Cientista brasileiro assina artigo apontando a possibilidade de vida em planeta próximo

Astrônomo do Observatório Nacional é coautor de texto que defende que mundo a somente 11 anos-luz pode ser capaz de abrigar seres vivos

Equipe UFO

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Concepção artística de Ross 128b
Créditos: Arquivo

Ross 128b, descoberto em 2017, tem atraído fortemente o interesse da comunidade astronômica. Ele orbita a anã vermelha Ross 128, 2.800 vezes menos luminosa que o Sol e a somente 11 anos-luz de distância, dentro de sua região habitável. Completando uma órbita ou ano a cada 9,9 dias terrestres, o mundo alienígena aparentemente possui condições de abrigar água líquida em sua superfície, um requisito essencial á vida como a conhecemos. Ainda mais interessante, as estimativas dão conta de que ele tem uma massa mínima de 1,35 vezes a da Terra, com boas chances de ser um mundo rochoso como o nosso. Em um novo estudo, publicado no The Astrophysical Journal Letters, cientistas reforçam a convicção de que Ross 128b é um mundo rochoso com clima temperado, muito favorável à existência de vida.

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E o líder do estudo, foi um astrônomo brasileiro, Diogo Souto, do Observatório Nacional no Rio de Janeiro. Ele explica: “Desenvolvemos um estudo detalhado das propriedades físico-químicas da estrela Ross 128 com o intuito de inferir propriedades sobre o exoplaneta Ross 128b e, assim, conhecê-lo melhor. Para tal, usamos modelos de formação planetária e verificamos que o exoplaneta deve ser composto por minerais similares aos da Terra, no entanto, com um núcleo um pouco maior”. A equipe, da qual participou ainda Johanna Teske, da Instituição Carnegie para Ciência de Washington, utilizou o Experimento de Evolução Galáctica do Observatório de Apache Point (Apogee), instalado em um telescópio no Novo México, para analisar a estrela Ross 128.

Descobriu-se que a estrela possui elementos tais como carbono, oxigênio, magnésio e ferro em sua composição. Como estrelas e planetas nascem da mesma nuvem primordial, isso aponta para algumas características que o planeta Ross 128b deve possuir. Os dados sugerem que o raio do mundo alienígena é menor que 1,7 vezes o da Terra, reforçando a possibilidade de o planeta ser rochoso e ter uma atmosfera significativa. A razão entre ferro e magnésio na estrela também indica que o núcleo de Ross 128b deve ser maior que o da Terra. Os pesquisadores ainda descobriram que a temperatura superficial da estrela deve ser de 3.000 ºC, com isso estimando a quantidade de energia recebida pelo planeta. Dessa forma, Ross 128b deve ter uma temperatura média na superfície de 21 °C. A habitabilidade de planetas depende muito de sua composição e características da atmosfera, e mais pesquisas serão necessárias para determinar qual é o verdadeiro ambiente em Ross 128b. Porém, com o que já se sabe, é possível afirmar que esse exoplaneta é forte candidato a abrigar vida alienígena.

Confira o artigo liderado pelo pesquisador brasileiro Diogo Souto

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