
A intenção desse texto é examinar, com base nos relatos coletados, opções e explicações diferentes das comumente utilizadas para descrever como são os alienígenas mais conhecidos na casuística ufológica. Pretende-se, ao longo desse trabalho, mostrar uma visão alternativa de como são os alienígenas conhecidos como grays ou cinzas, de acordo com a ciência e a tecnologia. Tal visão é composta de especulações, deduções e conclusões tiradas de relatos de observações de cinzas registrados em todo o globo.
Antes, no entanto, é necessário estabelecer alguns parâmetros que possam situar o leitor dentro do contexto que se irá abordar. O primeiro deles diz respeito à tecnologia destes alienígenas. Para essa análise, admite-se a priori que os seres em questão são tecnologicamente avançados, pois chegam até nosso planeta através de soluções tecnológicas que lhes permitem efetuar viagens complexas, seja de uma outra dimensão, de outro sistema estelar ou mesmo de outra época no tempo. O segundo parâmetro a se considerar é que, apesar de terem uma tecnologia superior à nossa em alguns aspectos, os grays não necessariamente têm um conhecimento mais avançado do que o nosso em todos os sentidos da existência. Ou seja, não são deuses absolutos, dotados de todas as respostas e de conhecimento supremo sobre o universo. Mesmo estando à nossa frente, também estão em processo evolutivo. Tendo essas considerações em mente, vamos ao trabalho.
Já há alguns anos uma raça de alienígenas vem sendo descrita pelas pessoas que afirmam ter tido contatos imediatos de graus elevados, especialmente, em grande maioria, as que alegam ter sofrido uma abdução. Os seres que essas pessoas descrevem teriam baixa estatura, 1,5 m em média, cabeças desproporcionais ao corpo, olhos muito grandes e totalmente negros, apenas pequenos buracos aonde deveriam ser o nariz e a boca. Alem disso, seus braços são mais longos que o normal e teriam apenas quatro dedos nos membros.
Seres Sem Sentimentos — Sua pele, ainda segundo esses relatos, seria lisa e sem pêlo algum, fria ao toque e totalmente cinza – vindo daí o nome que foi dado pelos ufólogos a esses alienígenas, grays, que em inglês significa cinzas. Uma outra característica importante a se mencionar é que é quase unânime a informação de que tais seres parecem não ter sentimentos, não esboçando nenhuma forma visível de emoção em seus rostos, segundo contam suas “vítimas”. A comunicação entre eles é quase sempre descrita como telepática, sem que emitam som algum quando trocam informações. Os mesmos relatos das pessoas que os contataram dão conta de que a comunicação que se estabelece entre elas e os alienígenas também são telepáticos. De acordo com descrições, tais ETs não mexem a boca, mas são capazes de saber o que pensamos e respondem às perguntas que formulamos diretamente em nosso cérebro.
Deve-se levar em consideração, é claro, que o principal problema que enfrentamos quando tentamos entender como são nossos visitantes alienígenas – cinzas ou outros –, é termos como base de informações única e exclusivamente as descrições fornecidas pelas testemunhas. E estas, vindas de situações traumáticas, como é uma abdução, podem narrar fatos distorcidos ou equivocados. Não podemos afirmar que 100% do que nos é relatado por pessoas em tais condições sejam reflexo da realidade. Existe uma enorme possibilidade de que sua narrativa contenha uma deformação da situação que viveram nas mãos ou em companhia dos cinzas. Isso se pode dar por uma variedade de fatores, entre eles, e em grande parte, o estresse da situação vivida e o fato de a testemunha não ser capaz de reconhecer tudo o que viu durante a experiência, acabando por interpretar da forma como melhor se encaixar em seus conhecimentos aquilo que ficou faltando compreender.
Assim como no caso do chamado “culto ao cargo”, descrito por sociólogos e antropólogos como a situação de se imitar um ente imaginado superior, uma testemunha pode fornecer informações distorcidas da ação de um gray, dentro ou fora de sua nave. O culto em questão pode ser bem exemplificado em situações clássicas, como aquela em que indígenas imitavam mecanicamente as operações realizadas em postos de comando de forças invasoras em suas terras, acreditando que os ocupantes de seu território se comunicavam diretamente com os deuses, e que, agindo igual a eles, também conseguiriam que cargas de comida caíssem do céu. Isso os faziam, em épocas passadas, repetir seus atos, na esperança de gozar das mesmas benesses.
O ser humano também pode fornecer uma informação deformada sobre um alienígena do tipo cinza, pois quando se depara com um ser diferente de sua espécie, o homem tenta encaixá-lo e classificá-lo dentro de
parâmetros que lhes são mais conhecidos. Isso é um ato inconsciente. Assim, o que é descrito regularmente pelas testemunhas como orifícios na altura do nariz viram automaticamente um nariz, e as formas arredondadas no local onde deveriam estar seus olhos, tornam-se olhos propriamente ditos. E assim por diante.
Reflexo da Realidade — Mesmo aqueles relatos que são obtidos através de hipnose podem ainda não refletir toda a realidade da experiência vivida pelo hipnotizado, porque esta pessoa vai narrar os fatos assim como se lembra deles. E se ela interpretar mal uma imagem ou informação, assim também a passará ao hipnotizador. A hipnose não é uma técnica mágica, em que o paciente grava um filme e reproduz em uma tela. Na verdade, ela apenas traz para o consciente memórias gravadas em nossa mente. Ocorre, entretanto, que, no momento em que foram gravadas, tais memórias já passaram pelo nosso filtrpessoal e podem ter sofrido a mesma distorção a que estão sujeitas descrições de fatos lembrados de forma consciente.
Considerando-se estas questões, vê-se que possuímos apenas a descrição básica do que poderia ser um alienígena do tipo cinza. A partir de uma idéia geral, cada um tenta encaixar as peças desse quebra-cabeças com seu conhecimento pessoal, para chegar a uma conclusão individual. Os ufólogos que analisam a tipologia de um cinza estão, na verdade, tentando entender o que uma testemunha viu e buscando explicar o que era aquele ser. Os que consideram que os relatos representam, sim, 100% da realidade vivida procuram uma interpretação dentro das possibilidades da testemunha, mesmo não sendo ela capaz de compreender tudo o que viu. Vejamos algumas das correntes mais comuns de pensamento quanto a este tema.
Robôs Sondas — Alguns estudiosos acreditam que os alienígenas do tipo cinza sejam apenas “ferramentas” utilizadas para nos estudar.
Eles não seriam verdadeiros integrantes da civilização que os enviou à Terra. Os verdadeiros integrantes, por algum motivo, tecnológico ou não, estariam impossibilitados de viajar até aqui, mandando os cinzas fazerem o trabalho por eles. É possível que, apesar de tecnologicamente superior, essa cultura não tenha conseguido desvendar o segredo de se locomover a velocidades mais rápidas que a luz e, sendo assim, a viagem de seu planeta ao nosso levaria anos. Então, tal civilização inventou seres com as características dos cinzas, que poderiam percorrer o caminho em seu lugar e levar os dados coletados aqui de volta ao seu planeta, mesmo que demorem vários anos.
Há uma variação para a função de tais seres, segundo alguns autores, que consideram que os cinzas poderiam ser as duas coisas ao mesmo tempo, mandatários e cumpridores da missão. O mais óbvio, no entanto, é que sejam máquinas autômatas, programadas para pesquisar outras formas de vida pela galáxia, ficando adormecidos durante os longos percursos e despertassem apenas nas horas que fosse necessário. E com frieza de máquinas, fariam experiências e coletariam dados para, quando possível, entregar aos seus criadores.
Outra variação na forma de encarar estes seres é a idéia de que seriam uma sub-raça concebida por engenharia genética, com a tarefa única de explorar ambientes hostis para seus criadores. Seriam, assim, cuidadosamente manipulados para não ter sentimentos, apenas executar ordens. Seriam algo como um “robô biológico”, um animal vivo, mas ainda assim um robô.
Existem também os estudiosos que acreditam que os cinzas são, na verdade, uma espécie de cetáceo, resultado da evolução natural, em um mundo distante, de um ser parecido com nosso golfinho. Argumentam que, assim como nós evoluímos de um ser parecido com o macaco, existiria uma raça que evoluiu a partir de um ser parecido com o golfinho. Esta raça estaria agora com capacidade de viajar pela galáxia, estudando as formas de vida que encontrar pela frente. Algumas pessoas que estiveram em suas naves relatam que realmente conseguiram distinguir um buraco no topo da cabeça dos cinzas, tal qual têm os golfinhos, que seria uma herança de seu passado cetáceo.
Outra teoria muito difundida no meio ufológico é a dos “escravos galácticos”. Segundo ela, os cinzas seriam uma raça escravizada, utilizada por outras raças para fazerem um tipo de serviço sujo em seu lugar. Seriam uma mão-de-obra barata e descartável, que teria, entre outras, a tarefa de abduzir os terrestres para serem usados em experiências das mais diversas nas mãos dos verdadeiros vilões, que se esconderiam atrás dos seus escravos. Pode parecer absurdo, mas não para alguns estudiosos. De qualquer forma, essas e outras tantas teorias são divulgadas há muito tempo. Sua exposição aqui tem o objetivo de interpretar as diversas faces da questão de tais seres, sempre partindo do princípio de que estamos estudando uma civilização tecnologicamente superior.
Ainda segundo a grande maioria dos relatos que temos registrados sobre os cinzas, aqueles que descrevem a nave que tripulam deixam claro que ela é material e física, assim como são também as ferramentas que utilizam para perfurar e colher tecidos humanos, implantar objetos em nossos corpos ou remover outros implantes. Isso leva a concluir que tais seres usam soluções tecnológicas para suas tarefas diárias. Sendo assim, talvez a descrição que muitas pessoas fazem dos cinzas seja, na verdade, o resultado da má interpretação que têm de uma tecnologia superior à nossa. Esses seres podem ser totalmente diferentes do que já foi imaginado até hoje, podendo muito bem ser mais parecidos conosco do que estamos preparados para aceitar.
Imprudência Espacial — Parece um tanto imprudente para um viajante das estrelas chegar a um planeta desconhecido, onde haja uma forma de vida estranha, e descer de sua nave totalmente nu. Mesmo assim, grande parte dos relatos de quem esteve nas mãos ou em contato com esses seres os descrevem como estando nus. Apenas ocasionalmente os relatos dão conta de que, por cima da pele descrita como acinzentada, exista uma vestimenta de qualquer tipo. Ora, esses seres não são mágicos, e se usam coisas materiais e dependem de tecnologia, então devem ser susceptíveis a ferimentos, doenças e coisas assim. Mas esse não parece ser o caso.
Em vista disso, é razoável que se interprete o que é descrito como pele, na verdade, como sendo uma espécie de vestimenta, algo que proteja tais exploradores do ambiente e seja uma ferramenta tecnológica para suas atividades. Considerando que uma civilização de cinzas tenha tecnologia para viajar pela galáxia, será que ela não estaria usando uma roupa-computador, semelhante a descrita acima e que, dentro de pouco tempo, estará à disposição até mesmos de humildes mortais terrestres, como nós? E será que, além de proteção, esse traje não seria também um equipamento padrão para pesquisa e exploração?
As conclusões quanto a isso ficam a critério do leitor. De qualquer forma, devemos ter em mente que, apesar de tanto nós como eles somos raças que utilizam tecnologia para soluções do dia a dia, não existe necessariamente uma relação entre nossos avanços e conquistas tecnológicas e as deles. Noutras palavras, a tecnologia dos cinzas não precisa ser um espelho do que será a nossa no futuro. Mas, novamente, levando-se em conta os relatos das testemunhas, essa hipótese tecnológica em grande parte se explica. Assim, a pele estranha e a aparente falta de roupas já estaria compreendida à luz de uma nova interpretação, mas não é só isso.
Como temos também em nosso cotidiano terrestre, de nada adianta desenvolver um computador totalmente móvel se ele tivesse que ficar conectado a um monitor o tempo todo. Um computador que não possa devolver a informação para o usuário também não é de grande valia. Sendo assim, é necessário desenvolver uma maneira de se integrar os periféricos dessa máquina à roupa-computador que descrevemos. Em nosso caso, periféricos de um computador mais habitualmente usados pelas pessoas são, por exemplo, as impressoras, que registram os dados, os gravadores de CD, que os armazenam para fácil consulta, os auto falantes, que apresentam fatos de forma sonora, as câmeras digitais ou webcams, que permitem u
ma maneira mais dinâmica de comunicação pela internet, os scanners, que transformam informações em linguagem de computador etc.
A pesquisa mais avançada e recente nesta área é a de um pequeno projetor no formato de óculos que, em vez de lentes, projetaria diretamente na retina do usuário as informações que seriam projetadas na tela do computador. Pronto, está dispensado o monitor. E outra linha dessa pesquisa é o desenvolvimento de óculos de telas de cristal liquido transparentes, que mesclariam as informações do computador com a visão real da pessoa. Assim, o usuário poderia fazer sua caminhada diária ao mesmo tempo em que lê e responde seus e-mails. Excelente, está dispensado o teclado também.
E como se já não fosse suficiente, recentemente outra pesquisa mostrou que é possível criar-se telas de computador em superfícies extremamente finas e maleáveis, que podem até ser dobradas, permitindo com facilidade a substituição dos cristais líquidos dos óculos descritos acima. Numa analogia com o tema de nossos visitantes cinzas, podemos ter aí uma explicação plausível para os grandeolhos negros que esses seres invariavelmente apresentam, sem expressão e sem pálpebra, sem íris e apenas como uma grande e côncava lente negra. Será que essa descrição é mesmo de um olho? Ou será que aquilo que as testemunhas viram e que fica exatamente onde deveriam estar os olhos de um cinza não seriam, na verdade, um sistema semelhante a um periférico de computador, muito mais complexo e reunindo funções de câmera, scanner, monitor etc – além de outras que sequer imaginamos.
Olhos Negros — Novamente aplicando esse conceito ao da já descrita roupa-computador, temos uma ampliação das capacidades de ação dos nossos visitantes. Os olhos negros dos cinzas poderiam ser lentes seguras que servissem também de tela para seu traje. Elas forneceriam ainda a proteção necessária aos verdadeiros olhos, se eles existirem, talvez por trás da máscara preta, que permaneceria filtrando radiações nocivas ou mesmo protegendo-os contra impactos. Ao mesmo tempo, mesclaria o visual do ambiente às informações de seus próprios computadores ou da nave. Em algumas ocasiões, poderiam atuar como uma fonte de iluminação própria, infravermelha ou não, o que causaria uma certa luminosidade, também já descrita em muitos relatos.
Até mesmo as descrições de grandes membros, braços e pernas com dedos de diferentes tamanhos, podem ser aplicadas à hipótese que desenvolvemos aqui. Assim como todo o resto do corpo dos cinzas, seriam eles também ferramentas para sua ação. Sim, talvez luvas adaptadas para trabalho em ambientes hostis ou mesmo um reforço mecânico tecnológico para aumentar a capacidade de seu organismo. Estes membros poderiam ainda possuir sensores e uma infinidade de equipamentos, o que, para as testemunhas, os tornaria tão diferente de membros comuns, a cujos aspectos estão habituados. Talvez seus verdadeiros membros estejam dentro da roupa-computador, o que os abduzidos vêem soa uma aberração.
Seres tecnológicos, como nossos visitantes extraterrestres, certamente utilizam soluções tecnológicas para seus problemas. Isso envolve o desenvolvimento e aprimoramento de métodos de interação com o ser humano em suas incursões na Terra
Enfim, as especulações em torno da morfologia e das atividades dessa raça tão aparentemente definida de ETs são muitas. Mas as que procuramos fazer aqui são baseadas em realidades tecnológicas recentes, relativamente à disposição de qualquer pessoa. Afinal, se o que especulamos estiver correto, poderíamos então assumir que a descrição que uma testemunha faz da fisiologia externa de um cinza é, em realidade, a interpretação pessoal que faz da visualização de um equipamento, de uma roupa externa que o ser está vestindo. Para isso, entende-se que a pessoa não tenha visto o ser realmente, mas apenas sua indumentária de proteção. E por não ter noção disso e acreditar estar vendo o ser como realmente é, interpreta as informações visuais segundo os parâmetros de seu consciente.
Dessa forma, uma roupa vira pele, viseiras viram olhos, orifícios viram narizes e bocas, luvas viram mãos e assim por diante. Porém, ainda falta tentar novas hipóteses para explicar um ponto que é comentado em muitos relatos de contatos com seres desse tipo: a comunicação que se estabelece com eles. Poderia uma teoria tecnológica fornecer explicação para a suposta comunicação telepática que os cinzas têm entre si e para com suas vítimas?
Para essa análise, admitamos por um instante que, de fato, o que tem sido descrito pelas testemunhas seja mesmo o visual externo de uma roupa ou equipamento utilizado pelos seres dessa categoria, e que esse equipamento seja um computador sofisticado. Isso em mente abre possibilidades para explicar a aparente telepatia que eles demonstram. Examinando os relatos de quem esteve frente a frente com cinzas, muitos registram que tais seres não emitem sons e que apenas se olham rapidamente, demonstrando saber exatamente o que têm que fazer. Deduz-se, assim, que existe uma espécie de comunicação telepática entre eles. E mesmo quando se dirigem às testemunhas ou vítimas, não o fazem através de sons. Segundo tais pessoas, é como se a voz de seus captores fosse diretamente para seu cérebro, tal como as respostas que “recebem” a perguntas que formulam, mentalmente ou não.
Como a hipótese apresentada nesse texto pode resolver essa questão? Ora, entendendo com clareza que tais seres são tecnológicos que utilizam soluções tecnológicas para seus problemas, e tendo em vista que cada um carrega em suas roupas um computador dotado de interface com o usuário, é simples conceber que estão interligados entre si. Talvez tal conexão se dê através de algum tipo de onda, como as nossas atuais redes sem fio, o que permitiria que um indivíduo se comunicasse com outro com a maior facilidade. A mais simples forma de comunicação seria via texto, mas digitar uma conversa complexa leva mais tempo que falar. Para pessoas distantes, poderia ser uma solução. Porém, quando as pessoas estão próximas, esse meio já não é tão produtivo.
emente estarão em nosso cotidiano. A partir da esquerda, Minority Report e Inteligência Artificial. É inegável que estes trabalhos tenham recebido influência da presença alienígena entre nós, cada vez mais impossível de ser negada
Ondas Cerebrais — Mesmo utilizando-se uma técnica que permitiria ao alienígena “escrever” o texto sem um teclado – usando os olhos, por exemplo, conforme uma técnica que já existe atualmente –, ainda sim seria menos produtiva que o diálogo tradicional pelo som. No entanto, existem pesquisas em outra área do conhecimento humano que têm explicações para isso. O mapeamento das ondas cerebrais é uma delas. Esse mapeamento permite que possamos identificar qual onda cerebral é responsável por uma ação que devemos tomar. Já existem projetos que demonstram que um indivíduo é capaz de movimentar um jogo de computador apenas com o pensamento. Pensando-se numa ação, o jogo obedece às ondas cerebrais e a ação é executada. O que antes era domínio exclusivo da parapsicologia, hoje é ciência.
Juntando-se a isso o fato de que um cinza poderia apenas pensar o que iria dizer, como se isso não fosse algo também tecnologicamente resolvido para sua civilização, sua onda cerebral é enviada a um computador, que a interpreta e envia diretamente ao cérebro do receptor a frase desejada. Isso seria basicamente o que se acredita ser a telepatia, mas utilizando meios tecnológicos para consegui-la. Nesse cenário, a comunicação entre os seres dentro de uma nave, que por muitos é considerada paranormal ou transmissão de pensamento, pode muito bem ser uma evolução tecnológica do que temos hoje e usamos quase todos os dias, um “e-mail neuronal”. É claro que seria um e-mail muitíssimo avançado, ainda inconcebível para nós. Mas lembremos que o e-mail como temos hoje, escrito através de programas como muitos que existem no mercado, também era algo absolutamente inimaginável para nós há poucos anos…
Essa interpretação dos fatos “resolve” grande parte do problema que envolve os alienígenas do tipo cinza e sua curiosa atividade junto à raça humana. Podemos até entender como um desses seres se comunica com outro, e mesmo como consegue ler nossos pensamentos. Afinal, a sala para onde é levado um abduzido, ou mesmo a nave toda, também é um computador que pode mapear nossas ondas cerebrais e traduzi-las, para que nossos captores as entendam sem problemas. Mas, o que pensar sobre quando o abduzido ouve a comunicação diretamente em seu cérebro? Se ele não está vestindo uma roupa-computador, como essa informação chega até sua mente?
A solução tecnológica para explicar esse fato pode ser um pouco diferente da apresentada anteriormente. Mas também é derivada ou similar a algo que hoje nós mesmos possuímos, apesar de ser bem recente e ainda estarmos engatinhando em sua interpretação e desenvolvimento: a transmissão de som dirigido. Essa forma de transmissão de áudio se dá em uma faixa de onda extremamente estreita, dirigida diretamente para a pessoa que deve ouvi-la. Não havendo propagação da onda de áudio para os lados, apenas em linha reta, ninguém mais é capaz de ouvir o que se deseja transmitir, a não ser a pessoa que é o alvo.
Apesar de pouco conhecida e só recentemente divulgada nos meios científicos, o filme Minority Report [2002], estrelado por Tom Cruise, demonstra exatamente como se acredita que será tal forma de comunicação no futuro. Ele mostra que, quando o personagem principal está nas ruas, ele percebe que todas as manifestações ao seu redor – inclusive propagandas em outdoor – são dirigidas exclusivamente a ele. Isso acontece da mesma forma a todas as demais pessoas da rua, no mesmo instante. Ficção científica? Nem tanto. No filme se apresenta uma avançadíssima tecnologia que pode estar ao nosso dispor dentro de alguns anos ou décadas.
No mundo real, a Coca-Cola está experimentando algo similar com suas máquinas de venda espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Só quem estiver passando perto de uma, em determinada área, será capaz de ouvir a propaganda. Porém, o som emitido por esse método ainda carece de qualidade, embora já seja suficientemente funcional para uma comunicação vocal. E assim como no caso do e-mail neuronal, lembremo-nos também aqui que todos os nossos mais fantásticos recursos tecnológicos de hoje eram fantasia ou ficção científica poucos anos ou décadas atrás.
Voltando aos cinzas, estes poderiam muito bem estar usando métodos semelhantes para se comunicar conosco. Eles apenas pensariam em algum diálogo e este, em vez se manifestar através de onda cerebral e ser enviado a outro ponto da rede – outra roupa-computador – seria interpretado em forma de som e enviado por tal método diretamente ao ouvido da testemunha. Esta, por sua vez, sem ter conhecimento dessa possibilidade, poderia facilmente convencer-se de que está passando por um processo de telepatia. Tal forma de comunicação não tem limite de distância, bastando-se aumentar a potência do transmissor para atingir locais mais remotos. E ela também explicaria o problema do idioma, pois como um cinza dificilmente poderia se comunicar com diversas raças terrestres em seus próprios idiomas, com esse método ele usaria ondas cerebrais e não sua vocalização. Eis aqui uma forma avançada de se conceber o funcionamento de um tradutor universal.
Nem Deuses, Nem Demônios — Se considerarmos tudo o que foi exposto como plausível, ou pelo menos parte, vislumbramos uma forma muito diferente de interpretarmos os tão polêmicos grays. Não tão maus e não tão bons quanto são pintados na casuística ufológica. Mas, na verdade, muito mais parecidos conosco do que gostaríamos que fossem. Talvez um reflexo do que podemos ser um dia, nem deuses, nem demônios. Apenas seres em seu processo de evolução, que, assim como nós, buscam conhecimento e respostas, utilizando seus métodos de pesquisa. Em seu caminho, por sorte ou por azar, encontraram nosso pequeno mundinho e, constatando seu ritmo de aprendizado, até aqui vêm para aumentar o conhecimento de sua espécie. A questão que surge com tais especulações é: poderemos nós, se continuarmos em nosso processo de evolução tecnológica, sermos no futuro os grays de um planetinha afastado?
Quem são os Grays
Segundo estudiosos, seriam seres de uma raça única ou de várias, muito semelhantes e interligadas entre si. Os grays constituem a maioria dos seres em contato com seres humanos, com os quais nunca buscam amizade, mas realizam pesquisas. Eis suas principais características:
Estatura de no máximo 1,5 m
Cabeças desproporcionais ao corpo
Olhos muito grandes e negros
Nariz e boca quase impercept
íveis
Braços mais longos que o normal
Apenas quatro dedos nos membros
Pele lisa e sem pêlo, fria ao toque
Parecem não ter sentimento
Comunicam-se telepaticamente
Têm forte poder entre suas vítimas
São totalmente cinza