Na década de 70, em pleno regime militar, como se sabe bem, foi montada uma operação da Força Aérea Brasileira (FAB) para investigar UFOs que estavam atacando pessoas no norte do Brasil. A Operação Prato, como ficou conhecida a mobilização militar, se transformou em um dos mais importantes casos da Ufologia Mundial e, muito embora já se tenham passado mais de 40 anos de sua execução, as informações sobre o que aconteceu durante os últimos meses de 1977 não param de surgir.
A Operação Prato foi uma missão militar realizada pelo I Comando Aéreo Regional (I COMAR), sediado em Belém, para investigar o avistamento e a movimentação de UFOs nos municípios de Vigia, Colares e Santo Antonio do Tauá, além de, e principalmente, em Colares. Muito mais do que apenas serem avistados, os corpos luminosos — como eram chamados os UFOs pelos militares — também estavam associados a ataques à população por meio de raios luminosos que, segundo relatavam os moradores e testemunhas, causavam queimaduras, perda de sangue e até morte. Os raios deixavam marcas iguais às de agulhas e, como retiravam sangue das vítimas, o fenômeno ganhou o nome popular de chupa-chupa.
A operação, entretanto, não foi encerrada em dezembro daquele ano, como deveria ter sido. Conforme mostram alguns documentos oficiais, outras missões militares com o mesmo objetivo da Operação Prato foram realizadas no ano de 1978. Embora tenha ganhado certo destaque em 1977, a verdade sobre o que ocorreu naquele ano só veio a púbico em 1997, quando o comandante da operação coronel Uyrangê Hollanda concedeu uma bombástica entrevista ao editor e ao coeditor da Revista UFO A. J. Gevaerd e Marco Petit, respectivamente.
Participação civil
Embora a missão fosse comandada pelos militares, alguns civis foram chamados para ajudar no deslocamento das tropas e no reconhecimento do terreno. Entre essas pessoas estava Ubiratan Pinón Frias, piloto do Aeroclube de Belém. Graças a seu conhecimento da região, Pinón Frias foi convidado a se juntar à Operação Prato, gozando da confiança do então capitão Hollanda e também do sargento João Flávio de Freitas Costa, o braço-direito do comandante e número dois da missão militar.
O piloto participou de diversas incursões na selva ao lado dos militares e foi quem revelou que, após o término da missão, vários dos homens seguiram investigando por conta própria. Em 1981, Pinón Frias acompanhou o jornalista norte-americano Bob Pratt, autor do livro Perigo Alienígena no Brasil [Biblioteca UFO, 2003], em suas pesquisas no Norte e Nordeste. Em uma entrevista que fiz com ele, Pinón Frias conta casos inéditos que nos fazem ter uma real ideia do tamanho e importância da Operação Prato.
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