Um enorme círculo de gelo giratório formou-se no rio de Presumpscot, na cidade de Westbrook, no estado norte-americano de Maine, nesta segunda-feira (14). Este colossal disco de quase 100 metros de diâmetro, ainda que raro, é um fenômeno natural fruto da Física. Fotografias captadas pelo Departamento de Comunicação e Marketing da cidade norte-americana, liderado por Tina Radel, mostram as dimensões do disco de gelo que parece ter uma superfície maior do que algumas garagens que circundam a área.
“Não parece estar movimentando-se para cima ou para baixo neste momento”, disse Radel esta segunda-feira em declarações à Earther. “Continua girando no sentido oposto dos ponteiros do relógio. O meu palpite é que pode ficar maior à medida que mais gelo se for formando. Há previsões de neve para o fim de semana”, avisou.
It looks like the moon has landed in Westbrook, Maine! Come in down to @CityofWestbrook @DWTNWestbrook and see the Westbrook Ice Disk! pic.twitter.com/JBaMDy2ZBq
— City Of Westbrook ME (@CityofWestbrook) 15 de janeiro de 2019
Apesar de incríveis, os discos giratórios de gelo não são propriamente novos. O estudo sobre estes fenômenos remonta, pelo menos, a finais da século XIX. Pesquisas sobre discos observados anteriormente, publicadas na revista científica Physical Review em meados de 2016, explicam o fenômeno: à medida que o gelo afunda, os discos vão para baixo, girando horizontalmente, de forma a que um vórtice vertical é gerado sob o disco de gelo.
Em declarações ao Press Herald, Mark Battle, professor associado de Física no Bowdoin College em Brunswick, sugeriu que o disco de Westbrook pode também ter resultado de uma massa de gelo espessa que se movia no rio, tendo fica preso perto da costa. “Os discos de gelo são um fenômeno incomum – mas inteiramente natural – que ocorre quando uma pilha de lama congela em um redemoinho ou um pedaço de gelo se solta de outro e começa a girar. Ao girar, batendo nas pedras e na água, os lados são raspados”, explicoo o professor.
O Press Herald ouviu ainda Doug Bertlesman, um programador web da Ethos Marketing, empresa sediada junto à margem do rio, que estimou que o disco giratório tenha pelo menos 100 metros de de diâmetro. A confirmar-se este valor, o disco de Maine pode ultrapassar os valores já registados noutros países, como na Suécia.
Steven Daly, especialista em hidráulica de gelo fluvial no Laboratório de Pesquisa e Engenharia de Regiões Frias do Corpo de Engenheiros do Exército em Hanover, NH, disse que sua agência geralmente recebe apenas um ou dois relatórios de discos de gelo rotativos nos Estados Unidos a cada ano. “Eles normalmente não são tão grandes assim”, disse o especialista.
Kenneth G. Libbrecht, professor de física no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, Califórnia, que estudou física do gelo, disse que a maioria dos discos de gelo que ele viu ficava na faixa de 10 a 15 metros Autoridades locais estimaram que o disco de gelo de Westbrook já contava com 90 metros de diâmetro e aumentando. “Pode ser um tamanho recorde mundial, se alguém estivesse acompanhando”, disse Libbrecht.
Tina Radel, gerente de marketing e comunicações da cidade, filmou o vídeo de drone depois que Rob Mitchell, dono de uma empresa local, a alertou para a notável cena de segunda-feira. Depois de postar, ela passou a terça-feira recebendo ligações de repórteres de todo o país. “Tem sido uma reação esmagadora”, disse ela. “As pessoas estão amando isso.”
Veja a reportagem:
Fonte: NYTimes.com, Canal João Marcelo
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