Em fevereiro de 2017 o anúncio da descoberta do sistema solar Trappist-1, situado a cerca de 40 anos-luz de nós, revolucionou a astronomia dos exoplanetas. Essa anã vermelha 2.000 vezes menos brilhante que o Sol é acompanhada por sete planetas, todos rochosos e de tamanhos similares ao da Terra, alguns menores e outros maiores. Entre esses mundos Trappist-1e, f e g orbitam na região habitável da estrela, permitindo que sua superfície tenha água líquida, essencial à vida como a conhecemos, lembrando que os elementos de nossa biologia como carbono, hidrocarbonetos e a própria água são extremamente abundantes no Universo e, portanto, é lógico que há maiores chances de encontrar vida extraterrestre baseada nessas substâncias. Além do mais, vida semelhante à nossa seria mais facilmente reconhecida como tal.
Em estudo publicado no periódico Astronomy and Astrophysics, cientistas da Universidade de Berna, na Suíça, analisaram dados obtidos pelos telescópios Hubble, Kepler e Spitzer, todos da NASA, para calcular precisamente as órbitas dos sete mundos e a influência gravitacional de um sobre o outro. Conforme explica Simon Grimm, do Centro para Espaço e Habitabilidade da mencionada instituição: “No sistema Trappist-1 os planetas estão muito próximos e perturbam as órbitas uns dos outros. Isso causa uma pequena mudança nos tempos em que ocorre cada trânsito”. Um trânsito é a passagem de um planeta diante de sua estrela, do ponto de vista do telescópio, podendo então ser medida a órbita desse mundo graças ao tempo que o trânsito demora a se repetir e suas dimensões pelo tanto de luz estelar bloqueada a cada passagem. Os cientistas então construíram um modelo de computador do sistema e conseguiram obter uma estimativa das massas dos planetas. Conhecendo-se seus tamanhos puderam deduzir suas densidades e até composições.
Eles reforçaram a possibilidade de os mundos c, d e e serem habitáveis, enquanto os mundos b, o mais interno, e c provavelmente possuem interiores rochosos e atmosferas mais densas que a da Terra. Trappist-1d é o mais leve, com 30% da massa terrestre e pode possuir uma grande atmosfera, uma camada de gelo ou até um oceano. O mundo e é possivelmente rochoso com uma camada gasosa tênue, e f, g e h, mais distantes da estrela, são provavelmente cobertos de gelo. Trappist-1e é o planeta mais parecido com a Terra, recebendo quase a mesma quantidade de radiação, além de ter tamanho e densidade similar. É o mundo onde é mais provável que exista água na superfície e o estudo aponta que os cinco planetas mais leves podem conter 250 vezes mais água do que existe na Terra. Conforme diz Sean Carey, gerente do Centro de Ciências do Spitzer do Instituto Caltech da Califórnia: “Sabemos mais sobre Trappist-1 do que qualquer outro sistema exoplanetário. Nosso estudo refina de forma dramática o entendimento sobre a natureza desses mundos misteriosos”. Os astrônomos são unânimes em afirmar que descobertas ainda mais espetaculares devem acontecer a respeito do sistema de Trappist-1 nos próximos anos, com a entrada em serviço de uma nova geração de instrumentos, em terra e no espaço.
Descoberta de sete exoplanetas revoluciona busca por vida alienígena
Estudo aponta que planetas do sistema Trappist-1 podem ter retido grande quantidade de água
Exoplaneta Proxima b pode realmente abrigar vida alienígena
Planeta alienígena a 1.200 anos-luz é fotografado
Planeta habitável é encontrado próximo a nosso Sistema Solar
Saiba mais:
Livro: Dossiê Cometa
DVD: Planetas Alienígenas
A ciência tem comprovado, em um ritmo cada vez maior, que apenas em nossa galáxia existem bilhões de planetas com possibilidade de abrigar vida. Destes, é enorme a quantidade de mundos que podem conter vida inteligente em seus sistemas, sociedades que apenas esperam ser encontradas. Este DVD confirma que o cosmos está repleto de vida inteligente, fazendo ser apenas uma questão de tempo que nós, terrestres, conheçamos nossos semelhantes lá fora. E este conhecimento será transformador para a população mundial.