O mundo clama por liberdade de informações sobre UFOs
O ar que se respirava nos amplos corredores do gigantesco Aquarius Casino & Resort de Laughlin, ao sul de Las Vegas, denunciava algo que a cidade já vinha sentindo há mais de 10 anos, desde que lá se instalou o mais importante e bem sucedido congresso de Ufologia do mundo, o International UFO Congress & Film Festival. Entusiastas e estudiosos do Fenômeno UFO de todo o planeta compunham uma audiência estimada em cerca de 1.200 pessoas e mais de duas dúzias de conferencistas dos Estados Unidos, Canadá, México, Inglaterra, Turquia, Escócia, Itália, Austrália e diversos outros países. O Brasil esteve representado por este editor, que apresentou os principais casos ufológicos brasileiros de 2008, incluindo aterrissagens de naves [Veja edições UFO 139 e 147] e as primeiras ocorrências de agroglífos no país [Veja edição UFO 149].
Mas o clima que prevaleceu durante os sete dias do evento, de 22 a 28 de fevereiro, numa jornada ininterrupta que também incluiu debates, mesas redondas, diversas exposições e intensa agenda social – coquetéis e jantares –, tinha muito mais do que a habitual curiosidade que permanece intocada sobre a presença alienígena na Terra, mesmo passados 60 anos do surgimento da Ufologia. A tônica desta 18ª edição do congresso foi – e não poderia deixar de ser – a abertura ufológica em todo o mundo. Pelo menos metade das palestras teve este componente central ou periférico, e o clamor pela liberdade de informações governamentais na área não poderia ser mais contundente, tanto quando partia dos conferencistas, como quando era manifestado pelos participantes. Até mesmo este editor teve o tema como ponto-alto de sua palestra, encerrando-a com um detalhamento das estratégias e principais conquistas da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já até o momento.
CHEGA DE SIGILO OFICIAL
Bob Brown, veterano organizador do evento que sempre deu liberdade aos seus convidados para apresentarem os temas que desejassem, não poderia ter sido mais claro nas reuniões e trocas de e-mails que se deram anteriores à sua realização: “É hora de mostrarmos de maneira mais incisiva nossa indignação por tantos anos de sigilo oficial quanto a um assunto da magnitude do Fenômeno UFO”. E estava certo, especialmente ao se considerar que a série que ele coordena tão talentosamente iniciou nos anos 90, desde quando já havia um forte anseio para que os governos abrissem seus arquivos. Algumas edições do International UFO Congress & Film Festival foram de fato marcadas pela sensação de que tal ato era iminente e que estávamos perto de um grande momento na história da Ufologia Mundial. Mas mesmo passadas quase duas décadas de sua realização, e centenas de palestras com ênfase na necessidade de oficialização da presença alienígena na Terra, eis que isso ainda não ocorreu.
“É questão de tempo”, disse o conferencista Michael Salla, do Havaí, criador do movimento internacional conhecido como Exopolítica, que visa estabelecer cenários viáveis para quando a Terra estiver frente a frente com outras espécies cósmicas. “Não há como os governos continuarem sua renitente posição contrária aos fatos, cada vez mais visíveis”, emendou Jeff Peckman, que recentemente ganhou notoriedade ao iniciar um projeto para formar em sua cidade uma comissão para assuntos extraterrestres, com a pretensão de preparar Denver, no Colorado, para um contato com “forças galácticas do bem”, como as define. Do alto de suas seis décadas de experiência ufológica, desde que descobriu como a OTAN tratava o Fenômeno UFO no período do pós-guerra, o veterano Bob Dean arrematou: “Os governos estão acuados porque sabem que já não podem mais esconder os fatos, cada dia mais escancaradamente apresentados pelos próprios ETs, que já não disfarçam sua presença na Terra. E por isso, hoje não têm mais opção e precisam a qualquer custo revelar pelo menos a parte mais leve de tudo o que escondem”. Se Bob Dean fala, esperto é quem ouve.
E assim, sucessivamente, nomes consagrados da Ufologia Mundial foram um a um aderindo a um movimento global informal, ou aos vários movimentos nacionais formais, que se juntam a imensos segmentos da sociedade para exigir imediata abertura ufológica. “Isso não será fácil nem rápido, mas bastante doloroso”, declarou um dos mais bem informados ufólogos do mundo, o físico nuclear canadense Stanton Friedman, consultor da Revista UFO, que virá ao Brasil em junho para o III Fórum Mundial de Ufologia [Veja capa traseira desta edição]. Para Friedman, no que foi apoiado pela unanimidade dos conferencistas presentes, a revelação dos fatos até então secretos é mais complexa do que se pode supor. “Não são observações de discos voadores, perseguições de aviões civis e militares e uns pousos aqui e acolá que estão no cofre, mas algo muito mais pesado – a informação, substanciada pelos serviços de inteligência de todo o mundo, de que é derradeiro um contato oficial e definitivo com as forças cósmicas que nos visitam”, disse, por sua vez, o médico californiano Roger Leir, igualmente consultor da UFO. Mas o International UFO Congress & Film Festival deste ano também conteve um pouco de tudo: bastante casuística ufológica proveniente de vários países, muitas teorias conspiracionistas, um punhado de teses e reflexões sobre o futuro da humanidade ante ao cenário de um contato imediato, além de uma boa dose de espiritualidade e misticismo, áreas que já permeiam visivelmente a Comunidade Ufológica dos Estados Unidos. Entre o relevante material casuístico apresentado estava uma resenha dos casos mais recentes do México, por Jaime Maussán e Santiago Yturria Garza, que vão desde novas abduções até um rico acervo de recentes e espantosas filmagens de UFOs sobre a capital do país.
CASUÍSTICA DE QUALIDADE
E no campo das teorias conspiracionistas – talvez mais realistas do que conspiracionistas –, um destaque absoluto foi Jim Marrs, autor de best sellers prestigiados mundialmente, como Alien Agenda [Harper Collins, 1998], Psi Spies [Alienzoo, 2000] e muitos outros. Marrs abordou um tema que tira o sono dos norte-americanos – o fato de que proliferam as sociedades secretas com inspirações obscuras que tentam aos poucos minar as instituições democráticas para tirar vantagens da aquisição de informações vitais para a humanidade, mas desconhecida por ela. “Saber o que ninguém mais sabe e saber o que fazer com esta informação é o que motiva dezenas de instituições a se infiltrarem no meio ufológico, entre outros”.
Além dos citados, foram também sucesso de audiência os conferencistas Maurizio Baiata, da Itália, Haktan Akdogan, da Turquia, Malcom Robinson, da Escócia, além, é claro, dos norte-americanos David Sereda, Barbara Lamb, Peter Davenport, Lynne Kitei [Produtora do documentário As Luzes de Phoenix, código DVD-025 da coleção Videoteca UFO], Paola Harris e o veterano Wendelle Stevens, apenas para citar alguns. E assim, como se vê o auditório do Aquarius Casino & Resort foi pouco para tanta gente e tanta emoção.
EQUIPE UFO
A Revista UFO ganha novos consultores
O Conselho Editorial da Revista UFO – considerado a maior comunidade ufológica do planeta – acaba de ganhar quatro ilustres consultores, dois brasileiros e dois estrangeiros, além de vários tradutores voluntários. São os novos consultores os ufólogos Fábio Henrique de Oliveira, de Guaratinguetá (SP), Paulo Eduardo Pilon, de São Paulo (SP), Robert Hastings, do Novo México, e Paul Stonehill, nascido em Kiev e residente em Los Angeles. A Equipe UFO é formada pelo editor e co-editores da publicação, pelos conselheiros especiais e consultores, pelos correspondentes internacionais e tradutores da Revista UFO no Brasil e em outros 56 países.
Oliveira, professor há 11 anos de filosofia, sociologia e religião em escolas públicas e particulares de São Paulo, é pós-graduado em filosofia pela Universidade Gama Filho e há anos se dedica a organizar eventos ufológicos no Vale do Paraíba, interior de seu estado. Pilon é engenheiro eletricista na modalidade de eletrônica e telecomunicações pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e desenvolvedor de aplicativos para Microsoft Windows. Com mestrado em sistemas eletrônicos, Pilon esteve diretamente envolvido na pesquisa de pousos de UFOs no litoral paulista.
Entre os internacionais, Robert Hastings, entrevistado de nossa edição UFO 151, é um dos mais importantes ufólogos da atualidade, cuja especialidade é a atividade ufológica em locais de arsenais nucleares. É sobre este palpitante tema que falará no III Fórum Mundial de Ufologia, em junho, e está publicando, ainda neste mês, o livro Terra Vigiada, pela coleção Biblioteca UFO [Veja contracapa dianteira desta edição]. Hastings é graduado em microscopia eletrônica pela faculdade San Joaquin Delta, em Stockton, e recebeu certificado em aplicações da ciência de materiais.
Paul Stonehill é bacharel em ciências políticas pela Universidade da Califórnia, além de autor, conferencista e pesquisador internacional. É um dos fundadores do Russian UFO Research Center [Centro de Pesquisas Ufológicas da Rússia, RURC] e seu aclamado livro UFOs na Rússia, em co-autoria com o também consultor da Revista UFO Philip Mantle, acaba de ser publicado pela Biblioteca UFO [Veja Shopping UFO desta edição].
Entre os novos tradutores estão Carlos Alessandro Miranda Felix, de João Pessoa (PB), Jefferson Virgílio, de Florianópolis (SC), e Wander Alcaraz, nascido em São Paulo e morando atualmente em Bogotá, Colômbia. Eles se somam a um time que traduz para o português o que de mais importante há sobre a presença alienígena na Terra. A Equipe UFO dá as boas-vindas aos amigos e se orgulha das qualidades de seus novos integrantes. Nenhuma outra publicação ufológica do planeta agrega um corpo tão distinto e ativo de pesquisadores, que continua em expansão para o benefício da Ufologia Brasileira e Mundial.
Novos tradutores recrutados
A Revista UFO continua precisando de tradutores que falem fluentemente outros idiomas para fazerem parte de sua equipe de voluntários. Os interessados devem escrever ao editor: gevaerd@ufo.com.br.