A Ufologia Brasileira é considerada mundialmente uma das melhores e mais eficientes, amplamente respeitada inclusive em nações com vasta experiência na área, como Estados Unidos, Inglaterra e Itália. Aqui, obstinados estudiosos produzem muito com pouco ou nenhum recurso financeiro, e some-se a isso a precária situação econômica de um país em constante desenvolvimento. Para complicar a situação, há ainda que se considerar que, por razões talvez inerentes ao próprio Fenômeno UFO ou por questões pessoais de seus pesquisadores, é grande a falta de união no meio ufológico e, é especialmente danosa a presença, nele, de elementos que cultivam a desarmonia, por não possuírem idéia concreta do significado que a descoberta de outras formas de vida inteligente pode ter para a espécie humana. Além, é claro, daqueles indivíduos bem intencionados que por inocência ou ingenuidade não vislumbram este futuro – mas que, uma vez no meio
ufológico, causam o mesmo dano.
Resistente a toda sorte de dificuldades, a Ufologia prospera e se consolida. Não raros são os cientistas ou profissionais de áreas diretamente interessadas ou necessárias ao conhecimento da presença alienígena na Terra que se abstêm de se envolver com a questão, ou, pior ainda, face às suas limitações ortodoxas e crendices científicas, atacam a Ufologia e a taxam de pseudociência, uma falsa ciência – mesmo que ufólogo sério algum tenha reivindicado tal status para esta emergente área do conhecimento humano. Quando muito, o que se pleiteia é o tratamento de protociência [Do grego protos, primeiro ou inicial] ou paraciência [Ao lado, paralelo].
Neste cenário, deve-se levar em consideração também o importante papel da mídia na difusão e evolução das idéias relativas às visitas e, no futuro, ao convívio da humanidade com outras espécies cósmicas. A imprensa pode tanto ser uma fonte de desinformação quanto pode se prestar ao legítimo papel de formadora de opinião abalizada sobre o assunto. Há exemplos recentes e formidáveis de seriedade e competência jornalística na divulgação de fatos ufológicos. Assim como o oposto, ou seja, de completa irresponsabilidade e falta de conhecimento dos profissionais da área em noticiarem o tema, que atrapalham seu entendimento quase tanto quanto os céticos e os ignorantes.
É interessante constatarmos que, quando trata de Ciência, a imprensa generalizada comete raras “gafes científicas”, mas quando o tema é Ufologia, elas abundam. E pela simples razão de que, quando abordam assuntos científicos, os jornalistas têm o cuidado de estudar os temas antes, às vezes consultando especialistas, o que raramente acontece quando a notícia a ser dada versa sobre discos voadores e seus tripulantes. A sociedade mostra-se cada vez mais aberta e receptiva à idéia de que estamos recebendo a visita de outras espécies cósmicas, e são poucos os setores da mídia tradicional que sabem avaliar ou respeitam a necessidade de conhecimento de dados sérios a respeito do tema.
Vertentes novas e revolucionárias
Mudanças devem ser cobradas neste setor, através da exigência de boa informação, de conscientização e de parcerias produtivas entre ufólogos e os meios de comunicação. Depois de reconhecida e aceita pela sociedade, chegará a vez da imprensa, das sociedades estabelecidas e, por fim, se não antes, da comunidade científica moderna ver no objeto de estudo da Ufologia um fenômeno legítimo. Nesta fase, a disciplina pode se ramificar em novas e revolucionárias vertentes, com resultados inesperados. Por exemplo, poderão surgir no futuro especialidades como a exopaleontologia, a exoantropologia, exopsicologia, exozoologia etc, sempre voltadas para a pesquisa das novas formas de vida que encontraremos pela frente. Acontecerá como no passado, quando a Ciência se ramificou em tantas especialidades atuais.
Isto é estagnação, como afirmam alguns? Ou perda de tempo, como alegam as correntes científicas ainda refratárias à realidade escancarada do Fenômeno UFO. Quem ainda apostar no fim da Ufologia, julgando-a estanque, na verdade nada sabe sobre sua dinâmica. Ela é, ao contrário, apenas parte de algo muito maior e em gestação nas mentes mais prodigiosas do nosso século, desprovidas de preconceitos e a quem a existência de outras humanidades e seu futuro entrelaçamento com a nossa é apenas uma questão de tempo. Entre estes pensadores, há quem afirme até que, das disciplinas que advirão da metamorfose por que passa a Ufologia, muitas terão grande impacto sobre as futuras gerações. Tanto é verdade que algumas áreas da Ciência, hoje, já comprovam o que muitos ufólogos defendiam há décadas, e conceitos que antes pertenciam ao reino da ficção científica – como os buracos de minhoca, o teletransporte, a clonagem genética e implantes, por exemplo – fazem parte de nosso cotidiano. Não há mais como andar na contramão dos acontecimentos, assim como o próprio cartesianismo lida atualmente com fatores místicos, transcendentais à compreensão dos mais intelectuais e geniais cientistas. “Um dia a Ciência terá que reconhecer que tem uma dívida enorme com os ufólogos”, dizia J. Allen Hynek, astrofísico norte-americano considerado o pai da Ufologia. Não são poucos os homens de Ciência que, abandonando corajosamente suas posturas de rejeição ao tema, se alinham à Hynek para salvar suas comunidades do crescente débito que têm com a Ufologia.
Releitura da realidade
Vivemos hoje uma crise de paradigmas científicos porque nossa leitura da realidade, historicamente inquestionável, tornou-se insuficiente para decifrar o mundo em toda a sua profundidade. O ideal cartesiano do pensamento claro e linear está agonizando. A realidade e a vida não são claras e lineares, assim como a educação não é clara e linear, e a pedagogia deixa de ser o caminho repetitivo a ser seguido e se aventura em novas práticas. Mas, do esgotamento dessa racionalidade emerge outra que, a despeito de nossa vontade, já está se constituindo pelo esforço daqueles que ousaram transgredir as regras, tanto em suas vidas quanto em sua prática científica e social.