O Sol tem sido constantemente monitorado por instrumentos em solo e no espaço, e a NASA divulgou que em um período de três a quatro meses o campo magnético da estrela deverá se inverter. Apesar do provável crescimento de divulgação de inverdades em sites mistificadores, é certo que o fenômeno não causará maiores transtornos à Terra.
O campo magnético do Sul se altera regularmente, como parte de um ciclo de 11 anos. Ou seja, esse fenômeno de inversão dos polos já ocorreu inúmeras vezes antes, e seguirá acontecendo sem que nada demais ocorra para os habitantes da Terra. Quando esse fato acontece a cada ciclo solar, o campo magnético se enfraquece progressivamente, chegando a zero antes de ser percebido novamente com polaridade invertida.
É evidente que não é um fenômeno desprezível, de acordo com o físico solar Todd Hoeksema, da Universidade de Stanford: “Parece que estamos há não mais do que três a quatro meses de uma inversão de campo completa. Esta mudança terá um efeito cascata em todo o Sistema Solar”. Tal reversão marcará o ponto médio do ciclo solar 24, metade do chamado máximo solar. Este último tem sido na verdade um dos mais fracos dos últimos 100 anos.
Um dos efeitos são as correntes elétricas que permeiam o sistema solar, emitidas pelo Sol, verdadeiras tempestades solares que, atingindo a atmosfera terrestre, causarão um aumento nas auroras. Raios cósmicos, que chegam ao sistema solar emitidos por astros através da galáxia, ou por eventos violentos como explosões em supernova, encontrarão uma barreira nesse aumento da atividade solar, que acaba proporcionando uma maior proteção contra os raios cósmicos.
Os cientistas apontam que o polo norte solar já perdeu a maior parte de sua polaridade, e o polo sul deverá segui-lo. Em alguns meses, portanto, os pólos serão revertidos, e se iniciará a segunda metade do ciclo de máximo solar. Sem qualquer cataclismo ou ameaça contra nosso planeta.
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