Em virtude das críticas que vem sofrendo, após anunciar sua saída do serviço ativo da Força Aérea, o astronauta brasileiro Ten. Cel. Marcos Pontes publicou em seu site um texto com esclarecimentos sobre o assunto. Pontes inicia a mensagem explicando que entrar para a reserva da Força Aérea não é sinônimo de afastamento das funções no Programa Espacial, no qual ele continua atuando. E discorre sobre suas obrigações perante o programa, objetivos antes e depois da viagem e a situação atual. Segue alguns trechos da mensagem: “Funções para as quais fui selecionado em 1998 como astronauta brasileiro: Treinar e representar o Brasil como astronauta junto aos outros 15 países participantes do programa da Estação Espacial Internacional (ISS), realizar como tripulante a primeira missão espacial brasileira e fazer experimentos nacionais a bordo da ISS”.
Entre os objetivos traçados por Marcos, antes de fazer o vôo, estavam representar bem o Brasil no programa, motivar jovens brasileiros às carreiras das de C&T e Forças Armadas, divulgar o Programa Espacial, manter a participação brasileira na ISS e trabalhar em Houston e junto às indústrias brasileiras, na área técnica da participação brasileira na ISS, como elemento de ligação entre o Brasil e a NASA para a construção das partes nacionais da espaçonave. “Meus objetivos pessoais depois do vôo: Motivar jovens brasileiros às carreiras das de C&T e Forças Armada, divulgar o Programa Espacial e a Força Aérea Brasileira, manter a participação brasileira na ISS (…), trabalhar em Houston e junto às indústrias brasileiras, na área técnica da participação brasileira na ISS, como elemento de ligação entre o Brasil e a NASA para a construção das partes nacionais da espaçonave.(…) Fomentar a atividade de vôos tripulados espaciais no Brasil através da iniciativa pública e privada, e conseguir dar continuidade no programa para termos um segundo astronauta brasileiro”.
Sobre a participação brasileira na ISS, Pontes informa que, desde 1997, o país ainda não conseguiu construir nenhuma parte nacional, conforme sua responsabilidade, segundo o acordo assinado e revisado de participação brasileira no programa ISS. “Atualmente a imagem do país no acordo é muito ruim na área técnica, e existem sérias dúvidas dos participantes com relação à capacidade do país em construir tais componentes ou da sua seriedade no cumprimento do acordo internacional. (…) Contudo, conforme meus objetivos pós-vôo, eu estarei lutando para que tenhamos outro astronauta brasileiro. Ter continuidade! Para isso, precisamos manter a participação do Brasil na ISS e ampliarmos essa cooperação com o auxílio da indústria privada. Depois disso, negociarmos um segundo vôo”.
A passagem para reserva, segundo Pontes, simplifica seu trânsito fora e dentro da FAB, podendo usar seus conhecimentos para os programas e projetos especiais da Força Aérea, e ao mesmo tempo fomentar por meios externos auxílios e cooperações para os mesmos. Para ler a mensagem completa, basta acessar o site: http://www.marcospontes.net/SENAI/index.php.