A etnia Hopi é uma tribo de nativos dos Estados Unidos que vivem principalmente nos estados do Arizona e Colorado, cuja mitologia tem muitos pontos que se aproximam da Ufologia, principalmente da linha ufológica que abraça a Teoria dos Antigos Astronautas. Para aqueles que não estão familiarizados com o termo, essa vertente do estudo fala sobre a presença de seres extraterrestres no passado remoto da humanidade e tem no escritor Erich von Däniken o precursor de suas ideias. Os casos deste povo fascinam e encantam.
Os hopi acreditam que toda a humanidade é irmã e entre todos os povos da Terra haveria uma sintonia muito especial com o povo tibetano, que está geograficamente a exatos 180° da Reserva Hopi, onde vivem, ou seja, literalmente do outro lado do mundo. Os pesquisadores não acreditam que isso seja apenas coincidência. Segundo as tradições dos hopi, a origem da humanidade está nas estrelas e todos viemos de uma mesma fonte cósmica. Ainda de acordo com sua cosmologia, nosso planeta está em seu quarto estágio de desenvolvimento, sendo que ao chegar ao sétimo alcançaríamos o equivalente ao paraíso.
Segundo aquilo que acreditam, cada um dos estágios da Terra termina de forma violenta. O primeiro sucumbiu ao fogo, o segundo ao gelo e o terceiro à água, em uma narrativa que se aproxima daquela do Dilúvio bíblico. No entendimento dos hopi, nós estamos chegando ao final do quarto estágio, cujo estertor será a visão de Kachina, uma estrela azul que fulgurará no céu, inclusive durante o dia, e que também marcará o retorno de um dos nossos criadores.
O ritual hopi
Essa mitologia lembra a de muitos outros povos que habitam a Terra, com os quais, até onde sabemos, os hopi jamais tiveram contato. Ainda assim, as histórias resvalam umas nas outras, indicando que talvez tenham tido uma origem comum. Para representar seus símbolos mitológicos, os nativos dançam e confeccionam máscaras e bonecas, que também são chamadas de Kachina — a função dos rituais é justamente contar a história do passado e também daquilo que nos espera no futuro, além de homenagear os deuses.
Um de seus principais rituais ocorre quando, subindo ao amanhecer desde as sombras subterrâneas de suas casas, ou kivas, os hopi, usando máscaras dos deuses também chamados kachinas, entram na praça ensolarada da cidade mais antiga da América do Norte. Eles caminham em fila única como uma entidade, no ritmo constante de um tambor. Uma curva de espíritos dançarinos se forma rápido no espaço criado pelos grupos de habitações de alvenaria: um círculo sagrado dentro da praça, uma roda girando em perfeita sincronia com os ritmos das estações ao redor do coração comunal da cidade de Oraibi.
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