Uma tradução de Edson dos Anjos Junior.
Imagine esta cena: Você está caminhando em uma pequena ponte de madeira que leva da margem para a doca de madeira no Rio Piscataque, em Portsmouth, NH. O Ano é 1896, e você está guardando um navio da Marinha dos Estados Unidos atracado à doca. Está escuro e o ar é silencioso e quente. Tudo que você ouve é o som da água batendo na doca e os estalos das tábuas que pisa. Você tem o melhor e mais moderno rifle em suas mãos e está sentindo a brisa do mar no bom ar noturno. O barco está amarrado à doca enquanto você ouve os estalos da madeira velha que o ancora.
Repentinamente, outro homem que está de guarda no navio grita para você: “Ei, o que é aquilo?”, e lá, descendo o rio e encabeçando o oceano, está um silencioso objeto achatado, que parece algo branco ou amarelado. Ele está voando, mas é silencioso, você não ouve nada, exceto as ondas da água baterem no pier, e no barco, e ele está chegando perto. O que fazer? Atirar ou apenas observar admirado e maravilhado aquele objeto voando e vindo para perto de você e do navio?
Não há ninguém a consultar. O objeto está chegando perto. Está quase sobre sua cabeça. Enquanto ele se aproxima, os guardas sem saber o que fazer olham um para o outro, ninguém viu aquilo antes e isso os assusta. O que fazer? Então, ambos empunham suas armas e abrem fogo ao objeto enquanto ele passa sobre suas cabeças. Você ouve as balas acertando o objeto, vê o brilho delas na superfície de metal, o objeto brilha e silenciosamente ganha velocidade, desce o rio e sai para o mar. Ambos os guardas se olham confusos.
Um dos guardas corre para chamar o oficial superior, então o ele e outros homens que também estavam em serviço saem e podem testemunhar o objeto silencioso saindo pelo mar. Aquela era uma cena que ninguém, nenhum oficial, tinha visto antes.
O objeto em que os dois guardas armados haviam atirado e acertado ainda esta voando, continuando a não fazer barulho e não parecendo ter motor ou asas. Ninguém tinha visto algo assim antes. Quando o caso foi reportado para a base de comando, ninguém acreditava no que ouvia: Um objeto voador, completamente silencioso passou por cima das cabeças dos oficiais que guardavam o navio, foi atingido pelos tiros, pois os homens de serviço ouviram as balas ricocheteando e simplesmente foi embora, ganhando mais velocidade. O oficial contou ao almirante, e ele colheu o testemunho dos três homens que o juraram nos registros. Lembre-se isto foi em 1896.
Eu li relatos de avistamentos nos arquivos do Portsmouth Herald Newspaper datados de Novembro de 1896. Os Estados Unidos não tinham nada no ar em 1896, então o que era? Talvez nunca possamos saber, ou agora, nós passamos.
Nota do Editor: Saiba mais sobre as história dos UFOS nos anos 1800 lendo o excelente artigo de B J Booth, Before the Wright… There Were UfOs. (Antes dos Irmão Wright… Haviam UFOs).
Mais avistamentos de UFO em 1896
Jornais traziam um crescente número de experimentos de aeronaves, expondo a “Histeria dos Dirigíveis” de 1896-97. Há um incremento de patentes de dirigíveis após 1890. Samuel Pierpont Langley testou seu primeiro modelo aeroplano em 6 de maio de 1896. O explorador sueco Solomon Andree fez uma malsucedida tentativa de viagem de balão ao ártico em 31 de maio. William Paul caiu com seu dirigível em Albatross em setembro.
O “Sacramento Bee” reportou em 17 de Novembro que três homens de Nova Iorque tentaram viajar para a Califórnia em um dirigível, em muito dos dias seguintes houveram centenas de relatos de avistamentos vindo das pessoas da região de Sacramento. Outra onda de centenas de avistamentos ocorreu de Janeiro a Maio de 1897. Muitos dos avistamentos ocorriam durante as noites dos meses de inverno, começando na Califórnia e se espalhando para leste, e eram alimentados por histórias de jornais sensacionalistas.
William Randolph Hearst publicou um editorial em seu San Francisco Examiner, em 5 de dezembro de 1896, criticando todo esse sensacionalismo. “Falso jornalismo\’ tem suas boas hipóteses, mas nós não temos um retorno mais atento nesta linha que faça o público credita que os ares estão povoados por dirigíveis. Tem-se manifestado por semanas que as histórias de dirigíveis são puros mitos”.