“Tomo a liberdade de informar os resultados dos esforços de nossos cientistas espaciais, na investigação de evidências inéditas que podem nos conduzir à descoberta de uma possível civilização extraterrestre”. Esta é a resposta que o físico russo Boris Ustinovich Rodionov deu ao diretor da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), quando este solicitou auxílio da comunidade internacional para decifrar as fotografias de Europa, um dos satélites de Júpiter, tomadas pela sonda Galileo. Em uma entrevista publicada primeiramente na revista espanhola Más Allá de La Ciencia, Rodionov teve oportunidade de explicar com detalhes sua hipótese, analisando fotos feitas pela NASA que a corroboram.
Suas descobertas revitalizam uma dúvida secular: por que as pessoas buscam nas estrelas um sinal que lhes traga o conforto de saberem que não estamos sós. O homem de hoje perscruta com mais afinco a abóbada celeste e começa a explorar melhor o Sistema Solar. Afinal temos observatórios astronômicos espalhados por todo o mundo, naves em vôos orbitais, estações espaciais permanentes etc, que na verdade seriam olhos teledirigidos com o propósito de rastrear “pontos quentes” de nossa galáxia.
Em dezembro de 1996, um desses prolongamentos de nossos olhos cravava sua metálica pupila em Europa, um dos quatro principais satélites de Júpiter, junto a Io, Ganimedes e Calisto, de tamanho similar à nossa lua. E ainda que os responsáveis pela sonda Galileo pensassem muito antes de realizar uma segunda aproximação, em 20 de fevereiro de 1997 a fizeram descer a uma altura de uns 600 km da superfície de Europa. Desde então, a Galileo já enviou cerca de 50 mil fotos, das quais algumas desconcertam muitos cientistas experientes de todo o mundo.
Um deles é o jovem professor russo Boris Rodionov, doutor em Ciências Físico-matemáticas e catedrático do Instituto de Engenharia Física de Moscou, centro em que concluiu seus estudos em 1963, aos 24 anos, e em cuja cadeira de Micro e Cosmofísica trabalha até hoje. Rodionov é um cientista brilhante que, apesar disso, não era conhecido fora de seu ambiente acadêmico, até que decidiu enviar à NASA uma nota explicando sua certeza de que as imagens de Europa sugerem a provável existência de uma civilização de origem extraterrestre que viveria subterraneamente. Tal declaração causou autêntica comoção em sua terra natal, ocupando as primeiras páginas dos jornais. E Rodionov não se limitou a simplesmente especular sobre o problema…
Obviamente, assim que soubemos de sua declaração, nós o procuramos para conhecer em detalhes a sua teoria. Como depois de suas declarações Rodionov foi muito assediado pela imprensa internacional, tivemos muitas dificuldades para achá-lo. Finalmente, quando nos recebeu, perguntamos como havia formulado sua hipótese e de que maneira havia detectado sinais de vida inteligente nas imagens da NASA.
“Analisei as fotos e constatei que toda a superfície de Europa é permeada por uma série de fios sumamente finos, conforme já publiquei em revistas científicas. Mas essa é uma teoria minha. Outros cientistas não concordam comigo”, disse Rodionov, lembrando que há cerca de 25 anos já se havia determinado que a parte escura do espaço tem uma composição desconhecida, e que até hoje os físicos não sabem o que há nesse imenso vácuo aparente. “E mesmo assim”, continua o físico, “essa matéria escura forma 90% de nosso universo no tocante à massa. O que quer dizer que 90% desse universo conhecido são compostos de algo que desconhecemos e que interage com a matéria comum, que é a luz”.
Os místicos chamam essa parte escura do céu de matéria sutil, mas Rodionov prefere classificá-la como matéria linear, por estar formada de átomos tão pouco densos que podem atravessar qualquer corpo sem exercer ação recíproca sobre ele. Pois bem, de acordo com o estudioso, este modelo é capaz de explicar quase tudo que há no universo. Por isso, agora Rodionov está elaborando uma lista completa de fenômenos a serem examinados, mantendo contato com diferentes especialistas que o auxiliam a buscar e a comprovar experimentalmente essa teoria.
É justamente isso que ocorreu quando o estudioso viu as fotografias que a NASA obteve de Europa e demais satélites de Júpiter. Segundo conta, o que o interessou em especial foram as estranhas linhas existentes na superfície do satélite, que logo relacionou com sua teoria da matéria linear. Desse modo, quando começou a trabalhar com as fotos e analisou como os americanos tentaram explicá-las, o físico pôde compreender porque, após estudá-las por dois anos, seus colegas nos EUA não encontravam explicação para as mesmas. Explica Rodionov: “É muito simples entender sua frustração, pois os americanos partiam da premissa de que se tratava de formações geológicas de origem natural. Por esse motivo, o diretor da NASA, Daniel S. Goldin viu-se na obrigação de pedir à comunidade científica internacional que estudasse o problema”.
Como resultado, a maioria dos cientistas tentou atribuir às estranhas formações a tese de que, como o satélite de Júpiter possui superfície gelada [uma capa de gelo da espessura de 2 a 10 km, que flutuaria sobre um oceano líquido], foi o choque entre blocos de gelo que teria provocado as ranhuras e filamentos vistos.
Rede de tubos e canais cobertos de gelo e detritos
Ainda segundo a teoria vigente, essas gretas de gelo facilitariam a emissão de água, que afloraria em forma de vapor, como os gêiseres terrestres, devido à intensa atividade vulcânica subterrânea de Europa. Insatisfeito com tal tese, Rodionov escreveu a Goldin, dizendo que ao estudar as fotos do satélite realizados pela Galileo, teria descoberto que toda sua superfície se apresenta como uma rede de tubos em múltiplos níveis, ainda que coberta de gelo e neve. “A estrutura geral desta gigantesca edificação tecnológica, assim como alguns elementos isolados e livres de gelo, falam-nos de um complexo inacessível à nossa terrestre compreensão”, disse Rodionov. Tal sistema cósmico de comunicações, segundo o cientista, lembraria um organismo vivo. “A prova de que é vivo e ativo são os inúmeros detalhes da paisagem européia. Por exemplo, perto de algumas construções se vêem capas recentes de gelo brilhante que ainda não foram cobertas pela neve nem danificadas por meteoritos”, afirmou.
Ainda de acordo com o que Rodionov afirmou a Goldin, próximo a algumas zonas temperadas de Europa surgem sulcos quilométricos sobre o gelo e os detalhes da paisagem se fundem e se diluem, “provavelmente devido ao vapor”, explica. Conseqüentemente, essas linhas se tornam mais visíveis. “Muitas cavidades, gretas e crateras não estão nevadas e nelas se vêem objetos esféricos de até 100 m de diâmetro, que às vezes brilham ao Sol como se fossem polidos. Noutras ocasiões, encontram-se encobertos por neve”.
O físico acrescenta que em imagens ampliadas podem-se ver esferas perfeitas de até 100 m de diâmetro que não parecem ser de gelo, assemelhando-se a objetos artificiais construídos sobre o satélite. Conforme explica o cientista, tudo leva a crer que, sob a capa de gelo protetora que afasta os perigos de meteoritos e radiações fatais de Júpiter, existe em Europa uma civilização ativa em escala planetária. “Alguns dos \’tubos\’ parecem-se com túneis de transporte e devem formar a rede de comunicações de Europa, oscilando entre 10 e 20 m de diâmetro”. Especificamente na foto de número P-48227, do acervo da Galileo, quando ampliada ao máximo, surgem \’línguas\’ de gelo de mais de 100 m que partem destes tubos, sendo especialmente grandes nas regiões em que se cruzam com um \’canal\’ localizado num nível horizontal superior ao anterior, que bloqueia o fluxo de calor interno do satélite. Noutras palavras, parecem ser túneis de comunicação construídos em diferentes níveis, com complexos terminais junto a intercessões.
“O relevo da superfície de Europa demonstra uma rede sofisticada em que se encontram gretas e diques entre os tubos paralelos e aberturas ou fossos entre eles”, disse Rodionov. Por sua regularidade e simetria, vêem-se orifícios circulares ou de formato mais complexo que se estendem ao longo de imensas fileiras. “Observam-se também grinaldas de pontes entre os tubos estendidos horizontalmente e uma série de gigantescas saliências ou ramos verticais que pendem deles sob e sobre a superfície”, finaliza o físico em suas afirmações ao diretor da NASA.
“Essa é uma teoria que pode parecer absurda”, justificou Rodionov. “Mas ao contemplar as fotos de Europa, veio-me à cabeça a idéia da matéria linear que expus anteriormente, cujos fios atômicos possuem dimensões cósmicas, ou seja, que invisivelmente se estendem de estrela a estrela”. O físico foi ainda mais longe e concluiu que tais filamentos não poderiam estar estruturados de alguma maneira natural, pois não seriam simples fios, mas algo semelhante a fungos que se prolongam indefinidamente e se ramificam infinitamente. Porém essa idéia não foi exposta publicamente por ele nos periódicos científicos.
Figuras formadas por meios artificiais
Segundo Rodionov, toda construção artificial tem parâmetros que são facilmente detectáveis. Daí a hipótese de que as espessas formações semelhantes a tubos e canais que compõem a superfície de Europa sejam também artificialmente construídas. “Essas formas misteriosas se cruzam sem cortar-se, unir-se, ou algo parecido”, diz o cientista russo, que garante ter comprovado tal hipótese analisando e ampliando todas as fotos feitas pela Galileo. Seus estudos o fizeram chegar a uma conclusão: a de que o satélite mais misterioso de Júpiter demonstra claramente ter sinais de atividade inteligente edificando formações e construindo artefatos. A algumas das formações mais curiosas Rodionov deu o nome de “pistas de patinação”, sobre as quais se notam orifícios imensos.
Ainda segundo Rodionov, seus colegas norte-americanos estão longe de descobrir a verdade. “Eles crêem que tais formações sejam tão somente fruto do impacto de meteoritos sobre Europa. Mas isso é visivelmente impossível, porque há uma ordem, uma regularidade e uma simetria nesses improváveis impactos”. Por exemplo, analisando a trajetória de uma dessas vias ou tubos, podemos ver no centro das mesmas cinco ou seis crateras enfileiradas simetricamente. Rodionov tem razão. Que acaso faria os meteoritos caírem um após o outro em seqüência? Isso seria impossível. “Naturalmente, há também crateras produzidas em Europa por simples meteoritos, mas o que observamos nas fotos é claramente artificial”, pondera o russo.
Ao examinarmos tudo atenciosamente, percebemos que os elementos aleatórios na superfície do satélite são apenas a parentes – a maioria das formas encontradas está disposta de maneira ordenada. Rodionov compara tal fato com formações similares aqui na Terra, tais como a Grande Muralha da China, que é algo ordenado num contexto aleatório. “Cada elemento da superfície da Terra possui uma estrutura determinada – há avenidas que se unem a outras, por exemplo. O que ocorre em Europa é que, por estarem cobertas por neve, as formações nos parecem apenas fenômenos naturais”, argumenta. Não há grandes crateras no satélite [a NASA contou nove], diferentemente das milhares que podem ser vistas em outras luas de Júpiter. Além disso, as crateras de Europa parecem \’recheadas\’ e dispostas de maneira coerente.
Por isso, Rodionov pensa em duas hipóteses para explicar esse fenômeno: a primeira concebe a existência de um organismo de proporções planetárias em Europa. Já a segunda postula que tais formações sejam estruturas artificiais civilizadas que constituiriam uma rede de túneis ou coletores para comunicações, transporte etc. O que o cientista russo não aceita é que seja dada como explicação de tais estruturas o fato de a água, abundante no satélite, ter saído de seu interior para se transformar em gelo e formar tais figuras na superfície.
“Além disso, as formações não são apenas duplas, mas sim múltiplas e em diferentes níveis. Seria impossível que água congelada resultasse em tal estrutura”. Rodionov conta que encontrou em Europa linhas trançadas como cordões ou ainda como espirais que permanecem sobre as outras, sem se cortarem. “Em pequena escala, realmente o gelo se comporta dessa forma, mas aqui estamos falando de centenas de quilômetros. Ademais, há uma ordem inteligente nesses elementos”, argumenta.
O físico adverte: “Existem formações entremeadas aos tubos e canais em Europa que s
ão de fato naturais, embora estranhas. Porém, as cadeias de estruturas com características artificiais parecem ser predominantes e obviamente são bem mais complexas”. Segundo Rodionov, em nosso planeta existem nove fossas marítimas naturais, geológicas, e em Europa tal fenômeno cobriria toda a superfície. Mesmo assim, a teoria da origem natural para as formações ainda encontra numerosas objeções. “Em nenhuma hipótese a água derramar-se-ia sobre a superfície, formando crostas de gelo, à maneira de lava vulcânica, como constatamos em Europa”. Isso é especialmente verdadeiro quando consideramos que no satélite a atmosfera é próxima de zero e nessas condições não há pressão. Ao se liberar água no espaço, esta se dispersa imediatamente em gotas que se evaporam e congelam. Se houver água em estado líquido no satélite, esta estaria à grande profundidade, onde seria mantida aquecida pelo núcleo. E se subisse à superfície, evaporaria e formaria microcristais de gelo que se dispersariam no ar e cairiam como neve, formando montículos, mas nunca crostas montanhosas. Isso já foi discutido por geofísicos antes de Rodionov publicar qualquer coisa a respeito. E eles continuam falando de gretas, rachaduras e fossas…
Uma civilização habitou o satélite no passado
Deve-se aqui fazer um adendo que de certo modo justifica as declarações de Rodionov. Antes que se fizesse um estudo cartográfico completo de Vênus pela sonda Magalhães, os cientistas pensavam que este planeta fosse plano em pelo menos 65% de sua superfície, com ligeiras ondulações no terreno e apenas dois continentes – tudo isso escondido por pesadas nuvens sulfurosas. Entretanto, quando as imagens da Magalhães chegaram, revelaram um relevo em que se podiam ver depressões maiores que dois quilômetros de profundidade junto a montanhas que ultrapassavam o tamanho do Everest, como no caso do Monte Ishtar. Oras, não só os cientistas se calaram como caíram por terra muitos argumentos que antes justificavam a origem geomorfológica da superfície de Vênus.
Tais montanhas em Vênus sugerem que foram formadas por forças internas ascendentes e descendentes, numa analogia com o que teria ocorrido na Terra – já que nossos cientistas têm o hábito de fazer analogias com situações que temos em nosso planeta, sem levar em consideração que nosso mundo não é o único nem o melhor modelo possível no Universo. No entanto, se supusermos que as estruturas de Europa foram construídas por uma civilização extraterrestre, por que tamanha variedade de formas e estruturas? Por que não seguiram um esquema tecnológico determinado? Isso perguntamos a Rodionov.
O físico nos falou que utilizamos formatos muito simples para o que fazemos porque trabalhamos em série. “Mas antes do advento da tecnologia, por exemplo, nossos artesãos elaboravam os produtos de outra forma, individualmente. Pois bem, quando se criam objetos mais complexos, utilizando programas computadorizados, pensa-se na funcionalidade dos mesmos, não na simetria ou na sua elegância”. O cientista russo acredita que uma civilização altamente sofisticada não deve ser tão simples em seu artesanato. Para ele, o que vemos nesse satélite de Júpiter é muito tecnológico e possui uma função definida.
Construir no interior de um satélite pode ser difícil, argumentam os colegas de Rodionov. Mas uma tecnologia alienígena mais avançada pode ter solucionado esse impasse. “De qualquer forma, é melhor construir a partir do lado de fora desses orifícios e estendê-los de um ponto a outro, tendo em conta as particularidades do terreno. Desse modo, os arquitetos de tal obra protegeriam sua estrutura dos meteoritos, uma vez que uma capa de gelo de 100 m é mais que suficiente para isso”. Rodionov também argumentou que ETs avançados poderiam criar dispositivos para se proteger de meteoritos, como alguns que temos em planejamento na Terra.
No entanto, supondo a existência de uma civilização extraterrestre em Europa, qual o motivo para que não tenha havido, da parte desse povo, uma reação à chegada da sonda Galileo? “Quanto a isso, infelizmente, só podemos especular”, disse o físico. De onde saíram esses tubos, quem os criou? Essas perguntas, por enquanto, ficarão sem resposta. Embora defenda a teoria de uma civilização no satélite de Júpiter, Rodionov não tem idéia de para que serviriam os túneis, tubos e canais – um sistema de comunicações, talvez.
Mesmo assim, o físico crê que só poderemos dar respostas hipotéticas a essas questões, “pois aqui termina a ciência e começa o mundo da fantasia”. Trata-se de uma civilização altamente desenvolvida, que nos ultrapassa sobejamente, então é possível que a mesma simplesmente não tenha qualquer razão para nos contatar. Do ponto de vista histórico, afirma Rodionov, em todas as religiões se contempla a existência de uma força superior cósmica, “que alguns chamam de Deus, que a tudo observa”. Deste modo, se tal civilização quisesse entrar em contato conosco, talvez o fizesse num nível e numa forma de manifestação tão diversa da conhecida por nós que não perceberíamos. Rodionov acredita que os UFOs podem ser a prova de que uma civilização tecnológica nos visita.
Ainda quanto aos UFOs, o físico pensa que o assunto devesse ser estudado devidamente e com seriedade. Para ele, a princípio, estas naves podem ser objetos que controlam a própria vida terrestre – uma espécie de robôs com tecnologia avançada que inspecionariam nosso planeta. “O que acontece é que as pessoas estão mais interessadas em manter seu modo de pensar e agir, e se recusam a descortinar temas insólitos, especialmente quando não conseguem explicar certas coisas”, desabafa.
De qualquer forma, Rodionov não sabe se os visitantes extraterrestres que chegam ao nosso planeta viriam de Europa ou de qualquer outro ponto do Sistema Solar. “Sobre isso só podemos conjeturar e esperar que nossos foguetes pousem ali talvez dentro de uns vinte anos”. Os primeiros passos nesse sentido já estão sendo dados: no momento, o congresso norte-americano destinou 300 mil dólares para continuar as investigações sobre as espetaculares descobertas em Europa – uma verba irrisória, mas um passo inicial.
Particularmente, o físico crê que se deveria tentar alguma forma de comunicação com Júpiter. “Faço esforços nesse sentido e estou certo de que essa comunicação se daria atrav&eacut
e;s do laser, com o qual poderíamos receber respostas concretas, por instrumentos registrados”, diz. Mesmo não havendo resposta alguma, os gastos não seriam excessivos, afinal os físicos estão há mais de vinte anos buscando sinais de outras inteligências no Universo. Mas já que é possível que os UFOs tenham origem em Europa – até o momento o orbe mais semelhante à Terra no Sistema Solar -, seria melhor dedicar recursos mais significativos às pesquisas deste satélite, em lugar de procurar contato através da exploração espacial convencional, tendo em conta os custos que isso acarreta. Entretanto, Rodionov tem a impressão de que os UFOs são meros robôs, sem intenção de contatar-nos, apesar de se adaptarem ao nosso meio.
Para ele, boa parte dos casos ufológicos são facilmente explicáveis como fenômenos naturais de origem terrestre, embora observados em condições peculiares. “Muitos dos UFOs relatados por testemunhas idôneas se movem obedecendo a padrões inteligentes. Noutros casos, alguns desses acontecimentos podem representar apenas a observação de \’veículos militares secretos, daqui da Terra, ainda que os parâmetros de sua manifestação estejam além de nossa compreensão e tecnologia”.
Rodionov declara que não existem dúvidas plausíveis de que estamos sendo visitados por civilizações mais avançadas. “É inconcebível não crer nos milhares de testemunhos a respeito destas naves e de contatos com seus tripulantes. E é triste ver que a maioria dos cientistas sequer aceita considerar o assunto seriamente, vivendo agarrados aos seus dogmas”. Rodionov – um dos mais respeitados cientistas da Rússia – diz não temer ser prejudicado por expor seus pontos de vista e lamenta que os cientistas norte-americanos não tenham mente mais aberta a estas questões.
Que surpresas Júpiter ainda reserva aos ufólogos?
Um sistema solar com 14 satélites pode, um dia, se as condições de um pseudo sol fizerem aumentar sua massa, ser visto a pouca distância de nós, perto do Cinturão de Asteróides. Essa quase estrela é Júpiter, oceano de hidrogênio líquido que envolve um núcleo de hidrogênio sólido com um centro dez vezes mais quente que o interior do Sol. Alguns de seus “planetas” merecem menção, como Io, vulcânico e muito instável em seu clima, Calisto, o mais antigo, com rochas e gelo, assim como Ganimedes. Porém, mais inquietante ainda que esses é Japetus, seis vezes mais brilhante num lado de sua órbita que do outro. Este satélite possui um ponto simétrico misterioso, como um heliógrafo cósmico – talvez enviando mensagens já há mais de 300 anos, desde que foi descoberto por Cassini, em 1671.
Agora, um físico russo, Boris Rodionov, alerta-nos para possível prova de uma civilização em Europa (outro de seus satélites). Enquanto uns interpretam seus acidentes geográficos como efeitos de gelo sobre si mesmo, derivados de alta temperatura sob a capa gelada, o físico julga os mesmos acidentes como sendo túneis, tubos artificiais ou estradas construídas por extraterrestres. Como não somos cientistas, queríamos crer nas espantosas declarações de Rodionov. No entanto, as fotos publicadas pela revista espanhola Más Allá de La Ciencia, aqui reproduzidas, não nos convencem da existência de uma comunidade tecnológica lá. Afirma o cientista que em pequena escala as gretas, rachaduras de gelo etc., podem ser repetidas na Terra, negando que em grande escala possamos perceber o mesmo fenômeno – o que à primeira vista parece falho.
Conhecendo um pouco os fractais, sabemos que a porção de uma praia reproduz em pequena escala a praia inteira, confirmando o que os antigos iniciados ensinavam: “O que está acima é semelhante ao que ocorre abaixo”. Rodionov se lembra deles ao comentar sua explicação sobre matéria escura, dizendo que os místicos classificavam-na como “matéria sutil”. Gostaríamos de conhecer mais fotos da Galileo para apoiarmos as suas descobertas, uma vez que não podemos nada negar a priori. Diz ele que o caos é aparente, e nisso concordamos, visto que o caos é uma “outra ordem”, da mesma forma que o mal é um outro bem.
As cientistas brasileiras que trabalham para a NASA, Rosaline Gautier e Katerine Lyra, fascinadas com Europa, pensam que haja água sob a superfície, crendo na versão oficial, reconfortante como sabemos. Mas Marte nos prega peças, negando-nos o belo Rosto de Cidônia, e Europa talvez esteja criando túneis e estranhas formações, independentemente de uma presença exterior ao satélite. Não há vida inteligente ali ou em Marte. Estes, sim, são criativos, com um senso de humor muito sofisticado. Com que travessuras Júpiter nos surpreenderá?