Sendo descoberta lentamente através das décadas, a casuística ufológica africana revela-se diversificada e impressionante. Embora existam relatos de avistamentos de discos voadores e contatos com tripulantes no norte do continente, e ocasionalmente de tribos setentrionais, a região sul é a mais populosa e rica em ocorrências, principalmente a África do Sul e Zimbábue. Até pouco tempo atrás, a maioria dos acontecimentos conhecidos vinha de europeus e de seus descendentes que moravam no continente. Entretanto, graças ao imenso e incansável trabalho de uma pesquisadora inglesa, a situação mudou. Cynthia Hind, falecida em agosto de 2000, enquanto servia como correspondente internacional da Revista UFO em seu país, podia viajar livremente por toda a África e com isso coletou relatos de várias vilas, lugarejos e locais remotos.
Ela percebeu que as atividades ufológicas no continente eram enormes, mas não relatadas aos pesquisadores devido à superstição e tabus de algumas nações indígenas. Em geral, a simples idéia de que alienígenas poderiam vir de outro planeta sequer era considerada, sendo tratados como espíritos tribais e ponto final. No entanto, a pesquisa do assunto pelos governos africanos nunca teve conotação sigilosa. Por diversas vezes, líderes de alguns países disseram abertamente que seus pilotos seguiram esferas luminosas ou que UFOs pousaram em determinadas cidades.
Exemplo disso é um caso ocorrido no Zimbábue, em 28 de julho de 1985, que envolveu dois caças Hawk enviados para interceptarem um artefato em forma de cone visto por dezenas de pessoas na cidade de Bulawayo. O objeto tinha sido detectado pelos radares, mas quando os aviões se aproximavam, se distanciava velozmente. Em 20 de outubro de 1996, a mesma cidade foi palco de mais um avistamento. Segundo Paul Mwakimbo, ao fazer uma curva com seu veículo na estrada para Lilfordia, um objeto discóide surgiu descendo lentamente e pousando ao lado da pista. Uma porta se abriu e de dentro do UFO saíram dois seres vestidos com sobretudo preto brilhante. Quando outro carro se aproximou e parou para vislumbrar o evento desconhecido, os seres provavelmente se assustaram e retornaram para a nave, que partiu em seguida. Este é um dos inúmeros casos profundamente investigados por Cynthia Hind.
Fartura de incidência ufológica
O pesquisador francês Jacques Vallée, em seu livro Passport to Magonia [Passaporte para Magonia, Henry Regnery, 1969], catalogou centenas de casos ufológicos em todo o mundo, desde o século XIX, inclusive alguns ocorridos em solo africano. Um exemplo foi o verificado na cidade de Libreville, Gabão, em 25 de dezembro de 1963. Na ocasião, um jovem assistiu um UFO pousar e dele sair uma “criatura horripilante, que grunhia sons ininteligíveis”, conforme suas palavras. O ser inclusive deixou pegadas na areia. Como em centenas de países, os africanos também já passaram por várias ondas ufológicas. A maior de todas parece ter ocorrido no ano de 1954, com uma grande incidência nos meses de setembro e outubro, quando discos voadores foram registrados em todo o continente [Veja edição UFO 105].
A onda teve início no dia 16 de agosto de 1954, em Madagascar, onde um objeto voador não identificado de forma lenticular e cor verde foi visto sendo seguido, logo após, por outro oval e metálico. Ambos tinham cerca 40 m de diâmetro e passaram por cima das cabeças de mais de 200 mil pessoas da cidade de Tananarive, em plena luz do dia, causando efeitos nas luzes das ruas e inclusive nos animais. O caso é muito parecido com a queda de um UFO na cidade norte-americana de Kecksburg, Ohio, em 09 de dezembro de 1965 [Veja livro Quedas de UFOs, código LIV-009 da coleção Biblioteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br]. Em 15 de setembro, provavelmente o mesmo UFO foi observado sobre o Marrocos e, depois, sobre duas cidades na Costa do Marfim, num espaço de tempo muito curto. O primeiro ocorreu às 19h00, quando a senhora Marie Guitta ouviu um ruído vindo detrás de seu carro e viu um estranho objeto cinza cruzar o céu a uma tremenda velocidade. A passagem do UFO foi seguida por uma rajada de vento violenta, e a velocidade era tamanha que ela só pôde afirmar que tinha a forma discóide e ia em direção sudeste.
Apenas 15 minutos depois do avistamento da senhora Marie, em Danané, na Costa do Marfim, distante 3.200 km, um grupo estava reunido realizando um churrasco. Entre as pessoas estava o delegado de polícia da cidade e sua esposa, o médico local e alguns policiais com seus familiares. De repente, um UFO vermelho elíptico foi visto no céu. Eram 20h30 e o objeto brilhante permaneceu imóvel por 35 minutos, e em seguida simplesmente desapareceu. Pouco tempo depois, desta vez sobre a cidade de Soubré, um artefato aparentemente metálico surgiu vindo do horizonte, parou alguns minutos sobre a região e acelerou na direção do céu. Entre as testemunhas estava o administrador da cidade, que declarou detalhadamente o avistamento para os jornais no dia seguinte e pediu uma investigação oficial – que, até onde sabemos, não foi realizada ou divulgada.
As atividades ufológicas no continente continuaram em outubro daquele ano. No dia 11, um enorme UFO discóide sobrevoou uma estrada na Argélia, assustando Gaston Greau, motorista de caminhão. No dia seguinte, na Floresta de Mamora, também no Marrocos, um engenheiro francês se dirigia para Port Lyautey quando viu um “duende” com pouco mais de um metro de altura entrar num objeto oval e decolar. No final de outubro, a Argélia foi novamente visitada. No dia 24, um pequeno ser com estranhos olhos brilhantes foi visto na costa do Mediterrâneo. Dois dias depois, o astrônomo amador Yves Vernet observou com seu telescópio um UFO reluzente voando acima das nuvens e, cinco minutos depois, viu outro passar.
O Fenômeno UFO sempre incomodou e desafiou as autoridades, obrigando muitos governos a criarem grupos de pesquisa – na sua maioria agindo de forma secreta, funcionando publicamente somente como “fontes de explicações convencionais”. Nos Estados Unidos foram vários, entre eles o Projeto Blue Book [Livro Azul], o mais conhecido. O programa analisava casos ocorridos em todo o mundo, e obviamente a maioria tinha explicações normais, embora outros não. Encontramos nesse grupo três casos registrados pelo Blue Book no continente africano. Em dezembro de 1951, quatro esferas luminosas cruzaram o céu da cidade de Nanyuki, Quênia, em Durban e na Cidade do Cabo, na África do Sul. A Agência Central de Inteligência norte-americana [Central Intelligence Agency, CIA] também investigou alguns casos, entre eles o ocorrido no Congo, em 1952, e revelado através de documentos liberados pela Lei de Liberdade de Informaçã
;o [Freedom of Information Act, FOIA]. Segundo o documento, no dia 29 de março de 1952 dois discos voadores foram vistos sobre minas de urânio da cidade de Elisabethville, no sul do Congo. Os UFOs tinham curvas suaves, arredondadas e ficaram um tempo sobre o local, fizeram movimentos de ziguezague e dispararam na direção nordeste.
Interceptação de UFOs na África
Imediatamente, o tenente-aviador Pierre Ducraux partiu da Base Aérea de Elisabethville em perseguição ao objeto. Na sua primeira aproximação, chegou a 120 m do primeiro disco, que, segundo estimativas, tinha de 12 a 15 m de diâmetro. O outro estava incandescente, como se estivesse a uma grande velocidade. A cor do metal era parecida com a de alumínio e os mesmos voavam horizontalmente, fazendo elevações de 800 a 1000 m em poucos segundos, mas chegavam a descer até somente 20 m de altura sobre a copa das árvores. Depois de 15 minutos, Ducraux teve que desistir da interceptação dos UFOs, que foram em direção ao Lago Tanganyika.
A África tem tido exemplos da maioria dos tipos de eventos ufológicos, incluindo avistamentos do início do século e contatos imediatos de todos os graus, além de possíveis acidentes de UFOs, como o ocorrido em 10 de julho de 1953, quando um suposto disco voador caiu com cinco alienígenas a bordo e os destroços foram recuperados pelos militares. Fato semelhante ocorreu no Deserto de Kalahari, em 1989, e está descrito em detalhes no livro Quedas de UFOs, deste autor [Veja edição UFO 016]. Outro exemplo foi a aparição de uma criatura cinzenta em um banheiro público da cidade de Dar-es-Salaam, no Marrocos, em 1950, presenciado por alguns moradores, que a descreveram como “asquerosa, como se fosse vítima de algum acidente”. Ainda em 1951, um engenheiro britânico que trabalhava em Drakenstein Mountains, na África do Sul, ofereceu água para um pequeno ser que disse precisar do líquido para o seu objeto voador, o qual mostrou à testemunha escondido numa clareira. Quando o engenheiro perguntou de onde vinha, o estranho apontou para o céu e disse: “de lá”.
Não muito longe dali, numa fazenda em Drakensberg, Elisabeth Klarer tornou-se a primeira africana contatada ou abduzida de que se tem notícias. Isso foi em abril de 1956 e suas impressionantes afirmações incluem contatos com um ser alienígena do tipo nórdico a quem ela chamou de Akon e que dizia ter vindo de um mundo que orbitava a estrela Alfa da Constelação do Centauro. Segundo Elisabeth, Akon queria que ela fosse a “barriga de aluguel” de seu filho. Ela não só gerou a criança como também teria vivido em seu planeta, Meton, até dar-lhe a luz. O caso é um dos clássicos da Ufologia Mundial e desperta enorme polêmica, naturalmente, a despeito da ardorosa defesa que vários estudiosos fazem do caráter de Elisabeth e da legitimidade de sua experiência.
Insólita luminosidade sobre escola
Obviamente, com o passar dos anos, os meios de comunicação ficaram mais eficientes, a internet uniu povos distantes e vários países abriram-se mais para o resto do mundo. Surgiram assim novos grupos de pesquisa e começaram então descobertas de mais casos ufológicos na África. Na década de 90 tivemos acontecimentos impressionantes em diversas partes do continente, com registros no Marrocos, Uganda, Egito, Malauí, Tunísia, entre outros, todos merecendo destaque na Ufologia Mundial. Mas vamos nos dedicar a partir deste ponto aos casos ocorridos na África do Sul e em Zimbábue, países que detêm a maior incidência ufológica daquela vasta região, conhecida graças às pesquisas de Cynthia.
Na opinião deste autor, uma das ocorrências mais fantásticas estudadas pela ufóloga foi o caso da Escola Infantil Rosmead. Na noite de domingo, 12 de novembro de 1972, Harold Trutter, diretor da instituição, voltava de um final de semana fora da cidade. Enquanto dirigia na direção de Rosmead, uma pequena cidade da África do Sul, observou uma estranha luz no céu. Pelo pára-brisa do carro podia ver o prédio do estabelecimento logo à sua frente, com seus dormitórios e, à esquerda, uma quadra de tênis cercada de pinheiros. A insólita luminosidade branco-esverdeada estava sobrevoando a quadra. Saindo da estrada, ele entrou em um atalho que o levaria para sua residência, dentro da escola, aproximando-se mais do fenômeno. No entanto, imaginou que aquilo fosse algo natural. A luz antes distante estava agora a menos de 200 m dele e sobrevoando um penhasco no qual havia uma construção e vários tratores estavam parados.
“É um helicóptero”, pensou Trutter, mas não havia som de motor, somente o sopro do vento que balançava as árvores. Ele abriu o porta-malas e começou a tirar a sua bagagem, tranquilamente, achando que não se tratasse de nada demais. Porém, quando o diretor passava pela quadra de tênis levando suas malas, sentiu um forte cheiro de óleo queimado. Olhando pela cerca, Trutter percebeu que o piso estava quebrado e com pedaços de asfalto soltos. Foi então até o portão da quadra e percebeu que estava fechado. Tentou outra entrada, igualmente trancada, confirmando que havia de fato trancado tudo na sexta-feira, antes de viajar. Ele olhou novamente para o pátio – construído há apenas um ano – e viu as placas de asfalto retorcidas e dobradas. Os buracos no chão estavam paralelamente dispostos e tinham cerca de 12,5 cm de profundidade. Observou ainda um pedaço de piche incandescente e, sem entender nada, telefonou para a polícia.
“As investigações na quadra de tênis indicaram padrões simétricos idênticos nos buracos do chão. Os pinheiros que circulam a quadra ficaram muito queimados e morreram após dois meses”, escreveu na época Cynthia. Interessante foi a declaração da polícia de Rosmead, de que foram feitos muitos relatos de UFOs naquela área no mesmo dia, incluindo relatórios de avistamentos de policiais. A conclusão dos inquéritos, baseado nas análises do solo e das árvores, indicou que somente alguma coisa muito pesada e gerando muito calor poderia ter causado tal efeito.
Outro caso intrigante ocorreu em 31 de maio de 1974, em Salisbury, na então Rodésia e depois Zimbábue. O casal Peter e Frances MacNorman estava viajando da cidade para a África do Sul. A 10 km da localidade de Umvuma, Peter pensou ter visto um homem no acostamento da estrada, mas a entidade simplesmente desapareceu. Então, às 02h30, Frances viu uma luz ao lado do carro, como se os estivesse seguindo. Os faróis do automóvel começaram a falhar, enquanto outros equipamentos elétricos, como o rádio, não foram afetados. Tudo ao seu redor estava iluminado e ambos lembram sentir muito frio no momento, a ponto de colocarem seus casacos. Peter estava dirigindo muito rápido, a 150 km/h. Ele tirou o pé do acelerador mas a velocidade não diminuía, e o carro continuava a acelerar contra a vontade do motoris
ta, que não conseguia frear. Logo após entrar em Port Victoria, Peter conseguiu controlar novamente o veículo e parou num posto de gasolina, onde abasteceu e ambos seguiram viagem. Eram 04h30.
Pneus novos em troca de abdução?
Durante o percurso, o casal pensou que tinha errado o caminho, pois a paisagem era de pequenos arbustos, pântanos e grama. De repente, Peter perdeu o controle do carro novamente e o veículo fora então a mais de 200 km/h. Chegando à fronteira com a África do Sul, perceberam que já eram 08h30 da manhã. No entanto, a viagem de Fort Victoria até a fronteira é de 228 km e o tanque do carro deveria estar quase vazio, mas ambos ficaram surpresos ao descobrirem que estava quase cheio. Mais impressionante ainda foi o que ocorreu com os pneus. Peter tinha colocado quatro pneus recauchutados em Salisbury, com a intenção de comprar novos a um preço mais baixo na África do Sul. Quando foi verificá-los, notou que estava com quatro pneus novos. Eles não se lembravam do que lhes tinha acontecido, mas tal experiência tem todas as características do chamado missing time ou sensação de tempo perdido, uma das indicações de casos de abdução.
Após uma regressão hipnótica, o casal contou que deu carona a um estranho ser que se sentou no banco de trás do carro. Disse ainda, depois, que o veículo levitou para o interior de um disco prateado. Dentro da nave, Peter afirmou que foi submetido a exames médicos e que viu sua esposa e outros seres humanos como se estivessem em transe. Quando voltava por onde tinham entrado, avistou seu carro estacionado ao lado de duas naves discóides. O caso, com características comuns a muitas abduções alienígenas, é considerado um dos mais marcantes do território africano e foi detidamente estudado por Cynthia Hind e outros, até que se perdesse o contato com Peter e Frances MacNorman, o que paralisou as pesquisas.
Esferas luminosas aterrissam
No dia 16 de setembro de 1994, outra escola africana foi palco de um impressionante contato extraterrestre. Por volta das 10h15, 62 crianças da Escola Primária Ariel, em Ruwa, também no Zimbábue, estavam no seu horário de recreio. De repente, observaram em cima da instituição três esferas metálicas. Após um flash de luz, sob o olhar atento das crianças, os objetos desapareceram para reaparecerem em outro lugar no céu. Isso aconteceu por três vezes e então as esferas começaram a descer na direção da escola. Quando uma delas aterrissou, queimou a vegetação e o solo em volta. Segundo Cynthia, que investigou mais este caso, no local havia postes de energia e a esfera teria seguido a rede de eletricidade antes de pousar, segundo um dos estudantes. A ufóloga entrevistou 10 ou 12 crianças, obtendo relatos muito similares. Uma delas, Barry, afirmou que eram três objetos com luzes vermelhas. “Eles apareciam e desapareciam rapidamente, até que um pousou”, disse. O diâmetro estimado do artefato era de 100 m.
Ainda segundo relatos, um ser de cerca de um metro de altura apareceu sobre o aparelho, andou um pouco e desapareceu. Logo depois ele estava ao lado do UFO. O estranho vestia uma roupa muito justa e tinha olhos alongados. Após poucos segundos, a nave decolou e desapareceu rapidamente. Tão espetacular quanto este caso é uma ocorrência registrada em 1995 na cidade de Leribe, no Lesoto, uma pequena nação dentro da África do Sul. No dia 15 de setembro, às 22h20, o fazendeiro Peter Lachasa notificou o sargento I. Thobo que tinha encontrado uma estranha nave em sua fazenda, situada a 12 km do Rio Madibamatso. Segundo Lachasa, às 21h00 ele ouviu um estranho ruído vindo do céu que assustou seus animais, e saiu para ver o que poderia ser, deparando-se com uma luz muito forte que descia lentamente. O objeto teria disparado vários flashes.
O fazendeiro informou que o UFO começou a emitir um som metálico depois que as luzes ao seu redor diminuíram de intensidade, e sua cor mudou para cinza. Um calor intenso emanava daquilo, o que impossibilitou uma aproximação. O objeto era redondo, media cerca de 18 m de comprimento por 3 m de altura, não possuía janelas e não parecia ter qualquer tipo de dano em sua fuselagem. O sargento Thobo, juntamente com o policial C. Nandi, escoltou Lachasa de volta à fazenda para verificar o relato. A autoridade informou ao Departamento de Polícia de Leribe as suas observações, ordenando que houvesse um relatório oficial. Já na madrugada de 16 de setembro, às 00h15, um oficial do governo do Lesoto foi contatado e um relatório foi enviado para o serviço de inteligência do Comando Militar Aéreo Sul-Africano, em Bloemfontein. Foram levantadas possibilidades para a explicação do avistamento, mas a aeronave mais próxima do local era um helicóptero que estava a 30 km
do avistamento.
Considerando a importância do fato, George Human, comandante da 1ª Divisão Aérea de Pára-Quedistas, enviou dois helicópteros para averiguações. Às 01h17, o capitão Manie Louw, piloto de um deles, disse estar sobre a área e que havia muito fogo embaixo. Registrou que cerca de 400 m² tinham sido consumidos pelas chamas, e afirmou ainda que havia um objeto discóide metálico de 20 m intacto parado no local afetado. Louw foi instruído para guardar a área até receber novas instruções. A inteligência militar sul-africana em Pretória foi informada do evento e ordenou que fosse isolado um perímetro de 150 m ao redor da nave, até a chegada da Divisão de Resgate de Tecnologia Estrangeira, que vinha da Base Aérea de Valhalla. O que teria acontecido em Leribe? A queda de um UFO? Pode ser, principalmente em se considerando o tempo decorrido nas operações, entre o relato inicial, 22h20, até a finalização dos trabalhos militares, 05h55. Seja como for, o governo sul-africano não parece disposto a revelar o que se passou.
As cidades de Pretória e Natal, duas das mais importantes da África do Sul, já registraram vários aparecimentos de objetos voadores não identificados, mas a recordista é a primeira, uma das capitais do país [Que não tem uma capital apenas, mas três, sendo a Cidade do Cabo a legislativa, Bloemfontein a judiciária e Pretória a administrativa, sede da presidência do país]. Um caso muito incomum ocorreu na manhã de 28 de agosto de 1996, quando um UFO solitário apareceu sobre Pretória. O caso foi divulgado pela rede de TV SABC em seu noticiário. O objeto apareceu primeiramente sobre o subúrbio de Erasmuskloof às 04h00. O sargento da polícia Johann Becker disse que a luz estava flutuando no ar, e quando foram investigar, perceberam que “aquilo era u
ma coisa de outro mundo”. Segundo Becker, o UFO era discóide e tinha uma luz vermelha.
Perseguição oficial intensiva
Os policiais pediram reforço, mas só conseguiram gargalhadas de outros companheiros. Então começaram a aparecer relatos vindos de outras áreas e foram enviadas tropas do Grupamento Armado e Tático Especial [Special Weapons And Tactics, SWAT] para o local dos chamados. Neste meio tempo, um helicóptero da polícia foi deslocado para seguir o UFO, tendo como piloto o coronel Fred Vijoen e sua tripulação de quatro oficias. Vijoen deu entrevistas após o evento dizendo que nunca tinha visto coisa parecida. “O que mais o impressionou foi o movimento de ondulação do objeto, e sua velocidade era muito maior do que a do helicóptero, fazendo com que a falta de combustível os obrigassem a desistir da perseguição”, declarou o coronel.
Como era de se esperar, o governo sul-africano não se manifestou sobre o incidente, mas todos os envolvidos no caso foram ouvidos por agentes secretos. Em 08 de janeiro de 2003, o jornal The Citizen publicou artigo revelando que dezenas de pessoas observaram um objeto voador não identificado sobre Pretória por volta das 20h30. O UFO sobrevoou os bairros de Brooklyng e Waterkloof, tinha uma coloração alaranjada, era redondo e não fazia barulho. Segundo vários telefonemas feitos para o jornal, quando o objeto distanciou-se da capital, três caças a jato tentaram segui-lo. Mas quando se aproximavam do artefato, ele disparava a uma velocidade inacreditável.
Há muitos outros significativos casos ufológicos registrados em toda a África, que requereriam inúmeras páginas para serem expostos. O continente ainda é um grande mistério para a Comunidade Ufológica Mundial, especialmente depois que sua mais incansável pesquisadora faleceu, em 2000. Mas aos poucos estão surgindo novos grupos de pesquisa e ufólogos, e grande quantidade de novas evidências começam a despontar, mostrando mais uma vez a importância do continente para a compreensão da presença alienígena na Terra.
A intenção deste artigo foi mostrar a atividade ufológica africana e, ainda mais, prestar uma homenagem à pesquisadora Cynthia Hind, reconhecendo a grande contribuição que deu à Ufologia Mundial. Os mais fantásticos casos ocorridos na África foram investigados por ela, que por isso foi chamada pelo editor A. J. Gevaerd de “Cynthia Hind Granchi”, numa comparação à grande matriarca da Ufologia Brasileira, Irene Granchi, de quem Cynthia era grande amiga. Até falecer, a pesquisadora era também a responsável pela publicação do excelente boletim UFO Afrinews, que encerrou atividades logo depois.