A estrada que liga o Aeroporto de Salvador à Vila de Arembepe e que hoje se estende pelo Litoral Norte, conhecida como a Linha Verde, praticamente não existia em 1968. Ou melhor, era uma estreita pista de terra, que na época das chuvas se transformava numa perigosa aventura. Poucos quilômetros antes de chegar a Arembepe, junto à TIBRÁS (Fábrica de Dióxido de Titânio), está localizado o Condomínio Parque Interlagos, rincão bucólico de praias privativas e desertas, lagoas e canais, onde empresários, médicos e profissionais liberais possuem casas de veraneio.
No dia anterior ao fatídico incidente, um vigia relatou que tinha visto uma luz em forma de charuto atravessando, silenciosamente, a área do condomínio. No outro dia, perto das 19h45, a esposa, os filhos e o motorista do empresário F. saíram de Interlagos em direção a Salvador, onde moravam. Antes, porém, decidiram que iriam passar na Vila Arembepe para comprar alguns peixes. O trajeto pela estrada de terra consumia mais ou menos meia hora, e do aeroporto à casa, mais 25 a 30 minutos, o que significava que levariam cerca de uma hora para chegarem ao destino.
Uma família inteira, com exceção do pai, foi abduzida por algumas horas no litoral do Nordeste. Até hoje a verdade sobre como isso se deu não veio à tona, chegando ao ponto de todos, obedecendo as ordens do pai, irem para EUA com o intuito de manterem-se longe da especulação e curiosidade popular, em nome da posição de destaque que a mesma ocupa na sociedade de Salvador
Mas um contratempo fez com que a família demorasse muito mais do que o tempo previsto, retornando somente depois das 23h00. Algo de muito estranho, observado no meio do caminho, chocou todos os membros daquela família. Contudo, obedecendo às ordens do senhor F., nenhum deles poderia falar nada a respeito. Ele proibiu terminantemente que o caso fosse divulgado pela Imprensa. O acesso a maiores detalhes do caso só foi permitido através de uma terceira testemunha.
PESADELO — Mais tarde, descobriu-se que a história se deu da seguinte forma: após comprarem os peixes em Arembepe, seguiram de carro rumo à capital baiana. As crianças, que brincavam no interior da rural Willys, começaram a gritar que um helicóptero estava os seguindo. Foi aquele alvoroço! Cada uma delas supunha uma explicação para o que estavam observando. Uma delas disse que “era um disco voador e tinha perninhas”.
Conforme o que nos contou o motorista A. S., a confusão criada pelos meninos fez com que ele se distraísse por um segundo e o carro desligasse de repente, voltando ao funcionamento normal apenas alguns instantes depois. Atordoado, o motorista se deu conta que havia saído da estrada, e na escuridão não enxergava o já conhecido caminho por onde sempre passava todos os finais de semana.
O carro, conforme pudemos apurar, tinha se deslocado quase 50 m fora da pista e adentrado em uma grande vegetação. Ali permaneceram perdidos cerca de alguns minutos, até que A. S. descobriu a saída e partiram rapidamente. Tal situação provocou uma mudança repentina no comportamento dos componentes do veículo: as crianças ficaram sonolentas e choramingas e a senhora F. muito tensa.
“Posteriormente, refizemos várias vezes o mesmo caminho, cronometrando cuidadosamente todos os trechos e, inclusive, parando para conversar com o pescador que nos fornecera os peixes, com a intenção de acrescentarmos esse tempo aos cálculos. Somente na terceira vez, graças a um amigo comum, A. E. – que nos acompanhou até o local –, foi que conseguimos descobrir em que ponto da estrada o carro tinha se desgovernado”, declarou o motorista. Aliás, aquele era o único ponto viável do percurso, já que em torno da estrada havia muitos terrenos, a maioria alagados ou com desníveis que o veículo não poderia ter ultrapassado. O local ficava a quase 50 m da pista e dentro daquele espaço, mesmo de dia, um carro tornava-se absolutamente invisível. Na parte plana do terreno, o capim e o mato eram bastante altos e, portanto, quase improvável achar o caminho de volta à estrada. E se A. S. tentasse manobrar o veículo no interior da moita, correriam o risco de maiores acidentes.
OMISSÃO DE INFORMAÇÕES — Mais tarde, tentamos conversar com o senhor F., mas o mesmo se recusou a comentar o caso e também não permitiu que entrevistássemos qualquer outro membro de sua família. Hoje, a história pôde ser contada assim, com detalhes, porque já faz anos que não mantenho mais contatos com a família. Por consideração à posição social do empresário, até mesmo as iniciais dos nomes foram alteradas. Se, por acaso, ele tomar conhecimento desta matéria, tenho certeza de que nada poderá reclamar, pois procuramos contar somente as informações que pudemos descobrir e avaliar durante todo esse tempo. Talvez, ele possa pedir desculpas pela omissão de informações nas diversas tentativas que fizemos para falar com as vítimas. A única maneira de ficarmos sabendo a verdade é através de uma regres-são hipnótica, a qual, evidentemente, está fora de cogitação, devido às razões pouco convincentes do empresário que preferiu (e ainda prefere) manter tudo em segredo.
Meteoros caem em seqüência, num fato misterioso
Na notícia veiculada pelo jornal Gazeta de Sergipe, de 29 de agosto deste ano, que relata a provável queda de um gigantesco e misterioso meteoro, encontramos alguns dados bastante curiosos referentes à sua velocidade. O professor do Observatório Antares, José Carlos dos Santos, estimou a velocidade do UFO em 300 km/h. Parece um pouco lenta para uma rocha pesada, de mais ou menos 2,5 m de diâmetro, em queda livre. Em sua passagem, o objeto cósmico irradiou uma grande onda de calor, antes de se precipitar no mar a 20 km de Ilha Grande (SE), provocando uma enorme explosão.
Na noite de 12 de outubro passado, algumas pessoas que iam do interior para Salvador, ao passarem pela Ilha de Itaparica, próxima à localidade de Barra Grande, viram passar uma enorme luz parecida com uma bola de fogo na direção oeste. Logo atrás, vinha outra de tamanho menor e entre ambas havia um rastro de fumaça. A impressão que se tinha era de uma aeronave em chamas. De repente, a luz da frente aumentou de intensidade, sem barulho algum.
Várias luzes emanadas pelo UFO maior formaram uma nuvem tênue em volta do mesmo. Era aproximadamente 01h30. No dia seguinte, dois vigilantes de uma empresa de segurança viram um fenômeno idêntico – com as mesmas características e direção – sobre a localidade de Lauro de Freitas, em Salvador. Na madrugada do dia 14, por volta da 01h30, na localidade de Itaitê, na Chapada Diamantina, o senhor Stênio de Souza, em companhia de outras pessoas, testemunhou durante oito segundos outro incidente semelhante aos anteriores. Uma bola vermelha provocou um imenso clarão no céu. Sua velocidade regular mantinha ao seu lado outra luz branco-azulada, porém bem menor.
ILHAS DO ATLÂNTICO — Esta, que parecia ter sido sugada pela anterior, produziu uma explosão que não emitiu ruído. A luz da frente aumentou de intensidade muitas vezes, e logo se formou uma nuvem tênue e luminosa ao seu redor, da qual saiu uma chuva de faíscas. Nesse momento, a bola maior diminuiu, mas continuou planando em direção ao horizonte. Outra testemunha que se encontrava na região, o motorista Juvenal, observou o mesmo objeto. Curiosamente, foi observado o mesmo fenômeno, no mesmo horário e direção, nas localidades baianas de Araçás, Alagoinhas, Entre Rios e Mata de São João. Seguindo essa trajetória, o objeto sobrevoou também diversas ilhas do Atlântico, sendo visto, inclusive, em Monte Serrat, Rio Vermelho e Amaralina (bairros localizados no extremo oposto da cidade de Salvador).
A equipe de reportagem da TV Bahia contou que recebeu a primeira notícia sobre a possível queda de um avião às 05h00 da manhã. Acionada, a unidade de jornalismo móvel não conseguiu apurar nada junto à Base Aérea de Salvador, Infraero e Polícia Rodoviária. Esta última acrescentou ainda que não viu aviões sobrevoando a região. No entanto, existem algumas distorções quanto à rota seguida pelo objeto. Algumas testemunhas do episódio, um casal que mora em Monte Serrat, um radialista e um comerciante, apontaram a direção leste como sendo a trajetória do estranho UFO. Mas afinal, será que os meteoros podem manobrar, escolhendo o local em que vão cair? As evidências indicam que não.