De acordo com documentos recentemente desclassificados pela CIA, Leon Davidson, de White Plains, Nova York, foi vigiado durante décadas, começando nos anos 50, devido à sua pesquisa sobre UFOs.
Davidson nasceu na cidade de Nova York em 1922. Era um homem altamente culto, que obteve um PhD pela Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da Universidade de Columbia. Como aluno da Columbia, ele foi recrutado para o Projeto Manhattan. No final dos anos 1950, Davidson se tornou um talento procurado no novo campo de desenvolvimento de computadores. Davidson conseguiu contratos com a Nuclear Development Corporation de White Plains, IBM e a Union Carbide. Além disso, Davidson tornou-se supervisor de projeto de engenharia em Los Alamos, Novo México, onde auxiliou no desenvolvimento da tecnologia atômica mais avançada da época.
Mais ou menos na mesma época (final dos anos 50), Davidson tornou-se um voluntário do Civil Defense Filter Center em White Plains, que estudou e rastreou a atividade de UFOs na área metropolitana de Nova York. Foi também nessa época que Davidson se tornou um incômodo para a Agência Central de Inteligência (CIA). Documentos da CIA daquela época, que antes eram considerados confidenciais, foram disponibilizados por John Greenwald Junior ao público pelo site The Black Vault.
Através do Ato de Liberdade de Informação, Greenwald adquiriu e compartilhou recentemente milhares de documentos da CIA. Alguns desses documentos são comunicações de agências internas sobre a pesquisa de UFOs de Davidson. Como Greenwald, Davidson estava solicitando informações de uma série de agências governamentais sobre UFOs e isso chamou a atenção da CIA. Há documentos nos quais membros não identificados da agência se comunicam sobre como lidar com Davidson se ele entrar em contato.
Página de referência C00015243, em que se menciona a obstinação de Davidson e a tentativa da CIA de ludibriá-lo.
Fonte: The Black Vault
Ele estava escrevendo um artigo para uma publicação à qual a CIA se referia como uma “revista espacial” e buscava informações sobre comunicações que o governo alegava ser código Morse. Em um documento (referência C00015243) de 1957, um membro da agência cujo nome foi redigido escreveu o seguinte: “O doutor Leon Davidson está em cima de nós novamente. Ele quer uma tradução literal da mensagem espacial e a identificação do transmissor de onde veio. Chamamos a sua atenção para uma carta para Davidson de Wallace W. Elwood x Wallace W. Elwood, Capitão USAF x USAF, Sótão x Sótão, datas 5 x 5 de agosto de 1957 x 1957, na qual Elwood diz a Davidson que a mensagem foi identificada como código Morse vindo de uma conhecida estação de rádio com licença US x US”.
“A intenção era convencer Davidson de que ele não tinha, de fato, uma mensagem espacial. Ele não está satisfeito e explica que as características dos sons na gravação da mensagem não são do tipo Morse.” Em um documento da CIA (referência C00015244), também datado de 1957, alguém da agência diz o seguinte sobre Davidson: “Davidson era calmo e agradável, mas muito determinado. Em vista de seu WA-2625B, desejamos nos afastar disso, mas exortamos que a sede, (SÉRIE DE PALAVRAS CENSURADAS) e o Sótão x Sótão se preocupem com este homem e procurem satisfazer sua ânsia. Por favor, não nos decepcione em nosso acordo de nos comunicarmos com ele. Nós estamos comprometidos com isso”.
Existem várias menções de “sótão” em ambos os documentos. Isso parece fazer referência a um departamento, laboratório de pesquisa ou espaço físico onde as evidências são analisadas, mantidas e armazenadas na Base Aérea de Wright-Patterson. É um codinome oficial ou um apelido não oficial. Onde quer que o “sótão” seja mencionado, ele é pareado com Wright-Patterson ou colocado na mesma frase.
O “artigo” que Davidson estava escrevendo para uma “revista espacial” é difícil de encontrar. Porém, ele escreveu diversos livretos sobre UFOs, incluindo uma análise do Projeto Blue Book, que pode ser encontrado na Amazon. Davidson morreu em 2007, com 84 anos, em White Plains, NY. Com tudo que ele conquistou e verdades que tentou compartilhar, sua história e obra só existem à margem porque o governo não queria que nada disso vazasse.