No segundo semestre de 1977 uma onda ufológica poucas vezes igualada assolou vários municípios do Pará, estendendo-se de acordo com alguns relatos até estados vizinhos como o Maranhão. As localidades mais afetadas foram Colares, Mosqueiro e Ananindeua, nas proximidades da capital Belém. A população local estava em pânico diante dos fatos, já que as misteriosas luzes no céu lançavam raios nas pessoas, deixando dois orifícios paralelos semelhantes a marcas de agulhas nas vítimas. Conforme o relato da médica Wellaide Cecim, na época diretora da Unidade de Saúde de Colares, as pessoas apareciam sentindo anemia, tontura e febre, além de exibir marcas de queimaduras de primeiro grau.
O pânico tomou conta das comunidades e as luzes logo foram apelidadas de chupa-chupa ou luz vampira. O jornalista Carlos Mendes, que cobriu a impressionante onda ufológica na ocasião, afirma: “Nunca me esqueci do pânico estampado no rosto das pessoas que diziam ter sofrido ataques por luzes que desciam dos céus e extraíam sangues delas”. Quando chegava a noite as pessoas acendiam fogueiras, batiam latas e soltavam rojões na tentativa de afugentar os intrusos. Outros optavam por rezar e diante desse cenário o prefeito de Colares pediu auxílio à Força Aérea Brasileira (FAB). Então o chefe da 2º Seção do Comando Aéreo Regional (Comar) 1, coronel Camilo Ferraz de Barros, ordenou que o capitão Uyrangê Hollanda liderasse uma equipe para averiguar os acontecimentos.
Hollanda era comandante do Para-Sar, esquadrão de elite especializado em operações de busca e salvamento, e por quatro meses ele e seus homens entrevistavam as testemunhas de dia e se revezavam a noite para tentar observar os intrusos, munidos de binóculos, filmadoras e máquinas fotográficas. Por semanas o cético capitão afirmava ter observado somente luzes, mas finalmente chegou a ocasião em que ele e seus homens estiveram frente a frente com um objeto imenso, de cerca de 100 metros de comprimento, que estacionou na posição vertical a somente 70 metros da embarcação dos militares, no rio Guajará-Mirim. Descrito como uma bola de futebol americano longa e pontuda, o UFO foi fotografado e filmado pelos militares, e em uma abertura em sua superfície similar a uma janela eles observaram o que pareceu ser um tripulante da imensa nave.
TÉRMINO DA OPERAÇÃO PRATO, UMA QUESTÃO AINDA SEM RESPOSTA
Em 05 de dezembro de 1977 Hollanda apresentou esses fatos ao brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, comandante do Comar 1. As informações dão conta de que o brigadeiro não se impressionou e ordenou o término da Operação Prato, decisão que até hoje é motivo de intensa polêmica na Ufologia Brasileira. O editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd, que ao lado do coeditor Marco Petit realizou a histórica entrevista com o já coronel Uyrangê Hollanda em agosto de 1997, afirma: “Infelizmente, todos os militares que participaram da Operação Prato já morreram. O último, aliás, foi o capitão Hollanda. A Aeronáutica afirma que todas as informações relativas à Operação Prato já foram disponibilizadas, mas não acredito nisso”.
O fato é que Hollanda, na entrevista publicada nas edições 54 e 55, e republicada na edição 101 da Revista UFO, afirmou que a Operação Prato obteve mais de 500 fotos e 16 horas de filmagens nos formatos Super-8 e Super-16, além das 2.000 páginas de relatórios. Contrariamente ao que afirma a FAB, somente parte desse material foi liberado e os pesquisadores ainda aguardam a totalidade das fotos e filmagens. Carlos Mendes, que irá apresentar a conferência “Novas Revelações Sobre a Operação Prato” no XXI Congresso Brasileiro de Ufologia em Campinas, de 22 a 24 de setembro próximos, acrescenta: “Depois que os fatos ganharam as manchetes dos jornais, militares da Aeronáutica tentaram controlar a imprensa. Diziam que nós, repórteres, estávamos agindo com sensacionalismo e que as notícias publicadas só serviam para causar pânico”. É improvável que os responsáveis por analisar os arquivos da FAB ainda por serem liberados mantenham esse ponto de vista, mas o fato é que resta muito para ser conhecido a respeito da Operação Prato.
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Saiba o que há por trás da política de acobertamento do Fenômeno UFO mantida por nossas autoridades. Esta obra expõe casos ufológicos de gravidade ocorridos no Brasil, que permanecem até hoje sob sigilo. UFOs: Arquivo Confidencial – Um Mergulho na Ufologia Militar Brasileira também mostra os bastidores do Caso Varginha e apresenta as linhas de ação militar para a captura e transporte dos seres extraterrestres, além da intervenção de autoridades norte-americanas no processo. O autor, Marco Antonio Petit, é um dos mais conhecidos e respeitados ufólogos brasileiros, coeditor da Revista UFO há 20 anos e autor de várias obras sobre a presença alienígena na Terra.