
A campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, que desde abril pede abertura governamental para a questão ufológica, ganhou reforço durante a realização do I UFO Minas, em Varginha (MG), de 19 a 22 de agosto passado. O abaixo-assinado que será entregue às autoridades brasileiras como resultado do movimento atingiu 12 mil assinaturas na ocasião, reflexo de uma maciça adesão popular. Lançada pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e divulgada através da Revista Ufo e de seu site [ufo.com.br], a campanha pretende chegar a 20 mil assinaturas até 22 de dezembro, quando será encerrada.
Mas a maior novidade do movimento foi a decisão, tomada pela CBU durante o I UFO Minas, de incluir o Caso Varginha entre as ocorrências que os ufólogos solicitam ao Governo Federal revelar por completo. O Manifesto da Ufologia Brasileira, que até então requeria às autoridades a abertura de seus arquivos secretos referentes apenas à Operação Prato e à Noite Oficial dos UFOs no Brasil, agora também solicita ao Governo Federal que apresente à comunidade ufológica e à toda população as informações pertinentes à captura em Varginha, em 20 de janeiro de 1996, de dois seres não-terrestres pelo Exército.
O Caso Varginha foi amplamente documentado pelos pesquisadores e já é do conhecimento de toda a Nação, ainda que superficialmente. Isso justifica o requerimento dos ufólogos para que venha a ser definitivamente admitido pelo Governo e pela instituição que procedeu às capturas. É inadmissível que um fato dessa envergadura, que diz respeito a todos os brasileiros, permaneça sendo negado e ocultado pelas autoridades. Especialmente depois dos depoimentos comprobatórios oferecidos espontaneamente por integrantes do próprio Exército, que ajudaram nas manobras de captura, tratamento e remoção das criaturas.
Ao chegar a 12 mil assinaturas, firmadas pela população através do site da Revista Ufo ou através do formulário impresso da página 07 desta edição, o abaixo-assinado do movimento UFOs: Liberdade de Informação Já mostra, inequivocamente, que a sociedade brasileira está cada dia mais informada sobre o Fenômeno UFO e consciente de suas conseqüências e implicações. É imprescindível que o Governo Federal proceda como nações mais desenvolvidas do planeta – como França, Uruguai, Chile, Espanha, Itália, China e México – admitindo a existência dos UFOs e sua natureza extraterrestre, estabelecendo uma conduta investigativa com transparência e ampla participação dos ufólogos civis.
Os registros de objetos voadores não identificados em nossos céus, intensificados nas últimas cinco décadas, demonstram que a Ufologia é um dos assuntos mais significativos para a humanidade terrestre. As ações desses veículos em nossa atmosfera e os contatos freqüentes que seus tripulantes mantêm com seres humanos precisam ser conhecidos e entendidos com profundidade. A Comunidade Ufológica Brasileira se empenha em pesquisar o assunto e apresentar seus resultados à sociedade, mas é impotente para fazer frente à avalanche de informações que existe e à dificuldade que sua pesquisa representa.
Apesar de sua obstinação e seu evidente talento, os ufólogos brasileiros, sozinhos, não chegarão a resultados expressivos em seu trabalho sem que o Governo Federal ampare seus esforços através de atitudes simples e concretas, como o reconhecimento da legitimidade da questão e a discussão de uma parceria em procedimentos de investigação e respectiva divulgação do assunto à população. Para que isso ocorra, pedem, através desse movimento, que os militares abram seus arquivos oficiais e repartam com os ufólogos civis seu conhecimento sobre o Fenômeno UFO. É direito da sociedade brasileira, garantido na Constituição, saber o que nossas Forças Armadas possuem sobre o tema.
MANIFESTO DA UFOLOGIA BRASILEIRA
A Comunidade Ufológica Brasileira, representada por ufólogos individuais e grupos de pesquisas, investigadores, estudiosos e simpatizantes da Ufologia, que firmam o presente abaixo-assinado, reúne-se através deste documento, sob coordenação da Revista Ufo, para se dirigir às autoridades brasileiras, neste ato representadas pelo excelentíssimo senhor presidente da República e pelo ilustríssimo senhor comandante da Aeronáutica, para apresentar os seguintes fatos:
1. É de conhecimento geral que o Fenômeno UFO, manifestado através de constantes visitas de veículos espaciais ao planeta Terra, é genuíno, real e consistente, e assim vem sendo confirmado independentemente por ufólogos civis e autoridades militares de todo o mundo, há mais de 50 anos.
2. O fenômeno já teve sua origem suficientemente identificada como sendo alheia aos limites de nosso planeta, os veículos espaciais que nos visitam de forma tão insistente são originários de outras civilizações, provavelmente mais avançadas tecnologicamente que a nossa, e coexistem conosco no universo, ainda que não conheçamos seus mundos de origem.
3. Tais civilizações encontram-se num visível e inquestionável processo de contínua aproximação à Terra e de nossa sociedade planetária e, assim agindo em suas manobras e atividades, na grande maioria das vezes não demonstram hostilidade para conosco.
4. É notório que as visitas de tais civilizações não-terrestres ao nosso planeta têm aumentado gradativamente nos últimos anos, segundo comprovam as estatísticas nacionais e internacionais, tanto em quantidade quanto em profundidade e intensidade, representando algo que requer legítima atenção.
5. Em virtude do que se apresenta, é urgente que se estabeleça um programa oficial de conhecimento, informação, pesquisa e respectiva divulgação pública do assunto, de forma a esclarecer à população brasileira a respeito da inegável e cada vez mais crescente presença extraterrestre na Terra.
Assim, considerando atitudes assumidas publicamente em vários momentos da história, por países que já reconheceram a gravidade do problema, como Chile, Bélgica, Espanha, Uruguai e China, respeitosamente recomendamos que o Ministério da Aeronáutica da República Federativa do Brasil, ou algum de seus organismos, a partir desse instante, formule uma política apropriada para se discutir o assunto nos ambientes, formatos e níveis considerados necessários. A Comunidade Ufológica Brasileira, neste ato representada pelos estudiosos nacionais abaixo-assinados, com total apoio da Comunidade Ufológica Mundial, deseja oferecer voluntariamente seus conhecimentos, seus esforços e sua dedicação para que tal proposta venha a se tornar realidade e que tenhamos o reconhecimento imediato do
Fenômeno UFO. Como marco inicial desse processo, e que simbolizaria uma ação positiva por parte de nossas autoridades, a Comunidade Ufológica Brasileira respeitosamente solicita que o referido Ministério abra seus arquivos referentes a pelo menos três episódios específicos e marcantes da presença de objetos voadores não identificados em nosso Território:
(a) A Operação Prato, conduzida pelo I Comando Aéreo Regional (COMAR), de Belém (PA), entre setembro e dezembro de 1977, que resultou em volumoso compêndio que documenta com mais de 500 fotografias e inúmeros filmes a movimentação de UFOs sobre a Região Amazônica, da forma como foi confirmado pelo coronel Uyrangê Bolívar Soares de Hollanda Lima.
(b) A maciça onda ufológica ocorrida em maio de 1986, sobre os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, entre outros, em que mais de 20 objetos voadores não identificados foram observados, radarizados e perseguidos por caças a jato da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo afirmou o próprio ministro da Aeronáutica na época, brigadeiro Octávio Moreira Lima.
(c) O Caso Varginha, ocorrido naquela cidade mineira em 20 de janeiro de 1996, durante o qual integrantes do Exército brasileiro, através da Escola de Sargentos das Armas (ESA), e membros da corporação local do Corpo de Bombeiros capturaram pelos menos dois seres de origem não-terrestre, segundo farta documentação já obtida pelos ufólogos e depoimentos comprobatórios oferecidos espontaneamente por integrantes do próprio Exército, que tomaram parte nas manobras de captura, tratamento e remoção das criaturas.
Absolutamente conscientes de que nossas autoridades civis e militares jamais descuidaram da situação, que tem sido monitorada com cuidado e atenção ao longo das últimas décadas, sempre no interesse da segurança nacional, julgamos que a tomada da providência acima referida solidificará o início de uma próspera e proveitosa parceria.