Arquivos revelam mais detalhes importantes sobre o incidente ufológico
Atualmente, um dos pilares do movimento ufológico pela busca da verdade sobre a realidade, presença e ação continuada de seres alienígenas inteligentes na Terra, se baseia principalmente na procura pelos arquivos oficiais dos governos. Estes, com algumas exceções, são documentados, catalogados e arquivados em sua maior parte por forças militares.
No Brasil não é diferente e a própria história da campanha UFOs, Liberdade de Informação Já, lançada em 2004, parcialmente finalizada 10 anos depois e agora retomada com foco específico sobre o Caso Varginha, é a maior prova disso. São milhares de páginas em centenas de documentos da Força Aérea, alguns da Marinha e do Exército Brasileiro, que chegaram às prateleiras dos arquivos públicos, posteriormente multiplicados em diversos sites de internet, públicos e particulares.
Disponíveis em vários formatos, essas informações, que nos servem como prova da intensa atividade alienígena no país, estão disponíveis para acesso rápido a qualquer cidadão, e isso não tem como ser contestado. Mas outras, infelizmente, só podem ser acessadas através do acionamento dos dispositivos legais do país, usando-se a Constituição Federal, através da Lei n.º 12.527/2011, ou Lei de Acesso à Informação (LAI) e suas normativas subsequentes.
Ao longo das últimas semanas, viemos divulgando paulatinamente como está o andamento dessa nova fase de busca pelas informações cruciais do Caso Varginha, na campanha “Varginha, Chega de Acobertamento”. Como se sabe, esse caso icônico da ufologia brasileira foi disparado por fatos que ocorreram em janeiro do ano de 1996 naquela cidade de Minas Gerais, tendo suas consequências fatídicas negativamente se estendendo para alguns cidadãos varginhenses, como o isolamento social de testemunhas, a morte do Policial Militar Marco Eli Chereze e, em termos positivos, até mesmo impactos em projetos científicos brasileiros na área espacial, meses após a ocorrência em si, ou pelo menos até o ano de 1997.
![Varginha e os arquivos do Ministério das Relações Exteriores 2 02 1](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_webp,q_glossy,ret_img,w_800,h_600/http://ufo.com.br/wp-content/uploads/2023/06/02-1.jpg)
Entretanto, o que não se sabia, e isto certamente foi feito de forma intencional por militares, oficiais do Exército e pelo menos um ufólogo envolvido inicialmente nas investigações, é que a causa de tudo isso, assim como seus registros de investigação, deveriam ficar eternamente arquivados, ou pelo menos escondidos enquanto se pudesse esconder. Estamos, claro, nos referindo inicialmente ao hoje famigerado inquérito policial militar, IPM n.º 18/97, da Escola de Sargentos das Armas (EsSA) do Exército Brasileiro, sediado na vizinha cidade de Três Corações/MG.
Inquérito esse que, já sabemos e estamos divulgando semanalmente, tratou-se de uma farsa montada como se fosse uma investigação para apurar se o ufólogo Vitório Pacaccini, um dos primeiros a ter acesso às testemunhas civis e militares, teria cometido algum crime ao publicar em seu livro “Incidente em Varginha” toda a verdadeira história nos mínimos detalhes. O que na verdade o IPM visava era descobrir como e quem, de dentro da EsSA, estava passando informações sobre as criaturas capturadas, sua espaçonave alienígena e seus destinos, aos estudiosos do caso, por conseguinte à imprensa.
Sem conseguir seu intuito principal, mas coletando assinaturas em depoimentos forçados de seus subordinados dentro da hierarquia militar, a apuração levada a cabo pela EsSA finalizou o IPM com uma conclusão no mínimo bizarra a respeito dos seres relatados pelos civis e pelos militares, os quais teriam sido confundidos com o cidadão varginhense conhecido como “Sr. Mudinho”.
Mas não é só este IPM, vindo a público após intervenção deste ufólogo junto ao deputado federal Chico Alencar, por meio de resposta ao requerimento de informações da Câmara dos Deputados protocolado em 2009 (RIC 4470/2009), que vem mostrando as consequências monumentais e históricas impressionantes do caso, e que por isso mesmo deveria, segundo a mentalidade militar, continuar escondido.
Os motivos para manutenção desse segredo vêm sendo foco de apuradas análises nossas em parceria com o ufólogo Marco Antônio Petit, de colegas da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e até do próprio Vitório Pacaccini, e serão expostos ao longo das nossas postagens semanais, uma vez que só o trabalho conjunto propiciará a montagem desse verdadeiro mosaico ufológico sobre os acontecimentos de Varginha.
![Varginha e os arquivos do Ministério das Relações Exteriores 3 03](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_webp,q_glossy,ret_img,w_800,h_616/http://ufo.com.br/wp-content/uploads/2023/06/03.jpg)
Entretanto, as peças desse quebra-cabeça vão se encaixando conforme as respostas vão aparecendo, de todos os lados, dado a magnitude do caso, e não são poucas. Algumas apareceram recentemente, através de protocolos públicos pedindo acesso aos arquivos governamentais por meio do acionamento da LAI. E, como poderemos constatar adiante, essas “peças” não vêm só dos militares.
Há exatas duas semanas, publicamos aqui as diretrizes da Controladoria Geral da União (CGU), que vem dando novos rumos aos pedidos de informação via LAI, vários desses pedidos versando sobre ufologia, 25 deles só sobre informações do Caso Varginha. Uma dessas diretrizes, o “Enunciado CGU n.º 11/2023”, fez o Ministério das Relações Exteriores (MRE) enviar-nos, em recorrência à 2ª instância de um dos processos, três documentos desclassificados que se encaixam perfeitamente na contextualização subliminar, advinda dos acontecimentos de janeiro de 1996.
Em manifestações anteriores isso nunca havia ocorrido, tendo em vista que os processos disparados até o ano de 2022, todos eles endereçados ao Ministério da Defesa, mal passavam da 2ª instância sem serem indeferidos. É sabido que durante as investigações implementadas pelos primeiros ufólogos a terem acesso aos depoimentos de militares que, além da Universidade de Campinas, pelo menos uma das criaturas, e os destroços da nave que se espatifou nos arredores de Varginha em janeiro de 1996, tiveram como destino bases tecnológicas dos Estados Unidos da América, resgatados por um avião militar cargueiro oriundo daquela nação, poucas vezes antes visto por essas bandas da América do Sul.
Essa questão do traslado de material de origem espacial, biológico e tecnológico, diga-se de passagem, a outra nação, no caso os Estados Unidos, foi suscitada inclusive em outro RIC do deputado Chico Alencar (RIC 3515/2018). Aqui, Alencar questiona ao governo se, além de manter sigilo sobre o caso da queda e captura de seres alienígenas em território brasileiro, o envio deles e dos destroços da nave à outra nação poderia ser traduzido literalmente como uma quebra de soberania nacional.
Ou seja, alguém, detentor de alto posto na hierarquia militar ou civil do Estado, possivelmente teria ordenado o cometimento, um crime caracterizado como de lesa-pátria, caso isso não se desse por um motivo suficientemente compensatório ao país. Esse crime, ou troca, teria sido, inclusive, executado a contragosto de patentes militares inferiores, tanto da EsSA como do próprio comando da 4ª Região Militar da 4ª Divisão do Exército (4º RM/4ª DE). A ordem para esse suposto “crime” teria partido de Brasília, e fora ratificada numa reunião do Alto Comando do Exército (RACE) naquele ano.
![Varginha e os arquivos do Ministério das Relações Exteriores 4 04](https://sp-ao.shortpixel.ai/client/to_webp,q_glossy,ret_img,w_800,h_428/http://ufo.com.br/wp-content/uploads/2023/06/04.jpeg)
É sabido, também, dentre às informações coletadas e checadas com os fatos subsequentes, que foi justamente nos anos de 1996 e 1997, exatamente após a ocorrência varginhense, que vários diretores e cientistas da NASA pela primeira vez puseram seus pés no Brasil. Que foi nessa época que o Brasil se tornou o único país em desenvolvimento do planeta a fazer parte do Projeto da Estação Espacial Internacional (ISS), numa parceria NASA-Agência Espacial Brasileira (AEB), visando turbinar o crescimento até então cambaleante, da indústria espacial brasileira com o desenvolvimento de novas tecnologias numa redução de custos inimaginável.
Coincidentemente, é nesse mesmo período que começaram as tratativas para envio dos primeiros astronautas brasileiros, na ainda moderna nave, o ônibus espacial Columbia, tudo tratado em correspondências entre Brasília e Washington, encontros com direito a almoços e jantares entre a alta cúpula diplomática e científica de ambas as nações.
Ora, na política e na diplomacia sabe-se que coincidências não existem. O próprio deputado Chico Alencar, nas tratativas com este ufólogo para edição dos RICs que foram enviados ao Ministério da Defesa, foi convencido de que o assunto é seríssimo e precisa de respostas convincentes, não de enrolação e sigilo. Nesse sentido, estamos também levantando uma série de arquivos em sequência, dentro da 4ª RM/4ª DE, assim como foi feito junto ao Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, para ver até onde têm digitais do Exército nessa trama.
Esses arquivos do MRE, que dispomos para consulta abaixo, servem não só para dar robustez a essa versão extraordinária dos fatos, mas também para acabar com o sigilo e compreender finalmente o que ocorreu com o material biológico e tecnológico que, por definição legal, deveria pertencer ao nosso país.
Chico Alencar também conhece bem outro ditado famoso na política diplomática: “Não existem almoços de graça.” Vale conferir se o nobre deputado tem razão, acessando os arquivos desclassificados vindos do MRE, levantados a público graças à campanha “Varginha, Chega de Acobertamento”:
Anexo 1: MRE/Tel/Carta Ostensivo nº 1998, de 03/12/1996*;
Anexo 2: MRE/Tel/Carta Ostensivo n.º 2066, de 11/12/1996*;
Anexo 3: MRE/Tel/Carta Confidencial n.º 589, de 04/09/1997*;
Anexo 4: MRE/Tel/Carta Reservado n.º 1736, de 20/10/1997*;
Anexo 5: MRE/Tel/Carta Confidencial nº 1957, 02/12/1997*.
* Documentos abertos via Lei 12.527/2011(LAI) – NUP 09002.000551/2023-22.
Por Fernando Aragão Ramalho
Ufólogo, conferencista, autor de inúmeros artigos, principalmente dentro do contexto militar. Foi coordenador da Comissão Brasileira de Ufólogos ao longo dos anos mais importantes da história da CBU, com ações, inclusive, dentro do Congresso Nacional. Como coeditor da Revista UFO, assinou inúmeros artigos contra o acobertamento ufológico nas páginas da referida publicação. Hoje, Ramalho está de volta tanto à Revista UFO, como à própria CBU e assina com o Ufólogo e Escritor Marco Petit a presente campanha, específica para o Caso Varginha.
Consultoria jurídica: Dr. Flori Tasca (OAB-PR) e Luiz Azenha (OAB-RJ).
ATENÇÃO: Postagens de Petit, Fernando Aragão Ramalho (e convidados) toda quinta-feira nesta página. Compartilhem esse e os outros conteúdos que serão divulgados. Curtam e sigam a página da campanha.
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