A Ufologia está em luto pela morte de Betty Hill, personagem do primeiro caso de contato direto com extraterrestres ocorrido nos EUA, que teve realmente repercussão inclusive nos meios científicos. A triste notícia nos foi dada por Alberto Francisco do Carmo, consultor do Centro de Investigações e Pesquisas de Fenômenos Aéreos Não Identificados (CIPFANI). Confira a seguir um artigo de Alberto, onde o autor conta um pouco da história dos Hill. O mesmo foi publicado originalmente no Jornal Ufológico de BH, nº 4, e último de 1984. O texto acompanha uma entrevista com a famosa contatada.
Betty Hill revisitada
Por Alberto Francisco do Carmo
Barney e Betty Hill, casal seqüestrado pela tripulação de um UFO em 1961, nos EUA. O caso, entretanto, só repercutiria a partir de 1965 até 1968, quando se publicaram os resumos e opiniões sobre esta fantástica experiência. Para os leitores que não a conhecem bem, recomendamos a leitura do livro de John G. Fuller, A Viagem Interrompida, da Editora Record. É um excelente livro, que prende da primeira à última folha.
Resumindo a história
Barney e Betty Hill era um casal ímpar, se os considerarmos dentro da sociedade americana: ele negro, ela branca. Mas como um casal em si, eram pessoas normais voltando de uma viagem de férias no Canadá, rodando com seu carro pelas estradas de New Hampshire na madrugada de 19 de setembro de 1961. Subitamente a aventura começou. Mas tudo o que restou dela foram fragmentos. Barney lembrava-se de ter visto o UFO pousar no campo enluarado, ao lado da rodovia deserta. Mas lembrava-se de ter saído, tomado seu binóculo e olhado para a nave ainda no ar. Recordou-se de ter visto vultos de tripulantes, de ter entrado em pânico e corrido para o carro gritando, “eles vão nos capturar, eles vão nos capturar”. Algo “dizia” isso em sua cabeça.
Tomou o volante, pisou no acelerador e arrancou com violência, enquanto Betty inclinava-se para fora, sentindo a nave exatamente sobre eles. Nisto, um som de alerta começou a vir da porta traseira do carro. Barney e Betty sentiram-se letárgicos, depois sonolentos. Depois… “branco”! A umas 30 milhas (48 km) de Indianhead, também lembravam-se, o “bip-bip” recomeçara. Com ele veio uma gradual volta ao estado de vigília e consciência – a percepção de que haviam viajado sem consciência do quê e como o haviam feito, por dezenas de quilômetros.
Como Betty já havia visto um UFO antes, aproveitou a “deixa” para “gozar” o marido, perguntando se ele agora acreditava em discos voadores. “Não seja ridícula”, respondeu ele na defensiva. Ao chegarem em casa, notaram que a viagem demorara duas horas além do previsto, mas não conseguiram imaginar porquê. Foi desse jeito que a história foi publicada nas primeiras versões e assim que está, por exemplo, num sumário de casos do National Investigation Comitee for Aerial Phenomena (NICAP), do Major Donald Keyhoe.
O relato deve ter sido impressionante, pois a turma do NICAP era muito resistente a casos de avistamentos de tripulantes. Só que o pesadelo mal começara. Dez dias depois do avistamento, Betty começou a sonhar repetidamente com uma cena de bloqueio do seu carro, numa estrada, por um grupo de humanóides – como quel ela fora levada junto com Barney para dentro da nave circular e submetida a uma espécie de “exame médico”. Barney, por sua vez, apresentava, cada vez mais, sinais de ansiedade. Pesadelos, também os tinha, mas menos estruturados que os de Betty.
Em janeiro de 1964, os dois começaram uma série de sessões com o psiquiatra Dr. Benjamim Simon, um dos melhores de Boston e especialista em casos de amnésia. Através de uma longa série de seções hipnóticas, o Dr. Simon foi reconstituindo toda a história. Barney e Betty, em separado, contaram como haviam sido seqüestrados e submetidos a exames individuais. Com Betty, o “comandante” da nave dialogava mais, sempre num tom amigavelmente esquivo e, às vezes, aparentemente ingênuo.
Numa entrevista vívida, Betty Hill foi entrevistada pela revista Argosy em 1978, no dia 10 de março. Confira abaixo este diálogo com a famosa contatada:
Se o Boston Herald não tivesse tornado pública a história de seu seqüestro, em 1965, você, ainda assim, teria cooperado na publicação de um livro referente ao incidente ou tornado-o público de alguma maneira? Não, eu acho que a história teria ficado comigo, Barney e o Dr. Simon. Mas claro, a história do Herald saiu fora de nosso controle e não foi feita com nossa permissão.
Depois de quanto tempo após seu seqüestro vocês voltaram à estrada procurando UFOs ou outra prova de sua experiência? Desde o principio começamos a voltar àquela mesma estrada, procurando e tentando encontrar alguma explicação para o que tinha acontecido – o que nós estávamos omitindo.
Você mantêm um caderninho cheio de anotações de avistamentos de UFOs de todos os tipos, entretanto, você está sempre só quando tais avistamentos acontecem ou você já levou observadores com você? Tenho levado todo o tipo de pessoas. Por exemplo, o Jim Voutrot, do canal 9 de Manchester (New Hampshire), que veio uma noite e teve um excelente avistamento. Tanto que ele filmou o UFO e mais tarde mostrou o filme na tevê [Nota: Voutrot confirmou esta afirmação de Betty].
Você se sente de alguma forma privilegiada por ter visto UFOs tantas vezes? De forma alguma. Há pessoas por todo o estado (New Hampshire) que tiveram avistamentos, mas eu só ponho mais tempo na coisa e sei o que procurar. Acho que a paciência é a chave de tudo. Vou a vários lugares numa média de três vezes por semana e usualmente gasto cerca de horas numa “esticada” dessas.
Como se explica que não haja relatos de UFOs mais oficiais, de pilotos por exemplo? Se você se decide a contar que viu um objeto voador não identificado, você é levado a sentir-se extenuado só de pensar que terá de passar por um monte de perguntas, entrevistas e preencher um monte de papéis, no seu próprio tempo. Ademais, torna-se um caso ímpar, e quem quer ser levado ao ridículo?
Você pensa que o governo sabe mais do que ele está deixando transparecer? Eu suponho que o governo sabe um bocado. Ninguém pode me convencer do contrário.
Na sua opinião, qual é a principal fonte de informações sobre UFOs? Sem dúvida, a Aerial Phenomena Research Organization (APRO), em Tucson, Arizona. São totalmente profissionais e realmente sabem das coisas.
Recordando um pouco, há alguma coisa relacionada ao incidente de 1961 que, por uma razão ou outra, possa não ter sido registrada no livro? Depois de uma busca mais ou menos contínua, finalmente encontramos o local de nossa captura, em Campton, a cerca de 15 a 18 milhas (24 a 29 km) de Indiahead. Preenchia perfei
tamente nossas recordações, até por ter um solo de areia fina, que é altamente incomum naquela área. Outra coisa que eu nunca mencionei no livro foi o mistério dos meus brincos. Cerca de vinte semanas depois do incidente (o seqüestro) voltei para casa com Barney e encontramos algumas folhas secas e um par de brincos meu sobre a mesa da cozinha. A casa estivera trancada e não tivemos idéia de como e porquê eles haviam ido parar ali.
O que havia de significativo nisso? Depois de nosso tratamento com o Dr. Simon, eu me lembrava com clareza do líder alienígena dizendo – ou talvez comunicando – para mim: “Se quisermos você, saberemos onde encontrá-la”. Bem, esses brincos eram o mesmo par que eu usava na noite da captura e ali estavam, devolvidos para mim de alguma forma, com as folhas como lembrança do lugar onde ocorrera o fato. Ao menos, essa é a minha interpretação, à qual cheguei depois das sessões de hipnose. Antes eu não tinha idéia do seu significado.
Quando Barney estava observando o UFO, lá no campo, em Indianhead, por que ele sentiu que ia ser capturado? Barney simplesmente recebeu a mensagem (telepaticamente). Eu falo “recebeu a mensagem” querendo dizer que eles se comunicaram com ele de alguma maneira. Disseram-lhe para permanecer ali e ficar olhando. Quando a nave começou a descer é que ele tirou o binóculo dos olhos e correu de volta para o carro.
Qual a sua opinião sobre a série de sonhos que você teve depois do encontro? Acho que foi uma maneira natural de começar a lembrar do que o líder havia me instruído para esquecer. Isso é semelhante ao que aconteceu quando o Dr. Simon nos fazia esquecer cada sessão realizada, como dispositivo de segurança, para que não houvesse confabulação entre nós. Dr. Simon sentiu que ao redor da marca de dez dias (após cada consulta), começaríamos a nos lembrar de tudo, automaticamente. Então, ele insistia que o visitássemos a cada sete dias e se não tivéssemos tempo para uma sessão completa, deveríamos ao menos ter um reforço na hipnose [Nota: Betty se refere à sugestão pós-hipnótica de esquecer, a nível consciente, do conjunto de lembranças, obtidas sob hipnose em cada sessão]. Uma coisa interessante é que, nos meus sonhos, eu usava objetos mais familiares para descrever o que estava acontecendo. Por exemplo: nos meus sonhos eu pensava que subira uma escada, mas – sob hipnose – lembrei-me de estar subindo uma rampa para entrar na nave.
Qual é sua opinião sobre o mapa estelar que você descreveu sob hipnose e depois desenhou? Betty – Acho que tanto quanto se possa imaginar: as duas estrelas grandes, conectadas por linhas grossas e múltiplas, no meu mapa, do Zeta Reticuli I e Zeta Reticuli II. Mas estas estrelas não podem ser vistas das Montanhas Brancas de New Hampshire. Na verdade, temos de estar ao sul da Cidade do México para vê-las, então obviamente ele não foi feito por mim, olhando o céu e desenhando o mapa!
Sua experiência com o objeto voador não identificado e a tripulação do mesmo mudou sua vida de alguma forma? A não ser pela publicidade estouvada da Revista Look e tudo o mais, no começo e até dois anos atrás, quando me aposentei, diria que muito pouco. Continuei com meu trabalho como assistente social do estado e andei muito ocupada com isto. Mas agora, naturalmente, estou mais disponível para a imprensa e para receber relatos; e há ainda minha série de palestras. Vocês sabem, eu nunca recebi um tostão pelas conferências, antes. Mas agora que estou aposentada, achei que já era tempo de sobra para ser paga pelo meu trabalho ufológico.
Você tem um agente agora? Sim, sou representada pelo Program Corporation of America. A sede é em Hartsdale, estado de Nova Iorque, e eles estão me mandando para lugares como Powell em Wyoming e Centralia, Washington. Um monte de lugares. Até gravei um especial para a TV Australiana.
O que você sente sobre o filme Contatos Imediatos de 3º. Grau? É divertido, mas estritamente Hollywood. Eu achei que o filme jogará muita gente fora dos trilhos se esperarem ver topos de montanha iluminados e tudo aquilo.
No filme, o herói, Roy Neary, entra num UFO como voluntário. Mas e você? Se você tivesse a oportunidade de ver esses extraterrestres de novo e a chance de entrar na nave, você teria medo? O que você faria? Eu não faria nada disso e acho que ninguém, com qualquer quantidade de juízo, o faria também. Absolutamente, não!
Que tal a versão cinematográfica dos extraterrestres? A cabeça estava próxima da minha descrição, mas os corpos pareciam frágeis e, quanto aos dedos, quem quer que desenhou as mãos deveria freqüentar um curso de anatomia. São um pouco ridículas.
Para finalizar, o que você achou da “nave mãe” no fim do filme? Exagerada, iluminada e grande demais, somente uma invenção da imaginação de alguém. Simplesmente não acontece daquele jeito!
Comentários adicionais e reflexões
Em certos trechos da entrevista, fora do corpo da mesma, Betty fala da decolagem do UFO depois de devolvê-los ao seu ambiente. “Quando a nave decolou, estava rodeada por um halo de luz – quero dizer, podia ser vista a silhueta da nave dentro da luz. Era como uma massa rodopiante vermelho-laranja e logo que decolou, a luz desapareceu, apagou!” Esta descrição casa perfeitamente com muitos casos conhecidos onde, ao que parece, os UFOs decolam ou se locomovem emitindo fortes descargas elétricas com luz emitida do espectro visível ao invisível, donde talvez a luz desapareceu.
Um outro aspecto a lamentar seria a não investigação ou esclarecimento sobre a causa mortis de Barney Hill. Com ele, só do nosso conhecimento, temos notícia de uns quarto casos onde o ex-contatado morre por problemas cerebrais (câncer ou derrame). Há também casos de perturbações neurológicas. Entre os mais importantes temos o de um piloto da Força Aérea Brasileira (FAB), seqüestrado com o avião e tudo, durante um temporal no litoral paulista.
Ao voltar, pediu aos seus captores que o largassem num local “impossível” de pouso. Parece que foi atendido: foi deixado com o avião intacto num elevador. Não podemos revelar seu nome, pois não temos permissão ou esclarecimento da família, um pouco “proprietária” demais da memória do tal incidente. Mas sabemos o nome e endereço e adiantamos que é um nome de origem alemã.
Há poucas semanas, a Associação Mineira de Pesquisas Ufológicas (AMPEU) recebeu outro comunicado de um caso de seqüestro. Morto por derrame após dois anos desde o incidente, segundo a viúva. No caso Hill, uma hipótese pode ser feita de início: se Barney e Betty foram examinados individualmente e em recintos diferentes, isso pode evidenciar diferentes objetivos. Pelo q
ue se lê no livro de Fuller, o exame de Betty foi mais simples e menos traumático. Uma vez terminado, houve tempo até para uma boa conversa com o líder, dentro da nave. Barney demora, volta meio zonzo do exame e apresenta maior índice de somatização, no período subsequente ao seqüestro. O que teria acontecido com Barney Hill?
Tal pergunta não mais pode ser respondida, mas deve ficar como uma lição para futuros acompanhamentos de casos. Regressão hipnótica: “censura” ? Um aspecto a ponderar é que, após a divulgação e repercussão do relato dos Hill – e do sucesso da hipnose como método eficiente de levantar dados sobre períodos de amnésia induzida por extraterrestres, surgiram algumas dificuldades para a investigação ufológica quando se tentou “repetir a dose” em outros casos.
De um modo freqüente, surgiam casos de resistência ou censura mesmo na hipnose, aparentemente (pelo menos para quem é do ramo) induzida pelos próprios extraterrestres. O primeiro tipo é o das pessoas que simplesmente se recusam a ser hipnotizadas – seja por medo, seja porque “eles” não autorizam. Parece uma atitude típica de submissão. É claro que, em tais casos, é difícil embarcar no argumento de que é porque estão mentindo.
Mas há casos insuspeitos, como o do soldado José Antônio da Silva, que se recusa, não pelos ETs, mas pela visão que teve a bordo ou no lugar para onde foi levado. Em outros casos a censura parece estar implantada como uma espécie de sugestão pós-hipnótica no inconsciente do contatado. Foi o caso dos Hill, esclarecido pela competência do Dr. Simon. Mas há também o caso de certos contatados que, mesmo sob hipnose profunda, dizem que “eles não deixam”, ou ficam mudos sem falar mais nada – é o caso dos seqüestrados de Aveley, Inglaterra e Lanca, na Argentina.
No caso Lanca, a resistência permaneceu até com a aplicação endovenosa de sódio-pentotal, ou soro-da-verdade. A mais radical forma de censura é a experimentada durante a hipnose de outra Betty – Betty Andreasson. Hipnotizada, inquietou-se, afirmando que ali, no momento da hipnose, algo estaria controlando suas palavras. O investigador, David Webb, procura certificar se a sugestão fora dada na ocasião do seqüestro ou naquele momento. “Você sente que eles estão controlando suas palavras, agora ?”. “Sim, estavam, e eu não gosto”.
Depois de alguns minutos, Betty começa a lutar contra algo que estava ou impedindo-a de falar ou apossando-se de suas faculdades de fala. “Eles – tem coisas – sob controle. Eles – estão – no céu [suspiro]. Eles podem fazer você pensar uma coisa – e ainda assim – querer dizer outra. Eu não gosto deles controlando minhas palavras”, desabafou. De acordo com o relato de Raymond Fowler, “a luta de Betty foi em vão”.
O que quer que procurava controlá-la tinha a palavra final. Betty pára e começa a falar uma algaravia de palavras, como se estivesse possuída por um espírito, que falasse através dela. De repente fala: “Base 32, chamando base 32. Estrela Seezo (Sizo)”. Webb pergunta se era uma mensagem que eles haviam dado lá. “Não, não me deram lá. Deve ser de agora!”
Em suma, uma hipótese: por algum mecanismo desconhecido, algo foi deixado na mente de Betty Andreasson para funcionar como uma espécie de alarme aos seus antigos captores, prevenindo-os de que alguém estava ‘mexendo\’ na cabeça onde já tinham ‘mexido\’. As narrações de Betty são bruscamente interrompidas e ela começa a falar como um médium tomado por um espírito, e não como uma pessoa hipnotizada. Usando o linguajar do candomblé, Betty passou de hipnotizada a ‘cavalo\’.
Resta saber como isso atravessaria o espaço e o tempo, ou se as medidas neutralizadoras e perturbadoras hipnoses viriam de algo (ou base) postadas aqui mesmo na Terra. São hipóteses, apenas hipóteses. Mas é algo bastante bizarro dentro do que sabe e conhece em hipnose.
Conclusões
Estas considerações e citações são apenas peças de um quebra-cabeças no qual o caso Hill foi pioneiro. É uma realidade inquietante, algo sinistro, envolvendo aspectos controvertidíssimos como o conceito de liberdade do indivíduo que parece estar fora de questão, no caso. É o que certos colegas parecem ignorar com base no concerto meio colonial de que “eles podem fazer porque sabem das coisas”.
Tanto o caso dos Hill como o de Andreasson fogem ao modelo de dissociação psicológica (um dos mecanismos de defesa da mente), especialmente em termos de personalidade dupla ou múltipla. Poder-se-ia dizer, por exemplo, que o “possessor” de Betty Andreasson seria uma parte do inconsciente reprimido que conseguiu reorganizar-se como uma sub-personalidade. Mas não é simples assim.
Há diferenças: Há, por exemplo, casos semelhantes em que a “possessão” se faz juntamente com o avistamento concomitante de um UFO por várias testemunhas. Num momento em que se fala tanto em “direitos humanos”, consideraríamos o evidente “fazer-de-cabeças” de contatados como compatível com que se concebe em termos de liberdade? Huxley afirma que o totalitarismo moderno e ideal seria aquele em que escravos aprendessem a amar a sua própria servidão, sem o uso de esquemas abertamente repressivos. Quando vemos contatados contarem o que houve com eles e depois dizerem que eles eram “bonzinhos”, há o que pensar…