Atrasada liberação de arquivos ufológicos da Grã-Bretanha
Seguindo-se à desativação recente de seu Projeto UFO, no qual trabalhou o conhecido pesquisador Nick Pope, os ufólogos britânicos aguardavam com ansiedade o mês de março deste ano, quando o Ministério da Defesa [Foto] deveria liberar um grande lote de arquivos ufológicos antes classificados como secretos. Esperavam-se inclusive novas informações sobre o Caso Bentwaters, acontecido em dezembro de 1980 e por vezes chamado de “Caso Roswell Inglês”. Para grande decepção da comunidade ufológica do país, entretanto, os 18 lotes de documentos prometidos não foram liberados para os Arquivos Nacionais, que seria o procedimento padrão.
Uma das figuras que têm buscado a liberação desses documentos é lorde Black de Brentwood, que chegou a tratar do assunto em uma sessão do Parlamento Britânico no ano passado, questionando o MoD a respeito da liberação dos 18 lotes. Em resposta, o então ministro da Defesa, Earl Howe, afirmou que os documentos seriam liberados em março — e então os Arquivos Nacionais analisariam quando os papéis se tornariam disponíveis para o público. Pope afirmou que os documentos ainda secretos devem conter importantes informações sobre o Fenômeno UFO, e em meio a acusações de acobertamento e censura, um oficial do MoD escreveu em um e-mail que o material está sendo analisado e deve chegar aos Arquivos Nacionais somente em março de 2017. “Não é a primeira vez que o MoD promete e não cumpre a promessa de entregar seus materiais. E isso não é uma coisa britânica”, disse Pope.
SpaceX apresenta plano de colonização de Marte
O bilionário Elon Musk, em uma conferência sobre astronáutica no México, em 27 de setembro, apresentou seu visionário plano para enviar humanos a Marte já no ano 2020. O projeto é centrado em uma nova nave, o Sistema de Transporte Interplanetário (ITS), com dimensões de 49,5 por 17 m, capaz de transportar até 100 pessoas e ser reutilizado ao longo de 12 missões até o Planeta Vermelho. O foguete ITS que a levará medirá 77,5 m e será dotado de 42 motores Raptor, mais potentes que os Merlin do atual foguete Falcon 9 da empresa. Como este, o novo foguete também pousará após lançar a nave em órbita para ser reutilizado, e o conjunto pronto para decolagem irá medir 122 m de altura. Para comparação, o Saturno 5, que lançou as missões lunares Apollo da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), media 110 m.
Viagens devem começar em uma década
No ousado plano de Elon Musk, a ITS receberá em órbita a visita de uma nave tanque, que abastecerá o veículo tripulado e então irá acionar seus 9 motores Raptor para seguir rumo a Marte. Haverá restaurante, cinema e biblioteca a bordo, a fim de entreter a tripulação durante a viagem de 80 dias até Marte. Com a tecnologia atual, naves não tripuladas necessitam de quase seis meses para fazer o mesmo percurso. O bilionário pretende que seja montada uma infraestrutura em Marte para produzir metano e oxigênio, os combustíveis dos motores, a fim de que a ITS possa regressar à Terra. Um elemento que facilita é a menor gravidade de Marte, que tem metade do tamanho da Terra, e a viagem até o planeta vizinho poderá ser encurtada até 30 dias.
Investimento no projeto pode chegar a 10 bilhões de dólares
Musk pretende, em 2018, iniciar os lançamentos da nave não tripulada Red Dragon ao Planeta Vermelho, com o fim de desenvolver as tecnologias necessárias. Atualmente, cerca de 5% dos funcionários da SpaceX trabalham nesse projeto, mas recursos humanos e financeiros devem aumentar a cada ano. O bilionário estima investir cerca de 10 bilhões de dólares no projeto, que deve atrair outras empresas. A arquitetura planejada deve permitir um custo por passageiro de 200 mil dólares. Musk pretende lançar a primeira missão ITS dentro de uma década e aumentar progressivamente o esforço até poder enviar dezenas ou centenas de naves de uma vez. Ele completa: “O objetivo é nos tornarmos uma civilização capaz de viagens espaciais frequentes e uma espécie multiplanetária”. Assim, conforme sua apresentação do audacioso projeto, a humanidade estará muito menos suscetível à extinção.
Manual do Professor Pardal trata de UFOs
A Editora Abril, após o estrondoso sucesso do relançamento do Manual do Escoteiro Mirim, em meados de junho último, tem se dedicado a resgatar essas antigas obras que tanto sucesso fizeram nos anos 70. Ao final de agosto, durante a Bienal do Livro de São Paulo, foi lançado o Manual do Professor Pardal, que traz de volta um antigo texto que trata de discos voadores. Na página 158, sob o título Existem os Discos Voadores?, o primeiro parágrafo menciona desenhos em cavernas que lembram UFOs.
Nem os foo fighters escapam do lançamento
O texto fala sobre as investigações oficiais norte-americanas realizadas a partir de 1947, comentando que durante a Segunda Guerra Mundial os pilotos observaram objetos estranhos — comumente designados como foo fighters. É mencionado um avistamento sobre o Aeroporto de Brasília, em 1971, cujas testemunhas foram o deputado Dirceu Cardoso e o procurador Galba Menegale. O texto completa apontando que os cientistas admitiam a existência de milhões de planetas em nossa galáxia, muitos dos quais com vida e talvez civilizações avançadas que poderiam estar nos visitando. O Manual do Professor Pardal pode ser encontrado em bancas e livrarias.
Universo tem dez vezes mais galáxias do que estimado
Utilizando dados contidos nas famosas imagens chamadas de campo profundo e campo ultraprofundo do telescópio espacial Hubble, uma equipe de cientistas, liderada por Christopher Conselice, da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, chegou a uma espantosa descoberta. Nos últimos tempos o total estimado de galáxias no cosmos observável era de 100 a 200 bilhões, mas Conselice e sua equipe apresentaram um artigo, a ser publicado no The Astrophysical Journal, apontando que na verdade o total deve superar um trilhão de galáxias no universo.
Modelo tridimensional do cosmos
As imagens do Hubble, mostrando galáxias situadas a 13 bilhões de anos-luz de distância, compõem somente um pequeno setor do universo observável. Os pesquisadores utilizaram novos modelos matemáticos para calcular onde outras galáxias, ainda não observadas por telescópio, poderiam estar. Com isso construíram um modelo tridimensional do cosmos, chegando à conclusão de que este necessita de pelo menos dez vezes mais galáxias do que as que sabemos existir. Os cientistas afirmam que muitas delas são pequenas e tênues para serem observadas pelos instrumentos atuais. Ao longo da história do universo, desde o Big Bang, muitas galáxias anãs se fundiram — mas agora o achado permite traçar um novo panorama quanto à evolução de tudo.