Até 1991, caças da Força Aérea Real britânica (RAF) eram acionados em média 200 vezes por ano a fim de interceptar objetos voadores não identificados que surgiam nas telas dos radares. A revelação está em documentos liberados na recente abertura dos Arquivos Nacionais britânicos. A maioria desses acontecimentos se deveu à presença de aeronaves de reconhecimento e anti submarinos da União Soviética.
Após o colapso desse país em 1991, a última interceptação descrita nos documentos foi em setembro do mesmo ano. Os arquivos fazem parte de um lote de papéis liberado no último 10 de setembro, em um total de 18 pastas. Os arquivos mostram que, entre 1991 e 1996, a RAF não realizou qualquer interceptação nos moldes descritos na época da Guerra Fria, contudo, constam cerca de 1.200 informes de avistamentos de UFOs pelo público em geral.
O pesquisador David Clarke afirma que o interesse maior nos casos ufológicos e possibilidade de visitas extraterrestres no período é decorrente da popularidade de seriados de TV como o clássico Arquivo-X e filmes como Independence Day e Men in Black. Cerca de 5.000 das páginas liberadas contêm correspondências com o público. Também traz discussões acerca da possibilidade de uma mudança de atitude quanto ao mistério dos discos voadores, mostram que a questão de possíveis aterrissagens de naves alienígenas eram levada muito a sério na época da Guerra Fria.
Tanto que, em abril de 1957, o Comitê Conjunto de Inteligência Britânica fez uma apresentação especial para a cúpula do Ministério do Ar, da qual fazia parte Bill McDonald. O assunto foi “fenômenos aéreos inexplicados”. Quatro incidentes envolvendo o rastreamento de UFOs pela RAF naquele mês permanecem sem explicação.
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