Quando encerramos o ano de 2007, com uns 140 reportes UFO na Argentina, somados ao chamativo encontro com 4 entidades humanóides dos policiais de Irene, vislumbrávamos a possibilidade de que a atividade continuasse durante o 2008. Mas realizando a análise de nossa Hipótese Decimal (HD) surgiam claramente enormes chances de que se desenvolva uma escalada de pratos em nosso território com ampliação a países vizinhos, e assim o fizemos conhecer através do “Último Momento” de nossa página Web CIÊNCIA OVNI.
O que é uma onda? – É um incremento notável de aparições UFO numa área ou país determinado durante certo tempo. Dita avalanche vem acompanhada de todo tipo de eventos: observações em massa, encontros do tipo III, aparição de marcas de pousos, UFOs anfíbios ou OSNIS, fotos e filmagens, passagens de bólidos e misteriosas explosões aéreas, avistamentos de naves mães, quedas de artefatos espaciais, etc.
As ondas argentinas – Em nosso Banco de Dados, período de 1947 – atualidade, com 4500 casos UFO argentinos, surgem nitidamente as épocas das ondas. Assim por exemplo, nem bem apareceu o Fenômeno em nosso país, em 10 de julho de 1947 em La Plata, apenas 16 dias depois do avistamento de K. Arnold, os períodos de escaladas se centraram a cada três ou quatro anos: 1947-1950-1954- 1958/59-1962- 1965 e 1968. A partir daí perde-se a regularidade e então temos ondas em 1974/75-1978- 1985/89-1995- 1998/99-2002 e 2005/06, ou seja, não há lugar para extrair constantes nos ciclos. Daí, que para muitos ufólogos “vivemos num período de constantes escaladas UFO”. Como anedota, muitas ondas “coincidem” notavelmente com as famosas oposições marcianas, mas isto merece estudos posteriores. Até começo da década de 1980, os informes UFO que geravam as ondas, provinham em um 80% da imprensa e apenas 20% dos investigadores, os quais não éramos tantos. Se um ano superava ou se aproximava dos 100 reportes que bem poderia ser incluído num ano de onda. Portanto, imagine-se o saboroso que devem ter sido aquelas ondas de 1962-1965 e 1978… e nem o que falar de 1968, que superou os 200 incidentes em épocas em que os celulares, as câmeras digitais e a internet pertenciam ao mundo da ciência ficção! Que pena a casuística ”perdida” outrora, ou seja, a não reportada nem a médios de comunicação nem a investigadores.
Hoje em dia, uma onda como a de 1968 abarcaria facilmente entre 400 e 500 acontecimentos anuais. Agora bem, a partir das últimas décadas, a situação se reverteu e então as tabelas anuais estão formadas por um 80% de informes dos próprios ufólogos e os outros 20% pelos médios de imprensa… e é aqui onde sobressai a tarefa dos investigadores, permanentes procuradores e coletores de informação em todos os cantos. Assim formou-se e forma-se a casuística UFO: com milhares e milhares de casos armazenados com análise para todos os gostos. Toda a história resumida da Ovniologia nesta região do globo está aí, e obviamente que em outros países acontece a mesma coisa com mais ou menos acontecimentos. Lembro que lá pelo ano de 1997 o recordado Gullermo Roncoroni contestou a Hipótese Decimal numa extensa nota que me fez a prestigiosa revista “Conozca Más” no seu número 100, pois ele objetava que os próprios investigadores chegam e geram ondas, já que a atividade UFO se incrementaria onde “funciona” um grupo investigador, fazendo este as vezes de catalisador. Minha discrepância mora em que a função do investigador é também atuar como estímulo na sua região para que a população denuncie o que vê e perca certo temor de ir a um médio de imprensa, como muitas vezes acontece.
Assim, temos que o Uritorco “não nasceu” com a famosa marca do Pajarillo (1986), já que anteriormente existiam notícias da atividade UFO regional, mas ao aparecer na grande imprensa e não com a chegada dos grupos e estudiosos à região, logicamente que aumentaram notavelmente as denúncias de avistamentos. Igual posição cabe a Victoria (Entre Rios), que a partir da filmagem de Ramón Pereyra e a posterior chegada do grupo Visión OVNI de Silvia Perez Simondini resgata uma atividade UFO desconhecida para a imprensa e os investigadores. E o mesmo aconteceu com a província de La Pampa. Lembro-me que quando cheguei pela primeira vez a essa encantadora província, fui à Delegacia Provincial de Polícia e ali, muito amavelmente, mostraram-me pastas e pastas de fatos UFOs onde a polícia autuou perante os reportes da população. Com a chegada do desaparecido grupo local SIOVNI de “Quique” Mario e a posterior chegada da atual CEUFO e depois do CIUFOS de Raul Chaves, desatou-se uma avalanche de episódios que estavam guardados na memória dos habitantes e estes, hoje em dia, são os que reportam suas visões a estes grupos, que convertem a La Pampa numa província chave em matéria de observações e encontros próximos… algo parecido nos aconteceu com a FAO quando chegamos a Governador Ugarte (Buenos Aires) lá por 2002 e além de que os acontecimentos continuam periodicamente, reunimos uma considerável quantidade de acontecimentos regionais que não estavam em nenhum livro.
De fortalecer-se a opinião de Roncoroni teríamos que ter ondas hoje em Paraná (Entre Rios), onde mora Gustavo Fernandez ou em Rio Ceballos (Córdoba) onde mora Angel Diaz ou em Rufino (Santa é) onde funciona o IFOR ou em Rio Cuarto (Córdoba) onde encontra-se desde sempre Mario Bracamonte com o COR e Norberto Medina com o CONEX ou em La Banda (Santiago del Estero) terra do grupo AEIFOAB ou em Mar del Plata (Buenos Aires) onde faz anos está radicado Carlos Ferguson, e assim etc. e etc. Com respeito a isto último acontece um fato contraditório a se levar em conta, pois Mar del Plata antes da chegada de Carlos Ferguson, era vital em observações, alcançando seu pico lá pelos anos de 1960 e 1970. Com a instalação do grupo CIOM e depois com a RAO com seus inúmeros congressos, a casuística “não aumentou” como deveria ter acontecido segundo Roncoroni. Na FAO temos disseminados dezenas de colaboradores e correspondentes em nosso país e muitos deles em lugares muito distantes dos grandes centros, então teríamos que ter um reporte atrás do outro!… e não é assim. Ao nosso entender, um ufólogo ou grupo NÃO GERA ONDAS.
A primeira vez – Este atrevido modelo de predição, que não deixa de ser uma hipótese mais de trabalho, contem pontos a favor e certamente pontos em contra. Quando difundi pela primeira vez no reconhecido jornal “Clarin”, nas edições de 1 e 4 de fevereiro de 1985, imediatamente fizeram-se eco muitos médios de imprensa nacionais e internacionais, já que anunciava-se “uma iminente escalada de pratos” para o segundo semestre do ano e com variedade de detalhes: horários, lugares, datas, etc. Desde 1978 que a Argentina não suportava uma onda significativa. O vaticino, pois, foi atificado l&aac
ute; pelo mês de junho, apesar de que os UFOs ainda brilhavam pela ausência… até que chegou o mês de agosto e um alude de reportes UFO provinham de todas as províncias argentinas: tinha chegado a famosa onda! E em plena época de recepções de casos foi fiel testemunha o colega Gustavo Fernandez (grupo IPEC por esse então) quem em 26 de outubro organizava no Savoy Hotel de Buenos Aires o 15º Congresso Argentino de Ovniologia, para o qual fomos convidados e desenvolvemos novamente a HD. A chamativa atividade não identificada prolongou-se até os primeiros meses de 1986.
Que diz a hipótese? – Sustentada pelo Banco de Dados FAO, período 1947-2008, com 4500 casos argentinos, se baseia em dois pontos fundamentais:1) Uma boa parte do fenômeno, localizado entre o 40% e o 50% dos casos VOLTA AO LUGAR DOS FATOS, seja aos poucos dias, semanas, meses ou anos. Ou seja, retorna ao lugar já visitado ou às proximidades (assim como “o assassino volta ao lugar do fato consumado”).2) Dessa franja de reincidências, uma chamativa percentagem o cumpre em ciclos de DEZ ANOS.(Tanto para o ponto anterior como para este há que se levar em conta que um potencial percentual se dilui nos casos “perdidos”, ou seja, aqueles que nunca foram reportados ou aqueles dos que ficamos sabendo muito tempo depois de terem acontecido).Por exemplo, um UFO avistado num determinado lugar em 1968 retornará ao lugar visitado em 1978 ou 1988 ou 2008, mas RETORNARÁ… Estes ciclos se bem aproximam-se ao período da atividade solar cada 11 anos não tem relação com ele mas possuem pontos em comum, mesmo que mínimos, com os ciclos do trabalho do Licenciado Angel Diaz. Agora bem, de acordo com a quantidade de casos contidos num ano, pode-se assinalar um vaticínio de onde ou não acontecerá, para suas décadas posteriores. Portanto, com o anúncio de 1985 (que registrou 70% de efetividade) nos baseamos na extraordinária onda de 1965 e ao significativo número de informes de 1975. Como era de se supor, as seguintes décadas, 1995 e 2005 apresentaram casos de qualidade e quantidade…
E para 2008? – Segundo nossos cálculos de probabilidades, teriam que se ver maior quantidade de UFOs em:
a) Região patagônica: províncias de La Pampa, Rio Negro e Neuquén (atenção para esta última).
b) Província de Buenos Aires, especialmente na região costeira.
c) Região litoral: maiores incidências em Entre Rios e Santa Fé.
d) Região central: principalmente em Córdoba.
e) Região Norte e Nordeste: Tucumán e a levar muito em conta a Salta.
Os horários dos avistamentos seguem o padrão mundial, sito na franja das 21h às 2h.Os meses preferenciais seriam de junho a novembro.Os dias corresponderiam mais à segunda quinzena de cada mês.As aparições UFO argentinas poderiam transcender a países limítrofes.O número final de registros teria que superar os 200 casos UFO!
E para o futuro? – Se bem depois de toda onda vem um período de tranqüilidade e segundo a projeção, o de 2009 NÃO DEVERIA DE SER PROLÍFICO quanto a observações UFO, pois 1969, 1979 e 1989 não foram caracterizados por serem anos importantes, há dois itens que não devemos deixar passar: 1959 teve um acréscimo de valor para a época e 1999 trouxe um grande número de aparições que quebrou todos os esquemas do mais crédulo: 190 acontecimentos! ano que catalogamos como “A onda que ninguém viu…” um pouco relacionado com o desenterro da onda espanhola de 1969 por parte de Antonio Ribera.
Resumindo, a HD aplica-se a todos os anos. Tem-se que regredir a décadas anteriores, observar o número de casos e avaliar posteriormente se o ano escolhido ou aquele do qual gostamos, poderia chegar a ser o de uma onda ou não, e em que regiões argentinas haverá mais possibilidades de se contemplar a passagem de UFOs. Veremos… se podemos chacoalhar a sociedade que ainda permanece impávida apesar de que sobre suas cabeças sobrevoa “algo” não identificado ainda.