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Ilha no Maranhão foi laboratório para o estudo da humanidade

Os objetivos das inteligências que operam o Fenômeno UFO, aquilo que determina sua conduta e local de ação, são mistérios que continuam sem resposta, mas quando lançamos mão daquilo que cientificamente conhecemos, um caminho parece se abrir. Não que nossas conclusões sejam absolutas, mas elas apontam algumas direções que podem nos ajudar a entender por que, afinal, eles estão aqui.

Lallá Barretto
Por Lallá Barretto - Lallá Barreto Pesquisas
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Os relatos de avistamentos ufológicos na Ilha de João Donato são incontáveis, uma riqueza para a pesquisa
Créditos: EDITORIA DE ARTE

A pesquisa que vou apresentar se impôs, praticamente, quando fomos informados da existência de eventos ufológicos observados durante toda a década de 70 envolvendo uma pequena população que habitava a Ilha de João Donato, situada em um açude natural no município de Palmeirândia, no interior do Maranhão. Estive na ilha em 2016 e 2017. Também em 2017 comuniquei o início dessa investigação de campo no XVIII Congresso de Ufologia, em Curitiba, promovido pela Revista UFO. O amadurecimento do estudo dessa casuística nos leva, hoje, a publicar seu aprofundamento.

Na década de 70, a Ilha de João Donato era completamente isolada da terra firme. Não tinha luz, gás ou água corrente. As condições de vida de então ainda persistem, com poucos avanços, como a luz elétrica, que afugentou os UFOs dali. Hoje, o local se encontra ligado ao continente por dois caminhos aterrados. Habitavam a ilha umas 15 famílias em relativo isolamento genético e cultural, configurando as situações que vou desenvolver neste artigo e que interessaram, durante 10 anos, a uma ou várias inteligências supostamente extraterrestres presentes no quotidiano da gente naquela época, algo bem mais raros nos dias de hoje.

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Os eventos ufológicos que chamaram a atenção consistiram em avistamentos de uma manifestação luminosa que as testemunhas chamam de “estrela”, “aparelho” ou “tocha” para descreverem o que parece ser sempre um mesmo tipo de engenho com comportamento inteligente, como uma estrela que parece estar permanentemente morando no céu da ilha.

O relato das testemunhas

É a matriarca da Família Abreu, Ires, quem vai nos contar a proximidade da luz sobre ela mesma e seu marido, Silvino: “Vou contar só o que eu sei. Na porta da cozinha tinha um açude com peixes e fui lavar os pratos na beira do açude. Quando cheguei lá, olhei e ia passando aquela estrela. Eu pensei: ‘olha a estrela que o pessoal todo diz’. Quando terminei de lavar os pratos, levantei a cabeça e veio uma tocha de fogo em cima de mim. Eu gritei e os que estavam na cozinha gritaram ‘o que foi, o que foi?’ Gente, foi um fogo que vinha para cima de mim. De certo foi uma estrela que eu vi!”.

Ao ser perguntada se a luz era como fogo e se era quente, Ires Abreu disse: “Não, era uma luz em cima de mim, uma luz grande, tão perto que quase caí. Eu gritei, o pessoal gritou, aí a luz sumiu”. A testemunha disse que não teve qualquer sensação física causada pela luz, mas que ficou assustada: “Quando veio para cima de mim, pensei: ‘será que esse bicho vai me comer?’”. Ela nos disse que seu marido também teve um avistamento: “Comigo foi só essa vez. Agora, passados uns dias, meu marido tinha ido a um outro tanque na porta da casa — ele toda noite ia ver os peixes do tanque. Quando foi, viu a estrela, mas ele não acreditava, porque nós dissemos e ele não acreditou em nós. Ele ia de cabeça baixa. Quando ergueu a cabeça vinha aquela tocha de fogo”.

Diferentemente dos frequentes relatos vindos de todo o mundo sobre luzes que se materializam em naves, na Ilha de João Donato os tripulantes observados vinham dentro da própria luz. Rosa Abreu era ainda criança quando teve a experiência, mas nunca se esqueceu do que vira 40 anos antes. Diz ela: “Na ilha a gente pegava água no poço, mas lavava a louça na beira do tanque”. Geralmente era ela, a mais velha das irmãs, e as outras menores quem se encarregava da tarefa. Vejamos seu relato:

“E tinha a história dos aparelhos que estavam tirando sangue das pessoas e eu fiquei vigiando para ver se ele vinha. As meninas estavam lavando louça e eu olhando. Aí, quando eu vi, de longe vinha uma luz. Era tipo uma bola. Dentro dessa bola foi a primeira vez na minha vida que vi um anão. Lá no interior não existia anão. Eu vi um senhor branco, careca, desse ‘tamaninho’ assim. Eram dois, mas o que me lembro mesmo era desse baixinho dentro da bola de fogo. Só que não esquentava. Ficou em uma altura perto. Foi também a primeira vez que vi uma escada de alumínio, porque no interior só tinha escada de pau. O anãozinho estava tirando uma escada de dentro para descer. Aí comecei a gritar: ‘o aparelho crianças, o aparelho!’”

TODO O CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO ESTARÁ DISPONÍVEL NO SITE 60 DIAS APÓS A MESMA SER RECOLHIDA DAS BANCAS

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Lallá Barreto Pesquisas
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Lallá Barretto é ufóloga, antropóloga, psicanalista e escritora, Doutora em Antropologia Psicanalítica pela Universidade Paris 7. Bacharel em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ) e pós graduada em História Social pela Universidade de São Paulo (USP).