Há uma tendência natural, estimulada pelo termo disco voador, a se imaginar que as naves alienígenas sejam todas redondas ou discoides, naquele formato clássico imortalizado pelo cinema. Isso, porém, não é verdade. Já foram registrados avistamentos de veículos de aparências as mais diversas, e em tempos que não são os nossos. Há anotações antigas, principalmente europeias, que indicam a presença dos UFOs desde pelo menos o século XIII.
Muito antes da célebre onda ufológica de 1989, na Bélgica, onde vários UFOs triangulares foram vistos por vários meses em todas as partes daquele país, triângulos voadores haviam sido avistados em numerosas outras ocasiões e em épocas nas quais pensar em protótipos militares seria um completo absurdo — uma casuística imponente que mostra algo anômalo percorrendo os céus de nosso planeta.
É claro que existem muitos registros anteriores a estes citados e que, na verdade, falam sobre escudos, carroças, carros e rodas voadoras. E se formos levar em conta certos petróglifos e imagens feitas em paredes de cavernas, os UFOs estão entre nós há centenas de milhares de anos. Neste artigo, porém, vamos nos concentrar nos objetos voadores de formato triangular e tentar descobrir a partir de quando eles passaram a passear em nosso planeta.
Triângulos anômalos
Em 17 de dezembro de 1852, Francis Seymour Higginson, comandante da Guarda Costeira do Reino Unido, se encontrava nos arredores de Dover, às 02h00. Havia muito vento e a atmosfera estava particularmente elétrica, percorrida em determinados pontos por inesperados brilhos de um vermelho anômalo. Com o passar das horas, os reflexos brilhantes aumentaram e induziram o comandante a observar melhor o que estava acontecendo.
Então, ele se deu conta de que os fenômenos vinham de uma espécie de nuvem no céu de forma perfeitamente triangular e que emitia um som incômodo. Às 05h00 a nuvem se aproximou muito e o som que vinha dela ficou cada vez mais forte — ao mesmo tempo, os raios de luz estavam maiores e Higginson notou, no centro da nuvem, uma espécie de núcleo de vermelho luminoso, do qual se originavam os brilhos.
Às 05h03 três minutos, o núcleo explodiu inesperadamente com um barulho similar ao de um trovão, produzindo um brilho tão intenso que iluminou o mar. O corpo daquilo que Higginson considerou naquele momento se tratar de um meteorito, explodiu em múltiplos pedaços pequenos que caíram na água, sobre um pedaço muito vasto de mar. Esse relatório particular está contido na obra Philosophical Transaction of the Royal Society [Transações Filosóficas da Sociedade Real] de 1853 e fornece o testemunho de primeira-mão do comandante Higginson.
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