Em 1905, um rapaz então com 25 anos chamado Albert Einstein desfez a certeza, que predominara por 200 anos, de que Isaac Newton sabia tudo o que era possível sobre as principais leis da física. Com um documento técnico de apenas algumas páginas, Einstein enviou para o limbo da história uma grande parte das “certezas científicas” que existiam até aquela data, além de muitas outras, grandes e pequenas. Em 1905, no entanto, descartar algumas teorias de Newton era um ato tão significativo quanto o volume que o limbo da história podia suportar. De lá para cá, sua capacidade de receber “certezas” até então consagradas aumentou muito, e hoje quase nem nos surpreendemos quando mais algumas recebem o mesmo destino. A Ufologia é uma disciplina que certamente vai desempenhar um papel preponderante neste processo de tornar obsoletas informações que tínhamos antes como inequívocas.
Mas, antes de chegarmos a ela, vamos percorrer um caminho mais extenso para entendermos como a ciência se transforma constantemente. Neste instante, outra grande e antiga certeza paira sobre o referido limbo da história — parece apenas uma questão de tempo para que algum “novo Einstein” escreva novas páginas capazes de derrubar certos conceitos consagrados e relegá-los ao passado. E assim como foi em 1905, praticamente todo cientista ainda debocha alegremente quando uma sugestão de algo novo ameace suas certezas científicas. Hoje, com descobertas cada vez mais frequentes da ação de outras inteligências cósmicas em nosso planeta, uma das teorias que parece fadada ao limbo da história, se não total, mas certamente em boa parte, é de fato a Teoria da Evolução de Charles Darwin sobre a seleção natural das espécies.
Design inteligente
Não que a ameaça venha de algum novo achado dos defensores da teoria oposta mais proeminente, o Criacionismo, que advoga que Deus fez tudo o que há aqui na Terra e muito pouca coisa foi deixada nas mãos da natureza para que tomasse seu rumo — aliás, nem todos os que desafiam a Teoria da Evolução podem ser automaticamente chamados de criacionistas. É verdade que os darwinistas tendem a rotular assim quem tenha outra forma de entender a evolução da vida na Terra, argumentando que grande parte do dogma criacionista é simplesmente um absurdo. Isso principalmente porque ele se exclui de uma séria alegação ao insistir em partes fatalmente equivocadas de sua teoria, como a interpretação literal dos chamados “seis dias de criação”. Poucos criacionistas tentaram adotar uma postura mais razoável, mas foram rechaçados pela ala extremista.
Há menos de uma década uma nova corrente de pensamento sobre a origem e desenvolvimento da vida no planeta entrou no contexto. Esse grupo desenvolveu uma teoria chamada Design Inteligente, com apoio de uma riqueza de fatos cientificamente embasados. Como sugerem os darwinistas, eles desviam das raízes criacionistas insistindo que a vida na Terra em seu nível mais básico é tão incrível e de irredutível complexidade que nunca poderia simplesmente ter surgido do nada. Na verdade, hoje ganha força a ideia de que a vida inteligente no planeta ter se formado sozinha a partir de moléculas orgânicas primordiais é tão absurda quanto o dogma de que tudo foi criado em seis dias por Deus — e é esta brecha que os I-designers compreendem e exploram. Mas um segmento deles também sugere que muita coisa surgiu pelas mãos de um criador, ou seja, por meio de uma intervenção externa, mas nem tudo foi deixado ao acaso para evoluir na Terra. Porém, como veremos, o termo intervenção externa é um eufemismo.
De forma análoga, a ideia amplamente difundida por ufólogos mais experientes, de que os seres humanos podem ter sido criados por extraterrestres, é considerada absolutamente desprezível pela ciência e religião atuais, tanto que estas correntes não fazem qualquer menção sobre o assunto — no máximo, uma ou outra autoridade científica do Vaticano fala, volta e meia, que outros seres possivelmente inteligentes podem ter surgido e se desenvolvido em seus mundos em condições análogas às que ocorreram na Terra. Mas para darwinistas, criacionistas e I-designers, a criação da raça humana por extraterrestres é a mais rechaçada de todas as possibilidades. No entanto, esta realidade possui uma enorme gama de fatos a apoiá-la e evidências contundentes lhe dão chances de se provar como uma teoria acertada.
TODO O CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO ESTARÁ DISPONÍVEL NO SITE 60 DIAS APÓS A MESMA SER RECOLHIDA DAS BANCAS