Pedido de sigilo para o Inquérito Policial Militar foi pedido por Tenente-Coronel a Ubirajara Franco Rodrigues
Um dos aspectos que com certeza deve ser recordado, e na verdade ressaltado aqui nessa série de postagens, diz respeito diretamente aos bastidores que envolveram o depoimento do ufólogo e advogado Ubirajara Franco Rodrigues, prestado no dia 02 de abril de 1997, dentro das instalações da Escola de Sargento das Armas (ESA), situada na cidade de Três Corações.
Na primeira postagem dessa nossa campanha de esclarecimento sobre o Caso Varginha e cobrança da verdade dos fatos, que envolveram a queda de um UFO e o recolhimento de pelo menos parte dos seus tripulantes por forças militares no Sul do Estado de Minas Gerais, ressaltei a defesa objetiva e contundente da veracidade de toda história pelo ufólogo citado acima.
Conforme pode ser verificado na referida postagem na página oficial de nossa campanha, Rodrigues não deixou dúvidas sobre suas certezas em relação a importância do que havia acontecido e vinha sendo acobertado pelo Exército Brasileiro e as demais forças militares envolvidas.
O que vou comentar em seguida deve ser mantido na memória para que dentro das próximas semanas, quando tanto eu como Fernando Ramalho começarmos a fazer as postagens mais cruciais sobre o caso, que vão revelar o que passou a acontecer dentro do IPM e com que finalidade, cada um de vocês possa ter em mente o sentido de tudo que vamos mais do que anunciar, denunciar, em relação aqueles que desejavam desmoralizar a história, processo na verdade que ainda continua hoje, sendo mantido, inclusive com a participação de civis.
Após o seu depoimento, dentro do qual, segundo o próprio Rodrigues, havia sido muito bem tratado pelos representantes do Exército nas dependências da ESA (Escola de Sargento das Armas), houve no mínimo uma curiosa manifestação do Ten. Coronel Lúcio Carlos F. Pereira (encarregado do IPM).
A autoridade militar solicitou de forma clara e objetiva, se fosse possível, que Rodrigues mantivesse longe da mídia e não fizesse divulgação pública do procedimento policial, investigativo, que iria definir se o ufólogo Vitorio Pacaccini, autor da obra “Incidente em Vargina”, havia cometido alguma forma de ilícito penal (crime) em suas colocações em defesa do caso e contra o acobertamento da história. Pacaccini, entre outras declarações no conteúdo da obra, havia chamado de farsa a sindicância militar, que havia precedido o próprio IPM, mediante a qual o Exército havia tentado identificar nossos possíveis informantes militares.
Uma de nossas fontes militares realmente deixou claro que parte dos procedimentos dessa sindicância não passavam de uma tentativa de ter documentos assinados pelos depoentes (militares da ESA) negando, inclusive, terem tido qualquer contato com Rodrigues e Pacaccini. Dentro dessa mesma perspectiva, o comando da ESA teria documentação assinada por cada um dos “suspeitos” de estarem vazando informações, revelando que na verdade estavam nos dias e horários das principais ocorrências do caso em outros locais, realizando atividades diferenciadas.
Mas o ponto que deve ficar aqui registrado por meio dessa postagem, é o fato injustificável e fora de propósito, justamente da autoridade militar maior, que conduzia o IPM, fazer a solicitação de sigilo. Qual seria o motivo para isso? Essa questão chama atenção para uma outra óbvia: porque um dos dois principais investigadores do caso aceitaria ou concordaria em não passar para a mídia, a imprensa em geral, a existência daquele procedimento, se o potencial “réu”, o autor da obra que foi indiciada e deu origem ao IPM, Vitório Pacaccini, era seu principal parceiro e daria seu depoimento logo nos dias seguintes?
Cada um de vocês que está lendo essa postagem consegue imaginar o que teria acontecido se o doutor Ubirajara Rodrigues ao sair da ESA (a instalação do Exército), tivesse reunido a mídia para informar o que estava acontecendo dentro da Escola de Sargento das Armas envolvendo não só o Caso Varginha, mas justamente o livro, cujo autor tinha conseguido as primeiras testemunhas militares, inclusive dentro das próprias fileiras do Exército Brasileiro?
Mais do que isso: se antes do seu próprio depoimento essa mesma mídia já tivesse sido comunicada pelo mesmo ufólogo, que havia sido “convidado” como testemunha do Inquérito Policial Militar para prestar esclarecimentos? A história por trás dessas interrogações é uma das mais explosivas não só do Caso Varginha, mas da própria Ufologia Brasileira.
Cada uma dessas questões será respondida de forma objetiva quando eu e meu parceiro, o ufólogo Fernando Ramalho, nas próximas semanas, depois dessas postagens preparatórias, começarmos a revelar o lado mais obscuro do que aconteceu no Sul de Minas Gerais. Essas questões fazem parte de um mesmo contexto, de uma linha de ação colocada em prática dentro de um processo que envolveu diretamente a área da Inteligência Militar, especificamente do Exército Brasileiro.
Por Marco Petit
Ufólogo e escritor autor de 14 livros que abordam diferentes aspectos da Ufologia, incluindo a obra “Varginha – Toda Verdade Revelada”. Petit ainda é coeditor da revista UFO e membro fundador da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).
Consultoria jurídica: Dr. Flori Tasca (OAB-PR) e Luiz Azenha (OAB-RJ).
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