeto de seu estudo, a origem e evolução da vida.
Para aqueles que estudam os processos da vida na Terra, desde sua origem e evolução, é necessário lidar com o fato de que simplesmente não há explicação lógica sobre como um número surpreendente de espécies vegetais e animais estão aqui
Este intrincado sistema de trabalho é a forma como pensadores independentes entre os cientistas, cada vez mais numerosos, sempre se mantiveram na linha. Darwin, por exemplo, era um forasteiro que invadiu o clube da ciência estabelecida com uma abrupta e esmagadora genialidade. Einstein fez o mesmo. Nesta linha também estava Alfred Wegener, que foi o meteorologista alemão que descobriu as placas tectônicas, em 1915. Por ter ousado ferir o ego de autoridades científicas da época, ele viu sua brilhante descoberta ser enterrada sob maldosa crítica, permanecendo submersa por 50 anos, até ressurgir e passar a explicar muitas coisas que até então eram desconhecidas sobre os movimentos da crista terrestre. A verdade, como se vê aqui, é que todo cientista sabe quais são as regras do jogo e pouquíssimos ousam desafiá-las.
Doses homeopáticas
As restrições dos cientistas são severas, mas por uma boa razão — eles trabalham em areas limítrofes do conhecimento dos fatos, de onde a visão que têm pode ser confusa e aterradora. Para aqueles que estudam os processos da vida na Terra, desde sua origem e evolução, é necessário lidar com o fato de que simplesmente não há explicação lógica sobre como um número surpreendente de espécies vegetais e animais estão aqui — em alguns casos, nem poderiam estar. Entretanto, os piores exemplos dessas impossibilidades são escondidos ou postos à margem do público geral. Mas não importa quantos fatos sejam distorcidos, quantos dados sejam escondidos ou o quanto a realidade é negada, porque a verdade sempre surge, embora às vezes em doses homeopáticas.
Isso nos remete ao aparecimento das plantas ditas domésticas. Existem duas formas básicas delas, assim como de animais, as selvagens e domesticadas. As primeiras superam em muito as outras quanto à sua variedade, o que pode explicar por que mais pesquisas são feitas em plantas selvagens. Entretanto, há que se questionar por que os cientistas evitam estudar as domesticadas, e o que se descobre é que examiná-las nos leva a conclusões muito fora do paradigma aceito da evolução. Acredita-se que quase todas as plantas domesticadas apareceram entre 10 e 5 mil anos atrás, em diferentes grupos, em regiões e momentos variados. Inicialmente, da região do chamado Crescente Fértil — o Iraque moderno, a Síria e o Líbano — vieram o trigo, a cevada e os legumes. Mais tarde, no Extremo Oriente, apareceram trigo, milho, arroz e inhame. Depois, no Novo Mundo, vieram o milho, pimenta, feijão, abóbora, tomate e batata.
Muitas dessas plantas tiveram antecessores selvagens que foram, aparentemente, o ponto de partida para a variedade domesticada. Mas outros — como muitos vegetais comuns — simplesmente não têm antecessores tão óbvios. Por exemplo, como gramíneas silvestres se transformaram em trigo, cevada, milho e arroz é um grande mistério. Não há explicação conclusiva para isso nem por parte dos botânicos. Isso é, eles elaboram cenários hipotéticos nos quais os agricultores do período neolítico teriam descoberto como gerar híbridos de ervas, grãos e cereais selvagens, de forma não muito diferente da de Gregor Mendel [Formulador das Leis de Mendel, que regem a transmissão dos caracteres hereditários], quando este cruzou plantas de ervilha para descobrir mecanismos de herança genética. Tudo parece simples e lógico, mas quase ninguém examinou a questão mais profundamente.
Multiplicando cromossomos
Mendel nunca criou suas plantas de ervilha para ser outra coisa senão plantas de ervilha — ele as variou quanto aos tamanhos e cores, mas nunca deixaram de ser o que eram. Por outro lado, agricultores da Idade da Pedra, como a história oficial diz, saíram de suas caverna
s, começaram a mexer no solo e de alguma forma conseguiram transformar as selvagens gramíneas, grãos e cereais em “primos” domesticados. Isso é possível? Na verdade, não, pois requereria inúmeros prodígios divididos em duas grandes categorias. Primeiro, as gramíneas, grãos e cereais selvagens eram inúteis para os seres humanos — suas sementes eram irritantemente pequenas, como flocos de pimenta ou cristais de sal, a ponto de estarem além da capacidade de compreensão e de manipulação de dedos humanos. Elas também seriam duras, como pequenas cascas de nozes, tornando-se impossível convertê-las em qualquer coisa comestível.
Segundo, sua composição química era adequada para nutrir os animais, não seres humanos — elas precisariam ser ampliadas e terem textura mais amolecida, ou seja, sofrer alterações ao nível molecular, o que, se é um desafio para os botânicos modernos, quanto mais seria para os agricultores neolíticos. Apesar da aparente impossibilidade, os botânicos modernos estão confiantes de que os nossos ancestrais, com os gramados iniciais, tinham todo o necessário: tempo e paciência — ao longo de centenas de gerações de cruzamentos seletivos, eles teriam conscientemente dirigido a transformação genética das poucas dezenas que viriam a ser úteis aos seres humanos. Mas como fizeram isso? Com a façanha surpreendente de duplicar, triplicar e quadruplicar o número de cromossomos nas variedades selvagens?
Em alguns casos, eles se saíram melhor do que isso: trigo e aveia domesticados teriam evoluído a partir de um ancestral com sete cromossomos até seus 42 atuais. A cana-de-açúcar teria evoluído de um ancestral com 10 cromossomos para uma forma com 80 Outros, como banana e maçãs, só foram multiplicados por dois ou três, enquanto amendoim, batata, tabaco e algodão foram ampliados quatro vezes. Isso não é tão surpreendente quanto parece, porque muitas plantas com flores e árvores silvestres têm múltiplos conjuntos de cromossomos.
Milagre da mutação
Mas isso traz à tona o que o próprio Charles Darwin chamou de “mistério abominável” de plantas com flores. Os primeiros registros fósseis aparecem entre 150 e 130 milhões de anos atrás, estando ali para se multiplicar em mais de 200 mil espécies conhecidas hoje. Mas ninguém pode explicar sua presença, pois não há um vínculo correlacionado a qualquer forma de planta que os precederam — teriam sido trazidas à Terra por alguma força interventora externa, alguma entidade que pegou o que já tínhamos aqui e, por uma manipulação genética, fez a multiplicação e avanço das espécies? Há muitas pistas que sugerem isso. A grande expansão do material genético em cada célula das variedades domesticadas fez com que elas crescessem muito mais do que seus ancestrais selvagens. E enquanto cresciam, suas sementes e grãos se tornaram grandes o suficiente para serem facilmente vistos, coletados e manipulados por dedos humanos.
Paralelamente, as sementes e grãos amoleceram a ponto de serem moídos, cozidos e consumidos. Ou seja, ao mesmo tempo, sua química celular foi alterada o suficiente para começarem a servir de alimento para os seres humanos. Esse processo parece algo corriqueiro, mas não é. A única palavra que define o que ocorreu é prodígio, ou um milagre. Tais modificações implicam que houve manipulações complexas da natureza, que foram realizadas por lavradores primitivos em oito áreas geográficas por 5 mil anos. Mas aceitar isso é abusar do bom-senso, porque, em cada caso, em cada área, alguém teria que olhar para uma espécie selvagem e imaginar o que ela poderia se tornar. E nossos ancestrais ainda teriam que assegurar que seu experimento fosse repassado através de incontáveis ??gerações, que tiveram de permanecer comprometidas com o plantio, a colheita, o abate e o cruzamento das plantas selvagens, não colocando comida em suas mesas durante suas vidas, para que milênios depois o resultado desse processo fosse alimentar seus descendentes.
Fugir do tema extraterrestre
É difícil imaginar um cenário mais improvável ou absurdo, ainda que para os modernos botânicos isso seja um fato consagrado que coloca abaixo a teoria criacionista dos seis dias — isso porque confrontar suas ideias seria forçá-los a buscar uma explicação extraordinária, e se procurassem bem, acabariam encontrando a hipótese extraterrestre como a mais lógica e plausível. Domesticar uma planta silvestre sem fazer uso de manipulação artificial, ou seja, genética, deve ocorrer por modificações por meio de cruzamentos dirigidos, o que só é possível com esforço dos seres humanos. Portanto, a equação é simples. Primeiro, os ancestrais selvagens para muitas — mas não todas — plantas domésticas parecem evidentes. Segundo, as versões mais domesticadas apareceram entre 10 mil e 5 mil anos atrás. Terceiro, os humanos vivos naquela época eram bárbaros primitivos. Quarto, nos últimos 5 mil anos nenhuma planta foi domesticada a ponto de ser tão valiosa como as dezenas que foram “criadas” pelos primeiros agricultores em todo o mundo.
Se todos esses fatores forem realmente considerados, não há nenhum acréscimo ao modelo darwiniano. Mas a coisa não é tão simples e os botânicos sabem que existe um problema sério nesta parte da história, algo que não se encaixa nem com muito boa vontade. Mas tudo o que podem sugerir é que essa sequência de fatos ocorreu por meio natural, já que nenhuma outra hipótese — como a intervenção divina ou extraterrestre — pode ser considerada em qualquer circunstância. Esta postura inabalável é mantida por todos os cientistas, não apenas botânicos, para excluir provas contundentes. Entre elas, podem-se citar as tentativas do Jardim Botânico de São Petersburgo, na Rússia, desde 1837, de cultivar centeio selvagem em uma nova forma de domesticação. Não houve nenhuma perda de traços selvagens
até agora, especialmente quanto à fragilidade do caule e aos grãos pequenos.
Talvez o mais incrível exemplo de domesticação seja o da chita. Este foi um dos primeiros animais domesticados, com uma história que remonta ao início do Egito, da Índia e da China. Como em todos os outros casos, só poderia ter sido criada por cruzamento seletivo
Para domesticar uma espécie selvagem de grama, como cen
teio ou qualquer outro grão ou cereal — isso é o que teria sido feito por nossos antepassados neolíticos —, dois obstáculos devem ser compreendidos. São os problemas de raques e glumas — raques são os caules minúsculos em cujas hastes carregam sementes e grãos, e glumas são as cascas, as finas capas de sementes e grãos que devem ser removidas antes que os humanos possam digeri-las [Veja mais no livro do autor Everything You Know is Wrong (Tudo o Que Você Sabe Está Errado, Adamu Press 1998)]. Enquanto crescem, glumas e raques são fortes e duráveis, de modo que a chuva não retira as sementes e grãos de seus talos. Na maturidade, tornam-se tão frágeis que uma brisa pode quebrá-los e liberar sua carga para se propagar. Um estado de fragilidade tão elevado torna impossível a colheita de plantas silvestres, uma vez que cada grão se soltaria e se perderia durante o processo.
Dessa forma, além de ampliação, amolecimento, alterações nutricionais das sementes de dezenas de plantas selvagens, os primeiros agricultores também tiveram que descobrir como ajustar finalmente a fragilidade das raques e das glumas de cada planta. Esse ajuste é de extrema complexidade, novamente evidenciando alguma ação exógena para ter sido processado.
O problema de raques e glumas
As raques tiveram de ser fortalecidas o suficiente para manter as sementes e grãos em suas hastes durante a colheita, permanecendo, ao mesmo tempo, frágeis o suficiente para ser facilmente coletados pelo esforço humano durante o que veio a ser conhecido como trilhagem. Da mesma forma, as glumas tiveram que ser feitas resistentes o suficiente para suportar a colheita depois de alcançada a maturação completa, mas ainda frágil o suficiente para quebrar durante o processo.
E aqui está o problema: cada gluma e raque requer graus completamente diferentes de adaptação e o ajuste final deve ser perfeitamente preciso. Em suma, não há como isso ter ocorrido da forma que os botânicos afirmam. E tal como aconteceu com as plantas, a domesticação dos animais seguiu um padrão de desenvolvimento que se estendeu também entre 10 e 5 anos atrás. Também teve início no Crescente Fértil com os quatro grandes grupo de quadrúpedes que havia, bovinos, ovinos, caprinos e suínos. Mais tarde, no Extremo Oriente, apareceram patos, frangos e búfalos, dentre outros. E no Novo Mundo, lhamas e vicunhas.
O enigma dos animais domésticos
O processo não foi simplificado pela explicação da expansão do número de cromossomos, já que todos os animais — selvagens e domesticados — são diploides, ou seja, têm dois conjuntos de cromossomos, um do pai e outro da mãe. O número de cromossomos varia amplamente, como nas plantas, mas sempre há apenas dois grupos. As únicas “ferramentas” disponíveis para os pastores do Período Neolítico também foram tempo e paciência. Aparentemente, com as mesmas técnicas de hibridização, os animais selvagens foram criados seletivamente, de geração em geração, até que modificações graduais foram suficientemente acumuladas para se gerar versões domesticadas dos ancestrais. Assim como com as plantas, esse processo também precisaria de milhares de anos por caso, além de necessitar ter sido realizado dezenas de vezes em áreas muito distantes ao redor do globo.
Desta forma, mais uma vez, há o problema de supor que os primeiros pastores tiveram uma visão suficiente futurista para imaginar um modelo final para seu experimento, para iniciar o processo de criação no decorrer de sua vida e de seus sucessores, e acompanhá-lo ao longo de séculos, até ser alcançado. Isso deve ter sido muito mais complicado do que descobrir quais animais eram mais fortes para o teste, e quais tinham instinto de pastoreio que permitiria aos humanos liderarem seu rebanho.
No futuro, artigos sobre a evolução falarão dos tempos atuais como sendo a era em que os cientistas ridicularizavam evidências convincentes de que houve uma intervenção extraterrestre atuando nos genes de plantas, animais e seres humanos
Por exemplo, qual não deve ter sido a coragem do antigo hominídeo para trazer um filhote de lobo ao seu acampamento e ensiná-lo a matar seletivamente e a latir para intrusos para ganhar alimento? Quem poderia olhar para o enorme e terrível boi selvagem e visualizar uma vaca menor e pacífica? E como poderiam concretizá-la a partir da longa seleção e adaptação? No entanto, isso foi feito — e não foi por cruzamento. Conjuntos inteiros de genes devem ser modificados para que possam alterar as características físicas dos animais. Um contraponto interessante com as plantas é que os animais domesticados são geralmente menores do que seus progenitores selvagens. Mas, com eles, algo mais inefável deve ser mudado para alterar sua natureza básica de selvagem para dócil. Isso está além das habilidades atuais, de modo que atribuir tal capacidade aos humanos do Período Neolítico é um insulto à nossa inteligência.
A chita: cão ou gato?
Talvez o mais incrível exemplo de domesticação de animal seja o da chita. Não há dúvida de que este foi um dos primeiros animais domesticados, com uma história que remonta ao início do Egito, da Índia e da China. Como em todos os outros casos, ela só poderia ter sido criada por meio de cruzamento seletivo pelas pessoas do Neolítico. A chita é a mais facilmente domesticada e treinada do todos os grandes felinos — não há relatos registrados de que esse animal tenha matado um ser humano. Com cabeça e corpo com design aerodinâmico, parece ter sido criada especificamente para altas velocidades. Seu esqueleto é mais leve do que os de outros grandes felinos, suas pernas são longas e finas. Seu coração, pulmões, rins e vias nasais são ampliados, permitindo que sua taxa de respiração salte de 60 batidas por minuto em repouso para 150 durante uma perseguição. Sua velocidade máxima é de 70 km/h — em uma savana, nada pode fugir dela.
Chitas são únicas porque combinam características físicas de duas famílias de animais muito diferentes, cães e gatos. Elas pertencem à família dos gatos, mas se parecem com cães de pernas longas. Sentam-se e caçam como cães. Elas podem retrair suas garras apenas parcialmente, como cães, diferente de gatos. Os coxins plantares de suas patas são grossos e duros como os de um cão, mas para subir em árvores elas usam a
primeira garra em suas patas dianteiras da mesma maneira que os gatos. A pele de cor clara em seu corpo é como de um cão de pelo curto, enquanto as manchas pretas em seus corpos têm inexplicavelmente a textura de pele de gato. Elas contraem doenças das quais só os cães sofrem, mas também podem receber doenças que só gatos pegam.
Há algo ainda mais inexplicável sobre as chitas. Testes genéticos realizados nestes animais revelaram que surpreendentemente as 50 espécimes testadas apresentam o mesmo material genético. Isso significa que a pele ou os órgãos internos de qualquer uma das milhares de chitas no mundo poderiam ser trocados com os órgãos de qualquer outra, sem rejeição. O único outro caso de homogeneidade física é vista em ratos e outros animais geneticamente alterados em laboratórios. Como sabemos, todos os animais domesticados têm características que não podem ser explicadas cientificamente. Mas em vez de lidar com o constrangimento de enfrentar tais problemas, os cientistas simplesmente os ignoram — no caso da chita, insistem que não pode ser algum tipo de híbrido genético entre cães e gatos, mesmo que as evidências apontem justamente nessa direção.
O “efeito gargalo”
O problema da uniformidade genética das chitas é explicado por algo conhecido como efeito gargalo, que presume que a população desses animais selvagens — que deve ter sido geneticamente tão diversa quanto a sua longa história indica — entrou em um declínio muito acentuado em algum momento recente, deixando apenas poucos casais férteis vivos. A partir dessa dizimação até agora, elas todas compartilham o mesmo conjunto restrito de genes. Entretanto, não há registro de qualquer evento de extinção que possa ter seletivamente eliminado as chitas enquanto todos os outros grandes felinos puderam desenvolver suas variações genéticas esperadas.
Por mais improvável que pareça, a teoria do gargalo é aceita como outro mantra científico. E aqui é oportuno lembrar aos cientistas a famosa citação de Carl Sagan a respeito das pseudociências que se sentirem insultadas pela cobrança de explicações mais convincentes: “Alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias”. Isso nos leva, finalmente, à discussão sobre a origem e desenvolvimento de seres humanos, que são tão geneticamente recentes que também nós temos sido forçados a um desses mesmos efeitos gargalo que tentam explicar as chitas.
Como todas as plantas e animais, selvagens ou domesticados, os seres humanos também devem ser produto de contínuas e graduais melhorias por incontáveis gerações, desde nossos antepassados mais primitivos. Essa ideia foi firmemente considerada pela maioria dos cientistas na década de 80, até que um grupo de geneticistas tentou estabelecer uma data mais precisa de quando os humanos e chimpanzés se separaram de seu presumível ancestral comum. Por meio de ossos fossilizados, paleontólogos estabeleceram uma linha de tempo que indicava que a ruptura ocorrera entre 8 e 5 milhões de anos atrás. Essa larga faixa de tempo, acreditavam os estudiosos, poderia ser reduzida com a busca de mutações, ou seja, por elos perdidos com mutações no DNA mitocondrial humano. Eles então coletaram amostras de várias partes do mundo e o resultado foi inacreditável — tanto que, mesmo depois de refazerem os procedimentos várias vezes, hesitaram em anunciar.
Comunicar os resultados de sua descoberta ao mundo levaria a uma tempestade de controvérsias, a começar pelos paleontólogos, pois iria constrangê-los de maneira como não acontecia desde a fraude de Piltdown, quando, durante a primeira metade do século 20, este declarou ter encontrado fragmentos do crânio e da mandíbula de um homem primitivo, mas eram ossos de um símio modificados fraudulentamente. Contudo, apesar da usual prática científica de restringir dados que diferem radicalmente de um paradigma atual, a nova evidência superou a preocupação primordial com a reputação. Os geneticistas corajosamente se reuniram e anunciaram que os seres humanos não estavam nem perto da faixa etária de 8 a 5 milhões de anos — temos apenas 200 mil anos de idade.
Como esperado, os protestos foram ensurdecedores. Mas, com o tempo, mais testes de DNA mitocondriais e dos cromossomos Y do sexo masculino tiraram quaisquer dúvidas de que os estudiosos estavam corretos e que aquela era, de fato, a idade do ser humano. Os paleontólogos tiveram que aceitar isso resignados, porque conseguiram espremer os seres humanos pelo mesmo tipo de efeito gargalo usado para amenizar o mistério das chitas. Mesmo assim, ainda mantiveram sua insistência com uma história ainda mais improvável. Passaram a afirmar que os homens evoluíram de ancestrais primitivos, que já caminhavam eretos nas savanas da África há pelo menos 5 milhões de anos, até que, entre 200 e 100 anos, “algo” aconteceu para dizimar quase toda a população, forçando a reprodução a partir de um pequeno grupo de sobreviventes.
Humanos domesticados?
Este “algo”, apesar de importante detalhe da nova teoria, permanece desconhecido até hoje, embora os criacionistas aludam desesperadamente que se tratou do Grande Dilúvio. Mas como eles se recusam a sair da linha bíblica do tempo — na faixa de 6 mil anos atrás —, ninguém pode levá-los a sério. Além de disputas sobre a data e as circunstâncias da nossa origem como espécie, há uma abundância de outros problemas. Como plantas e animais domesticados, os seres humanos também não se enquadram no paradigma clássico darwiniano — o próprio Darwin fizera a observação de que os humanos surpreendentemente foram como animais domesticados.
Na verdade, somos tão incomuns em relação aos outros primatas e mais ainda em relação a qualquer outra espécie, que se pode solidamente argumentar que o ser humano não tem origem na Terra, porque não parece ter se desenvolvido aqui. Entretanto, somos ensinados pelas leis científicas que os homens são, sim, primatas intimamente relacionados a todos os outros primatas — especialmente aos chimpanzés e aos gorilas. Essa “certeza” é tão arraigada na nossa psique que parece fútil examiná-la, quanto mais será desafiá-la. São tantas as diferenças entre seres humanos e primatas que a enumeração de apenas algumas bastaria para que se chegasse à conclusão de que nossa história merece no mínimo uma revisão [Veja tabela no texto].
Diferen&ccedi
l;as significativas
Por exemplo, os ossos humanos são muito mais leves do que os dos primatas, assim como de todos os ancestrais pré-humanos e até do Homem Neandertal. Nossos músculos também são significativamente mais fracos do que qualquer outro primata, como se, de algum modo, a evolução defendida pelos paleontólogos nos tenha feito menos fortes. Quanto à gordura corporal, noutro exemplo, os humanos têm 10 vezes mais células de gordura acopladas à parte inferior de sua pele do que um primata — se este último é ferido por um corte, quando o sangramento parar, as bordas da ferida se encontram perto umas das outras e podem rapidamente fechar-se por um processo chamado contratura.
Já nos humanos, a camada é tão espessa que se empurra para cima pelas feridas e torna a contratura difícil, senão impossível. Na verdade, o crânio humano também não se parece nada com o de um primata. Não há praticamente nenhuma comparação morfológica justa para ser feita, além de apenas as partes gerais serem as mesmas — sua concepção e constituição são tão radicalmente diferentes que torna inútil qualquer comparação. Mais extremo ainda é analisar os cérebros de ambas as espécies. Quanto à locomoção, a diferença mais óbvia e suficiente é a de que os humanos são bípedes e os primatas são quadrúpedes. E quanto à fala, as gargantas humanas são completamente redesenhadas — a laringe está em uma posição mais inferior, de modo que os humanos podem quebrar típicos sons de primatas em minúsculos intervalos, pela modulação, o que tornou possível a fala humana.
Em relação ao sexo, as fêmeas primatas apresentam ciclos de cio e são sexualmente receptivas apenas em determinados períodos. Já as mulheres não os possuem do mesmo modo que outros primatas e são continuamente receptivas ao sexo. Mas talvez a diferença mais inexplicável de todas, entre nós e os primatas, está no que se refere aos cromossomos — primatas têm 48 cromossomos, enquanto os humanos, considerados muito superiores em diversos aspectos, têm apenas 46. Isso traz a questão de como poderíamos ter perdido dois cromossomos completos — o que representa uma grande quantidade de DNA — e como nos tornamos melhores nesse processo, o que é ilógico.
Tal como acontece com todos os animais e plantas selvagens, os primatas apresentam relativamente poucos problemas genéticos espalhados por seu conjunto de genes. O albinismo, por exemplo, é uma doença comum entre muitos grupos de animais, inclusive os humanos. Mas ele não os impede de crescer e transmitir o gene defeituoso para outras gerações. Frequentemente, porém, defeitos graves são rapidamente eliminados pela natureza. Muitas vezes, pais ou outras pessoas do grupo farão o trabalho rápida e corretamente, de modo que o conjunto de genes selvagens, no geral, permaneça relativamente limpo. Em contraste, os humanos têm mais de 4 mil doenças genéticas, dentre as quais várias certamente podem provocar morte antes que a vítima se reproduza. Isso traz uma questão sobre como esses defeitos entraram no conjunto de genes humanos e como permaneceram tão difundidos.
Quebrando a ordem
Uma das estatísticas favoritas dos darwinistas é a de que o genoma total de seres humanos difere do dos chimpanzés em apenas 1% e, dos gorilas, em 2%. Isso faz parecer que a evolução realmente aconteceu como a ciência pressupõe e que essas espécies têm parentesco. Contudo, o que não enfatizam é que 1% do genoma humano equivale a 30 milhões de pares de bases. Apenas alguma inteligência, com algum método muito preciso e avançado, que saiba habilmente manipular genes humanos, poderia alterar 30 milhões de pares até alcançar uma tremenda diferença entre nós e outras espécies terrestres.
Mas as características que foram descritas acima são as maiores discrepâncias entre primatas e seres humanos — há dezenas de outros fatores e diversas características que poderiam ser enumeradas, como se pode ver no livro de Elaine Morgan, The Scars of Evolution [Cicatrizes da Evolução, Oxford University Press, 1990]. O fato é que, quando todas essas informações são analisadas em conjunto, o quebra-cabeças apresentado pelas plantas e animais domesticados, junto com as teorias da origem da espécie humana, torna-se inexplicável. Nem Darwin, nem cientistas modernos, nem criacionistas, nem os defensores do Design Inteligente podem montá-lo, porque para isso seria necessário ir além dos termos terrestres — as respostas não serão satisfatórias até que eles abram suas mentes e enfrentem seu real desconhecimento da verdade.
Uma grande fraude científica
Um comentário apropriado neste momento da discussão é que, hoje, baseados em grande quantidade de pesquisa independente em uma ampla gama de disciplinas relacionadas à origem humana, pode-se deduzir que Charles Darwin deve ser mais conhecido por sua observação de que os seres humanos são animais domesticados do que pelo conjunto de sua obra. O que ele observou com seus próprios olhos e investigou é a verdade — os cientistas modernos a veriam tão claramente quanto ele se tivessem motivação ou coragem de procurá-la. Enquanto não o fazem, só nos resta pressioná-los com evidências de que mais pessoas parecem estar alerta para o fato de que uma grande fraude científica está sendo perpetrada.
No futuro, artigos sobre a evolução falarão dos tempos atuais como sendo a era em que os cientistas ridicularizavam, ignoravam ou simplesmente se recusavam a lidar com evidências diretas e convincentes de que houve uma clara intervenção exterior, extraterrestre, atuando nos genes de plantas, animais e seres humanos. Essa intervenção deixou vestígios da sua passagem em todo o corpo humano, inscrita no seu conjunto de genes. Para que a verdade apareça, os que se dizem bem informados devem antes reconhecer a falha de suas próprias teorias. Em algum lugar do mundo nasce
rão homens e mulheres que farão desmoronar as teorias vigentes e as substituirão pela realidade da intervenção extraterrestre.