A existência de outros universos é hoje concebível pela cosmologia e a existência de um hiperespaço onde se abrigam dimensões extras deixou o campo da ficção científica para ser considerada com seriedade pelos estudos de vanguarda da física moderna. No entanto, a ciência ainda está engatinhando na descoberta e compreensão da multidimensionalidade cósmica e sua metodologia de busca limita-se a experimentos realizados em poderosos aceleradores de partículas, como o LHC, em Genebra, na Suíça. Como arqueólogos que meticulosamente escavam um terreno procurando por vestígios de uma civilização desaparecida, físicos examinam o resultado das colisões de partículas aceleradas por altas energias em busca de sinais fugazes de que além de nosso universo tridimensional se escondem outros universos ou dimensões espaciais.
Contudo, evidências de uma dimensão espacialmente superior podem ser encontradas não apenas nos recantos microscópicos do mundo subatômico, mas também em escala macroscópica. Exemplo disso são os fenômenos de apport. Bem conhecidos da parapsicologia, eles se caracterizam pelo teletransporte de objetos variados, que desaparecem de um local e reaparecem em outro — algumas vezes, como já observado em experimentos, sendo retirados ou introduzidos em recintos hermeticamente fechados.
O fenômeno não ocorre por meio de um processo de materialização e desmaterialização, o que implicaria em conversão de massa-energia e vice-versa, como pensam alguns, e não há qualquer alteração na estrutura atômica do objeto e sua transferência acontece, ao que tudo indica, por meio de uma dimensão mais elevada do espaço. Esses fenômenos foram observados e comprovados já no século XIX pelo astrônomo e físico alemão Friedrich Zollner, e posteriormente por outros cientistas, como o eminente físico Eric Davis, que, em 2004, chegou até a elaborar um relatório sobre teletransporte para a Força Aérea Norte-Americana (USAF).
Apports e portais dimensionais
Esses eventos tornam-se muito mais impressionantes quando envolvem o deslocamento de pessoas que são teleportadas instantaneamente de um local para outro, às vezes distantes, como em alguns casos registrados. Não se sabe que condições podem gerar e o que pode provocar tais fenômenos. Algumas vezes pessoas dotadas de poderes paranormais parecem ter capacidade de produzir os apports e de servirem como catalizadores para que o fenômeno ocorra. Para o já citado físico Zollner, seres de um mundo invisível ou espíritos, operando a partir de uma quarta dimensão, seriam os responsáveis.
Podemos também pensar em outra possibilidade, principalmente quando falamos sobre o teletransporte de pessoas, veículos, embarcações e aeronaves que, em alguns casos, desaparecem e não retornam. Trata-se da ocorrência de uma ruptura ou abertura no tecido do espaço-tempo. Essas “portas” ou “portais” podem ser denunciados por anomalias temporais e eletromagnéticas presentes em determinadas regiões, onde acontecem desaparecimentos e outros fenômenos estranhos. O Triângulo das Bermudas — uma dessas áreas — é famoso por ser palco de eventos insólitos e desaparecimentos. Mas há indícios de que existam muitos outros locais com características semelhantes, abrangendo áreas de diferentes tamanhos e em diferentes pontos do planeta.
Portais podem também, e por motivos que desconhecemos, surgir ocasionalmente em locais onde antes não existiam. Embora o aparecimento ou formação de uma porta dimensional não seja compreensível nem tratável pelas leis físicas que regem os fenômenos naturais conhecidos, talvez eles façam parte da dinâmica energética natural de um cosmos cuja estrutura é multidimensional.
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