Em novembro de 1961, o meteorologista brasileiro Rubens Junqueira Villela, consultor da Revista UFO, visitou pela segunda vez a Antártida. Chegou de avião à base norte-americana de McMurdo, na Ilha de Ross, e dali seguiu em um avião Hércules para a base Amundsen Scott, quase no Pólo Sul geográfico. Professor aposentado do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), Villela já esteve 12 vezes no Continente Gelado e auxiliou desde o começo o Programa Antártico Brasileiro — ele esteve presente no continente quando, em 06 de fevereiro de 1984, foi inaugurada nossa estação Antártida.
Lá, sob uma temperatura de 39 graus negativos, qualquer esforço se torna uma penosa experiência, mas não para Villela, que participou da missão que fincou um mastro no ponto exato onde fica o Pólo Sul. Ele também teve um avistamento ufológico no Continente Gelado, ocorrido durante sua primeira expedição, em 16 de março de 1961. Naquela data, junto de outros membros da tripulação da embarcação em que estava, testemunhou a passagem de um UFO pelo céu, fato narrado com riqueza de detalhes em seu artigo Discos Voadores na Antártida, da edição UFO 058 [Agora disponível na íntegra em ufo.com.br].
A observação ocorreu no exato lugar onde hoje estacionam os navios brasileiros que servem à Estação Antártida Comandante Ferraz. Villela chegou a apresentar seu testemunho à comissão ufológica oficial do governo francês, anos mais tarde. “Acabáramos de fundear e eu estava observando o panorama junto com outros marinheiros, quando, de repente, tivemos nossa atenção atraída por um objeto luminoso que cruzava o céu a baixa altura no sentido noroeste para sudeste”. Ele conta que gritos partiram dos tripulantes no convés, tomados de espanto.
O objeto observado era oval, multicolorido e se deslocava lentamente. “O mais estranho foi que deixava um rastro na forma de um tubo ou cilindro oco de cor laranja e bastante longo”, disse o cientista, que se juntou à Equipe UFO há quase 10 anos. De sua parte frontal estendiam-se para trás, em V, raios curtos ou “varas luminosas”. De repente, o artefato se dividiu em duas partes ovais iguais, em linha, brilhou mais intensamente e se extinguiu. Não emitia ruído, mas o ronco dos motores do navio poderia ter abafado algum som baixo. “Estimei o tamanho do UFO em cerca de 6 m e a velocidade, uns 80 km/h. Tive dificuldade para descrever aquilo no meu diário de bordo, e usei a expressão ‘luz corporificada’, que melhor descreve do que ele seria feito”.
Rubens Junqueira Villela é daqueles raros cientistas que não têm qualquer dúvida de que estamos sendo visitados por outras civilizações, e é da opinião de que já passa da hora de os homens de ciência e jornalistas acordarem para a realidade do Fenômeno UFO. “A atual diplomacia terrena não é nada se comparada à diplomacia estelar ou galáctica que teremos que exercer em um futuro talvez bem próximo”. Villela está coberto de razão.