Além do papel destacado na educação e formadora de diversas gerações, dona Terezinha foi testemunha ocular de um episódio que tornou a região de Colares conhecida em todo o mundo: as aparições, em 1977, de estranhas luzes nos céus que apavoravam os moradores, levando centenas deles a fugirem da ilha durante os ataques. As luzes desciam em alta velocidade e em alguns casos pareciam escolher as vítimas, desferindo raios sobre elas e as fazendo desmaiar.
Quando recobravam os sentidos, as vítimas apresentavam queimaduras pelo corpo, dores de cabeça, confusão mental e fraqueza. Dona Terezinha apenas viu as luzes e sentiu medo, mas não foi atacada. “Graças a Deus, não fui atacada, porque a gente não dormia, a gente vigiava. Era feio. A luz atacava e a gente fazia fogueira em frente às casas”, contou a professora. A fogueira era uma tentativa de afugentar as luzes apavorantes.
A professora também testemunhou a famosa Operação Prato, composta de militares da Aeronáutica que estiveram em Colares para investigar as aparições dos objetos luminosos. Terezinha conheceu o então capitão Uyrangê Hollanda, que chefiava o trabalho investigativo da Operação Prato.
A professora Terezinha chegou a conhecer o falecido coronel Uyrangê Hollanda, que em agosto de 1997 revelou tudo o que sabia sobre a Operação Prato.
“Eu era professora no município e fui acionada para fazer a recepção deles (militares), na casa do ‘seu’ Raimundo Monteiro. Era lá que serviam café e almoço para eles”, recordou. Segundo Terezinha, Hollanda e seus assistentes “faziam modelos ou desenhos” das coisas que ocorriam em Colares durante as aparições das luzes e das conversas que tinham com os moradores que eram atacados.
As naves que surgiam à noite nos céus, de acordo com o testemunho dela, tinham forma de disco, abajur e pirâmide. “Eu vi isso”, resumiu. Certa vez, em conversa com o capitão Holanda, a professora notou que ele estava triste, mas que nada relatava sobre o trabalho que fazia na região. “Ele me disse apenas que o aparelho, a luz que aparecia no céu, tinha mais poder do que o equipamento que ele tinha, a câmera dele. E não falou mais nada.”
Consternado com o falecimento de dona Terezinha, o ufólogo paraense Heitor Costa, diretor do Grupo Ufologia na Amazônia (GUA), assim se manifestou: “Nós, do Grupo Ufologia na Amazônia, nos solidarizamos com os seus familiares e lamentamos profundamente esta perda memorável para a cidade.” Clicando aqui, você confere uma entrevista feita pela TV Cultura do Pará, na qual a moradora relata o que estava ocorrendo na cidade em meio ao desespero da população.