O professor Avi Loeb, astrofísico da Universidade de Harvard, propôs o uso de imagens de satélite para procurar e identificar UFOs. Ele lidera o Projeto Galileo, uma busca científica sistemática de evidências de artefatos tecnológicos extraterrestres.
Em um artigo recente do The Hill, Loeb mergulha na ufologia mais uma vez, falando sobre as diferentes maneiras pelas quais podemos procurar objetos voadores que podem não ser da Terra. Ele explica que estamos acostumados a olhar para cima quando procuramos por UFOs ou UAPs – Fenômenos Aéreos Não Identificados, um novo acrônimo cunhado pelo Pentágono que descreve melhor os avistamentos. No entanto, o professor de Harvard também explica que podemos pesquisar e encontrar UFOs analisando e olhando imagens de satélite do nosso planeta,
Um exemplo é o Planet Labs e sua frota de satélites em miniatura que são usados para tirar imagens do nosso planeta uma vez por dia, com resolução espacial de 3.5 metros por pixel. No artigo escrito por Loeb para o Hill, ele explica que o Projeto Galileo ajudará a desvendar a natureza dos UFOs. O projeto usará dados de satélite do Planet Labs e buscará UFOs de cima, em combinação com algoritmos de Inteligência Artificial (IA) que podem distinguir equipamentos extraterrestres de objetos como meteoros, aviões ou fenômenos atmosféricos.
“Como não há pássaros, aviões ou relâmpagos acima da atmosfera da Terra, qualquer objeto com uma elevação maior que 50Km parecerá incomum e merece uma análise mais aprofundada”, escreve. O pesquisador de Harvard explica ainda que também podemos identificar e distinguir a tecnologia extraterrestre da tecnologia terrestre observando seu comportamento estranho. Com isso, o professor Loeb quer dizer anomalias, incluindo movimento inesperado, velocidades incríveis que nossa tecnologia atual ou fenômenos naturais não podem igualar, bem como atividade inteligente.
“Anomalias comportamentais incluem movimento em velocidades ou acelerações sem precedentes, não acessíveis a fenômenos naturais ou feitos pelo homem, bem como atividade inteligente – buscando informações ou respondendo a circunstâncias de maneiras que não podem ser imitadas por objetos familiares”, explica. Mas o que acontecerá se conseguirmos identificar objetos extraterrestres em nossa atmosfera? De acordo com ele, precisamos então descobrir o que eles querem.
A imagem acima, apesar de não confirmada, sugere o que se pode esperar da proposta de Avi Loeb.
Fonte: Google Earth
Entender por que estamos sendo visitados – e quais são as intenções desses visitantes – é de extrema importância, pois isso nos ajudará a nos envolver com eles. No entanto, precisamos andar com cuidado quando se trata de nos comunicar com uma potencial civilização extraterrestre; um encontro com um visitante que não é da Terra poderia ser facilmente interpretado, adverte o professor Loeb, “(…) especialmente se o sistema de IA do convidado for muito mais avançado do que nossa inteligência natural”, explicou. De fato, segundo ele, é natural supor que o hardware extraterrestre possa tirar proveito da realidade física além do nosso entendimento atual.
Afinal, tal equipamento teria sido criado por uma civilização extraterrestre cujo conhecimento científico é muito mais avançado do que nossa compreensão atual da mecânica quântica. Loeb explica que as leis conhecidas da física e da matemática devem se aplicar a todas as civilizações tecnológicas que existiram desde o Big Bang, há cerca de 13.8 bilhões de anos. No entanto, pode haver sistemas de propulsão e tecnologia que são simplesmente avançados demais para imaginarmos, dado nosso conhecimento tecnológico.
Isso significa que, se encontrarmos dispositivos extraterrestres que chegaram à Terra, eles podem fornecer um avanço significativo ao nosso atual nível de tecnologia, alterando o caminho evolutivo natural de nossa civilização. Seja qual for o caso, devemos aguardar a abordagem científica sistemática ao estudo de UFOs por cientistas como o professor Loeb.