por Renato A. Azevedo
VIDA EM 38 MIL PLANETAS
O astrofísico Duncan Forgan, da Universidade de Edimburgo, apresentou um artigo na International Journal of Astrobiology afirmando a existência de ao menos 38 mil civilizações inteligentes no universo, e cerca de 360 apenas em nossa galáxia, a Via Láctea. Ele foi cauteloso ao afirmar que é muito pouco provável que exista contato entre essas culturas, pois, “como o processo depende ainda de estimativas e suposições, ele serve mais para quantificar nossa ignorância”.
Em seu artigo, Forgan descreveu como criou simulações de uma galáxia semelhante à nossa, preenchida de planetas e sistemas estelares como as mais recentes teorias apontam que estes surjam, baseadas nas descobertas atuais de exoplanetas. Três cenários foram propostos nas simulações. No primeiro, o surgimento da vida é difícil, mas sua evolução é fácil. Nesse caso, a simulação dá conta de que podem existir 361 civilizações inteligentes na galáxia. No segundo cenário, o surgimento da vida é fácil, mas a evolução até seres inteligentes é difícil. Assim, a estimativa termina com o número de 31.513 planetas com alguma forma de vida.
A terceira simulação testa a hipótese de que a vida pode viajar de um planeta, uma teoria que pode ser aplicada inclusive ao Sistema Solar. Assim, teríamos 37.964 civilizações inteligentes. Evidentemente, as recentes descobertas de exoplanetas auxiliam em estimativas do número de mundos semelhantes à Terra que existem. Mas um estudo como esse permanece sendo suposição. Até hoje, por exemplo, não se sabe em qual momento a vida surgiu na Terra, sendo que os estudos mais recentes colocam essa data em torno de 3,8 bilhões de anos atrás. O tempo da formação do planeta até o surgimento das primeiras formas de vida, e daí até o aparecimento de inteligência, continua sendo muito impreciso e variável.
HILLARY CLINTON E OS ALIENÍGENAS
Ex-primeira-dama norte-americana durante o Governo Clinton, e atual secretária de Estado do Governo Obama, Hillary Clinton é mais uma figura importante a ter comentado a possibilidade das visitas alienígenas ao nosso planeta, e o que poderiam representar à sociedade terrestre. Durante a última campanha, Hillary comentou: “Lembram-se daquele filme, Independence Day [1996], quando invasores chegam do espaço e o mundo inteiro se une para combatê-los? Por que não podemos nos unir agora pelo benefício de nosso planeta?” Nos tempos de primeira-dama, ela já havia feito comentários similares.
A opinião de Hillary tem ainda mais peso atualmente, quando ela ocupa um dos cargos mais importantes do governo dos Estados Unidos, que já deu mostras de buscar um rompimento com as lamentáveis práticas dos oito anos anteriores. Hillary mostra uma opinião incrivelmente similar a de outro personagem importante, o saudoso presidente Ronald Reagan, que em seu inesquecível discurso na Assembléia Geral da ONU, em 21 de setembro de 1987, declarou: “Em nossa obsessão com os antagonismos do momento, freqüentemente nos esquecemos do tanto que une todos os membros da humanidade. Talvez necessitemos de alguma ameaça externa para nos fazer reconhecer esses laços. Eu ocasionalmente penso quão rapidamente nossas diferenças desapareceriam se estivéssemos enfrentando uma ameaça alienígena vinda de fora deste mundo”.
HOLLYWOOD PREPARA A HUMANIDADE
Não é de hoje que autoridades norte-americanas fazem pronunciamentos surpreendentes sobre a presença alienígena na Terra. Em 08 de outubro de 1955, o general Douglas MacArthur fez o primeiro de dois discursos sobre o tema: “As nações de nosso mundo terão que se unir, porque a próxima guerra será interplanetária. Os países da Terra deverão um dia fazer um front comum contra outros planetas”. Fontes dizem que MacArthur tinha conhecimento sobre o problema extraterrestre desde a Segunda Guerra Mundial. Naquela ocasião pouco se sabia a respeito das visitas alienígenas, e dado o envolvimento e conhecimento do então presidente sobre o assunto, é natural que não apenas ele conhecesse os segredos ufológicos, mas considerasse os ETs uma ameaça à segurança nacional.
Sobre se os presidentes Reagan e Clinton foram realmente informados quanto à problemática alienígena, há muitos rumores e poucas evidências concretas. Na internet existe um longo texto, intitulado Reagan Briefing Document [Documento de Esclarecimento a Reagan], que descreve uma suposta reunião de Reagan com seus assessores de inteligência, que teriam feito estarrecedoras revelações sobre ETs. E lhe teria sido revelado que filmes como O Dia em Que a Terra Parou [1951], e Contatos Imediatos do Terceiro Grau [1977] fariam parte de uma campanha de esclarecimento mundial quanto ao assunto. De acordo com o produtor de Hollywood Jamie Shandera, em uma apresentação do filme ET, O Extraterrestre [1983] na Casa Branca, Reagan teria cochichado ao cineasta Steven Spielberg que “haveria no máximo seis pessoas presentes que realmente sabiam o quão real tudo aquilo era”.
Quanto a encarar os alienígenas como uma ameaça, certamente não se pode discordar da visão dos presidentes que a manifestaram, se de fato receberam informes de que nossos visitantes são hostis. Hillary Clinton, em seus diversos pronunciamentos sobre o tema, já questionou a forma como Hollywood tem mostrado os ETs. Isso, mais seu interesse pessoal no assunto, procurando sempre saber tudo a respeito, parece sugerir que ela pretende encarar o problema de forma diplomática, talvez até estabelecendo relações pacíficas com nossos visitantes. Tudo parece combinar com o recente anúncio do presidente Barack Obama, já no dia seguinte à posse, em 21 de janeiro: “Esta administração está comprometida em criar um nível sem precedentes de abertura no governo”.
CAÇADOR DE PLANETAS
Foi lançado em 06 de março o telescópio Kepler, da NASA, destinado a monitorar a luz de 170 mil estrelas simultaneamente, a procura de sinais do trânsito de planetas extrassolares. Com missão similar à do telescópio franco-brasileiro Corot [Veja edição UFO 130], mas muito mais poderoso, o Kepler vai inclusive utilizar dados obtidos por ele. Esses satélites podem captar variações mínimas no brilho de estrelas, ocasionadas por planetas passando entre estas e a Terra. O Kepler poderá ainda detectar uma diferença de um décimo de milésimo na luminosidade de um astro, que vem a ser a mesma que um planeta de tamanho similar a Terra produziria. Para a confirmação da descoberta de um mundo, já que as estrelas possuem variações em seu brilho provocadas por outros fenômenos, é necessário que ao menos três trânsitos sejam observados.
Com mais de três anos e meio, e orçamento de 591 milhões de dólares muito bem investidos, a missão levará o Kepler a orbitar o Sol na mesma trajetória da Terra, seguindo nosso planeta. O telescópio irá monitorar uma região do céu próxima da Constelação do Cisne, área de nossa galáxia rica em estrelas, e certamente planetas. Os astros alvo estão a distâncias entre 500 e 3.000 anos-luz. Como se sabe, a maioria dos planetas já localizados é formada por mundos gigantescos, como Júpiter. Nossa atual tecnologia ainda não é suficiente para encontrar com facilidade planetas menores e rochosos, como a Terra. A melhor maneira é mesmo utilizando o fenômeno dos trânsitos planetários e telescópios como o Kepler.
TARJA PUBLICA BOA FICÇÃO CIENTÍFICA
O ano de 2008 pode passar a ser conhecido como o da retomada de lançamentos da literatura fantástica em grande volume no Brasil. E um dos maiores destaques, com nada menos do que sete lançamentos do segmento, foi a Tarja Editorial, que vem se especializando no gênero e deve seguir promovendo outros lançamentos. No ano passado ela colocou no mercado Fábulas do Tempo e da Eternidade, de Cristina Lasaitis, com 12 contos tendo como tema o tempo. Entre elas, Nascidos das Profundezas guarda grandes semelhanças com as teorias dos deuses astronautas. Outro destaque vai para Viagem Além do Absoluto, em que inteligências inimaginavelmente avançadas tentam a todo custo sobreviver ao final do universo.
Para a Ufologia, o ponto-alto entre as obras lançadas pela Tarja é De Roswell a Varginha, do consultor da Revista UFO Renato A. Azevedo. Aliens sempre foram um dos temas mais explorados na ficção científica, e a própria Ufologia e o Caso Roswell têm servido como pano de fundo de inúmeras obras, como o clássico Arquivo-X, a minissérie Taken e tantas mais. E se temos aqui um caso ainda mais impressionante do que Roswell, justamente o Caso Varginha, nada melhor do que uma obra de ficção científica cuja trama é formada pelos fatos ocorridos em Minas, em 1996.
Em sua obra, Azevedo une fatos reais à ficção especulativa, em um livro ainda mais atual nesta época em que os ufólogos lutam pela liberdade de informações ufológicas. De Roswell a Varginha ainda traz uma rápida descrição dos fatos relacionados ao episódio em suas páginas finais, além de um prefácio do editor da UFO A. J. Gevaerd. Uma leitura obrigatória para quem aprecia Ufologia e ficção científica [Os livros podem ser adquiridos no site www.tarjalivros.com.br, na Livraria Martins Fontes ou na Cultura].
TENDÊNCIAS
NICK POPE: OS INGLESES TENTARAM DERRUBAR UFOs
O conhecido Nick Pope, que foi o “investigador oficial” de UFOs do Ministério da Defesa inglês, o MoD, afirmou recentemente que pilotos da Força Aérea Real Britânica (RAF) tentaram em diversas ocasiões derrubar discos voadores. Segundo Pope, “sabemos de casos em que foi dada a ordem para atirar em naves, mas com pouco efeito”. O ex-chefe do UFO Desk afirmou que as regras de combate foram elaboradas após dúzias de encontros com objetos não identificados sobre o espaço aéreo britânico, e os ataques aconteceram quando a RAF percebeu que os UFOs representavam uma ameaça. Mas, de acordo com Pope, muito depende do julgamento do piloto e as ordens para atirar seguem uma diretiva altamente secreta, que data dos anos 80.
Pope afirmou ainda que relatos sobre UFOs chegavam de incontáveis testemunhas confiáveis, como policiais e pilotos de aeronaves, e que uma parte do MoD acreditava que se devia tentar derrubar os intrusos de todas as formas. Segundo o especialista, um evento dessa natureza dificilmente viria a conhecimento público, a menos que ocorresse em uma área populosa. Pope acredita que mais cedo ou mais tarde a intenção de derrubar um disco voador será bem sucedida, uma vez que nosso armamento vem crescendo em poderio e sofisticação. Apesar disso, ele assinou um comunicado do MoD que diz que os UFOs não representam uma ameaça, embora concorde que, na maioria das vezes, o assunto é ridicularizado. “Muitas autoridades, inclusive do Ministério da Defesa, acreditam na existência dos discos voadores”, completou.